segunda-feira - 18/02/2013 - 13:31h
Uma partida de futebol

De volta pra galera

Fazia um tempão que eu não ia pra galera. Tempão que não pegava estrada para ver futebol; torcer e se angustiar.

Vibrar e resmungar numa partida de futebol ao vivo têm outra magia.

Gostei da experiência. É renovadora. Devolveu-me a um tempo de compromissos menores, de alegrias fugazes e em que o lúdico era a essência.

Potiguar 1 x 0 Assu, ontem (domingo, 17) no Edgarzão, em Assu, também foi oportunidade para reencontrar amigos, comer pipoca e sentir falta do cachorro-quente do Nogueirão.

La dolce vita em vermelho e branco, mas acima de tudo leve, sem pressa nenhuma para voltar à realidade das obrigações e demandas diárias.

Ah, eu volto!

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segunda-feira - 18/02/2013 - 12:02h
De Mossoró

“Silveira” é eleito presidente da Fecam

A Federação das Câmaras do Rio Grande do Norte (FECAM) elegeu hoje – por aclamação – o novo presidente: é o vereador e presidente da Câmara de Mossoró, Francisco José Lima Silveira Júnior (PSD).

“Silveira” já ocupava o cargo de vice-presidente da Fecam, dirigida até então pelo ex-vereador Edivan Martins (PV), que chegou a presidir a Câmara do Natal e não se reelegeu para novo mandato.

Ele é o primeiro vereador interiorano a presidir a Fecam.

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segunda-feira - 18/02/2013 - 11:38h
País rico é assim

Congresso do Brasil é o 2º mais caro do mundo

Da Folha de São Paulo

O congressista brasileiro é o segundo mais caro em um universo de 110 países, mostram dados de um estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com a UIP (União Interparlamentar).

Cada um dos 594 parlamentares do Brasil -513 deputados e 81 senadores- custa para os cofres públicos US$ 7,4 milhões por ano.

Para permitir comparações, o estudo usa dados em dólares, ajustados pela paridade do poder de compra -um sistema adotado pelo Banco Mundial para corrigir discrepâncias no custo de vida em diferentes países. O custo brasileiro supera o de 108 países e só é menor que o dos congressistas dos Estados Unidos, cujo valor é de US$ 9,6 milhões anuais.

Com os dados extraídos do estudo da ONU e da UIP, a Folha dividiu o orçamento anual dos congressos pelo número de representantes – no caso de países bicamerais, como o Brasil e os EUA, os dados das duas Casas foram somados. O resultado não corresponde, portanto, apenas aos salários e benefícios recebidos pelos parlamentares.

Mas as verbas a que cada congressista tem direito equivalem a boa parte do total. No Brasil, por exemplo, salários, auxílios e recursos para o exercício do mandato de um deputado representam 22% do orçamento da Câmara.

Entre outros benefícios, deputados brasileiros recebem uma verba de R$ 78 mil para contratar até 25 assessores. Na França – que aparece em 17º lugar no ranking dos congressistas mais caros – os deputados têm R$ 25 mil para pagar salários de no máximo cinco auxiliares.

Assessores da presidência da Câmara ponderam que a Constituição brasileira é recente, o que exige uma produção maior dos congressistas e faz com que eles se reúnam mais vezes -na Bélgica, por exemplo, os deputados só têm 13 sessões por ano no plenário. No Brasil, a Câmara tem três sessões deliberativas por semana. No total, as despesas do Congresso para 2013 representam 0,46% de todos os gastos previstos pela União. O percentual é próximo à média mundial, de 0,49%.

Em outra comparação, que leva em conta a divisão do orçamento do Congresso por habitante, o Brasil é o 21º no ranking, com um custo de cerca de US$ 22 por brasileiro. O líder nesse quesito é Andorra, cujo parlamento custa US$ 219 por habitante.

O estudo foi publicado em 2012, com dados de 2011. O Brasil não consta no documento final porque o Senado atrasou o envio dos dados, que foram padronizados nos modelos do relatório e repassados à Folha pela UIP.

Ao todo, a organização recebeu informações de 110 dos 190 países que têm congresso. Alguns Estados com parlamentos numerosos, como a Itália, não enviaram dados.

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segunda-feira - 18/02/2013 - 09:33h
Na Folha de São Paulo

Dilma cobra chapa com Garibaldi a governador

Da coluna Painel (Folha de São Paulo)

Na costura

Garibaldi Alves (PMDB), ministro da Previdência, deverá disputar o governo do Rio Grande do Norte. Na campanha, ele apoiará a candidatura da atual deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN), que disputará o Senado.

Ultimato

A chapa encabeçada pelo ministro selará o rompimento com o DEM em seu Estado, uma cobrança da presidente Dilma.

Nota do Blog – O que o jornal paulistano aponta, hoje, em sua coluna de maior referência, assinada pela jornalista Vera Magalhães, está escrito nas estrelas.

A aposta da presidente Dilma na eleição de Henrique Alves (PMDB) à presidência da Câmara Federal, não é nem foi em vão.

Ela faz mimos ao peemedebismo como antídoto a postulações que possam comprometer seu projeto de reeleição. O PMDB não poderá continuar agradando a dois senhores indefinidamente.

Acompanhe bastidores da política e outros temas em nosso Twitter, numa linguagem mais coloquial: www.twitter.com/bcarlossantos

 

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segunda-feira - 18/02/2013 - 09:18h
Glauber Rêgo

Assembleia definirá sabatina para novo desembargador

A Assembleia Legislativa define esta semana a sabatina a que submeterá o advogado Glauber Rêgo, antes de seu nome ir a plenário à iminente aprovação como o 14º desembargador do Tribunal de Justiça do RN (TJRN).

Glauber foi indicado ainda à sexta-feira (15) pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) para ser desembargador, depois de submetido  a um verdadeiro “rally” de votações e articulações de bastidores entre seus pares, no próprio TJRN e Governadoria.

Glauber foi o terceiro mais votado pelo TJRN à semana passada, em lista tríplice aprovada e encaminhada à Governadoria. Antes, ele já fora integrante da lista sêxtupla apresentada ao tribunal pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional do Rio Grande do Norte, a partir de eleições internas.

A vaga no TJRN é denominada de “quinto constitucional”. É a representação de vinte por cento dos assentos existentes nessa corte, que constitucionalmente é destinada a advogados e promotores de justiça. Dessa feita, coube à OAB a escolha da lista sêxtupla enviada ao TJRN.

Glauber Antonio Nunes Rêgo, 46, é natural de Pau dos Ferros. Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), ele apostou na carreira jurídica ao se formar em direito no ano de 1997, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). É advogado militante há 15 anos, com atuação na área do Direito Civil, Empresarial, Trabalhista e Administrativo, além de exercer carreira docente. É casado e pai de dois filhos.

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segunda-feira - 18/02/2013 - 09:01h
Eleições 2014

Deputado ‘antecipa’ que PMDB não apoiará Rosalba

Mesmo não se apresentando como porta-voz oficial dos líderes estaduais do seu partido, o PMDB, o deputado estadual Nélter Queiroz ‘antecipou’ que o peemedebismo não vai apoiar projeto de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Ele fez declaração nesse sentido agora pela manhã em entrevista ao Jornal da 96 (FM 96, de Natal).

Para o deputado, não seria de se estranhar até mesmo que a governadora abdicasse da tentativa de reeleição, tamanho o desgaste do governo.

Previu que o PMDB não indicará mais ninguém para o secretáriado estadual, estimulando que Rosalba acomode seus próprios seguidores diretos, pelo critério do compadrio.

“Ela pode ficar à vontade, o PMDB não indicará nenhum cargo. Se o PMDB indicar cargos vai para o fundo do poço”, afirmou de forma incisiva.

Sem qualquer embaraço, Nélter advogou a montagem de um “chapão” bem ao estilo da “moderna” política potiguar, feita base de m isturas as mais insólitas e esdrúxulas possíveis, sem qualquer apego ideológico ou fundamento histórico-partidário.

Para ele, o deputado estadual Walter Alves (PMDB) deve ser candidato a governador; o vice-governador dissedente Robinson Faria (PSD) disputaria novamente esse cargo e a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) ficaria de bom tamanho como concorrente ao Senado.

Nota do Blog – Na campanha de 2010, Nélter apoiou a candidatura do governador Iberê Ferreira (PSB) à reeleição. Começou a nova legislatura como crítico do Governo Rosalba, mas terminou seguindo o líder Henrique Alves (PMDB) na migração completa do partido para o governismo.

Nos últimos tempos, seu humor mudou de novo.

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segunda-feira - 18/02/2013 - 08:06h
Servidores municipais

Previdência é de rombo em Natal e alerta em Mossoró

Notícia da Tribuna do Norte que deve deixar o servidor municipal de Mossoró também em alerta. Veja abaixo:

A gestão atual da Prefeitura de Natal herdou uma dívida de R$ 32.790. 575,61, valores que deixaram de ser repassados para o Instituto de Previdência Social dos Servidores do Município (Natalprev). Esse débito caracteriza apropriação indébita, uma vez que a prefeitura reteve os valores nos contracheques do funcionalismo e não fez a devida transferência.

Mas há também uma lacuna no repasse patronal, ou seja, o bolo financeiro de responsabilidade estatal.

Nota do Blog – No Governo da prefeita de direito de Mossoró que deixou o cargo no final do ano passado, Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, a Previdência própria da Prefeitura (Previ Mossoró) foi aprovada a toque de caixa pela obediente Câmara de Vereadores.

Tudo feito sem maior discussão com os próprios servidores e “vendida” como a panaceia pro funcionalismo municipal.

Até hoje, a questão é nebulosa, sobretudo por sua característica impositiva e antidemocrática.

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segunda-feira - 18/02/2013 - 07:16h
Estadual 2013

Baraúnas é líder, Potiguar segue ascensão; Sta. Cruz perde

Por Edmo Sinedino (Blog No Ataque)

Alecrim venceu mais uma no “Ninho do Periquito” – terceira sem perder – e parece encaminhar com tranquilidade a garantia e sua vaga na segunda fase do Campeonato Potiguar que chegou a parecer ameaçada. Neste domingo, o time verde  recebeu o líder Santa Cruz e venceu por 1 a 0.

O gol da vitória alecrinense foi marcado por Miller, aos 43 minutos do primeiro tempo. A vitória levou o time verde para a quarta colocação com 17 pontos.  O Santa Cruz  do Inharé permanece com 21 pontos, mas caiu para a segunda colocação na tabela, ultrapassado pelo Baraúnas no saldo de gols.

Novo líder

O Baraúnas é o novo líder do Campeonato Potiguar. Na “gangorra” com o tricolor do Inharé, o Leão do Oeste se veleu da fragilidade do adversário Potyguar e aplicou uma goleada de 5 a 1. Os gols da partida foram marcados por Neilton, que balançou as redes duas vezes, Djalma, Jhonson e Jean Alisson.

O gol de honra do time de José Soares foi marcado por Fidélis.

A goleada levou o Baraúnas de volta a liderança da competição por conta do melhor saldo de gols, já que tem a mesma pontuação do Santa Cruz, mas soma cinco gols de vantagem.

Ascensão

A mais ascensão nessa virada de fase sem dúvida é do Potiguar de Mossoró. O time Príncipe realmente reencontrou, desde o triunfo  no clássico, o caminho da recuperação e soma quatro vitórias e um empate nos últimos cinco jogos .  Os três pontos deste domingo ganham em importância pois vieram diante do concorrente direto na briga da classificação, o Assu, em pleno Estádio Edgarzão. A partida terminou 1 a 0, gol marcado por Daniel aos 11 minutos do primeiro tempo.

O avirrubro de Mossoró soma agora 19, já incomodando de verdade os líderes Baraúnas e Santa Cruz, com apenas dois pontos o separando da liderança da competição. Já o Assu, que vive uma crise criada pelo dirigente Luís Dailson, caiu para a quinta colocação, com  os mesmos 15 pontos.

Na quarta-feira (20), os dois times voltam a campo com tudo. O ASSU, vai à Caicó encarara o Corintians, também em crise grave,no estádio Marizão.  O Potiguar tenta chegar a liderança diante do Palmeira, no estádio Nazarenão, em Goianinha. As partidas estão marcadas para às 20h30.

Briga por vaga

Sem glamour e com as duas equipes em crise no Campeonato Potiguar, tivemos, na tarde deste domingo (17),  a reedição do clássico paulista dos “primos pobres” potiguares. O Corintians recebeu o Palmeira, no estádio Marizão, e o momento ruim dois se refletiiu no placar – empate em 1 a 1. Rivaldo, sempre os meninos emprestados pelo América,  abriu o placar para o Galo cobrando pênalti e Bruninho empatou para o Verdão do Agreste no segundo tempo da partida.

Galo e Palmeira permaneceram em situação iguais na classificação. O time de Caicó chegou aos 12 pontos na 6ª colocação, e o Palmeira tem agora 11 pontos na 7ª colocação. Os dois voltam a campo quase em situação de desespero brigando pela continuar no Campeonato na segunfa fase  na quarta-feira (20). O Corintians recebe  o Assu, no Marizão, em Caicó.

Já o Palmeira recebe o Potiguar de Mossoró, no estádio Nazarenão, em Goianinha. As partidas estão marcadas para as 20h30.

Campeonato Potiguar Chevrolet 2013

Classificação P J V E D SG %
Baraúnas 21 11 6 3 2 8 63,6
Santa Cruz 21 11 6 3 2 4 63,6
Potiguar 19 11 6 1 4 7 57,6
Alecrim 17 11 5 2 4 1 51,5
ASSU 15 11 5 0 6 2 45,5
Corintians 12 11 3 3 5 -2 36,4
Palmeira 11 11 3 2 6 -9 33,3
Potyguar 8 11 2 2 7 -11 24,2
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segunda-feira - 18/02/2013 - 06:51h
Mossoró

Visita à escola de tempo integral abre ano letivo

Nesta segunda-feira (18/02) começa o ano letivo para os alunos da Rede Municipal de Ensino de Mossoró.

A prefeita Cláudia Regina (DEM) optou por marcar essa data de uma forma diferente. Ela vai conferir, pessoalmente, o início das atividades da nova Unidade de Educação Infantil (UEI) do bairro Barrocas, logo no início das aulas.

O empreendimento deriva ainda da gestão da ex-prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”.

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segunda-feira - 18/02/2013 - 06:31h
Movimento

‘Marcha por Mossoró’ foca em preço de combustíveis

Ficou decidido na reunião preparatória para a “Marcha por Mossoró, ocorrida às 10h desse domingo (17), na Praça Rodolfo Fernandes, centro de Mossoró, que essa mobilização pública vai ocorrer no próximo dia 9 de março, às 9h.

A Marcha por Mossoró é um movimento apartidário e nascido a partir de convocação do webleitor e jornalista Inácio Almeida, utilizando espaço neste Blog.

A  reunião de ontem serviu para que pessoas que sequer se conheciam pessoalmente pudessem trocar ideias, avaliar a conjuntura local e discutissem temas do interesse público.

– A campanha do combustível melhor preço será logo deflagrada – adiantou Inácio ao Blog.

Segundo ele, atualmente existe levantamento quanto aos postos que apresentam o menor preço nos combustíveis, outra vez se utilizando a Internet e suas redes sociais como ambiente de informação e debate.

– Tão logo um posto de outra bandeira passe a oferecer a gasolina por um preço menor, passaremos a orientar todos a mudar de bandeira. Simples, sem filas, sem confusões, sem judiciário para acusar ninguém de cartel. Apenas o povo exercendo o seu direito de comprar onde for mais barato – comenta.

Nota do Blog – O Blog sente-se outra vez lisonjeado por poder detonar esse movimento nascido nas bases sociais, a partir do bom e respeitoso debate.

Ao mesmo tempo, entende que essa luta em defesa de temas como a cartelização de combustíveis, saúde, segurança pública, abastecimento de água, trânsito, habitação etc. não é um monopólio desta página, mas questionamento de todos, para todos e em favor da sociedade.

Gládio à mão; à luta.

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domingo - 17/02/2013 - 23:42h

Pensando bem…

“Planejar a infelicidade dos outros é cavar com as próprias mãos um abismo para si mesmo.”

Chico Xavier

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domingo - 17/02/2013 - 11:16h
Noite e madrugada

Boas chuvas atingem região Oeste

Segundo informações do Blog do Jota Belmont, a noite de ontem e madrugada deste domingo (17) choveu em diversos municípios da região Oeste do Rio Grande do Norte, uma das mais castigadas pela estiagem no estado.

Rio Mossoró ganhou bastante água com chuvas em sua cabeceira (Blog do João Moacir)

Veja abaixo as informações sobre chuva:

São Francisco do Oeste 115 mm

Luís Gomes 95 mm;

Pau dos Ferros 90mm;

Paraná 65  mm;

Portalegre 45 mm;

São Miguel 25 mm;

Coronel João Pessoa 20 mm;

Doutor Severiano 07 mm;

Riacho da Cruz 18 mm;

Riacho de Santana 15 mm;

Taboleiro Grande 29 mm;

Marcelino Vieira 10 e

Venha Ver 04 mm.

Nota do Blog Carlos Santos – Quem tiver mais informações sobre chuvas, pode postar em nossa caixa de comentários, ajudando na propagação de dados sobre o assunto.

Em Serrinha dos Pintos foram registrados 180 mm de chuva, 170 mm em Antonio Martins, 115 em Frutuoso Gomes e 112 mm em Martins – informa o blogueiro João Moacir, de Taboleiro Grande.

É dele essa foto que ilustra a postagem, do rio Mossoró, já ganhando bastante água devido chuvas em sua cabeceira.

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domingo - 17/02/2013 - 10:28h

Estamos condenados ao mal?

Por Honório de Medeiros

De “Um Cigano Fazendeiro do Ar”, densa biografia de Rubem Braga que devemos a Marco Antônio de Carvalho, colho um trecho da carta de João Neves a Borges de Medeiros em 20 de julho de 1932 na qual ele se refere a Getúlio Vargas, todos companheiros muito próximos na Revolução de Outubro de 1930:

“Eu preferia que o Dr. Getúlio Vargas fosse um tirano. Perdôo mais os violentos que os astutos. Mas o nosso ditador é um homem gelado, calculista, escorregadio. Não ataca, desliza. Não enfrenta, corrompe. Não congrega, divide. (…) Desbaratou o poder civil. Desmoralizou o Exército. Aniquilou o sentimento local. Amesquinhou a justiça. Instituiu o regime da delação. Oficializou a vingança contra os que o ajudaram a subir. Esqueceu os compromissos. O favoritismo é uma instituição. A negociata é a regra. Enfim, a República Nova com dois anos de idade incompletos, é mais corrupta do que foi a Velha, com mais de quarenta e um.”

Lembra quem, a vocês?

Em “O 18 Brumário de Luis Bonaparte”, Karl Marx, no primeiro parágrafo, expõe que a história acontece “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Assim como a terceira, a quarta, a quinta…

Do início da história do Homem até os dias de hoje, mudaram os artefatos: antes, as ferramentas de pedra; hoje, a internet. Não mudou o Homem.

Recomendo a leitura de “A Assustadora História da Maldade”, de Oliver Thomson; Prestígio editorial.

História antiga, essa da maldade. Em Thomson, lemos:

“O Egito foi unificado por Menés por volta de 3100 a.c. Talvez o primeiro herói conquistador da história (e mesmo ele era semimítico) tenha sido Horus Ro, do Egito, cujo filho era conhecido como ‘O Escorpião’, príncipe que explorou o medo em grande escala para impor sua vontade. Fundou a Iª Dinastia por volta de 3000 a.C. Em honra às suas vitórias, fez sacrifícios humanos a Ra, o deus do Sol. Seu herdeiro, Horus, supostamente matou 381 prisioneiros de guerra e arrancou a língua de 142. Esse é o primeiro registro de um imperialismo sádico e egocêntrico que reaparece de tempos em tempos nos próximos 5 mil anos.”

Antigo demais, tais fatos, para que chamem nossa atenção?

Leia novamente o último parágrafo do texto acima. E, agora, leia o texto abaixo, do talvez maior pensador da modernidade, junto com Noam Chomsky, o sociólogo Zygmunt Bauman, pinçado de “Isto Não É Um Diário”:

“As nações relutam em aprender; e, quando o fazem, é sobretudo a partir de seus erros e equívocos passados, do funeral de suas antigas fantasias. ‘Enquanto o Pentágono rebatiza a Operação Liberdade no Iraque de Operação Nova Aurora’, diz Frank Rich, citando o professor Andrew Bacevich, de Boston, ‘nome que sugere creme para a pele ou detergente líquido’, 60% dos americanos creem – agora – que a Guerra do Iraque foi um engano, mais 10% a condenam como algo que não vale a vida dos americanos, e apenas um em cada quatro acredita que essa guerra o tenha tornado mais seguro em relação ao terrorismo. O custo oficial da guerra para os americanos é hoje (no momento em que o presidente Obama pede aos americanos que ‘virem a página sobre o Iraque’) estimado em US$ 750 bilhões. Por esse dinheiro, cerca de 4.500 americanos e mais de 100 mil iraquianos foram mortos, e pelo menos 2 milhões de iraquianos foram forçados a se exilar, enquanto o Irã acelerou seu programa nuclear, e ‘Osama bin Laden e seus fanáticos’ foram liberados ‘para se reagrupar no Afeganistão e no Paquistão’”.

Estamos condenados…

Que lhes parece?

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Estado do RN

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domingo - 17/02/2013 - 10:11h
Barão de Itararé

O professor e o aluno que não comeu capim

No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:

– Quantos rins nós temos?

– Quatro! Responde o aluno.

– Quatro? Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.

– Tragam um feixe de capim, pois temos um asno na sala, ordena o professor a seu auxiliar.

– E para mim um cafezinho! Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.

O aluno era Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971), o ‘Barão de Itararé’.

Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:

– O senhor me perguntou quantos rins ‘NÓS TEMOS’. ‘NÓS’ temos quatro: dois meus e dois seus. ‘NÓS’ é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

* “Barão de Itararé” é conhecido como o pioneiro do humorismo político brasileiro. Deixou o curso de Medicina no quarto ano e mergulhou de cabeça no jornalismo, além de ter sido vereador pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), no Rio de Janeiro, até ser cassado e preso.

O título de “barão” ele adotou para satirizar o círculo do poder, caricato, do Brasil.

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domingo - 17/02/2013 - 09:44h

Resposta a um “Funcionário”

Por Carlos Santos

“Servir só para si é não servir para nada.” (Voltaire)

Meu querido “funcionário” Francisco Edilson Leite Pinto Júnior:

Recebi e publiquei mais abaixo – sua extremada missiva, em que trata de seu vínculo laboral com este Blog, página há muito adotada por centenas e milhares de pessoas sob compromisso diário de leitura. Outras tantas, de forma mais visível, como comentaristas e articulistas. Esse último caso o seu, atesto.

Sua tarefa, bom que fique consignado, tem sido contribuir à formação de uma bolha crítica e quebra do oligopólio da opinião, na chamada “imprensa convencional” – via este Blog. Seu trabalho merece remuneração diferenciada e regular, sempre ensejando cevados reajustes.

O trabalho dignifica o homem – alardeou o filósofo Hesíodo e eu poderia me valer desse aforismo para – quem sabe – aplacar sua suposta indolência. Não o farei.

Reconheço. Nem tergiverso quanto ao que lhe é meritório.

É um “soldo” que o Blog admite dificuldades em saldar, mas nem assim se sente inibido em cobrar sua maior contribuição a missões tão significativas à nossa civilização.

Claro, muitos podem afirmar que tudo não passa de esforço inglório – seu, meu, nosso. Seria apenas uma gota no oceano de lágrimas de um planeta selvagem e predatório.

Contudo recorro à Madre Teresa de Calcutá para incensá-lo e a outros tantos que pensam da mesma forma:

Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.

Compreendo o sobrepeso de seus outros afazeres como professor, escritor e médico, uma tríade nobre e que certamente lhe dará o reino dos céus. Para muitos, talvez seja mais uma condenação terrena do que benção celestial.

Tenho ouvido seus murmúrios, testemunho seu alarido, identifico seus desapontamentos e reconheço seu esforço para ser pelo menos razoável nas tarefas principais que adotou, além de ser – também ouço – um esposo nota 10 e um pai zeloso e extremado.

Pensar é cansativo. Muitos se especializam em tudo, como um Conselheiro Acácio do grande Eça de Queiroz. Em síntese: não se aprofundam em nada. É um fardo conflitar com o status quo, o pensamento dominante e as atitudes tacanhas de uma maioria incapaz de refletir sob a ótica do bem comum. É remar contra a maré.

– Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele – diria Henry Ford.

Seu exercício laboral em nossa “organização” é imprescindível. Cobro-lhe em particular e de público, para dar eco ao que ouço no cotidiano neste mundo virtual e real. Suas  palavras, mesmo que muitas vezes pareçam o apocalipse narrado por Jim Morrison (The Doors) em “The End”, emergem como uma luz.

Se nos faltar energia, talvez sobre sua centelha para nos estimular à incessante luta. Desistir, jamais!

Por favor, não me interprete como um patrão rançoso e afeito ao contorcionismo das palavras, para seduzir seus operários ao trabalho escravo, com a vã promessa de melhorias a posteriori. Sou sincero, tão somente. Falo do fundo d´alma.

Não temas. Não utilizarei de artifícios lúdicos para atrai-lo à labuta e passar ao mundo a imagem de que lhe oferto um ofício sem maiores dificuldades. A máscara nazifascista não me cabe.

No frontispício de Auschwitz I, os judeus que chegavam a esse campo de concentração liam o que parecia uma esperança: “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta“). Era a senha para maus-tratos e morte bárbara.

Nesta página, morrer é não exercitar a palavra, suprimir ideias e tolher o pensamento conflitante. A gente não é obrigado a concordar um com o outro, mas aprendemos desde cedo a respeitar o livre arbítrio e o direito de qualquer um discordar de nós.

Isso é dialética. Sem ela, ainda estaríamos amontoados em cavernas, matando bichos com pedra e paus; apenas subsistindo.

Sem a presunção de Michelangelo diante de seu Moisés, eu pondero que não pares.

É-me significativo lhe adiantar, que não lhe dou ordens. Delego-lhe uma missão. Reproduzo a vontade de milhares de webleitores: “Parla! Parla! Parla!

Se “no princípio era o verbo“, como descreveu o evangelista João, como posso suprimir a criação, a reinvenção e a clarividência do seu pensamento?

Tens direito ao “ócio criativo” orquestrado por Domenico Di Masi, movido apenas pelo diletantismo, cultura e sua inteligência privilegiada. O básico bastaria à sua felicidade, sei.

Contudo, assinalo, nós queremos mais de ti – exemplo de funcionário diferenciado e imprescindível em qualquer corporação.

Recorro a um de nossos ídolos comuns para atestar o reconhecimento de seu esforço e a constatação de suas fragilidades. Posso dimensionar o que é a exaustão, a quase desistência: “Não sois máquinas; homens é que sois!” (Charles Chaplin).

Também já quis parar, caro funcionário. A tentação da desistência é recorrente, como uma mazela recidiva. Se tem cura, não sei. Trato de conviver com ela; domá-la pela paixão.

Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida – proclamou o mestre Confúcio há milhares de anos. Fiz minha escolha. Por isso trabalho tão pouco.

Quase me convenceram a deixar tudo para trás e me ocupar em tarefas menos insalubres, mais rentáveis e que me distanciassem dessa luz, ou daquela centelha que vejo em ti.

Há um brilho incomum em seus textos – por mais amargos que às vezes se revelem. É o brilho dos loucos, de um “maluco beleza” como Raul. Dos que sonham acordados e partilham a utopia de voar, muito superior ao delírio de Ìcaro em seu voo solo fracassado.

Se desabarmos, desabaremos juntos. Por quê?

Porque voamos sincronizados, acreditando que talvez consigamos mais aliados nesse trajeto migratório que pode nos levar da ignorância à sapiência redentora.

Você não está só!

Seu emprego está mantido, caro funcionário. Deixe de moganga; pode voltar ao trabalho.

Carlos Santos – Editor do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 17/02/2013 - 08:12h

A alma do Poeta

Por Marcus Lucena

Um eco invade a alma
E a poesia se fecha
O que significa
Que estou confuso

Não sei aonde ir
Na casa da maria, da diana ou da celinha
Quero um lugar
Onde eu possa cantar, compor
E uma mulher
Pra ser só minha

Acho que vou a uma balada
Respirar profundo
Quero viver melhor
Não me ausentar do mundo

Preciso dessa luz
Que me completa
Quando a inspiração chega
E o cêu invade a alma do poeta
(o amor invade a alma do poeta).

Marcus Lucena é cantor, compositor e poeta nascido em Mossoró

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domingo - 17/02/2013 - 07:49h
Conversando com... Mário César Cortella

Felicidade, carreira e maratona

Filósofo, escritor e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mário Sérgio Cortella tornou-se uma figura requisitada em grandes empresas por conseguir traduzir com clareza assuntos como ética, moral e liderança.

Um depoimento de Cortella poderá ser visto no documentário Eu Maior, filme sobre conhecimento pessoal e felicidade que entrevistou 25 personalidades, entre eles o psiquiatra Flávio Gikovate, o surfista Carlos Burle e a ex-ministra Marina Silva. Em seu livro mais recente, Vida e Carreira — Um Equilíbrio Possível?, lançado em 2011 em parceria com o consultor Pedro Mandelli, ele discorre sobre o sonho de conciliar a vida pessoal com uma carreira bem-sucedida.

Cortella mostra diferença entre velocidade e pressa em suas reflexões

Felicidade e vida equilibrada também são os temas da entrevista a seguir extraída da revista Você S/A.

A felicidade sempre foi o ideal do ser humano. É possível encontrá-la no trabalho?

Mário Sérgio Cortella – Importante saber o que realmente significa a felicidade. Ela é uma vibração intensa, uma sensação de vitalidade que nos atinge e dá um gosto imenso por estarmos vivos. Mas a felicidade é episódica, uma ocorrência eventual. a vida é carregada por momentos de turbulência. Ninguém pode ser feliz o tempo todo. Isso seria uma insanidade e poderia gerar um estresse na nossa capacidade mental. Por isso, há momentos em que a felicidade pode ser favorecida, como no local de trabalho ou na carreira, por exemplo. Se para algumas pessoas ela representa o acúmulo de bens materiais, para outras é o reconhecimento por algo que se está fazendo. Receber elogios de um cliente ou do chefe, nesse sentido, proporciona uma vibração momentânea de alto nível.

Então precisamos de reconhecimento para sermos felizes?

MSC – Reconhecimento é uma das maneiras mais usuais de obtenção de felicidade no trabalho. Nós nos conhecemos de maneira subjetiva. lembre-se de que o espelho nos mostra de forma invertida. Por isso, necessitamos das outras pessoas, sim. Quando o reconhecimento é externalizado, a sensação de felicidade é intensa. É o que experimenta um músico quando a plateia o aplaude. ou um executivo, com o aumento da lucratividade da empresa. no mundo do trabalho, a felicidade é produzida pelo reconhecimento. E ele pode ser financeiro ou vir por meio de um agradecimento.

De que forma o senhor percebe a busca dos mais jovens pela realização profissional?

MSC – Eu nasci em meados da década de 1950. Minha geração buscou essencialmente a estabilidade como meta. O emprego estável era o que mais oferecia essa condição. Já as novas gerações procuram experiências. Elas querem fazer da vida uma possibilidade de experimentar várias coisas. A atual geração vive a agitação, que significa velocidade, instantaneidade, simultaneidade e mobilidade.

Essa busca por experiência não leva à superficialidade?

MSC – Sim. Infelizmente, muitos estão em busca da euforia, que é algo que desaparece rapidamente. Felicidade é muito mais denso do que isso. As novas tecnologias ofereceram não apenas velocidade ao mundo, mas também pressa. E não se pode confundir velocidade com pressa. Fazer algo velozmente é sinal de perícia. Mas fazer apressadamente é sinal de descontrole. Isso tudo gera um descompasso muito sério, porque a vida é maratona, e não uma disputa de 100 metros rasos. Na maratona, há momentos para acelerar e para reduzir. É necessário tirar vantagem da velocidade, e não da pressa.

Mas como transportar isso para o mundo do trabalho, onde tudo é instantâneo?

MSC – Vivemos uma realidade multifacetada e, por isso, temos que aproveitar essa simultaneidade das gerações e dos tempos. Eu, às vezes, caminhando pela rua, tenho a impressão de que estou nos anos 70, um quarteirão adiante estou nos anos 80 ou 90. As pessoas mesclaram essa multiplicidade na moda, no mercado e no trabalho. Precisamos ter consciência disso e tirar proveito do conjunto de habilidades que cada geração conseguiu desenvolver. Unir o senso de urgência dos mais jovens com a experiência dos profissionais com mais idade é benéfico. Claro que isso exige humildade intelectual e também capacidade de lidar com a diversidade. É como uma orquestra: a beleza está na harmonia do conjunto. Pensar as empresas como uma orquestra
ajuda bastante.

Capacidade de inovação vale para a carreira de um profissional também?

MSC – Sempre que alguém me pede um conselho de carreira, eu lembro de uma frase do Chico Xavier. Ele dizia: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. O profissional tem que prestar atenção nisso. Acredito que a reinvenção contínua é aquela que projeta algo que seja mais do que a mera repetição do que já se tem. Uma carreira fértil é aquela que inova, que traz para o presente aquilo que realmente
tem importância e descarta o que envelheceu.

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domingo - 17/02/2013 - 06:45h

Carta ao “Patrão”

Por Francisco Edilson Leite Pinto Júnior

“Há tempo para tudo debaixo do sol. Há tempo de escrever; há tempo de calar!”.

Caro “Patrão” Jornalista Carlos Santos,

Por favor, não me “demita” do seu blog. Eu sei que faz tempo que não produzo um texto. Mas, saiba que estou acobertado pela Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, que instituiu o programa de empresa cidadã, prorrogando o período de licença maternidade de 120 para 180 dias, ou seja, de quatro para seis meses.

Assim, se levarmos em conta que a minha última “gestação e trabalho de parto” foi exatamente em setembro de 2012, veja que estou dentro do prazo, perfeitamente dentro da Lei. Portanto, só em março de 2013 é que eu teria que produzir mais um filho…

Sim! Meu caro, não tenha dúvida: um texto é como um filho. Muitas vezes, passa nove meses em nossa cabeça – esse útero terrível, como nos ensina Rubem Alves-, pois “Dela tanto pode sair flores e borboletas quanto charcos e escorpiões. De vez em quando ela é invadida pelos demônios das catástrofes e dos horrores”… Outras vezes, a gestação é interrompida e o parto precoce – repleto de contrações e dores-, faz nascer a criança que estava dentro de nós.

Confesso. Admiro sim, quem consegue ter filhos, e escreve como Dipirona: de seis em seis horas. Haja coragem de pagar pensão alimentícia!… Mas não é o meu caso. Talvez por ser cirurgião e também por ser admirador de Nietzsche, só consigo valorizar aquilo que é escrito com sangue, pois sangue é espírito. Imagine, então, caro patrão, se todo dia eu escrevesse, estaria tão anêmico, que nem todas as bolsas de sangue do HEMONORTE restauraria o meu hematócrito… E sem hemoglobina não há oxigênio; sem oxigênio, o filho é um natimorto…

Portanto, desculpe-me o meu egoísmo. Mas, só escrevo quando tenho vontade. Quando a dor é tão intensa que nenhuma morfina é capaz de aliviá-la. Pois ter filhos, caro “patrão”, é doloroso. Escrever é estar doente dos olhos… O prazer da criação e a dor andam juntos, são irmãos gêmeos.

E, por favor, caro “patrão” não me condene pelo meu egoísmo. Até porque se só escrevo para mim é porque escrevo para todos. Como? Aprendi isso com o magnífico Orhan Pamuk, prêmio Nobel de literatura, no seu belo livro “A maleta de meu pai”:

“Para mim, ser escritor é reconhecer as feridas secretas que carregamos; tão secretas que mal temos consciência delas, e explorá-las com paciência, conhecê-las melhor, iluminá-las, apoderar-nos dessas dores e feridas e transformá-las em parte consciente do nosso espírito e da nossa literatura. O escritor fala de coisas que todos sabem, mas não sabem que sabem… Se ele usa suas feridas secretas como ponto de partida, consciente disso ou não, está depositando uma grande fé na humanidade. Minha confiança vem da convicção de que todos os seres humanos são parecidos, que os outros carregam feridas como as minhas.”.

Por isso que Guimarães Rosa tem razão quando diz que cada um de nós tem um grande SERTÃO dentro de si… E é por causa desse sertão, que muitas vezes somos incompreendidos, criticados e ridicularizados, já que ninguém sabe o que se passa dentro de cada escritor, durante a sua gestação.

Então, muitas vezes, querem nos corrigir: “Retire essas reticências todas! Acabe com tantas citações, elas nos cansam!” Ora, caro patrão! Veja que todo filho tem que ser mesmo imperfeito. Se Deus quisesse a perfeição não teria feito tantos ingratos, desonestos, mentirosos, oportunistas, invejosos, sanguessugas, etc. etc. E uma raça pura, sem defeitos, não era o que Hitler preconizava?! Por isso, tenho medo da eugenia!

Além disso, caro “patrão”, é bom lembrar que todo escritor tem as suas manias. Enquanto, Faulkner só escrevia pela manhã; Hemingway escrevia de pé. Já Balzac só escrevia bebendo café; e o que dizer de Schiller que guardava na sua escrivaninha maças podres cujo cheiro o embriagava e o estimulava… Eu, arremedo de escritor, mais para “ladrão de citações”, não poderia ficar para trás.

Veja caro “patrão” – e que fique como um segredo só entre nós-, mas a minha inspiração ocorre nos momentos mais inoportunos: ou quando estou debaixo do chuveiro ou dentro do elevador, rumo a uma reunião importante.

E quantas não foram às vezes que tive de interromper o banho e sair todo ensaboado do box, pegar uma caneta, papel e escrever o que a cabeça começava a parir; ou ainda ter que voltar do estacionamento do meu prédio e sentar em frente ao computador, para escrever… Acho que dentro de mim – já que somos muitos como diz o poeta Manoel de Barros: “Eu sou muitas pessoas destroçadas!”-, tem alguém que não gosta de banhos ou de cumprir horários…

Pois bem! Depois de todas essas explicações, espero que o meu processo de “demissão” seja interrompido e que o meu espaço no seu blog (//blogcarlossantos.com.br/) continue o mesmo. Afinal, qualquer tribunal de trabalho dará ganho de causa ao meu pleito.

E eu sei que embora processos não lhe intimida, já que estás respondendo aos 9.865.489 (nove milhões oitocentos e sessenta e cinco mil quatrocentos e oitenta e nove) processos movidos contra a sua pessoa pela antiga gestão municipal de Mossoró, não seria melhor não aborrecermos a justiça com mais essa pendenga?

Até porque outro dia, logo após assistir ao filme “O terminal”, com Tom Hanks, que conta a história de um viajante que impedido de entrar no EUA, passa a viver dentro de um aeroporto, fui dormir e sonhei com uma versão jerimum caboclo: os oficiais de justiça do país de Mossoró, cansados de levarem intimação para o jornalista Carlos Santos, resolvem fazer um abaixo assinado, pedindo que você passe a morar nas dependências do fórum de justiça, pois assim economizaria o tempo deles e também as árvores da mata amazônica… A cabeça é ou não um útero?!

Ah! E não se esqueça do meu pagamento, afinal não acertamos que a sua amizade era o meu salário?! Então, venha a Natal tomar um café e colocaremos as noticias em dia, ok?

Abs, do seu empregado Edilson Pinto.

 

Francisco Edilson Leite Pinto Junior é professor, médico e escritor

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domingo - 17/02/2013 - 03:48h

A Igreja e a reinvenção do Ocidente

Por Mauro Santayana

Ao surpreender o mundo – menos alguns íntimos de sua fadiga – com a renúncia ao papado, Bento 16 revela a grande crise por que passa a Igreja Católica. Quando Gregório XII renunciou, em 1415, seu gesto unificou a instituição, então dividida sob três pontífices desde 1378. Ângelo Correr percebeu, com acuidade, que ele serviria melhor à sua própria posteridade ao servir à unidade da Igreja, e abandonar o trono papal.

Ele não era O Papa, mas a terceira parte de um poder que, dividido, enfraquecia-se cada vez mais diante do mundo e, o que é pior, diante da História. Os dois anos de vida que lhe sobraram – morreu em 1417 – lhe devem ter assegurado esse consolo. Ele tinha 90 anos ao renunciar – uma idade difícil de atingir naquela véspera do Renascimento – mas deu a seu gesto o claro caráter político, ao negociá-lo com o adversário mais forte, e influir na escolha – unânime, do sucessor, Martinho V – da poderosa família Colonna. Não alegou cansaço, mas, sim, responsabilidade política.

Mais longa do que o Grande Cisma dos séculos 14 e 15, que durou quase 40 anos, é a já duradoura crise do Ocidente, de que a Igreja foi fiadora e principal organização política, desde Constantino e Ambrósio. Depois da morte de ambos, a Igreja se proclamou herdeira do Império Romano, com base em um documento apócrifo, a Constitutum Constantini, segundo o qual Constantino legava ao papa Silvestre I – e, assim, à Igreja – todo o poder político e todos os bens do Império. O documento, forjado no século 8, foi desmascarado por Lourenço Valla, no século 15.

Um dos mais destacados latinistas e gramáticos da História, Valla provou que o latim usado para redigir o documento não existia no século 4. A inteligência lógica de Ambrósio arquitetou a construção política da Igreja, conduzida na sábia combinação entre a concentração da autoridade espiritual no Vaticano, exercida mediante os bispos, e a distribuição do poder temporal entre os reis e os senhores feudais, sem esquecer o domínio direto sobre os estados pontifícios, que garantiam a incolumidade dos papas.

Dessa forma foi possível, em esforço de séculos, domar a anarquia, conter e assimilar os bárbaros e dar estrutura política e social à Idade Média, com a consolidação da injustiça de sempre contra os pobres e os pensadores que os defendiam, quase sempre levados às inquisições e à fogueira, como ocorreu a Giordano Bruno, no auge do Renascimento, em 1600. Ambrósio, nobre burocrata do Império, que pagão até ser eleito bispo de Milão, não agiu como teólogo, que não era, mas, sim, como um dos mais hábeis estrategistas políticos da História. Coube-lhe salvar os pontos basilares da idéia do Ocidente.

A Igreja sempre fez alianças com o poder temporal, algumas piores do que as outras, a fim de evitar a prevalência do verdadeiro Cristianismo sobre seus interesses políticos no mundo. É assim que o Vaticano de nossos dias – depois de tolerância criminosa com Hitler, sob Pio XII – mantém o acordo firmado entre Reagan e Wojtyla, há mais de trinta anos, com o objetivo, atingido, de destruir a União Soviética e combater o socialismo. É preciso lembrar que, para o êxito da conspiração, contribuíram o traidor Gobartchev, hoje garoto propaganda dos artigos de luxo da Louis Vuitton, e as operações do Banco Ambrosiano (valha a coincidência), para financiar o Solidarinost, o sindicato de direita da Polônia, liderado por Lech Walesa.

Mesmo que não a desejasse, Ratzinger seria compelido à renúncia, pelos mais eminentes membros da Cúria Romana, que se preocupam com a sanidade mental do Pontífice, cujo engajamento com os setores mais conservadores da Igreja tem comprometido o seu arbítrio.

Acrescente-se o movimento, subterrâneo, mas vigoroso, da Igreja Latina – e mais perceptível no episcopado italiano – de encerrar o período de papas menos universais e empenhados em sua razão nacionalista, como o polonês e o alemão. Isso não significa que o clero italiano recupere a Santa Sé, mas anuncia uma campanha intensa durante o conclave em favor de um candidato com as chances de Ângelo Scola, atual arcebispo de Milão, e advogado de diálogo franco e aberto com o Islã.

Em seu pronunciamento de renúncia, o Papa associou seu gesto à crise do pensamento ocidental, no tempo de alucinantes mudanças: “… no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado”.

Como anotou Gregório de Tours, no enigmático século 6, o mundo de vez em quando envelhece, encasulado na dúvida, e reclama a metamorfose. A Igreja Cristã (não só a Católica) e o Ocidente, xifópagos há 16 séculos, necessitam reinventar-se. Talvez a astúcia hoje dependa de pensadores abertos, como o arcebispo de Milão, sucessor de Ambrósio no episcopado.

Talvez seja o tempo de se convocar não um Concílio da Igreja Católica, mas de organizar-se Concílio Ecumênico Universal, para salvar a idéia de um Deus comum, reunindo todas as crenças em nome da vida e da paz entre os homens de boa vontade.

Mauro Santayana é jornalista gaúcho e atuou em alguns dos principais órgãos de imprensa do Brasil, como Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. Uma curiosidade: cursou apenas até o segundo ano do antigo primário, o equivalente ao atual terceiro ano do ensino fundamental.

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sábado - 16/02/2013 - 23:57h

Pensando bem…

“Se quiser ter uma boa ideia, tenha uma porção de ideias.”

Thomas Edison

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sábado - 16/02/2013 - 12:03h
RN Sem Sorte

Sujos e mal lavados preferem apontar a sujeira alheia

O escândalo da Associação Marca/Inase/Hospital da Mulher no Governo Rosalba Ciarlini (DEM) equipara-se à Operação Hígia da gestão Wilma de Faria (PSB). Sem tirar nem por.

Há um nivelamento por baixo. E baixo.

Nos dois casos, muitas semelhanças revelam como o Rio Grande do Norte está condenado a um destino trágico, nas mãos de agentes públicos ególatras e predadores.

Patético ainda é o esforço de seus militantes. Engalfinham-se principalmente na Internet em bate-bocas escassos de civilidade e sem qualquer consistência nos arrazoados.

Defendem o indefensável.

A estratégia é sempre apontar sujeira no olho alheio, sem perceberem a trava no próprio globo ocular.

Outras semelhanças em ambos episódios: os verdadeiros culpados não serão punidos e os milhões desviados não retornarão aos cofres públicos.

Pobre Rio Grande Sem Sorte!

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
sábado - 16/02/2013 - 11:32h
Hospital da Mulher

MP critica governo por esconder relatório de roubalheira

O jornal Tribuna do Norte conversou com Paulo B. Lopes Neto, Promotor de Justiça, integrante do Ministério Público Estadual (MPE). Esse órgão identificou incontáveis irregularidades na instalação e funcionamento do Hospital Materno-Infantil Parteira Maria Correia (Hospital da Mulher), em Mossoró.

Mesmo tendo alertado o governo à época de que existiam indícios de falcatruas, não foi ouvido. O equipamento foi implantado sem licitação e recheado de esquemas de rapinagem, que continuam até hoje.

O promotor avisa que o relatório feito pela Secretaria Estadual da Saúde Pública (SESAP), através de auditoria especial, que identificou “preliminarmente” desvio de mais de R$ 8,4 milhões investidos no hospital, não é base do trabalho do MPE.

Paulo Lopes também acha estranho que esse relatório não tenha sido divulgado pelo Governo do Estado, contrariando os interesses da sociedade e a Lei de Acesso à Informação. Veja abaixo o que diz o promotor:

– Qual o encaminhamento do MPE a partir do relatório da auditoria realizada pela CCI/Sesap no contrato da A.Marca e a Sesap?

– O Relatório Final da Comissão de Auditoria interna da Sesap foi juntado ao procedimento já instaurado para apurar as irregularidades na contratação do Inase, haja vista que as mesmas empresas que prestavam serviços à A.Marca também foram contratadas pelo Inase. Quanto ao valor estimado em R$ 8,4 milhões de despesas não comprovadas, resta, ainda, um maior aprofundamento da questão no sentido de melhor identificação dos responsáveis.

– O governo não publicizou o relatório da CCI e considera como definitivo o que está sendo elaborado pela CGE, como o senhor avalia? O MP irá aguardar o relatório da CGE?

– O Ministério Público estranha que, inobstante a própria Sesap constituir uma Comissão de Auditoria para análise do cumprimento do Termo de Parceria firmado entre o Estado e a Marca, não venha a publicizar o relatório final dos servidores públicos legitimamente determinados para constituí-la. Isso não se justifica em tempos de Lei de Acesso à Informação. Quanto à CGE, em que pese a importância do seu posicionamento sobre o caso, não sente a Promotoria do Patrimônio Público qualquer dependência do futuro relatório.

– O secretário Isaú Gerino disse à TN, no último domingo, ser inviável assumir a gestão do Hospital da Mulher, em 30 dias.

– Hoje (ontem) pela manhã, representantes do Ministério Público se reuniram com o secretário de Saúde e membros da sua equipe. Na ocasião, o Dr. Isaú Gerino manifestou o desejo de formalizar Termo de Ajustamento de Conduta em que o Estado se responsabilizaria também pela assunção dos serviços prestados no Hospital da Mulher de Mossoró.

Nota do Blog – O Governo do Estado tenta sair com o menor estrago possível dessa patuscada.

Sabe que existe envolvimento de secretário com a quadrilha da Associação Marca. Sabe que outros auxiliares facilitaram a roubalheira e certamente devem ter “comissão” no rateio.

Sabe que o Hospital da Mulher foi usado prioritariamente como peça de propaganda eleitoreira e, em segundo plano, como unidade de saúde púlbica.

Sabe que o rombo é muito maior do que o revelado canhestramente.

Sabe que o furto e o desvio da real finalidade do hospital prosseguem com o Inase, substituto da Associação Marca.

E nós sabemos que ninguém será punido exemplarmente.

E nós sabemos que o dinheiro furtado não será devolvido ao cofre público, para o devido fim.

E nós sabemos que os verdadeiros responsáveis continuarão posando de honestos.

Pobre Rio Grande Sem Sorte!

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Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Saúde
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