“Convênios do Dnocs ajudaram a eleger diretor-geral do órgão.” Esta é uma das principais manchetes do jornal Correio Braziliense, hoje (veja postagem abaixo).
O periódico, um dos mais respeitados do país, mostra sérios indícios da utilização do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) como caldeira para dar força à postulação à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, de Gustavo Fernandes (PMDB). Ele é filho do ex-deputado estadual Elias Fernandes (PMDB), ainda diretor-geral do Dnocs.
Entre os principais depoimentos contra Elias e Gustavo, colhidos pelo Correio Braziliense, encontramos o de Leonardo Rego (DEM), prefeito de Pau dos Ferros.
Veja o que mostra a reportagem do Correio Braziliense:
(…) Leonardo Rego, prefeito que faz oposição ao PMDB no município de Pau dos Ferros, reclama que sua cidade foi prejudicada nas transferências de verbas, pois não fez parte do acordo. “Foi explícito, quando conversávamos com vários prefeitos, eles nos relatavam o privilégio da liberação dos convênios após o pacto de apoio ao filho dele (Elias Fernandes). Há relatos de prefeitos de que houve atropelo das etapas de liberação dos empenhos e que, em alguns casos, os convênios foram pagos em parcelas únicas. Nós sabemos que para se aprovar um projeto que envolve verba federal é uma maratona”, diz o prefeito de Pau dos Ferros.
Tudo seria muito normal, se DEM e PMDB não fossem aliados no Rio Grande do Norte, numa aliança que começou a ser costurada nas eleições de 2006, mas que até hoje é uma estranha mistura de “água e óleo”, como chegou a afirmar o ex-deputado federal Ney Lopes (DEM).
A propósito, Ney Lopes – mesmo após essa constatação científica e política, foi candidato a vice-governador em 2006. A cabeça de chapa ficou com o peemedebista Garibaldi Filho (derrotado ao governo por Wilma de Faria-PSB).
Saiba mais adiante:
– Henrique tem projeto “presidencial” comprometido;
– “Bigamia política” começa a mostrar seus efeitos colaterais.