terça-feira - 23/10/2012 - 04:13h
Natal

TV Ponta Negra realiza debate hoje à noite

A TV Ponta Negra, afiliada do SBT em Natal, promove mais um debate com os candidatos a prefeito da capital do Rio Grande do Norte, no atual segundo turno.

Ontem, foi a TV Tropical que realizou essa modalidade de programa. Hoje, a Ponta Negra.

A emissora realizará o seu debate às 21h30.

O debate será mediado pela jornalista Geórgia Nery em quatro blocos.

Os candidatos Carlos Eduardo Alves (PDT) e Hermano Morais (PMDB) asseguraram participação no programa.

 

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segunda-feira - 22/10/2012 - 23:58h

Pensando bem…

“Na verdadeira amizade, dou-me ao meu amigo mais do que dele quero para mim.”

Montaigne

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segunda-feira - 22/10/2012 - 23:09h
José Dirceu

“Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha”

Do Blog de José Dirceu

Mais uma vez, a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal em me condenar, agora por formação de quadrilha, mostra total desconsideração às provas contidas nos autos e que atestam minha inocência. Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha.

Assim como ocorreu há duas semanas, repete-se a condenação com base em indícios, uma vez que apenas o corréu Roberto Jefferson sustenta a acusação contra mim em juízo. Todas as suspeitas lançadas à época da CPI dos Correios foram rebatidas de maneira robusta pela defesa, que fez registrar no processo centenas de depoimentos que desmentem as ilações de Jefferson.

Como mostra minha defesa, as reuniões na Casa Civil com representantes de bancos e empresários são compatíveis com a função de ministro e em momento algum, como atestam os testemunhos, foram o fórum para discutir empréstimos.

Todos os depoimentos confirmam a legalidade dos encontros e também são uníssonos em comprovar que, até fevereiro de 2004, eu acumulava a função de ministro da articulação política.

Portanto, por dever do ofício, me reunia com as lideranças parlamentares e partidárias para discutir exclusivamente temas de importância do governo tanto na Câmara quanto no Senado, além da relação com os estados e municípios.

Sem provas, o que o Ministério Público fez e a maioria do Supremo acatou foi recorrer às atribuições do cargo para me acusar e me condenar como mentor do esquema financeiro. Fui condenado por ser ministro.

Fica provado ainda que nunca tive qualquer relação com o senhor Marcos Valério. As quebras de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico apontam que não há qualquer relação com o publicitário.

Teorias e decisões que se curvam à sede por condenações, sem garantir a presunção da inocência ou a análise mais rigorosa das provas produzidas pela defesa, violam o Estado Democrático de Direito.

O que está em jogo são as liberdades e garantias individuais.

Temo que as premissas usadas neste julgamento, criando uma nova jurisprudência na Suprema Corte brasileira, sirvam de norte para a condenação de outros réus inocentes país afora. A minha geração, que lutou pela democracia e foi vítima dos tribunais de exceção, especialmente após o Ato Institucional número 5, sabe o valor da luta travada para se erguer os pilares da nossa atual democracia.

Condenar sem provas não cabe em uma democracia soberana.

Vou continuar minha luta para provar minha inocência, mas sobretudo para assegurar que garantias tão valiosas ao Estado Democrático de Direito não se percam em nosso país. Os autos falam por si mesmo.

Qualquer consulta às suas milhares de páginas, hoje ou amanhã, irá comprovar a inocência que me foi negada neste julgamento.

São Paulo, 22 de outubro de 2012

José Dirceu (ex-ministro do Governo Lula, condenado no Supremo Tribunal Federal-STF por comandar suposta quadrilha do “mensalão”).

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 22/10/2012 - 22:52h
Mensalão

STF condena Dirceu, Delúbio e Genoíno por quadrilha

Do Globo.com

Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta segunda-feira (22) por crime de formação de quadrilha cometido durante o episódio do mensalão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, Marcos Valério e outros seis acusados. Os quatro já tinham sido condenados  anteriormente no mesmo julgamento por corrupção ativa.

Com a decisão, o Supremo concluiu a análise do último item a ser julgado. Nesta terça (23), a corte começará a definir questões pendentes, como o que fazer nos casos de empate, e a fixar o tamanho das penas para os condenados.

Dos 37 réus, 25 foram condenados por diferentes crimes, nove foram absolvidos e três estão com a situação indefinida – veja como votaram os ministros sobre cada réu.

Veja matéria completa clicando AQUI.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 22:36h
Hoje

Nome da Procuradoria do RN “vence” Quinto Constitucional

Letícia: primeiro lugar

Magna Letícia de Azevedo Lopes Câmara, 47, casada, mãe de dois filhos, graduada em Direito pela Universidade Federal do RN (UFRN) em 1986, é dos quadros da Procuradoria do Estado desde 1994.

Com a votação de hoje para escolha do Quinto Constitucional, ela credenciou-se fortemente para se transformar em desembargadora do Tribunal de Justiça do RN (TJRN). Foi a mais votada, com 1.351 votos.

Se fizer parte de nova “filtragem” que ocorrerá no próprio TJRN, com formatação de listagem com três nomes para escolha da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), Letícia terá sua própria votação como um forte argumento para ser ungida desembargadora.

Desembargadoras

Ela desbancou outros concorrentes tidos como favoritos, como os advogados Artêmio Jorge de Araújo Azevedo e Verlano de Queiroz Medeiros.

Atualmente, Magna Letícia é procuradora-geral adjunta do Estado, compondo o Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Comissão do Concurso para preenchimento de vagas para o cargto de procurador do Estado, a ser deflagrado brevemente.

No Tribunal de Justiça do RN só existe, na atualidade, apenas duas desembargadoras. Judite Nunes, que a propósito é quem preside essa corte, além de Zeneide Bezerra.

O futuro desembargador (a) substituirá Caio Alencar que se aposentou há poucos meses.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 22:02h
Quinto Constitucional

Advogados escolhem lista para Tribunal de Justiça

Estão definidos os seis nomes da lista sêxtupla do Quinto Constitucional, que resultará na indicação de um ungido para o compor o Tribunal de Justiça do RN (TJRN).

As eleições hoje em Natal, Mossoró, Assu, Caicó, Macau e Pau dos Ferros não apresentaram maiores surpresas.

Todos os escolhidos pelo voto direto dos advogados do Rio Grande do Norte – 3.272 que compareceram às urnas – militam em Natal. Votos em branco chegaram a 1.761 e os nulos totalizaram 3.573.

Eis abaixo a votação de cada um dos candidatos. Os seis primeiros são os componentes da lista. O detalhe é que o sexto nome é o de Priscila Coelho, que teve mesma votação que Gladstone Heronildes, mas foi escolhida por ter número de inscrição mais antiga na OAB:

1- Magna Letícia de Azevedo Lopes – 1.351
2- Artêmio Jorge de Araújo Azevedo – 1.304
3- Marisa Rodrigues de Almeida Diogenes – 1.299
4- Verlano de Queiroz Medeiros – 1.292
5- Glauber Antônio Nunes Rêgo – 1.005
6- Priscila Coelho da Fonseca  e Gladstone Heronildes da Silva – 930
8- Carlos Sérvulo de Moura Leite – 781
9- Nivaldo Brum Vilar Saldanha – 766
10- Daniel Alves Pessoa – 740
11- Marcos Antônio da Silveira Martins Duarte – 597
12- Olavo Hamilton Ayres Freire de Andrade – 570
13- José Luiz Carlos de Lima – 558
14- Felipe Augusto Cortez Meira de Medeiros – 520
15- Waldenir Xavier de Oliveira – 402
16- Francisco Valadares Filho – 391
17- Jesulei Dias da Cunha Junior  – 289
18- Luís Marcelo Cavalcanti de Sousa – 245
19- José Augusto de Oliveira Amorim – 217
20- Idálio Campos – 199.
* Veja adiante como foi a votação em Mossoró.
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segunda-feira - 22/10/2012 - 21:45h
Lançamento

Gestão ambiental é tema de novo livro

Tema dos mais atuais para quem atua na área jurídica, a Gestão Ambiental ganha mais uma importante contribuição literária por parte do advogado e consultor Boisbaudran Imperiano.

Em Direito, Auditoria e Instrumentos de Gestão Ambiental, ele traz à tona a questão ambiental vivenciada na atualidade, debatendo sobre o modelo econômico e a problemática ambiental como um todo.

O lançamento desse trabalho acontecerá nesta terça-feira (23/10/2012), na Livraria Saraiva (3º Piso do Midway Mall, em Natal) – às 19h.

O autor é advogado, biólogo e professor. Tem atuação como advogado em Recife (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN). Pós-Graduado em Análise e Gerenciamento Ambiental, em Administração Hospitalar, em Direito do Trabalho e em Direito Ambiental, ele é doutorando em Direito pela Universidade Federal de Buenos Aires – UBA (Argentina).

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segunda-feira - 22/10/2012 - 21:02h
Phabiano Santos

Nova missão de marketing eleitoral

Depois da exaustiva campanha à Prefeitura de Mossoró, compondo equipe de marketing da candidata Larissa Rosado (PSB), o publicitário Phabiano Santos embrenha-se em nova tarefa.

Ele foi contratado para fazer o marketing da campanha à presidência da Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Mossoró, do atual vice-presidente Aldo Fernandes.

Aldo encabeça a Chapa 1, em pleito que ocorrerá no próximo mês.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 15:21h
Para 2014

O tempo e os meios à disposição de Rosalba

Alguns webleitores perguntam na infovia e em encontros informais, comigo, na “vida real”, se é possível Rosalba Ciarlini (DEM) reverter o quadro de reprovação gigantesca de sua gestão.

Uso a mesma expressão que empreguei durante a campanha municipal de Mossoró, em relação à postulação vitoriosa de Cláudia Regina (DEM):

– Há tempos e meios.

Entretanto, pondero, que são duas situações distintas em ambientes díspares.

A governadora tem praticamente dois anos para mudar esse quadro desfavorável da capital ao interior.

Repito: “Há tempos e meios”.

Ela é candidata natural ao governo em 2014. Até aqui, sem adversários.

Nem mesmo é possível se identificar com segurança quais as forças coligadas – ou não – que devem enfrentá-la.

Ninguém se apresse em profetizar sua derrocada ou apostar numa reeleição fácil.

É isso.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 13:38h
Sem nomeação

TCE está há mais de um ano “desfalcado”

O Tribunal de Justiça do RN (TJRN) em poucas semanas vai ganhar seu novo componente, saído da chamada lista do “Quinto Constitucional”, indicação feita pelos advogados do estado.

As eleições para a escolha acontecem hoje (veja postagem abaixo).

Já em relação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o lengalenga ainda não tem data para ser encerrado.

Faz mais de um ano que a governadora Rosalba Ciarlini “cozinha o galo” e não escolhe seu indicado, no lugar do conselheiro Alcimar Torquato (ex-deputado estadual), que se aposentou em outubro do ano passado.

Os Tribunais de Justiça da Paraíba, Paraná, Goiás e Mato Grosso  anularam nomeações de conselheiros por caracterização de motivação politica e nepotismo.

No Rio Grande do Norte, a vaga de Alcimar foi transformada em peça de escambo político envolvendo a sucessão mossoroense, mas que acabou sendo frustrada.

O esquema previa que a prefeita de direito de Mossoró, Fátima Rosado (DEM), a “Fafa”, renunciasse ao governo para ensejar a candidatura da vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM) – irmã da governadora.

Só que Fafá terminou recuando da proposta, mantendo-se no cargo. Quem se viabilizou à candidatura e saiu vitoriosa nas urnas foi a vereadora governista Cláudia Regina (DEM).

Mesmo a manobra não se consumando, ficou o mal-estar e muita polêmica negativa ao governo e ao próprio TCE.

Nota do Blog – Vale ser ressaltado que nesse espaço de tempo, Alcimar já saiu do TCE e foi indicado para presidir a Junta Comercial do RN (JUCERN), órgão da esfera estadual.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 12:58h
Quinto Constitucional

Advogados indicam hoje lista para TJRN

É hoje a eleição para escolha da lista sêxtupla de advogados à indicação de uma vaga no Tribunal de Justiça do RN (TJRN). As eleições vão acontecer até às 17h.

Ainda hoje será conhecido o resultado. Vinte advogados disputam a indicação de seus pares  ao TJRN, conhecido como “Quinto Constitucional”.

Está em jogo o lugar deixado pelo desembargador Caio Alencar, que recentemente se aposentou.

Os seis nomes escolhidos serão submetidos à apreciação do TJRN. Dai sairá uma lista tripla para análise da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Ela terá a primazia de fazer a “filtragem” final.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 08:03h
Em novembro

Disputa à OAB em Mossoró deve ser difícil

A disputa à Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Mossoró, não caminha para ser o “passeio” cantado em prosa e verso há alguns meses.

O surgimento de chapa encabeçada – à oposição – pelo advogado Aurino Carlos, com Thiago Rego a vice, ganha musculatura para a contenda em novembro.

Um reforço à própria jornada oposicionista é o desempenho da Chapa 2 à OAB do RN, que tem à frente o advogado Aldo de Medeiros Filho. Segundo pesquisa divulgada à semana passada, ele e sua vice Lúcia Jales estariam levando vantagem sobre o situacionismo em Natal e Mossoró (veja AQUI).

A disputa é sempre salutar, sobretudo se levantada em bom nível. O situacionismo terá o advogado Aldo Fernandes como candidato.

Ele é o atual vice do presidente Humberto Fernandes.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 07:29h
O Jornal de Hoje

Olivetto no Centro de Convenções de Natal

O publicitário Washington Olivetto fará palestra no próximo dia 31 em Natal, às 19h30.

Será no Centro de Convenções de Natal.

A promoção é d´O Jornal de Hoje que chega aos 15 anos com muito vigor.

Imperdível.

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segunda-feira - 22/10/2012 - 04:21h
Atraso

Festival de besteiras da política potiguar

Estamos regredindo a passos largos na atividade política neste estado do Rio Grande do Norte.

Dois episódios registrados em Mossoró e Natal na campanha deste ano revelam a dimensão desse fosso.

Em Mossoró, o PMDB do deputado federal Henrique Alves – com a ajuda da campanha da candidata vitoriosa Cláudia Regina (DEM) – passou semanas discutindo o direito ao uso da cor verde, censurando a sua suposta apropriação pela adversária Larissa Rosado (PSB).

Em Natal, o PT vai às “barras da Justiça” tentar impedir o candidato Hermano Morais (PMDB) de utilizar uma estrela de cinco pontas, estilizada, como simbologia de sua campanha.

Enquanto isso… no Hospital Walfredo Gurgel.

Se o cronista Sérgio Porto, sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, estivesse vivinho da silva, escreveria uma versão potiguar para seu imortal Festival de Besteira que Assola o País (FEBEAPA).

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domingo - 21/10/2012 - 23:45h

Pensando bem…

“Perder a coragem é pior do que perder o dinheiro.”

Textos Judaicos

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domingo - 21/10/2012 - 22:22h
Zélia Duncan & Artur Nestrovski

Letra e Música – 190

A boa música não tem tempo nem hora. Jura Secreta de Abel Silva e Sueli Costa é um exemplo.

E na interpretação de Zélia Duncan, com violão de Artur Nestrovski, é algo indizível.

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei
Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada que eu quero me suprime
De que por não saber ‘Inda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega
O que me faz infeliz
É o brilho do olhar
Que não sofri.

Aproveite o vídeo acima, para começar a semana inspirado.

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domingo - 21/10/2012 - 20:11h
Segundo turno

Carlos Eduardo bota 19,68% de dianteira

Mais uma pesquisa aponta boa dianteira de Carlos Eduardo Alves (PDT) à Prefeitura do Natal, no segundo turno.

A maioria é de 19,68 pontos percentuais.

Agora é o Instituto Certus, em parceria com o jornal Tribuna do Norte, que apresenta números no segundo turno.

A pesquisa está registrada com o número 239/2012, com entrevistas feitas nos dias 18 e 19 de outubro, ouvindo 803 pessoas, com margem de erro de 3 pontos percentuais.

Veja abaixo os números da sondagem Estimulada:

– Carlos Eduardo (PDT) – 51,06%;
– Hermano Morais (PMDB) – 31,38%;
– Nenhum – 10,83%;
– Não sabe – 5,85%;
– Não respondeu – 0,87%.

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domingo - 21/10/2012 - 20:00h

Eu lírico

Por Fabrício Carpinejar

Sou filho de dois poetas.

Os enfrentamentos domésticos traduziam Bucólicas, Geórgicas, Éclogas.

Os pais gastavam o dicionário em ironia e sarcasmo. Palavras velhas, aforismos, citações serviam para cutucar o outro na mesa durante o almoço.
Não usavam palavrões, entretanto se ofendiam igual, com raiva e espuma.

Trocavam o baixo calão pelos arcaísmos.

Nós, os quatro filhos, dedicávamos a decifrar as indiretas. Mas os pais, escolados e chiques, não admitiam discutir.

— Estamos apenas debatendo — avisava o pai.

Sim, fingíamos acreditar, desde quando o divórcio era Curso de Literatura?

O “eu lírico” predominava como principal recurso para disfarçar o atrito.

— Não é briga de verdade, nossos eus líricos divergiram.

— Eu lírico, pai?

— O eu lírico é a voz do poema, não significa a voz do escritor. É um sentimento que vem do texto, e que não foi vivido necessariamente pelo autor. É um “eu” poético que se diferencia do “eu” real.

Aquilo nos irritava duplamente: pelo moralismo e pela mentira.

No fundo, o eu lírico é uma esquizofrenia de gente culta, só isso.

Toda conversa que cheirava mal vinha com a desculpa do “eu lírico”.  Uma espécie de “brincadeirinha”.

Ninguém assumia a responsabilidade das suas teorias. O pai escapava do peso das afirmações, a mãe escamoteava da gravidade das acusações.

Dois adultos livres do julgamento e de veneno irrefreável.

Foi neste tempo, tinha oito anos, que acho que comecei a me masturbar.

Já me preocupava muito mais em saciar o corpo do que acalmar a loucura do matrimônio deles.

Pena que não havia privacidade sexual numa residência de um único banheiro.

Precisava escolher o momento mais pacato e sem concorrência para me tocar. Costumava ser 15h, depois do congestionamento do almoço. Até para se masturbar tinha que marcar hora, e reservar sala.

Numa tarde pacífica, municiado de Playboys antigas, eu batia punheta com calma quando a mãe forçou a porta e a tranca automática cedeu.

Ela me pegou em flagrante. Em vez de olhar e desaparecer, abriu a porta e congelou seu rosto em mim. Fixou seus olhos na minha pose de banquinho.

Ainda perguntou à queima-roupa:

— Filho, o que está fazendo?

Diante do óbvio, me restou responder:

— Nada, mãe. É o meu eu lírico.

Fabrício Carpinejar é professor, escritor e cronista.

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domingo - 21/10/2012 - 19:43h
Mossoró

Eleições municipais sepultam sinal de “terceira via”

As eleições municipais de Mossoró, deste ano, sepultaram o mínimo sinal de surgimento de uma “terceira via” política em Mossoró. Não ficou sequer um rastro dessa hipótese. Foi pífia a votação dos três candidatos a prefeito por partidos de pequeno porte.

Voltou, com força total, a bipolarização fechada entre dois grupos do clã Rosado.

Em 2008, eleições municipais anteriores, o então vereador Renato Fernandes (PR) ainda apareceu como uma tênue alternativa, mesmo com uma campanha “soft” (leve). Obteve 11.306 votos (9,17%). Com a soma dos 464 votos (0,38%) de Heronildes Bezerra, “Heró”  (PRTB), a oposição não-Rosado alcançou 9,55 pontos percentuais de votos válidos.

Nas eleições deste ano, os três candidatos não-Rosado tiveram desempenho sofrível. Josué Moreira (PSDC) – 1.932 (1,43%); Raimundo Nonato Sobrinho (Psol), “Cinquentinha” – 948 (0,70%) e Edinaldo Calixto (PRTB) – 0 (votos sob questionamento judicial).

Cláudia Regina (DEM) – 68.604 (50,90%) e Larissa Rosado (PSB) – 63.309 (46,97%), que bipolarizaram a disputa, somaram 97,87 pontos percentuais dos votos válidos.

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domingo - 21/10/2012 - 19:21h
Balanço de 2012

Grupo de Larissa precisa definir seu futuro

Derrota eleitoral de deputada ainda a deixou com bom "capital", mas que poderá se desmanchar logo

Qual o futuro do grupo da deputada federal Sandra Rosado (PSB) e da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), após contabilizar a quinta derrota consecutiva à Prefeitura de Mossoró, neste ano?

A pergunta é pertinente, haja vista que nunca – em cinco campanhas consecutivas – esteve tão perto de ganhar a municipalidade. Perdeu por pouco, mas perdeu – novamente – em 2012.

Larissa teve bom capital de votos, mas fuguro é incerto (Eduardo Kennedy)

Larissa teve bom capital de votos, mas futuro é incerto (Eduardo Kennedy)

Nas cinco últimas edições da disputa municipal, o esquema da atual governadora Rosalba Ciarlini (DEM) foi quem levou a melhor: com a própria Rosalba (duas vezes), Fafá Rosado (DEM), com dois êxitos eleitorais e agora a vereadora Cláudia Regina (DEM).

O grupo de Sandra perdeu em 1996 com ela, em 2000 com Fafá (que fazia parte do seu sistema) e nos anos de 2004, 2008 e este 2012, com a deputada estadual Larissa Rosado, sua filha.

Eleições de 1996 (Fonte: Agência Herzog):

– Rosalba Ciarlini (PFL) – 57.407 (52,64%);
– Sandra Rosado (PMDB) – 26.118 (28,50%);
– Jorge de Castro (PT) – 4.878 (5,32%);
– Valtércio Silveira (PMN) – 3.237 (3,53%);
– Brancos – 1.549 (1,69%);
– Nulos – 3.802 (…);
– Maioria pró-Rosalba Ciarlini de 31.289 (24,14%).

Larissa ainda têm fôlego e ânimo para a quarta campanha consecutiva? E por que Larissa tem que ser candidata novamente a prefeito em 2016?

O “rosadismo”, base de onde  nasceu a derivação do “rosalbismo” (neologismo relacionado à Rosalba Ciarlini), praticamente dividiu ao meio a preferência do eleitorado com o governismo, na eleição deste ano. Tem muito a lamentar, e alguma coisa a comemorar.

O estrago já foi maior. Mesmo assim, talvez seja a hora de parar e fazer um balanço dessas lutas, estratégias e se submeter a alguma reciclagem.

Os números das eleições 2012 não são dos piores, num comparativo com as quatro contendas anteriores, pois houve profundo decréscimo na vantagem que o rosalbismo vinha impondo a cada pleito.

Em 1996, Rosalba venceu Sandra com 24,14 pontos percentuais de maioria, ou seja, 31.289 votos. Em 2000, Rosalba elegeu-se pela terceira vez à prefeitura, atropelando a enfermeira Fafá Rosado (apoiada por Sandra), com 14.839 votos (14,19%). Em 2004, cooptada pelo rosalbismo, Fafá deixou Larissa Rosado (então no PMDB) em segundo lugar, com 23.075 votos de maioria (19,61%).

Já em 2008, a mesma Fafá reelegeu-se com 19.018 votos  de vantagem (16%). Agora, Cláudia Regina, vereadora apoiada por Rosalba, bateu Larissa com 5.295 votos (3.93%). Dos males, o menor, não obstante a frustração de outra queda.

Eleições de 2012 (Fonte: Agência Herzog e TSE):

Cláudia Regina (DEM) – 68.604 (50,90%)
Larissa Rosado (PSB) – 63.309 (46,97%)
Josué Moreira (PSDC) – 1.932 (1,43%)
Raimundo Nonato Sobrinho (Psol), “Cinquentinha” – 948 (0,70%)
Edinaldo Calixto (PRTB) – 0 (0%)
Votos Apurados – 143.853
Votos Válidos – 134.793 (93,70%)
Votos em Branco – 2.323 (1,61%)
Votos Nulos – 6.737 (4,68%)
Abstenções – 21.122 (12,80%).
Maioria de Cláudia Regina sobre Larissa Rosado: 5.295 votos (3.93%).

Os números atestam essa “divisão” de espaço em Mossoró, mas é uma conquista que pode ter efeito muito passageiro ou de valor meramente pontual, diante de desafios vindouros, como a própria campanha ao Governo do Estado em 2014.

Se a gestão de Cláudia Regina empinar e levantar voo, além da própria administração de Rosalba, esse “bolo” tende a sofrer novo desnível bem favorável ao governismo. E quem se lembrará de Larissa ou suscitará a tese de que ela seria um “nome bom” para prefeito? A volta de Larissa pode virar uma lenda, um sebastianismo do semi-árido.

Nas eleições que estão por vir, Sandra e Larissa vão ter que finalmente assumir sua porção oposicionista ou outra vez adotarem o risco da postura “meia-boca”, como fizeram nas eleições ao Senado em 2006 e ao Governo do Estado em 2010, em que Rosalba foi a vencedora. Precisam medir as consequências da escolha a ser feita.

Apoiaram Rosalba de forma velada em Mossoró em 2006, o que lhe garantiu meios para ser senadora contra o então senador e candidato à reeleição, Fernando Bezerra (PTB), supostamente o nome do rosadismo.  Em 2010, praticamente cruzaram os braços para o governador e candidato à reeleição Iberê Ferreira (PSB). Rosalba elegeu-se.

Rosalba e Cláudia: renovação fortalecida (Carlos Costa)

Em ambas campanhas, as “duas bandas” Rosado firmaram aliança e acertos nos subterrâneos, que a chamada massa-gente não percebeu. Nem era para perceber. Ficou o faz-de-conta de disputas. Coisa de família, claro.

Nome a vice

Na contenda municipal, entretanto, o arranjo cantado em prosa e verso por algumas vozes, de que haveria “acordão” para eleger Larissa (por ser uma Rosado pura), não prevaleceu. Rosalba e seu marido, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), primo de Sandra, novamente impuseram derrota aos adversários e os deixaram a ver navios.

Importante que também não seja ignorado um nome novo no tabuleiro político: Cláudia Regina. Ela é a renovação e a oxigenação do rosalbismo, mesmo que contra a vontade dos seus líderes, que não a queriam como candidata, mas foram obrigados a aceitá-la.

Cláudia não é Fafá Rosado, que por maior esforço demonstrado para ter luz própria, vai terminar sua gestão como satélite de Rosalba.

Se o sistema de Sandra pensa mesmo em algum dia chegar à prefeitura, não será apoiando às claras ou furtivamente a reeleição de Rosalba em 2014 que conseguirá o feito. Ou será que acredita num apoio à Larissa em 2016, em troca dessa nova camaradagem?

Para 2014, se o rosadismo não enfrentar Rosalba, até mesmo viabilizando um vice na chapa oposicionista ao governo, lhe dará combustível adicional para a batalha provinciana de 2016.

Papai Noel na Lapônia ainda vá lá, em Mossoró, é piada sem graça.

* “Sebastianismo” é um lenda propagada em Portugal logo após o desaparecimento de Dom Sebastião (1554-1578), segundo a qual este rei, como um novo messias, retornaria para levar o país a outros apogeus de glórias e conquistas. Ele nunca reapareceu.

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Categoria(s): Reportagem Especial
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
domingo - 21/10/2012 - 07:49h

São Paulo, São João com Ipiranga – Uma despedida

Por Honório de Medeiros

“Para se conhecer uma cidade, é necessário viver nela três dias ou trinta anos. Ao final dos trinta anos, verifica-se que o julgamento apos os três dias é que é o bom” (Jean Cocteau, citado em “A biblioteca e seus habitantes”, de Américo de Oliveira Costa).

À noite, todos as nuances da escuridão são ameaças, no centro de São Paulo. O passo de quem lá aporta, por esse ou aquele motivo, desenham incompreensíveis percursos aos olhos de quem os observa. Mas não é embriaguez (ou é); não é o resultado de alguma droga (ou é).

É a distância calculada que se toma de qualquer outro transeunte – esse desconhecido, o perigo.

Os bares da São João. Pequenos. Quase todos lotados apenas de homens. O cheiro de fritura no ar. Os habitantes: bêbados, drogados, prostitutas, traficantes, decaídos, mendigos, travestis, menores, andarilhos, e a polícia, sempre a polícia.

Os hotéis e sua aparência. Qual aparência? De decadência. No meio da rua, noite alta, o adolescente franzino, dentre muitos outros, de cabelos lisos e compridos incessantemente afastados dos olhos, vestido com uma irreal calça “jeans” extremamente folgada, cujos bolsos dianteiros e traseiros batiam-lhe nos joelhos, revoluteava, borbolético, entre um bar e uma casa de diversão de jogos eletrônicos.

No dia seguinte, pela manhã, e já tarde da noite, novamente, lá estava ele, ininterrupto, como se ali fosse seu mundo ou então fizesse ele parte da paisagem local. Onde moraria? Quem seriam seus pais? Teria irmãos? Ninguém sequer lhe aprisionava o olhar.

“Recanto dos Amantes”. Um nome em contraste com a cinza selva de pedra em plena transversal da São João. Lá, ela me disse, olhando para algum ponto indefinido, enquanto segura o copo de conhaque: “talvez não nos vejamos nunca mais”.

O “nunca” me soou estranho. Havia uma melancolia calculada nas suas palavras. Eu me dispus a lhe contar como encarava esses encontros e desencontros da vida: um imenso pátio, vazio, folhas secas pelo chão, uma rajada de vento, a dança delas no ar, o encontro, logo desfeito, casual, entre uma e outra folha – eis como tudo ocorria. Não o fiz.

Como ela engordara muito, esse tom não combinava com sua nova estampa.

A São João, à noite, causa medo aos que não lhe são íntimos. Além de curiosidade e repulsa durante o dia. Quando o sol se põe a São João vira uma selva, onde cada um com o qual se cruza pode ser um predador – aquele que o destino lhe reservou. São os frequentadores de bares suspeitos, inferninhos, prostíbulos disfarçados, pontos de droga… É o submundo vindo à tona.

Com a luz do sol, a vida surge frenética. Há um vai-e-vem intermitente, irritante. Uma profusão de cores, barulhos e os incontáveis odores de frituras e churrascos infestando cada espaço da rua. Tipos exóticos fazem “performances”.

Há desde o comuníssimo tocador de viola, até o singular dançarino imensamente feio que ostenta, como insígnia de sua estranheza, duas inacreditáveis marias-chiquinhas. Nada diferente, ao que consta da realidade de toda grande cidade, mundo afora: Nova Iorque, Tóquio, Cidade do México…

Nada diferente, em menor escala, em cada pequena cidade?

Digo-lhe adeus.

Fico parado observando sua imagem se desvanecer aos poucos enquanto caminha no rumo da Praça da República. Enquanto observo, imagens do passado insistem em surgir. Nelas, uma mulher esguia, morena, de cabelos longos, dança na praia de Genipabu, os pés chapinhando na água, pleno pôr-do-sol, encantada com tanta beleza e contraste com sua terra natal.

Mas não há dor, há vazio. Aliás, há a dor do vazio.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Estado do RN

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Categoria(s): Crônica
domingo - 21/10/2012 - 06:35h

Poemas ao vento

Por Fernando Pessoa

Sopra o vento, sopra o vento,
Sopra alto o vento lá fora;
Mas também meu pensamento
Tem um vento que o devora.
Há uma íntima intenção
Que tumultua em meu ser
E faz do meu coração
O que um vento quer varrer;
Não sei se há ramos deitados
Abaixo no temporal,
Se pés do chão levantados
Num sopro onde tudo é igual.

Dos ramos que ali caíram
Sei só que há mágoas e dores
Destinadas a não ser
Mais que um desfolhar de flores.

Fernando Pessoa (1888-1935) poeta português

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Categoria(s): Poesia
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