Ouvidos ao chão, atenção redobrada. Sempre alerta, como bom escoteiro ou índio Sioux, Navajo ou Apache.
Nas entranhas do Governo do Estado está sendo elaborado um ousado plano político-eleitoreiro, pela via administrativa, que visa a campanha sucessória municipal de Mossoró.
Uma das apostas é na paixão do mossoroense pelo futebol e seus clubes profissionais de massa, Baraúnas e Potiguar.
Segundo duas fontes ligadas ao Governo do Estado, há estudo para se anunciar investimento para revitalização do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”.
O investimento seria da ordem de R$ 8 milhões à garantia de restauração estrutural, além de outros serviços vistos como fundamental ao seu pleno uso.
Nota do Blog – Nada é por acaso. Lembre-se que 2012 é ano eleitoral.
O pensamento de “mexer” com a “galera”, via futebol, é associado ao ano eleitoral. Lógico.
A estratégia acontece num momento em que comissão organizada para traçar o futuro, do Nogueirão, avança em conversa com grupos empresariais de Mossoró e de outras plagas. Tenta permuta do estádio por outro novo em área a ser ainda definida. Um excelente negócio, sem envolver um tostão de dinheiro público.
De novo, ao mesmo tempo, a gente observa que a prioridade da elite política desta cidade é com “pão e circo”, como instrumentos de dominação.
Há semana passada, o secretário estadual da Saúde Pública, médico Domício Arruda, afirmou que o Estado precisaria de pelo menos R$ 18 milhões para deixar seus hospitais públicos a contento.
E agora, o zunzunzum revela que quase a metade disso pode ser despejado somente num estádio de futebol em Mossoró.
Nem falemos quanto ao Estádio das Dunas, em Natal, que vai nascer para uns poucos jogos da Copa do Mundo de 2014, sob a bagatela de mais de R$ 1,2 bi.
Enquanto isso, o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) não consegue sequer fechar sua equipe de plantão, para boa parte do mês.
Pobre Rio Grande “Sem Sorte”.