terça-feira - 12/02/2013 - 18:42h
Poti Júnior

Conselheiro do TCE é internado devido infarto

Do Blog de Rosalie Arruda

O ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do RN, Poti Junior, está internado no hospital do Coração, em Natal, onde realiza logo mais um cateterismo.

Poti sentiu-se mal na segunda-feira (11) e ao chegar ao hospital foi diagnosticado o infarto.

O conselheiro agora está estabilizado esperando pela realização do exame que atestará a necessidade, ou não, de uma cirurgia.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 12/02/2013 - 14:28h
Baraúnas

Ex-dirigente aponta motivos para saída de treinador

Amigo Carlos Santos.

Talvez não saiba, mas vou te dar uma notícia em primeira mão.

Felinto Holanda não é mais técnico do Baraúnas. Hoje (ontem) à tarde ele entregou o cargo ao gerente do Leão alegando vários motivos. Muita cobrança, muito amadorismo dos que fazem o Baru. Sem campo para treinar, apoio logístico muito pouco, entre outras coisas.

Deixa o Baraúnas na segunda colocação do estadual, mas sai pela porta da frente. O que me falou por telefone é que tinha um nome a zelar, temia pela falta de estrutura de um time que vai representar o estado na série C, e com esse amadorismo todo, não vislumbrava algo de positivo, para o time não no estadual, mas na série C, quando o Baraúnas enfrentará equipes com folha acima de 500 mil reais, como é o caso do Fortaleza, Santa Cruz de Recife e outros.

Acho que o Baraúnas perde muito com a saida do Felinto Holanda. Futebol não é pra neófito, e o Felinto Holanda pela sua formação como técnico (formado que é) achou por bem pedir para sair.

Eu particularmente lamento, pois conheço do potencial do Felinto Holanda, cara honesto e profundo conhecedor do futebol.

Evaristo Nogueira – Radialista, ex-vereador em Mossoró e ex-dirigente do Baraúnas

Nota do Blog – Obrigado pela informação, “Evara”.

Soube ontem ao final da noite, mas não tinha como atualizar a página.

Fala-se que Paulo Moroni é a “bola” da vez para treinar o tricolor.

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Categoria(s): Esporte
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terça-feira - 12/02/2013 - 12:46h
Lei no lixo

Fichas-sujas comandam prefeituras nos bastidores

Por Luíza Bandeira, Daniel Carvalho e Nelson Barros Neto (Uol)

Políticos fichas-sujas, que na reta final das eleições do ano passado abandonaram a disputa para eleger familiares como prefeitos, estão agora atuando nas administrações dos parentes.

Em alguns municípios, a oposição diz que os atuais prefeitos são laranjas e que quem comanda a prefeitura, de fato, são seus padrinhos, que abriram mão da candidatura para não serem barrados pela Lei da Ficha Limpa.

Em ao menos cinco cidades do país, foram nomeados para chefiar gabinetes ou secretarias. Em outras sete, dão expediente na prefeitura e colaboram informalmente.

Nas eleições, em pelo menos 33 cidades, candidatos que corriam o risco de ser barrados pela Lei da Ficha Limpa desistiram em cima da hora e elegeram filhos, mulheres e outros familiares.

Em alguns casos, seus nomes e suas fotografias continuaram sendo exibidos nas urnas eletrônicas, mas os votos foram computados para as pessoas que os substituíram como candidatos.

Também há cidades em que políticos condenados ou com contas rejeitadas nem se candidataram e lançaram parentes desde o início da campanha. Muitos tinham o direito de recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se quisessem se candidatar, mas descartaram a opção.

Prefeito de fato

Em Caputira (MG), o ex-prefeito Jairinho (PTC) admitiu que ajuda o filho, o prefeito Wanderson do Jairinho (PTB), a administrar a cidade. “Se você tivesse um pai prefeito, não ia perguntar as coisas? Mas ele é o prefeito.”

Um vereador que não quis ter seu nome divulgado disse que Jairinho é o prefeito de fato. “O menino foi só para fazer campanha.” Segundo ele, Jairinho despacha na prefeitura e atende a população.

Em Cajazeiras (PB), o ex-prefeito Carlos Antonio (DEM), que teve contas rejeitadas quando prefeito, foi nomeado secretário de Planejamento pela mulher e prefeita, Denise Oliveira (PSB).

Ele renunciou três semanas depois por causa de uma lei municipal que proíbe os fichas-sujas de ocupar cargos na administração. “Mas isso não vai impedir que ele me ajude”, disse ela.

Em Conde (BA), o ficha-suja Paulo Madeirol (PSD) — que em 2012 disse à Folha que elegeu a mulher, mas seria o prefeito de fato– é secretário de Administração e participa de reuniões com a prefeita, Marly Madeirol (PTN).

Veja matéria completa clicando AQUI.

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Categoria(s): Administração Pública
terça-feira - 12/02/2013 - 12:15h
Exemplo

O fascinante sistema de educação da Finlândia

Por Paulo Nogueira (Blog Diário do Centro do Mundo)

Acaba de sair um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a revista Economist, a Pearson.

É um comparativo no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo.

Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol. Disputou a última colocação com o México e a Indonésia.

Surpresa? Dificilmente.

Assim como não existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.

Foi a Finlândia a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são compreensão e redação, matemática e ciências.

A mídia internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.

Se alguém leu alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma autoridade da educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi, e também aí não tenho o direito de me surpreender.

Algumas coisas básicas no sistema finlandês:

1)Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro.

2)Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida.

3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.

4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço.

5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.

6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala.)

Isto é uma amostra, apenas.

Claro que, para fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é 20%. No Brasil, 35%.)

Já escrevi várias vezes: os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar impostos é o preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa.

Não é à toa que, também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.

Clique na caixa do vídeo postado nesta matéria e acompanhe documentário sobre esse assunto. Vá em configurações e escolha legenda em português.

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Categoria(s): Educação
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segunda-feira - 11/02/2013 - 23:49h

Pensando bem…

” Não teria nada a objetar contra o crescente saber da humanidade, se as pessoas com isso se tornassem mais sensatas.”

Jack London

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segunda-feira - 11/02/2013 - 09:55h
Engenharia

Cruzando o Amazonas com o “Linhão”

Uma obra gigantesca para montar rede de transmissão de alta tensão de energia elétrica, que cruza a região amazônica, é mais um orgulho da engenharia e da ousadia do brasileiro.

Terá mais de 1.100 km. Também ensejará expansão de vasos comunicantes de fibra ótica. O empreendimento é conhecido como “Linhão”.

Um vídeo em espanhol, com entrevistas em português, mostra um pouco desse empreendimento.

A Empresa Isolux Córsan é uma empresa espanhola e é uma referência no mercado de transporte de energia de alta tensão, mas, neste filme, vemos que a grande maioria dos que estão trabalhando nesta construção, é de brasileiros. Existem trechos na Floresta Amazônica impenetráveis, de tão fechados que são.

Trecho C do Linhão de Tucuruí tem 76% das obras concluídas. O trecho C da linha de transmissão de energia que ligará o estado do Amazonas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), chamada “Linhão” de Tucuruí, está com 76 por cento das obras concluídas, informou a Eletrobrás em 23/01/2013.

A linha de Transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus permitirá a integração dos estados do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com aproximadamente 1.800 quilômetros de extensão total em tensões de 500 e 230 kV em circuito duplo, passará por trechos de florestas e vai atravessar o Rio Amazonas.

Por se tratar de uma obra complexa e realizada predominantemente na floresta amazônica foi definido um projeto compatibilizado com as orientações do órgão ambiental, buscando mitigar os impactos ambientais decorrentes, tais como alteamento de torres, uso de estruturas autoportantes e adoção de apenas picada para lançamento de cabos. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 3 bilhões.

Clique na caixa de vídeo e acompanhe esse documentário.

Nota do Blog – Em anexo ao próprio vídeo há textualização de matéria explicando a obra.

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segunda-feira - 11/02/2013 - 09:20h
The New York Times

Brasil, onde um juiz faz 361.500 dólares em um mês

O influente jornal norte-americano The New York Times publica reportagem especial em que mostra como o Brasil tem-se transformado no paraíso do enriquecimento e das oportunidades. Mas em especial, o periódico disseca a vida nababesca de castas de servidores públicos.

Mostra como a burocracia estatal contribui para a fragilização do real papel do Estado, que é servir promover o bem comum, servir à coletividade.

O Blog Carlos Santos publica a reportagem, com tradução literal. Leia abaixo. E perdoe-nos por alguns trechos confusos da tradução:

Por Simon Romero (The New York Times)

Foto ilustrativa de reportagem do The New York Times

Há muitas maneiras de ficar rico no Brasil, mas uma estratégia pode vir como uma surpresa especial no clima econômico de hoje: garantir um emprego no governo. Enquanto os funcionários públicos na Europa e nos Estados Unidos tiveram seus salários reduzidos ou completamente eliminados postos de trabalho, alguns funcionários públicos no Brasil estão puxando para baixo os salários e os benefícios que colocam os seus homólogos nos países desenvolvidos a vergonha.

Um funcionário de um tribunal, em Brasília, a capital, ganhou 226.000 dólares em um ano – mais do que o chefe de justiça do Tribunal Supremo do país. Da mesma forma, rodovia de São Paulo departamento pago um de seus engenheiros 263.000 dólares por ano, mais do que o presidente da nação.

Em seguida, houve os 168 funcionários públicos no tribunal de São Paulo auditoria que receberam salários mensais de pelo menos R $ 12.000, e às vezes tanto quanto $ 25.000 – mais do que o prefeito da cidade, o maior do Brasil, estava ganhando. Na verdade, o prefeito na época, brincou que ele planejava se candidatar a um emprego no parque de estacionamento do edifício do Conselho da Cidade, quando seu mandato terminou em dezembro, após o São Paulo legislatura revelou que um manobrista ganhou 11.500 dólares por mês.

Estes “super-salários”, como eles se tornaram conhecidos aqui, está alimentando o ressentimento recente sobre a desigualdade em burocracias pesadas do país. Sindicatos poderosos para determinadas classes de funcionários públicos, fortes proteções legais para os trabalhadores do governo, setor inchaço público que criou muitos novos empregos bem remunerados, e benefícios generosos que podem ser exploradas por pessoas de dentro, todos fizeram setor público do Brasil um bastião cobiçado de privilégio .

Mas os despojos não são distribuídos igualmente. Enquanto milhares de funcionários públicos tenham ultrapassado os limites constitucionais sobre a sua remuneração, muitos mais estão lutando para sobreviver. Em todo o país, professores e policiais geralmente ganham pouco mais de US $ 1.000 por mês, e às vezes menos, exacerbando as preocupações de segurança do país urgentes e de longo vacilante sistema de ensino.

“As distorções salariais em nossa burocracia pública chegaram a um ponto em que eles são uma desgraça total e absoluto”, disse Gil Castello Branco, diretor do Contas Abertas, um grupo de vigilância que analisa orçamentos governamentais.

Privilegiados funcionários públicos, uma vez chamado marajás em um aceno para a opulência da antiga nobreza da Índia, já existem há muito no Brasil. Mas como o Brasil alimenta ambições de subir nas fileiras das nações desenvolvidas, uma nova liberdade de informação requer lei instituições públicas para revelar os salários de seus funcionários, de classificação e de arquivo servidores públicos, como funcionários para ministros.

Congresso em Foco

Embora algumas autoridades estão resistindo as novas regras, novas divulgações em instituições públicas têm revelado caso após caso de funcionários públicos que ganham mais de juízes da Suprema Corte, que fez cerca de 13.360 dólares por mês em 2012, um valor estabelecido na Constituição como o salário mais alto que o público os funcionários podem receber. No Senado e Câmara dos Deputados, mais de 1.500 funcionários ganhavam mais do que o limite constitucional, de acordo com o Congresso em Foco, um site de vigilância.

Juízes estaduais pode fazer ainda melhor. Um em São Paulo recentemente puxado para baixo 361.500 dólares em um mês. Isso não é um erro de digitação: alguns juízes no Brasil são mais bem pagos em um único mês do que seus pares em países de alta renda ganha em um ano inteiro. (Os altos salários anuais para os juízes em Nova Iorque estão a subir para cerca de 198.600 dólares).

As revelações recentes, incluindo de um auditor em Minas Gerais, que ganhou US $ 81.000 em um mês e um bibliotecário que recebeu US $ 24.000 em outra, estimularam uma forte reação em alguns setores. Joaquim Barbosa, o chefe de justiça da Suprema Corte, revogou os super-salários dos 168 empregados no tribunal de São Paulo, em dezembro de auditoria. Outra alimentaram-se juiz federal emitiu uma liminar em outubro de suspender os pagamentos às 11 ministros, mas o procurador-geral disse que iria procurar derrubar a decisão.

Alguns historiadores culpam Portugal, o ex-governante colonial, para a criação de uma poderosa burocracia pública em que exercer influência mandarins grande e ganham salários desproporcionais. Bizantino sistema judicial do Brasil também oferece maneiras para certos altos funcionários de contornar os limites de pagamento constitucionais. Alguns coletam pensões de passagens anteriores no governo – muitas vezes o seu salário integral no momento da aposentadoria – após mudar para outro trabalho público.

Depois, há os subsídios extra para moradia e alimentação, as taxas de reembolso generosos para distância percorrida no trabalho e, claro, as lacunas. Uma disposição que data de 1955 permite que alguns funcionários públicos para tirar uma licença de três meses a cada cinco anos. Mas aqueles que renunciar à licença, agora destinado a incentivar os trabalhadores a fazer cursos de pós-graduação, pode procurar a recolher dinheiro extra em seu lugar.

Alguns membros do alto escalão do Partido dos Trabalhadores do governo, incluindo o ministro das Finanças, Guido Mantega, ter sido capaz de contornar o limite constitucional, de receber um extra de R $ 8.000 por mês para servir em conselhos de empresas estatais, e muitos parlamentares têm direito a bônus anuais de mais de 26.000 dólares para que eles possam comprar roupas, como ternos.

Ainda assim, no mundo em desenvolvimento, Serviço Civil do Brasil é invejado em alguns aspectos para o seu profissionalismo. Exames rigorosos para uma série de cargos no governo cobiçados geralmente eliminam candidatos despreparados. Bolsões de excelência, como algumas organizações públicas de pesquisa, já ganharam reconhecimento em áreas como a agricultura tropical.

Colaboraram com a reportagem especial Lis Horta Moriconi Taylor Barnes.

Veja reportagem na página do jornal norte-americano clicando AQUI.

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segunda-feira - 11/02/2013 - 08:39h
Henrique e Garibaldi

Depois de separados, primos devem tomar rumo comum

Principal defensor de apoio do PMDB à candidatura da então senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo estadual em 2010, o hoje ministro e senador licenciado Garibaldi Filho (PMDB) cumpre agora papel inverso nessa ‘advocacia’ política.

No momento, para Garibaldi, o partido demora em não tomar uma posição de afastamento do epicentro do poder no Rio Grande do Norte. Ele quer e empenha-se pelo rompimento.

Na campanha de 2010, o deputado federal Henrique Alves (PMDB), primo de Garibaldi e presidente do partido, trabalhou para que o PMDB ficasse – até por coerência – com o governismo, o que pessoalmente fez: apoiou a candidatura à reeleição do governador Iberê Ferreira (PSB).

A situação é teoricamente confusa.

Henrique – “puxado” por Garibaldi – levou o PMDB inteiro para o Governo Rosalba. Disse, a propósito, que nunca mais ficaria separado do primo. As decisões, a partir da aglutinação política, passariam a ser conjuntas entre ambos.

Com nítida queda livre na imagem e na gestão de Rosalba, poucos são os que pretendem continuar no governismo. Garibaldi é um. Henrique transborda em queixas.

Falta o quê?

Um dia para se anunciar a ruptura ou um agrado para se justificar o “dia do fico?”

 

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segunda-feira - 11/02/2013 - 08:23h
Surpreendente

Papa vai renunciar ao pontificado

Do G1

O Papa Bento XVI vai renunciar a seu pontificado em 28 de fevereiro.

Bento XVI anunciou a renúncia pessoalmente, falando em latim, durante o consistório para a canonização de dois mártires.

O Vaticano confirmou a notícia e afirmou que o papado vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido.

Em comunicado, Bento XVI afirmou que vai deixar o cargo devido à idade avançada, por “não ter mais forças” para exercer o cargo.

O pontífice afirmou que está “totalmente consciente” da gravidade de seu gesto.

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segunda-feira - 11/02/2013 - 07:51h
Eleições 2014

Lula avisa que fará pré-campanha pró-Dilma

Do Blog do Josias de Souza

Em privado, Lula diz que a “caravana” que fará nos próximos meses será “parte da pré-campanha” pela reeleição de Dilma Rousseff. “Ela não pode fazer campanha, mas eu posso”, afirma, referindo-se às limitações legais de sua afilhada política.

O morubixaba do PT conta que percorrerá o país “articulado” com Dilma. Já conversou com ela a respeito. Pediu-lhe que não dê ouvidos à “conversa fiada” segundo a qual ele poderia ser, de novo, candidato ao Planalto. “Não existe essa hipótese”, enfatizou na semana passada a petistas que o visitaram.

Lula diz que é preciso respeitar a “simbologia” da política. Acha que, se abandonasse Dilma, deixaria de fazer sentido. “Então eu escolho uma mulher, ela faz um bom governo e eu a atropelo? Não vou fazer isso”. Lula realça que a pupila está bem-posta nas pesquisas.

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Categoria(s): Política
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domingo - 10/02/2013 - 23:32h

Pensando bem…

“Quando uma pessoa define seus próprios valores, ela se torna referencia para si mesma: cabe a ela honrar as normas que ela mesma construiu!”

Flávio Gikovate

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domingo - 10/02/2013 - 21:31h
Decisão judicial

Situação de prefeitura fica menos ruim

O prefeito Nei Rossato (PSB), de Alexandria, passa um Carnaval menos aflitivo com a decisão do desembargador Cláudio Santos, que deferiu liminarmente o pedido de concessão de efeito suspensivo à decisão da Justiça em primeiro grau, que determinava o pagamento de cinco meses de salários (em atraso) em 10 dias.

O ex prefeito Alberto Patrício (PP) deixou essa “herança” e outros problemas para o sucessor, praticamente emperrando a administração logo nos primeiros dias.

A decisão da Justiça completava o circo de horrores.

O grande desafio do governo atual é gerenciar esse relação com os servidores, de modo a atualizar folha e viabilizar retomada de ritmo normal da administração.

Ministério Público, Câmara Municipal, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a própria Justiça tendem a ser parceiros nessa operação, sobretudo diante de uma conjuntura natural terrível: a seca.

A economia do município está arrasada. O meio circulante encolheu. Poucas são as alternativas econômicas do município, sem potencialização do setor primário.

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domingo - 10/02/2013 - 20:28h
Aguardemos

Denúncia de compra de voto em Mossoró

Do Twitter de Carlos Escóssia

Quem levanta o “mote” é o blogueiro Carlos Escóssia:

– Nos próximos 60 dias poderemos ter vereador perdendo o mandato em Mossoró, por compra de votos – tudo registrado no cartório da vida.

Nota do Blog – Aguardo mais informações, meu querido Carlos Escóssia.

Mossoró pode ferver com mais novidades na política.

Aguardemos.

Acompanhe o Blog também pelo Twitter: www.twitter.com/bcarlossantos

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Categoria(s): Política
domingo - 10/02/2013 - 19:33h
Política

Um projeto dentro do outro

O atual presidente da Câmara de Mossoró, Francisco José Júnior (PSD), o “Silveira”, se movimenta ardilosamente nos bastidores para novo salto.

Almeja a presidência da Federação das Câmaras Municipais do RN (FECAM).

No bojo da conquista, algo ainda mais reluzente: ser candidato a deputado estadual em 2014.

Está a caminho.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 10/02/2013 - 13:28h

Outra carta da Dorinha

Por Luís Fernando Veríssimo

Recebo outra carta da ravissante Dora Avante.

Dorinha, como se recorda, acidentou-se no último carnaval, quando desfilou na Sapucaí como madrinha da bateria de uma escola. Ela não conseguiu acompanhar o ritmo da escola e foi atropelada pela bateria.

Além dos arranhões e da perda de miçangas sofreu o que ela chama de “escoriações morais”, pois foi bem na frente do camarote da Brahma.

Este ano Dorinha desfilará outra vez como madrinha da bateria, mas de patinete. Como todos os anos, ela preparou-se para o carnaval internando-se no Pitanguy durante quatro meses, só saindo de lá com a garantia de que nada que foi esticado se soltaria na avenida, por mais que ela rebolasse.

Dorinha também diz que… Mas deixemos que ela mesmo nos conte. Sua carta veio em papel roxo, escrita com tinta carmim e cheirando a Mange Moi, o perfume que tira o sono Papa.

“Caríssimo! Beijíssimos!

Sim, estarei na avenida de novo, recordando meus velhos triunfos.

Você se lembra da vez em que desfilei completamente nua com apenas um retratinho do Fernando Henrique como tapa-sexo, para protestar contra a política econômica do seu governo? Como eu ia saber que a política econômica do Lula seria igual à do Fernando Henrique, só que de barba? Pensei em repetir a fantasia trocando o retratinho mas um tapa-sexo barbudo poderia ser mal interpretado.

Minhas manifestações políticas não foram em vão, no entanto. Até hoje tenho certeza que aquela minha alegoria sobre a necessidade de renovação na política, usando a renovação dos meus seios como exemplo, foi responsável pelo afastamento do cenário nacional de figuras como José Sarney, Renan Calheiros e Jader Barbalho, de quem nunca mais se ouviu falar, se é que não estou mal informada.

Minhas companheiras do grupo de pressão Socialaites Socialistas, que luta pela instalação no Brasil do socialismo no seu estágio mais avançado, que é o fim — Tatiana (“Tati”) Bitati, Betania (“Be”) Steira, Cristina (“Kika”) Tástrofe e as outras — formarão uma ala toda de tailleur e carregando motosserras, simbolizando a Dilma e os cortes no Orçamento.

Não pretendo ser abalroada de novo pela bateria, mas se acontecer já combinei com o Gustavão, que toca surdo de repique, para me salvar. Estou chegando naquela idade em que o repique começa a ser um conceito interessante. Ainda se diz ziriguidum?

Beijão da tua Dorinha.”

Luís Fernando Veríssimo é escritor e cronista

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Categoria(s): Grandes Autores e Pensadores
domingo - 10/02/2013 - 13:19h

Você Mulher

Por Marcos Ferreira

Você que malha Você que dança Você tão grande Você criança
Você que mostra Pra quem quiser A tua força Você mulher
Você da rua Você do vício Você do baixo Do meretrício
Você cantora Você atriz Você a outra Você matriz
Você do rio Você da praia Você de short Você de saia
Você que aprende Você que ensina Você que invade Minha retina
Você morena Você galega Você que passa Você que chega
Você pretinha Você branquela Você tão feia Você tão bela
Você frescura Você calor Você desfrute Você pudor
Você no meio Da multidão Sem ter emprego Nem profissão
Você de casa Que lava roupa Você que rega Você que poupa
Você que gera Que reproduz Você que é vida Você que é luz
Você que é toda Minha fraqueza Você a jóia Da natureza
Você tranqüila Você dilema Você a dona Desse poema
Você que ama Você que chora Você que fala Que vai simbora
Você pedaço De mau caminho Você torrente Você um ninho
Você picante Você açúcar Você correta Você maluca
Você humana Você defeito Você um alvo Do preconceito
Você batalha Você a paz Você tão frágil Você capaz
Você tapera Você castelo Você um sonho Você anelo
Você viola Você canção Você meu tema De inspiração
Você um pranto Você um riso Você metade Do paraíso
Você a rosa Você olor Você o beijo Do beija-flor
Você meu anjo Meu querubim Você eu digo Você pra mim
Você dos outros Você qualquer Você é tudo Você Mulher.

Marcos Ferreira é poeta mossoroense

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Categoria(s): Poesia
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domingo - 10/02/2013 - 12:55h

Do quê você deve desconfiar no Direito

Por Honório de Medeiros

1) O Direito não é uma ciência. Somente crê que o Direito é uma ciência quem não conhece filosofia da ciência ou defende sua cientificidade com propósitos indignos. O corolário desse postulado é que cai por terra, assim, o uso do argumento da autoridade na defesa de interpretações cabotinas.

2) O Direito não tem qualquer relação com o Justo. Como não se sabe o que é o Justo, não se pode afirmar, em qualquer circunstância, que o ordenamento jurídico é um instrumento para a obtenção da justiça.

3) O ordenamento jurídico é um instrumento do Estado, não da Sociedade. O Direito é um instrumento do Estado, não da Sociedade. Tanto o é que se volta contra a Sociedade. Quando a Sociedade dobra o Estado, como nas revoluções, o que primeiro cai é o ordenamento jurídico.

4) O ordenamento jurídico é um instrumento de opressão. Em todos os tempos e lugares o Direito é um instrumento de opressão do Estado sobre a Sociedade.

5) O Direito reflete a estrutura de poder das elites dominantes, a correlação de forças políticas existentes em um determinado momento histórico. Muito embora possa haver decisões esporádicas que contrariem o sistema político, elas dizem respeito a espasmos isolados que não comprometem sua lógica interna e externa de manifestação dos interesses das elites políticas dominantes.

6) A norma jurídica constitucional, ou os princípios constitucionais, por ser abstrata e difusa, têm seu conteúdo preenchido, na interpretação, na justa medida da correlação de força política das elites dominantes existente em determinada circunstância histórica.

7) Não há qualquer parâmetro científico que possa nortear uma interpretação de normas ou princípios jurídicos. Os parâmetros são puramente retóricos.

8) Os juízes, promotores, advogados, policias, são servidores do Estado, não da Sociedade. Então consolidam, enquanto correia de transmissão, coletivamente, a repressão estatal.

9) Muito embora o Estado emerja da Sociedade, pode se voltar contra o ambiente social – e o faz – no qual foi concebido.

10) O ensino do direito positivo, com raras e honrosas exceções, apenas ensina o uso do instrumento, sem permitir o desenvolvimento das condições críticas necessárias para dominar seu objeto quanto aos seus fundamentos e finalidades, assegurando a manutenção e reprodução do status quo.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do Estado do RN

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Categoria(s): Artigo
domingo - 10/02/2013 - 12:46h
Futebol potiguar

Santa Cruz se mantém em primeiro lugar

O Campeonato Potiguar de Futebol 2013 teve prosseguimento nesse sábado (9) com jogos que praticamente não provocaram maiores alterações na tabela de classificação. O Santa Cruz manteve-se em primeiro lugar, tendo atrás o Baraúnas com o segundo lugar e Potiguar de Mossoró na terceira colocação.

O Baraúnas ficou no 0 x 0 com o Coríntians de Caicó jogando no Estádio Nogueirão, em jogo truncado e em que o tricolor tinha tudo para conseguir os três pontos. Já o Potiguar foi bater de frente com o líder Santa  Cruz fora de casa e também ficou no 0 x 0, em disputa cheia de lances ríspidos.

O Alecrim voltou a vencer e fez 1 x0 no Ninho do Periquito em São Gonçalo do Amarante, contra o Assu, gol de Diego.

O Potyguar de Currais Novos surpreendeu o Palmeira em casa, com placar de 3 x0, após ser derrotado no meio da semana pelo Potiguar de Mossoró por 5 x 0. Patané, Wilson e Émerson fizeram os gols do tricolor currais-novense.

Classificação Campeonato Potiguar
Clube PTs G GC V D
1º Santa Cruz 20 10 5 6 1
2º Baraúnas 17 10 6 5 2
3º Potiguar-MO 13 11 8 4 4
4º ASSU 12 9 9 4 5
5º Corintians 11 9 8 3 4
6º Alecrim 11 6 7 3 4
7º Palmeira 10 4 10 3 5
8º Potyguar-CN 8 8 14 2 5
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Categoria(s): Esporte
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domingo - 10/02/2013 - 12:20h
Mossoró

West Shopping funciona em pleno carnaval

O Mossoró West Shopping funciona durante este período de Carnaval. Sua programação especial deixa principalmente sua Praça de Alimentação em evidência.

Neste domingo (10), as lojas funcionam de 15 às 21h, a Praça de Alimentação de 11 às 22h, o cinema de 14 às 22h e o Boliche de 11 à meia-noite.

Segunda-feira (11), as lojas ficarão abertas de 10 às 22h, a Praça de Alimentação no mesmo horário e o cinema de 14 às 22h. Já o boliche será de 10 horas às 22h,

Na terça-feira (12), as lojas estarão fechadas, a Praça de Alimentação terá funcionamento entre 11 e 22h, o cinema de 14 às 22h e o boliche de 11 às 22h.

Na quarta-feira (13) de cinzas, a programação será a seguinte: de 12 às 22h, as lojas estarão abertas. A Praça de Alimentação de 12 às 22h também, o cinema entre 14 e 22 horas e o boliche do meio-dia às 22h.

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Categoria(s): Economia
domingo - 10/02/2013 - 10:35h

Minha palavra, minhas letras

Por Carlos Santos

Minha caligrafia é na verdade um hieróglifo. De nada adiantou a preocupação em melhorá-la, com uso de técnicas artesanais, ainda à infância. Tinha que passar horas “cobrindo” letras sobre papel transparente para ganhar forma.

Tempo perdido.

Os muxicões e batidos ao ouvido para torná-la compreeensível, inteligível, foram em vão. Sobrou esforço de minha santa mãezinha, que tinha arte à ponta do lápis e caneta, mas não a transferiu para mim. Sua caligrafia era técnica de ourives.

Pecado meu. Desinteresse meu. Poderia ser menos ruim.

Escrever virou necessidade, ganha-pão, uma razão de viver ao longo de décadas. Fui-me descobrindo. Na escola, não. Era apenas um aluno mediano, com espasmos de interesse pela leitura, história (em que colecionei 10), além de um olhar nas meninas do lado, apesar da timidez catatônica.

Pânico? De matemática. A tabuada até hoje é uma “Pedra de Roseta”. Números, fórmulas… argh! fora!

A desavença com o português é antiga. Perdura até hoje. Mais do que conhecimento técnico, a ponto de dissecar as frases como se fora um legista do verbo, escrevo por intuição. Tenho pressentimento do deslize, mesmo que não saiba o porquê.

Apontar um advérbio, identificar substantivo acolá ou adjunto não sei das quantas ali… não conte comigo.

Sou um “semianalfa”.

É provável que minha dedicação e perfeccionismo tenham me poupado de estar entre os medíocres. Nem assim, estou livre do mico, da saia-justa, do erro crasso. O ridículo faz parte de minha trajetória. Muita coisa imperdoável a alguém que parece dominar o vernáculo.

Acho que disfarço bem.

Quem sabe muito é o professor e cronista “José Nicodemos” de Areia Branca. Ele é uma de minhas referências para melhorar a redação, tornar mais leve a escrita e fugir do gongorismo. Sou seu discípulo desde que nos conhecemos há mais de 23 anos na redação da Rádio Difusora de Mossoró.

Ficava arrasado com suas correções e reprimendas. Laudas inteiras picotadas por seus riscos e complementos. Com o tempo fui melhorando ou ele relaxando no rigor. Perdi o medo de perguntar, de admitir que não sei.

Abrir um dicionário é ritual comum, não um sacrifício ou decisão feito às escondidas.

Ler, ler muito. Escrever, escrever muito. Ler de tudo um pouco, questionar tudo; rabiscar e sublinhar livros, revistas, jornais etc. Até hoje é assim.

Nenhuma leitura é por acaso. Sempre tem meu olhar de aprovação ou discordância, exclamações nas bordas: “Gostei!” “Não concordo!” A simples leitura por lazer vira coisa séria.

Tornar tudo inacabado, revisar, revisar novamente. Continuar insatisfeito, questionar sempre, procurar fazer o melhor. É assim o  hábito – paixão – de escrever e ler.

Nesse universo, a admiração por autores nativos como Dorian Jorge Freire e Jaime Hipólito. Não esquecer Vicente Serejo, o cronista diário, desde o Diário de Natal.

O encantamento com Guimarães Rosa, Machado de Assis, mas principalmente a frase telegráfica e cortante de Graciliano Ramos.

Stanislaw Ponte Preta, Antônio Maria, Rubem Braga, Vivaldo Coaracy, Truman Capote, Camus, Carlos Lacerda, Paulo Mendes Campos, Gibran, Hermann Hesse e tantos outros autores foram se enfileirando.

Bem antes deles, centenas de revistas em quadrinhos eram empilhadas e colecionadas em casa. Parte, camuflada em guarda-roupa, debaixo da cama e outros compartimentos secretos.

Para muitos pedagogos e mães, os “gibis” eram um atraso e tiravam nosso foco do conhecimento didático na escola. Meia-verdade.

Valeu ler a Tesouros da Juventude (Alexandre Dumas, Júlio Verne etc.), folhear a Enciclopédia Britânica e revistas como o Cruzeiro e Seleções. A fascinaçção pelo futebol com a Placar. A volúpia  pela informação com o Almanaque Abril e os jornais que apareciam em casa em meio aos mantimentos do dia, num balde de alumínio trazido do Mercado Central ao lado de verduras, cereais, frutas.

Bote uma Playboy aí no “cardápio”. Sempre gostei das entrevistas dessa publicação mensal. Ninguém é de ferro.

Sem que eu percebesse estava “me formando”. Tornava-me lentamente um apaixonado pela escrita, mesmo que ainda sob desavença com a língua-pátria. A propósito, esse nosso litígio é incessante e sem armistício, que se diga.

Puxado pelo jornalismo, virei repórter político. Com a tarefa segmentada, a rápida constatação: não poderia me prender tão somente ao ramerrame de declarações óbvias, entrevistas enfadonhas e o factual de releases.

Ficou claro para mim que teria que conhecer a essência da política, ir à sua raiz e encontrar respostas para uma série de interrogações. Do contrário, eu me transformaria numa espécie de escrivão, apenas reproduzindo clichês: “Fulano disse, sicrano afirmou, beltrano declarou…”

Nasceu na necessidade a paixão pela ciência política, antropologia, sociologia e outros ramos do conhecimento. Dei-me conta da existência e o porquê de mergulhar na descoberta de Schopenhauer, Kant, Aristóteles, Platão, Raymundo Faoro, Oliveira Vianna, Gramsci, Darcy Ribeiro, Quentin Skinner, Hannah Arendt (minha devoção), Popper, Montesquieu, Roberto Campos, Baltasar Gracián, Maquiavel, Sun Tzu, Roberto da Matta, Rousseau, Victor Nunes Leal, Foucault, Jules Mazarin, Russell…

Tanto tempo depois, ainda tenho espírito da descoberta. Ainda me espanto com a própria ignorância e continuo acreditando que posso melhorar minha caligrafia, conhecimento e texto.

Antes, tudo era feito em papel almaço, com lápis em ponta grafite que geravam garranchos toscos. Depois veio a máquina datilográfica com suas teclas e a digitação em computador.

Hoje, passeio meus dedos longilíneos em telas multicoloridas que abrem e fecham janelas virtuais num smartphone e tablete. Nem de longe formo aqueles hieróglifos que eram o terror das professoras no caderno ou no quadro negro.

Nem assim me aproximo da perfeição ou algo razoável, tamanho o que exijo de mim.

Saí das cavernas. Mas sinto que ainda tenho que voltar a ela vez por outra, como um arqueologista. Há sempre alguma coisa a ser revirada, rebuscada e reestudada.

Nessa memória mais distante ainda estão meus principais utensílios de sobrevivência – mesmo que novas ferramentas e plataformas de informação me dêem a graça de ser universal e moderno. Daí continua saindo a base de minha palavra e letras.

Sei, que pouco sei. Se fosse um Sócrates, nada saberia.

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 10/02/2013 - 08:46h
Governo Rosalba

Henrique acentua caminho para rompimento

Do Blog Panorama Político

O distanciamento entre o PMDB e o Governo Rosalba Ciarlini (DEM) se acentua.

A nova sinalização de um rompimento próximo do partido com o Executivo vem com as declarações do novo presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).

Na sua primeira entrevista para um veículo de comunicação potiguar, após ter se tornado o primeiro potiguar a chegar ao posto mais alto da Câmara, o peemedebista reclama da falta de comunicação do Governo, da ausência de um interlocutor e confirma o naufrágio do conselho político.

“Não é cargo por cargo, é poder contribuir, ter uma participação mais efetiva, o Governo se abrir mais, ser mais transparente até das suas dificuldades e não com conversas isoladas que não tratam o conjunto dos graves problemas que atravessa o Rio Grande do Norte”, analisa.

Para o deputado federal Henrique Eduardo Alves, o Governo Rosalba Ciarlini está pecando pelo isolamento e por tratar as questões não de forma macro e com transparência, mas de forma setorizada.

No entanto, o deputado federal pondera que as críticas administrativas não têm qualquer relação com o pleito de 2014. Aliás, sobre esse assunto Henrique Eduardo Alves se esquiva de responder questionamentos sobre os possíveis candidatos a serem lançados pelo PMDB. Para ele, o momento é de união dos líderes, da bancada e de todo Estado.

Mas o novo presidente da Câmara alerta: “uma andorinha só não faz verão”.

E complementa: “Não adianta ter um político de grande importância, se ele não tem a união do Estado, a união da bancada”, observa.

Para o deputado federal, a condutora do processo de união em prol dos grandes projetos do Estado deve ser a governadora Rosalba Ciarlini.

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Categoria(s): Política
domingo - 10/02/2013 - 06:15h
Conversando com... Mia Cout

A palavra da mãe África com a força da língua portuguesa

Da Revista Educar para Crescer

E se você tivesse a oportunidade de entrevistar um escritor? Pois os alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio São Luís, em São Paulo, tiveram. E não foi um escritor qualquer. Os adolescentes estiveram com o moçambicano Mia Couto no auditório da escola. Em quase duas horas de conversa, os meninos não se intimidaram: fizeram perguntas inteligentes e não deixaram espaço para silêncios constrangedores.

O Blog Carlos Santos reproduz parte desse bate-papo enriquecedor. O escritor nasceu na Beira, em Moçambique, em 1955, e é um dos principais escritores africanos, comparado a Gabriel Garcia Márquez, Guimarães Rosa e Jorge Amado. Seu romance “Terra sonâmbula” foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX. Além de escritor, é biólogo.

Leia abaixo:

Você lutou pela independência de Moçambique durante a guerra civil. Como a sua vivência como militante da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) marcou o seu trabalho como escritor?

Mia Couto – Marcou de várias maneiras. Foi um processo longo, de escolhas, de um certo risco em um dado momento. Foi algo que me ensinou a não aceitar e a não me conformar. É a grande lição que tiro, que também me ajuda hoje a estar longe desse movimento de libertação, que se conformou e se transformou naquilo que era o seu próprio contrário. Mas eu acredito que ser uma pessoa feliz e autônoma é uma conquista pessoal. Não se pode esperar que algum movimento social ou político faça isso por você. Isso é algo que resulta do nosso próprio empenho.

Como é ser escritor em Moçambique?

MC – Vou contar um pequeno episódio que pode ajudar a responder a essa questão. Um dia eu estava chegando em casa e já estava escuro, já eram umas seis da tarde. Havia um menino sentado no muro à minha espera. Quando cheguei, ele se apresentou, mas estava com uma mão atrás das costas. Eu senti medo e a primeira coisa que pensei é que aquele menino ia me assaltar. Pareceu quase cruel pensar que no mundo que vivemos hoje nós podemos ter medo de uma criança de dez anos, que era a idade daquele menino. Então ele mostrou o que estava escondendo. Era um livro, um livro meu. Ele mostrou o livro e disse: “Eu vim aqui devolver uma coisa que você deve ter perdido”. Então ele explicou a história. Disse que estava no átrio de uma escola, onde vendia amendoins, e de repente viu uma estudante entrando na escola com esse livro. Na capa do livro, havia uma foto minha e ele me reconheceu. Então ele pensou: “Essa moça roubou o livro daquele fulano”.

Porque como eu apareço na televisão, as pessoas me conhecem. Então ele perguntou: Esse livro que você tem não é do Mia Couto?”. E ela respondeu: “Sim, é do Mia Couto”. Então ele pegou o livro da menina e fugiu. Essa história é para dizer que, para uma parte dos moçambicanos, a relação com o livro é uma coisa nova. É a primeira geração que está lidando com a escrita, com o escritor, com o livro. Nós, escritores moçambicanos, sabemos que escrevemos para uma pequena porcentagem da população, que são os que sabem ler e escrever. O livro tem uma circulação muito restrita. Mas, mesmo assim, as tiragens dos meus livros em Moçambique giram em torno de 6 mil, 7 mil exemplares, o que é um número alto. Quando comparo com as tiragens que faço no Brasil, posso dizer que o Brasil não vai muito além. O Brasil não lê tanto quanto pensamos. Se contarmos a população inteira do Brasil e apenas aquela que lê e compra livros, veremos que a situação é proporcional à de Moçambique.

Quais são os maiores problemas de Moçambique hoje?

MC – Antes de responder à pergunta, eu vou dizer uma coisa. A imagem que nós temos uns dos outros é feita muito de clichês, de estereótipos. Vocês também têm uma imagem feita fora. A primeira vez que eu vim a São Paulo, há alguns anos, fui protagonista de uma história engraçada. Quando eu estava saindo de Moçambique, disseram-me que São Paulo era perigosíssima, que havia balas perdidas, gente morrendo, e eu comecei a ficar cheio de medo. Uma das minhas filhas me dizia até que eu ia morrer. Na viagem de avião, que dura onze horas, eu vim pensando que era um perigo e que eu seria assaltado. Tinham me dito para tomar cuidado quando chegasse ao aeroporto, porque tinha saído na Globo – lá também temos Globo – que havia falsos táxis que raptavam as pessoas. E, de fato, eu já estava contaminado com aquela coisa.

Quando cheguei, tinha um motorista da minha editora, mas ele não estava usando uniforme e não tinha nenhuma identificação. Eu logo perguntei se ele tinha identificação e ele disse: “Não, eu sou o Pepe”. E foi me conduzindo por um corredor e dizendo que o carro estava lá no fundo. E o carro não era propriamente um táxi. E a ideia de que eu estava sendo raptado começou a soar na minha cabeça. Quando entrei no carro e sentei ao lado do motorista, eu já estava olhando para a frente e pensando “esses são os últimos momentos da minha vida, vou reviver todo o meu passado, como nos filmes”. Até que o motorista pegou algo no porta-luvas. Era uma coisa metálica, para o meu desespero. E ele estendeu essa coisa e disse: “Aceita uma balinha?”. Vocês estão rindo, mas eu não tinha nenhuma vontade de rir, porque balinha lá não quer dizer a mesma coisa que aqui. Quer dizer bala no sentido literal mesmo, projétil de bala. E aí eu só consegui pensar que estava sendo assaltado, que aquele homem ia me matar, mas que era o assassino mais simpático que eu podia encontrar. Isso é para mostrar como construímos a imagem uns dos outros. A imagem que se tem da África fora da África é sempre associada à fome, à miséria, à guerra. Mas os africanos não vivem todos assim. Ele são felizes, são construtores de vida, têm uma vida social riquíssima, têm culturas diversas, é o lugar no mundo onde há mais diversidade do ponto de vista linguístico e cultural. Então os problemas que temos são os mesmos da maior parte dos países africanos. Têm a ver com a miséria, têm a ver com o fato de que a sua própria história é muito recente. Moçambique teve uma guerra civil de 16 anos, em que morreram muitas pessoas.

GUERRAS – Quando morre uma pessoa, tanto faz se é militar ou civil, mas o que é mais triste é que as guerras da África são guerras que matam sobretudo os civis. Os soldados morrem pouco, porque muitas vezes se transformam em forças descomandadas, já que não existe um Estado forte e não há territórios definidos. Mas a África toda não é isso, há grandes histórias de sucesso. Moçambique é ao mesmo tempo uma grande história de sucesso, porque a guerra acabou em 1992 e, quando eu pensava que nunca mais ia ver a paz, o governo conseguiu instalar a paz juntamente com a sociedade civil. E hoje Moçambique é um grande parceiro internacional de investimento e de outros governos. Por exemplo, hoje o Brasil está muito presente em Moçambique, com projetos de construção, de estradas, portos, barragens etc. Portanto, acho que Moçambique vive hoje um momento muito feliz. Mas continua sendo um dos países mais pobres do mundo.

Com sua obra, você conseguiu apresentar a realidade de um país, e até de um continente. Como é a sua relação com Moçambique?

MC – Eu não me considero representante de Moçambique, me considero apenas representante de mim mesmo. Eu tenho duas dificuldades: eu sou de um continente em que os brancos são minoria. Os brancos moçambicanos são minoria. Num país de 21 milhões, os brancos são 10 ou 20 mil. Portanto, eu não poderia ser o representante de qualquer coisa, se é que existe isso de representatividade. E a outra dificuldade é que eu tenho nome de mulher. Agora já não acontece tanto, mas antes, quando eu ia visitar um outro país, muitas vezes estavam esperando uma mulher negra. E eu ficava no aeroporto esperando que alguém viesse falar comigo e nada. Já tive desentendimentos terríveis. Uma vez fui visitar Cuba e tinham organizado um presente para cada membro da delegação de jornalistas.

Voltei com uma caixa de presentes. Na época, vivíamos em guerra. E, na guerra em Moçambique, nós vivíamos em uma situação-limite, não tínhamos nada. Nós saíamos de casa em busca de coisas para comer. Era essa a situação que meus filhos tinham de enfrentar todos os dias. Então eu estava fascinado com aquela coisa de ter ganhado um presente. Quando cheguei em Maputo, abri aquela caixa e eram vestidos, brincos, eram coisas para uma mulher, para a senhora Mia Couto. Então eu não me sinto representante nesse sentido, mas sinto que o fato de seu ser conhecido hoje fora de Moçambique me obrigar a ter uma responsabilidade para com o meu próprio país. Então, quando estou fora, eu tento divulgar a cultura de Moçambique, os outros escritores. Trago livros de escritores moçambicanos e entrego às editoras, para saber se é possível que sejam editados etc.

E com Portugal?

MC – Eu sou descendente, sou filho de portugueses e tenho uma relação com Portugal muito curiosa, porque eu não conhecia Portugal até eu ser adulto. Só fui a Portugal quando eu comecei a publicar meus primeiros livros. E era uma coisa muito estranha, porque a concepção africana de lugar é que o lugar é nosso quando os nossos mortos estão enterrados no lugar. E eu não tenho mortos em Moçambique, infelizmente.

Mia admite estereótipos

Então os meus mortos estão enterrados em algum lugar no norte de Portugal. E eu fui ver esse lugar. Eu queria ver justamente porque queria ter essa relação quase religiosa com o lugar. O que acontece é que os meus pais imigraram para Moçambique quando eram jovens, tinham 20 anos, e viveram toda a sua vida lá, nunca mais tiveram relação com Portugal. E eles contavam histórias de um país que, ao mesmo tempo que me fascinava, era uma coisa muito distante. O que acontecia é que a minha mãe, ao contar histórias sobre a sua família, seus tios e avós, trazia para mim e para meus irmãos uma presença que nos fazia muita falta, porque todos os meus amigos tinha avós, tios e falavam dos primos. Eu não tinha ninguém. A minha família eram os meus pais e os meus três irmãos. Então o que a minha mãe fazia ao contar histórias era inventar a família inteira. Eu precisava ter um sentimento de eternidade que era conferido por essas histórias que a minha mãe contava. Mas eram quase todas mentira, quase todas eram inventadas por ela.

Qual é a sua opinião sobre a reforma ortográfica?

MC – Eu não sou a favor. Considero que alguns dos motivos que foram invocados para a reforma ortográfica não são verdadeiros. E acho que é uma discussão com a qual os portugueses, principalmente, ficaram muito nervosos, porque, para Portugal, mexer na língua é uma coisa muito sensível. Algumas pessoas de Portugal acreditam que a língua é a última coisa que eles têm, que é a primeira e última coisa que têm, é um sentimento imperial da sua própria presença no mundo que foi posto em causa. Mas a minha questão não é essa. É que eu sempre li os livros dos brasileiros e nunca tive problema nenhum, nunca tive dificuldade nenhuma. Para vocês, que estão lendo meus livros em português de Moçambique, existe alguma dificuldade particular por causa da grafia? Ou a dificuldade é o resto e essa é a única coisa que não é difícil? Eu acho inclusive que haver uma grafia que tem alguma distinção, um traço de distinção pode trazer um outro sabor a uma escrita. E os brasileiros conhecem muito pouco de Moçambique, de Angola ou de São Tomé. Às vezes eu ando na rua e tenho uma dificuldade enorme para explicar quem eu sou. Na verdade, isso eu não sei explicar, mas a dificuldade é para explicar de onde eu venho. Quando falo que não sou de Portugal, sempre fica uma coisa difícil. Fazem as perguntas mais estranhas sobre o que pode ser Moçambique, se é um país que fica perto do Paraguai, por exemplo. Então a distância entre nós não é um problema que deriva da ortografia, deriva de outras coisas, de política, de uma falta de interesse, de um distanciamento. Isso não será resolvido mudando o acordo ortográfico.

Como você e as personagens da sua obra dialogam com o mundo contemporâneo, que é marcado pelo consumismo e pelo hedonismo?

MC – Eu acho que um jogo de construção e desconstrução porque esse mundo que você retrata como sociedade do consumo existe e não existe em Moçambique, porque muitas vezes consumimos muito pouco. Consumimos mais aquilo que é ilusão. Cada vez menos o Estado confere Educação e saúde, e nós temos que conseguir isso por outras vias. Então o que eu procuro fazer nos meus livros é uma coisa que eu posso fazer como escritor. Eu não posso lutar para além desse limite, que é sugerir que há outros caminhos, que é possível sonhar, que não podemos ficar acomodados, resignados. Obviamente eu não posso propor uma tese ou um modelo alternativo nos meus livros, nem saberia fazer isso, mas posso incentivar o gosto, a vontade.

Como você vê os seus personagens no cinema? Como é a visão física deles?

MC – É um estranhamento, porque aquilo que eu criei não tinha voz nem rosto, nem para mim mesmo. Então de repente o personagem tem uma voz. Mas, mesmo que seja a mais bela voz do mundo ou o rosto mais belo do mundo, o fato de ter um rosto e uma voz e não estar aberto e não ter vozes múltiplas é uma perda. Por isso, eu me distanciei. Se participo do filme, é somente para pontualmente dar algum apoio, mas não como alguém que tenha competência para isso, porque eu não tenho. Eu quero que o realizador de cinema faça um produto distante, que é capaz de se soltar, ganhar asas e sair do texto escrito, senão perde como livro e perde como filme.

 

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