“O impossível existe nas mãos inertes dos que não tentam.”
Epicuro
Jornalismo com Opinião
“O impossível existe nas mãos inertes dos que não tentam.”
Epicuro
Neste domingo, Dia das Mães, a boa nova é em grená, verde e branco. “Eu sou é tricolor”. Na série Letra e Música, abro uma concessão e exceção, “democraticamente”, para saudar minha afeição pelo Fluminense, que conseguiu hoje mais um título carioca ao vencer o valoroso Botafogo por 1 x 0 (gol de Rafael Moura).
O Hino do Fluminense, na caixa acima, tem letra sob autoria do genial Lamartine Babo e música de Lyrio Panicalli. Nessa gravação, um coral de crianças entoa os versos que contagiam e emocionam tricolores em qualquer tempo e hora, em qualquer lugar ou situação.
É para a minha semana nascer feliz. E para homenagear um amigo que perdi há poucos meses, Toinho Oliveira. Ele certamente estaria com o coração batendo mais acelerado. É para você, meu querido. Ouça aí, vai!!
Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor
Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor
Vence o Fluminense
Com o verde da esperança
Pois quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de glórias
E vitórias mil
Vence o Fluminense
Com o sangue do encarnado
Com calor e com vigor
Faz a torcida querida
Vibrar de emoção o tricampeão
Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor
Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor
Vence o Fluminense
Usando a fidalguia
Branco é paz e harmonia
Brilha com o sol
Da manhã
Com a luz de um refletor
Salve o Tricolor.
É pouco provável que pelo menos três partidos que vão participar da campanha municipal de Mossoró, marchem unidos internamente até às urnas. As divergências internas prometem rachas profundos.
O PT, por exemplo, vive uma crise babélica. A pré-candidatura do professor Josivan Barbosa (PT) não deve vingar. É a própria Direção Nacional do partido que estabeleceu uma resolução interna, avocando para si o poder “democrático” de vetá-la. Botou a cabeça de Josivan na ‘bandeja’ para fazer um escambo com o PSB em nível nacional.
O PR é outro exemplo de “democracia” de cima para baixo. Seu presidente estadual e deputado federal, João Maia, depois de anos falando em independência e autonomia do diretório, puxou para si o poder de levar a sigla a se compor com o governismo municipal, mesmo o partido há mais de três anos fazendo oposição à gestão Fafá Rosado (DEM).
No PMDB, a barafunda não é menor. O partido até possui o advogado Wellington Filho como pré-candidato a prefeito da vereadora Cláudia Regina (DEM). Entretanto, dificilmente estará inteiro no palanque governista.
Haverá revoada de militantes e filiados no sentido da oposição. Anote. Depois cobre ao Blog essa previsão.
Nos três casos há um conflito entre desejo das bases e interesses dos “donos” desses partidos. Mas ao contrário do que ocorria num passado remoto, o “cabresto” não terá força para conter o ‘estouro da boiada’.
Da Rede Globo de Televisão
O programa “Fantástico” mostra uma farra milionária bancada com o dinheiro do contribuinte. Dinheiro aos montes, desviado de um tribunal de justiça no Nordeste. Um casal que participava da falcatrua conta em detalhes como era a vida de luxo que levava e acusa dois ex-presidentes do tribunal de integrar o esquema. A reportagem é de Eduardo Faustini.
Você já viu um papel higiênico todo estampado com notas de dinheiro? E ainda por cima dinheiro europeu?
“Foram retirados quase R$ 20 milhões. Não chega a R$ 20 milhões”, conta Carla Ubarana Leal, funcionária do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
O papel higiênico foi encontrado pela polícia em um dos imóveis de Carla. Mas os R$ 20 milhões que ela menciona não foram jogados no vaso sanitário. É tudo dinheiro de verdade – dinheiro público – desviado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. E, segundo Carla, os cerca de R$ 20 milhões roubados foram divididos entre ela e dois desembargadores. “Entreguei a desembargador Osvaldo Cruz e entreguei a desembargador Rafael Godeiro”, revela.
Com a parte dela no esquema, Carla e o marido compraram, entre outras coisas, uma mansão na beira do mar.
“Ela tem, como diz meu marido, mais de dois mil metros só de grama”, diz Carla.
Veja texto completo e vídeo da reportagem clicando AQUI.
Do jornal O Globo
Segundo o levantamento “Brasil Conectado – Hábitos de Consumo de Mídia”, que investigou a importância crescente da web na rotina dos brasileiros, mostra que a internet é considerado o meio mais importante para 82% dos 2.075 entrevistados. As pessoas ouvidas pelo instituto são usuárias da rede, têm entre 15 e 55 anos – 51% homens e 49% mulheres.
Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB), mais de 40% dos entrevistados passam, pelo menos, duas horas por dia navegando na internet (por vários dispositivos digitais), enquanto apenas 25% gastam o mesmo tempo assistindo TV.
A internet aparece como a atividade preferida por todas as faixas etárias, de renda, gênero e região quando se tem pouco tempo livre, somando 62%.
Em casa, a web é mais acessada em casa pela manhã quando 69% se conectam, 78% também acessam à tarde e 73% à noite. E também é a mídia mais popular em todos os demais lugares como trabalho, escola, restaurantes, shoppings e na casa de amigos.
“Todos os dados confirmam a expansão do mercado, que tende a se acentuar com as iniciativas de ampliação do acesso a banda larga e também ao aumento da base de smartphones. Estamos apenas no limiar de uma grande transformação”, disse Fabio Coelho, presidente do IAB.
Por Mário Prata
Samuel Wainer, o grande Samuel, estaria, se vivo fosse, dando sonoras gargalhadas, remexendo suas sobrancelhas desencontradas, colocando os óculos em cima da cabeça, tomando seu uisquinho ao ler a hilária discussão sobre a natalidade do japonês (ou não) Fujimori. Eu explico.
Samuel passou pela mesma acusação há mais de quarenta anos. Exatamente no começo dos anos 50. Tudo começou quando Samuel voltava de uma reportagem em Montevidéo para os Diários do Chatô.
De repente o piloto do bimotor avisou:
– Estamos sobrevoando a fazenda do Getúlio.
– Então desce.
– Descer?
Samuel saiu dali com uma reportagem sobre a volta do Getúlio Vargas. Um dos maiores furos da imprensa brasileira de então. “Diga ao Povo que Voltarei”, ou coisa parecida. Getúlio voltou e foi eleito presidente do Brasil. 1950.
Em 51/52 Samuel o convence a dar um jornal para ele, um jornal popular e nacional. O Banco do Brasil financiou e assim surgia no país o jornal “Última Hora” que iria revolucionar a imprensa brasileira gráfica, editorial e salarialmente.
É aqui que começa a história. O jornal fez um retumbante sucesso e o Carlos Lacerda, o ‘Corvo’, resolveu processar o Samuel dizendo que ele tinha nascido na Bessarábia e, portanto, pelas nossas leis, não poderia ser dono de um jornal. A coisa pegou fogo.
Samuel sempre dizia, até o dia da morte dele:
– Nasci no Bom Retiro, em São Paulo.
Nem no seu livro de memória ele assumiria não ser brasileiro. Mas um dia, poucos dias antes de morrer, disse para mim e para a Marta Góes:
– Vou confessar uma coisa para vocês. Eu nasci mesmo foi na Bessarária.
– E por que você não quer colocar isso no livro?
Sorrindo, entornando o uísque:
– É que quando o Lacerda começou a me encher o saco, 45 grandes intelectuais brasileiros assinaram um documento provando que eu tinha nascido na rua da Glória.
– E daí?
– Daí que tem uns que ainda estão vivos. Não posso fazer isso com eles. Seria muito deselegante.
Este era o leal Samuel Wainer. Morreu dizendo que era brasileiro. Aliás, cá entre nós, ninguém foi tão brasileiro quanto ele. Poderia escrever um livro inteiro sobre ele. Um mestre, um galã, uma inteligência rapidíssima.
Um dia fomos a um coquetel e eu estava andando de um lugar para o outro para cumprimentar as pessoas. Ele me segura pelo braço e ensina: “Todo coquetel tem uma coluna. Assim que você chegar acha logo a sua e fica encostado e deixa que o coquetel passe por você. Seja procurado, não procure. E fica tranquilo que os salgadinhos e a bebida também passam.”
E o dia que ele publicou, na primeira página do jornal, uma foto enorme dos ditadores militares batendo continência no desfile de 7 de setembro. Tudo normal, se ele não tivesse invertido a foto e apareceram todos os carrancudos militares a bater continência com a mão esquerda. Imagine o rolo que não deu. Ele ria gostoso. Parecia um moleque.
A última vez que vi o Samuel. Liga para mim e a Marta convidando para sair com ele e uma jornalista dinamarquesa que estava de passagem, para ir entrevistar o Borges em Buenos Ayres, a um show brasileiro. Ia levar a gringa para ver um show do Adoniran Barbosa. Pode? Com ele tudo podia. Fomos para lá.
Imaginávamos uma velha chata que o Samuel não queria aturar sozinho. Chegamos e vimos o Samuel numa mesa, com sua sempre camisa branca de gola rolê e paletó azul escuro, já encantando uma loira lindíssima de 25 anos, mais alta do que ele e uns quarenta anos a menos. E soltando todo seu irresistível e famoso charme de olhos azuis. Em francês, diga-se de passagem.
Terminado o show ele queria levar a moça (encantada com ele) para dançar no Hippopotamus.
– Samuel, seu pulmão não anda bom. Deixa isso pra lá. Não vá dançar… Eles insistiram. Deixamos os dois lá. Era um sábado. Na segunda de madrugada ele estava morto. Havia dançado mais o que devia. Definitivamente: Samuel nasceu na Bessarábia e morreu nos embalos de uma dinamarquesa.
Sua frase predileta:
– Eu estava lá. E era verdade. Sempre no lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa. E no país certo.
O seu bessarabiano Brasil.
Mário Prata – É escritor, jornalista, dramaturgo e cronista nascido em Uberaba-MG
Nota do Blog – “Minha Razão de Viver”, de Samuel Wainer, foi um livro que consumi num domingo de carnaval, nos anos 90. Devorei-o. Conteúdo e narrativa envolventes, indispensável para quem tem paixão pelo jornalismo.
À noite de hoje, o contribuinte potiguar tem um programa especial para acompanhar: o “Fantástico” da Rede Globo de Televisão, a revista eletrônica semanal da poderosa platinada.
No ar, reportagem especial sobre o Caso dos Precatórios no Tribunal de Justiça do RN (TJRN).
Carla Ubarana, que vive em prisão domiciliar em Natal, conforme chamada veiculada há dias pela Globo, vai explicar o óbvio: como chefe do setor de precatórios do TJRN, ela não poderia desviar sozinha estimados – por enquanto – R$ 20 milhões.
Qualquer pessoa medianamente bem-informada sabe que no serviço público a formação de quadrilha sempre se configura, à realização de qualquer outro crime de desvio de recursos.
Aguardemos o Fantástico, com pipocas e guaraná.
O ex-deputado estadual e ex-chefe de Gabinete Civil do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, não aceitou sua indicação para compor o Tribunal de Contas do Estado (TCE). A tentativa de sedução ocorreu há poucos dias no Rio de Janeiro.
Ele, após longos meses de abalo nas relações com o casal ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM)-governadora Rosalba Ciarlini (DEM), aceitou convite de ambos para um jantar no Copacabana Palace, endereço da fina burguesa carioca. Marcou sua reaproximação com Carlos. Antes já estivera com Rosalba em sua terra natal, Santana do Matos.
À mesa, um agradecimento do casal a Paulo, por ter aceito redigir discurso de Rosalba à saudação ao arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha. A governadora ligara para ele com a preocupação de impressionar o clérigo. Encomendou-lhe o discurso. Paulo aquiesceu, sem rodeios.
Quem noticiou o regabofe amistoso em primeira mão foi o jornalista Vicente Serejo, em sua coluna Cena Urbana, n´O Jornal de Hoje, na sexta-feira (11).
Sobre a indicação para o TCE, Paulo esquivou-se com a elegância que lhe foi ausente em outubro do ano passado. Àquela época, ele saiu do governo atirando para todos os lados, o que causou fratura numa convivência de longos anos com Carlos e Rosalba (veja AQUI).
Nota do Blog – A vacância no TCE vem desde outubro do ano passado, com a aposentadoria do conselheiro Alcimar Torquato. A propósito, Torquato foi nomeado recentemente para o comando da Junta Comercial do RN (JUCERN), no lugar do mossoroense Pedro Alcântara Lopes, que pediu demissão.
Por Samuel Paiva
Olá, eu sou Samuel de Oliveira Paiva, aluno matriculado no 4°Período de Direito da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). O relógio do canto inferior direito do meu computador aponta 01h30min da madrugada de Domingo para Segunda. Em verdade gostaria de estar dormindo para acordar bem para a aula.
Como se sabe, no entanto, estamos mais uma vez em greve, depois dos homéricos 106 dias. Gostaria de descer a certas minúcias que outros veículos ainda não desceram.
A aula era de Ciência Política, um homem baixinho, bem vestido, de modos polidos, gestos comedidos, voz tenra, e um jeito de falar que mais escondia que expunha, adentrou na sala. Sim era Anselmo Carvalho, o atual secretário-chefe do Gabinete Civil do Governo.
Educado, inteligente, mas com uma apatia que afastava qualquer dinâmica, o mestre nos explicava seus slides que misturavam os ensinamentos de Dalmo de Abreu Dallari e Paulo Bonavides. Uma vez eu perguntei-lhe se poderíamos chamar os Rosado de oligarquia. Ele abriu os braços, esticou um lábio, não respondeu. Insisti. “Cada um diz o que quer”, limitou-se a dizer.
Repare que com isso não quero ganhar tratamento de crítico agudo, rapaz ciente, ou qualquer estandarte que o valha. Acho simplesmente que aquilo fora prova de certa fraqueza, afinal um professor de Ciência Política não poderia se furtar a uma problemática desse tipo, ainda que fosse para argumentar de maneira diversa.
Era como se a Teoria não fosse digna da prática.
Lembro que Anselmo sempre nos indicava a leitura dos “Escritos Políticos” de Winston Churchill. Se compararmos suas frases que versam nesse sentido: “Só faremos o pagamento quando a lei de responsabilidade fiscal permitir”, com uma de Churchill, “não adianta dizer: Estamos fazendo o melhor que podemos. Temos que conseguir o que quer que seja necessário”, novamente somos tomados pela impressão de que para certas figuras a Teoria não merece a prática.
Sua curiosidade pelos livros é a mesma de um transeunte pelo corpo de um individuo que acaba de acidentar-se, olha, impressiona-se e vai embora tentando esquecer o horror que vira. Acho triste e incompreensível que alguém se satisfaça em ser cão de guarda alheio, um cão de guarda frio e burocrático.
De Rosalba Ciarlini (DEM) não esperava outra coisa. Só os neuróticos não sabem que na nossa política funciona o costume contra legem, não há segredos nisso, os prefeitos e vereadores compram eleitores avulsos, os governadores compram em atacado, por meio de “apoio”. Perceba que o “jogo político” na época de eleições faz com que, principalmente nas cidades pequenas, o candidato a Governo troque de prefeito cerca de quatros vezes.
Então sabemos que os alicerces são podres, logo sobre ele não se fixam grandes edifícios. Na campanha a qual Rosalba sagrou-se governadora, lembro que ela passou em minha cidade natal, como em muitos outros lugarejos. Lá encontrou, na zona rural, um circo – de fato era um circo – e centenas de eleitores apertados em trajes cor-de-rosa comprados às pressas, já que até duas semanas atrás o prefeito apoiava outro candidato.
Rosalba, junto com Zé Agripino, tirou fotos com um chapelão de palha na cabeça. Chamamos a isso de “festa da Democracia”. A poetisa Hilda Hist dizia que, etimologicamente, Democracia quer dizer Governo do Demônio (Demo=Demônio, Cracia=Governo). Rosalba era, por tanto, igual a todos, como poderia esperar que algo diferente brotasse desse seio político viciado?
Carlos Drummond verseja, como metáfora claro, de uma Flor que brota no meio do asfalto. Vendo-a surrada, insossa, esmilinguida, ele diz “É feia, mas é uma Flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”.
Escrevi um Cordel dizendo “É Rosa, mas não é uma Flor”.
A Uern precisa de muita coisa, vontade acima de tudo. Das mais simples informações a livros e papel-higiênico. Falta também respeito por parte de muitos professores aos estatutos de nossa faculdade, cronograma e outras coisas que as sucessivas greves bagunçam ainda mais.
Apesar de tudo, tenho muito orgulho e sinto-me deveras feliz em cruzar sua entrada de portões arriados.
Os professores têm que lutar por melhores salários sim. Às vezes nós alunos injustamente reclamamos de suas posturas, ocorre que no máximo passaremos cinco anos na faculdade, ansiamos levantar voo, só que a luta dos professores é a luta de uma vida inteira. Refiro-me aos verdadeiros professores, há muitos que não merecem esse título. Como há alunos que não o merecem.
O Curso de Direito recebeu o selo OAB. É apenas a prova de que somos bons em provas. Passamos por uma crise paradigmática no Direito, tremendo excesso de contingente, falta de consciente. Lênio Luiz Streck costuma perguntar em suas aulas se alguém aceitaria ser operado por um cardiologista que tivesse estudado por um livro intitulado “Manual de Cirurgia Cardíaca Descomplicado” ou “esquematizado”. No Direito isso é uma constante, somos obrigados a tal.
Torço para que nós alunos não nos percamos em nossas reinvidicações, tenhamos olhos abertos, dispensando as vias extremas e duvidando das muito fáceis. A luta é por Educação, somos de um país, de uma região, de um estado, deseducado.
Educação é prática, é como caridade. É a própria vida. Reflete-se desde a hora de votar até a de dizer sem alarme que sente a morte roubar-lhe as forças.
Samuel Paiva é estudante do quarto período de Direito da Uern e se apresenta ainda como “escritor amador” em seu blog denominado de “O efeito cafeína”.
Ligo para um amigo e o alcanço ‘passando por Assu’, diz-me ao celular. A voz é quase inaudível; foge e torna a interlocução quase impossível.
– Amigo, vou para Recife! Vou ver minha mãe. Não posso perder a oportunidade de ficar com ela mais um pouco – adianta-me.
– Ela tem 82 anos e cada momento como esse é precioso – justifica.
A conversa poderia se alongar. Mas não era preciso. Ouvi o suficiente. Restou-me o gosto seco, na boca, para lhe dizer… “vai, vai beijar sua mãe. Diga-lhe que mandei um beijo também.”
O beijo que não posso dar mais à minha…
“A sabedoria da vida é sempre mais profunda e mais vasta do que a sabedoria dos homens.”
Maximo Gorki
O ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM) desembarcou hoje em Mossoró, no Aeroporto Dix-sept Rosado, ao lado da mulher e governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Entre as prioridades de Carlos está uma conversa com o vereador Chico da Prefeitura (DEM) e sua família, além de procurar atrair o PDT para a coligação em torno do nome da vereadora Cláudia Regina (DEM), pré-candidata a prefeito por seu grupo.
Carlos faz uma verdadeira blitz, pois sabe que a eleição deste ano em Mossoró é emblemática. A alguns interlocutores ele tem repetido uma frase mais do que clara: “Nós não podemos perder em Mossoró!”
Nota do Blog – Chico da Prefeitura continua internado no Hospital Wilson Rosado, em que passou por uma série de procedimentos médicos delicados, como angioplastia e cateterismo, foi intubado e submetido a coma induzido devido a consideráveis problemas coronarianos.
A Prefeitura de Mossoró promove agora à noite a “Solenidade de Abertura da Exposição Celebrativa ao Centenário de Nascimento do Ex-Prefeito Jerônimo Dix-huit Rosado Maia”. Ele nasceu em Mossoró no dia 21 de maio de 1912.
O evento tem a presença da governadora e ex-adversária Rosalba Ciarlini (DEM), além de outros políticos dos mais diversos matizes, no Memorial da Resistência, Centro da cidade.
Deputado estadual constituinte, deputado federal (dois mandatos), senador da República (um mandato), Dix-huit foi o político que governou Mossoró por mais tempo. Foram quase 14 anos em três mandatos. Foi eleito pela primeira vez à prefeitura em 1972, depois em 1982 (com mandato de seis anos) e por último em 1992, quando faleceu no exercício do cargo no dia 22 de outubro de 1996.
Assumiu em seu lugar, no dia seguinte, a sobrinha e vice-prefeita dissidente Sandra Rosado (Hoje deputada federal pelo PSB, mas à época no PMDB).
Depois de Dix-huit, quem mais administrou Mossoró foi Rosalba Ciarlini (DEM), hoje governadora do Estado, casada com o sobrinho e ex-deputado estadual (quatro mandatos) Carlos Augusto de Souza Rosado (DEM). Ela foi eleita em 1988, 1996 e reeleita em 2000 (graças ao instituto da reeleição, uma faculdade até poucos meses inexistente na legislação brasileira). Foram 12 anos na gestão municipal.
Antes dela, coube ao padre Luís Ferreira da Cunha Mota, o “Padre Mota”, o 3º maior período de administração como prefeito do município. Ele ficou por quase nove anos e três meses. Assumiu interinamente no dia 18 de janeiro de 1936, com a renúncia inesperada do prefeito Duarte Filho.
Foi eleito em março do ano seguinte, mas com o golpe político de Getúlio Vargas, implantando a ditadura do chamado “Estado Novo”, foi destituído. Mas logo em seguida foi nomeado pelo interventor estadual Rafael Fernandes, ficando até 3 de abril de 1945 – quando renunciou ao cargo.
Do Blog de Roberto Guedes
Com base na documentação que já leu a respeito do escândalo dos precatórios do Tribunal de Justiça potiguar, o ministro Cezar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), chegou à conclusão de que os desembargadores Osvaldo Soares da Cruz e Rafael Godeiro Sobrinho são incompatíveis com o exercício da função, “colocando em risco a atividade judicante, a credibilidade de suas decisões e do próprio Poder Judiciário, bem como o curso normal das investigações”.
Relator do processo através do qual o STJ investiga a participação dos dois magistrados na quadrilha, Cezar Asfor Rocha tornou pública esta definição, que sugere o destino que espreita Osvaldo Cruz e Godeiro, em documento transcrito no “Diário da Justiça”.
Parece brincadeira, mas não é. Se é, não é deste Blog. Mas recebemos há poucos minutos outra “nota oficial”. Agora, é o professor Waldomiro Morais, presidente municipal do PT de Mossoró, que faz esclarecimentos sobre “Nota Oficial” enviada ontem à imprensa com sua assinatura.
Ele assinala que não autorizou o uso do seu nome, para dar autenticidade à nota em que se anunciava a convenção municipal do partido para o dia 10 de junho, reforçando luta por postulação própria do partido, através do nome do reitor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), professor Josivan Barbosa.
Eis abaixo a sua “Nota de Esclarecimento” de Waldomiro, com acréscimo de seu endereço físico e telefones. Além do próprio email registrado no sistema do Blog e provedor. Ufa! Vamos lá. Leiam:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A despeito de nota intitulada “PT de Mossoró assina nota reafirmando pré-candidatura de Josivan Barbosa” divulgada no dia de ontem, 11 de maio de 2012 em blogs locais venho a público prestar os seguintes esclarecimentos.
1- Na plenária realizada, dia 10 de maio, foram tirados alguns encaminhamentos, entre eles a divulgação de uma nota. No entanto, a nota divulgada não passou pelas modificações e adequações do Presidente e foi divulgada com a assinatura da Presidência do Diretório da qual não autorizamos.
2- não ocorreu reunião do Diretório Municipal, nem mesmo de Direção Executiva do PT no dia 10 de maio. Portanto, não poderíamos divulgar uma nota em nome dessas instâncias, uma vez que elas não se reuniram, por consequência não deliberaram sobre a matéria supracitada;
3- A plenária não é instância decisória, mas espaço de mobilização, debate, sugestões e encaminhamentos das decisões das instâncias partidárias (Diretório e Executiva). As sugestões aprovadas nesse dia 10 de maio necessariamente teriam que ser submetidas à Executiva Municipal, instância legitimamente constituída para deliberar sobre convocação de Convenção, conforme determina o Estatuto do PT, Artigo 158.
Mossoró, 12 de maio de 2012.
Professor. Valdomiro Morais
Rua: Luiz Ludugero, 14 – Abolição II
Mossoró/RN, Brasil (Brazil), CEP 59612-150
Fone (Phone): 0XX 84 3318 0604 – Celular 8898 1018
Nota do Blog – Só não entendo por que o professor Morais esperou que essa celeuma explodisse hoje, com outra Nota Oficial das entranhas do PT (como postagem mais abaixo), para vir a público denunciar o engodo e a má-fé do uso de seu nome e de sua função política.
Informação adicional que este Blog recebe de Íbero Hipólito, que compõe direção do PT de Mossoró, sobre a guerra de “notas oficiais” no âmbito da sigla, que chega à opinião pública:
– Prezado Carlos Santos, a nota anterior não era da direção. Foi um ato ilegal de setores desesperados do PT.
Nota do Blog – Veja postagem mais abaixo. Tente se situar nesse imbróglio.
A ‘nota anterior’ a que Íbero faz referência foi assinada pelo próprio presidente municipal do partido, professor Waldomiro Morais, em defesa da postulação a prefeito do reitor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Josivan Barbosa.
Este Blog a publicou ontem (sexta-feira, 11). Como publicou a nova, hoje.
Íbero faz parte da corrente contrária à candidatura própria, comandada no Estado pela deputada federal Fátima Bezerra (PT) e que tem o apoio do comando nacional do partido. No último dia 10 (quinta-feira), o Diretório Nacional baixou resolução interna com poderes para intervir no Diretório Municipal de Mossoró (veja AQUI).
A Executiva Municipal do PT de Mossoró esteve reunida à manhã de hoje e tomou decisão que torna ainda mais embaciado, complexo e sem prumo o partido em nível de Mossoró.
Segundo “Nota Oficial” da Direção Executiva, a “nota oficial” divulgada ontem à imprensa sobre posição partidária em relação à postulação de Josivan Barbosa a prefeito, não tem qualquer valor. Foi cometida uma ilegalidade assinada pelo próprio presidente local da sigla, o professor Waldomiro Morais.
Veja abaixo o conteúdo na íntegra da nova “Nota Oficial”, que inclusive desmancha decisão da anterior, que estabelecia a data de 10 de junho para convenção municipal da sigla. A nota data é 17 de junho. E adianta providência para que Diretório Nacional possa agir, fazendo intervenção no partido no município, caso seja necessário.
Uma barafunda. Veja:
PARTIDO DOS TRABALHADORES – MOSSORÓ/RN
RESOLUÇÃO de 12 de maio de 2012
A Direção Executiva do Partido dos Trabalhadores no Município de Mossoró, reunida extraordinariamente em 12 de maio de 2012, considerando:
1 – Que no dia 10 de maio de 2012 não ocorreu reunião do Diretório Municipal, nem mesmo de Direção Executiva do PT, mas uma plenária de mobilização, e, portanto, não caberia emissão de nota em nome do Diretório Municipal;
2 – Que no PT as plenárias não são instâncias decisórias, mas espaços de mobilização, debates, sugestões e encaminhamentos das decisões das instâncias partidárias (Diretório e Executiva).
3 – Que nos dias 09 e 10 de junho ocorrerá em Natal a etapa estadual do Curso para candidatos às eleições municipais promovido pela FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO com a participação de vários/as candidatos/as, inclusive do PT mossoroense;
RESOLVE:
1 – Convocar a Convenção Municipal do PT para 17 de junho de 2012, nos termos do Estatuto Partidário, Art. 158;
2 – Convocar reunião da Executiva Municipal para 26 de maio de 2012 com o objetivo de deliberar acerca de encaminhamentos relativos às eleições municipais, bem como preparativos da convenção; E discutir e deliberar sobre novas filiações.
3 – Levando em conta o quadro de indefinição política de Mossoró e à luz da Resolução aprovada pela Executiva Nacional em 10 de maio de 2012, solicitar ao Diretório Nacional que na próxima reunião prevista para 18 de maio, se posicione quanto à definição da tática eleitoral a ser adotada pelo PT Mossoró nas eleições municipais de 2012.
MOSSORÓ, 12 DE MAIO DE 2012.
Direção Executiva Municipal
Veja AQUI notícia e nota anterior, vista agora como desprovida de qualquer legalidade.
O editor deste Blog tem sido insultado com alguma regularidade, nos últimos dias, desde que aumentou a temperatura na sucessão municipal de Mossoró. É gente da militância rosalbista, é gente do suposto petismo, é quem teoricamente professa apoio a outra banda do clã Rosado.
A maioria usa pseudônimos e endereços de email falsos, pois não sustenta sequer a coragem de ser alguém. Prefere ser um espectro. Suas ideias e comportamento têm o odor forte da naftalina.
A intolerância toma conta não apenas da Web, mas do mundo real, “de mermo e mermo”, como se diz em nossa linguagem sertaneja.
Alguns desses indivíduos me julgam com base no que são e não do que sou. É o que os estudiosos da mente humana definem como “ego refletido”. Compreendo bem isso.
Sei como funciona essa mentalidade doentia, esse patrulhamento sórdido, comum aos fracos e incapazes que indiretamente confessam seu recalque e fracasso, tentando vilipendiar alguém. É uma admiração que se manifesta de forma difusa.
Condeno-os, de antemão, a diariamente visitarem esta página, lendo o que eu escrevo e a intervenção de centenas de colaboradores, gente capaz de debater sem rosnar. Não vou bater boca nem devolver agressões, pois esse tipo de comportamento não merece interlocução. O silêncio e o desprezo são remédios infalíveis para os babaquaras.
Lido com esse tipo de situação há quase 30 anos de exercício profissional, numa urbe que adora rotular pessoas para exaltar falsos rubís e linchar moralmente outras – por temor ou inveja. Muitos não conseguem conviver com o sucesso e a felicidade alheios.
Eu e meus filhos fomos vítimas há poucos meses de uma página apócrifa na Internet, montada, financiada e editada por uma quadrilha de pessoas ligadas a uma banda dos Rosado. Utilizaram até meios públicos para ataques infames e ameaças de violência física contra filho meu.
Conforme informações oficiais colhidas em juízo, ou seja, pela própria Justiça, entre os envolvidos estavam um secretário municipal e dois jornalistas marginais que há anos atuam como jagunços dos poderosos. Quem pagar, eles trabalham. Nem discutem o que fazer: fazem qualquer serviço sujo. São sicários sem um pingo de pudor.
Este Blog tem sido um ferrenho defensor do direito do PT ter candidato próprio e do professor Josivan Barbosa ser este nome ou não. Entretanto respeita a política da dinastia Rosado em continuar com a hegemonia do poder, a seu modo, mesmo não concordando com a oligarquia recalcitrante que empinam.
Discuto sob a ótica do cientificismo político, por acreditar na alternância no poder como uma fórmula mais sadia de gestão da urbe e na dialética como essência aos avanços sociais. Prender-se a nomes é limitar-se e limitar.
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Vivo e transito entre os muitos atores da cena política, sem problemas. Não tenho nada de pessoal contra a enorme maioria. Quem tentou me fazer mal e à minha família, trato de ignorar. Não dedico um segundo a lhe ofertar importância, o que seria um enorme privilégio. Meu tempo é dedicado a coisas e gente que gosto. “Gente eu lustro, coisas eu uso” – e não ao contrário.
Mas não pense você, webleitor, que a democracia de opinião única, preferencialmente a sua, só exista entre os Rosado. Pensar diferente, é ditadura, para muito belzebuzinho de fachada esquerdista que sonha em ser burguês. Como dizia o pensador Antônio Gramsci, a esquerda não tem modelo próprio de poder, apenas sonha em copiar a burguesia.
Eu tenho direito de votar livremente ou trabalhar ou não para quem bem entender. Não estou trabalhando para ninguém na campanha mossoroense que se desenha, porque não quero. Não faltaram convites velados ou explícitos de A, B e C.
Antes de ser um simples repórter interiorano, tabaréu desse ofício nas ribeiras do rio Apodi-Mossoró, sou cidadão. Estou com meus plenos direitos políticos para o exercício do voto e o exercerei. Nunca votei em branco e não o farei em outubro próximo.
Também deixo claro – outra vez – que não sou imparcial. SOU PARCIAL (assim mesmo, com letras maiúsculas). A imparcialidade humana é uma farsa. Não existe. Não me permito é ser leviano. Já este Blog é pluralistas e democrático. Transformou-se num fórum de debates pela vontade da grande maioria, tratando dos mais diversos temas.
Como sempre faço há anos, digo abertamente – e publico – em quem voto e por que voto, sem medo de ser execrado ou atrás de afagos. Sou um homem livre e isso é um pesado fardo para muitos que precisam estar presos a algo ou alguém, para que pareçam libertos.
Para mim, nada demais: é o que sou.
Veja AQUI também o artigo “Sou parcial e não nego, além de adorar Mossoró (de graça)”, escrito e postado no dia 24 de junho de 2009.
Natal vive hoje a expectativa quanto à postulação ou não de Wilma de Faria (PSB) ao governo municipal.
Se não for candidata, ela ajudará na nomeação de Carlos Eduardo (PDT) à prefeitura. Se for, dará um fio de esperança ao DEM, num eventual segundo turno.
Até aqui, o DEM da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) não tem sequer postulante direto à municipalidade e aposta na cisão entre Carlos e Wilma para alimentar alguma esperança de apoio.
Segundo turno com Carlos x Wilma passaria a ser muito possível. Com quem o governismo estadual ficaria, heim? Só não seria com Wilma.
A conceituada jornalista Anna Ruth Dantas (Blog Panorama Político) diz que Micarla de Sousa (PV) não será candidata à reeleição. Usará um “Plano B”.
Seu delicado quadro de saúde será a saída para desistir do projeto de reeleição, até porque todos os números de pesquisas revelam uma reprovação estrondosa a seu governo.
Será “Dia do Fico” para o cidadão natalense:
“Fico livre de Micarla”.
Nota do Blog – Uma pergunta pertinente: quem vai querer o apoio de uma prefeita que já passou a barreira dos 90% de reprovação administrativa?
Se a deputada Sandra Rosado (PSB) tivesse 1% do poder que setores do PT-Mossoró acham que ela tem, a mulher estava na cadeira de Dilma Rousseff (PT).
O que ouço de alguns porta-vozes do petismo mossoroense é um desvario. Não sei se é por desconhecimento de causa, estupidez ou estratégia.
Há uma absurda transferência de culpa. Tentam explicar e justificar a iminente intervenção que o partido sofrerá em Mossoró, propagando que é tudo articulação, influência e decisão da parlamentar.
Até aqui, o partido em Mossoró não localizou o cerne da questão: é o próprio PT que, por estratégia de interesse maior, no plano nacional, mercadeja e transforma a postulação de Josivan Barbosa a prefeito do município, numa moeda de troca. Do ponto de vista da ciência política, é uma postura compreensível, mesmo que censurável, questionável.
Só isso.
A artilharia pesada e a catilinária, se continuarem sendo usadas nesse caso, deve ser apontada para Rui Falcão (presidente nacional do PT) e para a deputada federal Fátima Bezerra (PT), parlamentar estadual. Eles, abertamente, defendem essa posição partidária.
Só isso.
Nota do Blog – Os petistas deveriam redirecionar sua ira para a outra banda Rosado, que usa setores da mídia sob seu controle para açular o partido contra a postulação da filha de Sandra a prefeito, deputada estadual Larissa Rosado (PSB).
A crença do governismo municipal é que a postulação de Josivan só tira votos de Larissa e essa descapitalização ajuda muito a manutenção do DEM como a força hegemônica na cidade.
Só isso.
Por Heverton de Freitas (Do Novo Jornal)
O caminho do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) rumo à presidência da Câmara dos Deputados no próximo ano parece estar bem pavimentado. Pelo menos é o que se pode deduzir das declarações do atual presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT/RS) que esteve em Natal quinta-feira (10) para receber o título de cidadão natalense na Câmara Municipal.
Pouco antes do evento oficial em que seria homenageado, o petista que ocupa o segundo posto na linha sucessória da República se reuniu com os correligionários na sede do PT onde concedeu uma rápida entrevista e garantiu que a aliança entre PT e PMDB está sólida e será mantida não só para a sucessão dele na presidência da Câmara dos Deputados, mas também na formação da chapa na sucessão da presidente Dilma Rousseff em 2014.
Nem mesmo as divergências recentes na votação de projetos importantes como a votação do novo Código Florestal, no qual o líder do PMDB encaminhou a votação contra a proposta que era defendida pelo Palácio do Planalto e abraçada pelo PT na Câmara dos Deputados, abalou a aliança entre os dois partidos na avaliação do presidente Marco Maia.
“O acordo entre PT e PMDB é muito sólido e será mantido não só para a minha sucessão, como para a sucessão da presidente Dilma Rousseff, temos encaminhado muitas questões conjuntamente e é natural que numa Casa onde há tantas tendências aconteçam momentos em que PT e PMDB não caminhem de forma uníssona”, disse.
“Não haverá por parte do PT nenhum veto ao nome que vier a ser indicado pelo PMDB e o deputado Henrique Alves, é experiente, é o decano da Câmara, onde é o maior expoente do PMDB e por isso tudo indica que será o indicado pelo PMDB e garanto que quem for o indicado pelo PMDB será também pelo PT” ,ratificou.