O lengalenga entre professores e Governo do Estado, que se aproxima de 80 dias sem aulas, está perto do fim. Há fumaça branca no ar.
Mas mesmo antes do armistício, começa a enxurrada de avaliações para identificar vencidos e vencedores. Claro que a mídia domesticada não tem dúvida: crava na coluna da direita. É o governo.
Bobagem.
Há um grande perdedor. Novamente. O alunado.
Esse, mesmo com qualquer esforço na restauração de cronograma didático, chegará ao final do ano com a sensação de que foi enganado por professores, diretores e governo.
É preciso uma reflexão séria, envolvendo todos os atores desse filme que se repete, para frearmos os excessos de lado a lado e preservarmos o magnânimo direito ao aprendizado e não ao faz-de-conta.
Faltou um diálogo inicial; depois houve intolerância de ambos os lados. Agora existe uma acomodação de interesses, visto que as duas partes estão exaustas de um combate tão longo.
Não existe vencedor, se contabilizamos uma massa com milhares e milhares de perdedores.
É isso.