Por Fátima Amorim
Durante esta semana tive a oportunidade de conhecer uma pessoa – exemplo de administradora e mãe.
Enquanto aguardava na praça do cemitério São Sebastião a chegada do cortejo, para sepultamento de uma pessoa amiga, conversei com uma gari que fica responsável pela limpeza da frente do cemitério. Uma pessoa otimista, pra cima, alegre e realizada pelo sucesso de sua vida.
Apesar de sua vida simples está formando seu único filho em um dos cursos mais almejados: Direito; e o mais interessante em uma faculdade particular.
Fiquei admirada e curiosa, por isso perguntei:
– E o seu sustento?
Ela respodeu: “O salário de gari pago a faculdade do meu filho, à noite trabalho em uma lanchonete, e nos finais de semana faço congelamento na casa dos ‘ricos'”.
E mais: “Com esse dinheiro já comprei quatro lotes de terreno, já comprei uma casinha pra o meu filho de 28 anos, prestes a se formar, que hoje é casado e tem um filho com Síndrome de Down. Tenho meus salários, disposição pra trabalhar e o mais importante, meu filho nunca teve vergonha de mim…”
Suspirei… como o trabalho dignifica a pessoa humana e como o amor de uma mãe é grande, “incondicional”.
Essa é uma nordestina arretada, digna de todas as honras e respeito.
Deus continue te abençoando!
Nota do Blog – Essa crônica foi puxada de endereço próprio da autora do texto, no Facebook. Sem sua licença, o transportei para esse espaço de maior dimensão e repercussão pública.
Ficou, mesmo assim, a curiosidade de saber quem é essa mulher heroína, de verdade, que dignifica a espécie humana.
Ficou nos devendo, Fátima.