Começa a ficar embaraçosa a relação entre a imprensa e equipe de secretários e escalões inferiores do Governo Rosalba Ciarlini (DEM).
Ouço queixas para se conceder uma simples entrevista. Alguns secretários sempre refugam num primeiro momento, pedindo tempo.
Por vezes, é a Assessoria de Imprensa quem entra em cena, perguntando logo o que se deseja na entrevista.
Um quadro que remente aos tempos do regime ditatorial, centralizador, em que quase ninguém tinha fala e um porta-voz falava por todos ou proclamava ruidosamente: “Nada a declarar!”
Antes de pedir demissão, o então secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, era um loquaz representante do governo. Falava sobre qualquer assunto, sem papas na língua.
Depois de sua saída, a lei do silêncio ou do mínimo de conversa, é que prospera no governo.
Nota do Blog – Pelo visto, só uns poucos secretários podem se pronunciar, sem que antes precise fazer uma consulta nos subterrâneos do poder, para pedir autorização para abrir o bico ou não.
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