segunda-feira - 10/06/2013 - 10:02h
Alto Oeste

Crianças não têm direito de nascer em sua cidade

A 6ª Unidade Regional de Saúde Pública (URSAP), com sede em Pau dos Ferros, abrange 37 municípios do Alto Oeste.

Desse elenco de municípios, 22 não conseguem assegurar partos às suas mulheres.

Elas são obrigadas a deslocamentos para outros municípios da região, como Alexandria, Pau dos Ferros e São Miguel.

Quem pode, termina indo mais longe: Natal, por exemplo.

Faltam médicos e faltam meios mínimos à garantia de vida a parturientes e bebês.

Por isso que em parte é, compreensível, a predominância do sistema de “ambulancioterapia”.

A grande maioria das prefeituras não consegue garantir o mínimo necessário à saúde pública, apenas com recursos próprios e parcos repasses do sistema Sus.

Enfim, o direito à vida, o simples direito de nascer, está sob ameaça.

 

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Categoria(s): Saúde
domingo - 09/06/2013 - 23:56h

Pensando bem…

“Ninguém ouse aconselhar os outros antes de seguir seus próprios conselhos.”

Sêneca

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domingo - 09/06/2013 - 22:29h
Leoni

Letra e Música – 199

Leoni, ex-integrante da banda Kid Abelha, segue há muito tempo uma carreira solo. Aqui e acolá a gente encontra bons trabalhos produzidos por ele.

É o caso de Soneto do teu corpo, em parceria com Paulinho Moska. Aproveite cada detalhe, como quem esquadrinha o corpo da amada (o).

E boa semana.

Juro beijar teu corpo sem descanso
Como quem sai sem rumo prá viagem.
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem,
Quero inventar a estrada enquanto avanço.

Beijo teus pés, me perco entre teus dedos.
Luzes ao norte, pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos.

Como em teus bosques. bebo nos teus rios.
Entre teus montes, vales escondidos.
Faço fogueiras, choro, canto e danço.

Línguas de lua varrem tua nuca.
Línguas de sol percorrem tuas ruas.
Juro beijar teu corpo sem descanso.

* Música/clip Gravado no Palais de la Dècouverte em Paris – 2005. Faz parte do DVD “Outro Futuro Ao Vivo em Paris”, lançado pela Outro Futuro em 2006. Direção Sérgio Bloch e Roberto Berliner.

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domingo - 09/06/2013 - 17:57h
Mulheres em transe

Beber, cair e cagar no “Pingo da mei dia”

Mulheres embriagadas foram campeãs de atendimento médico no sistema de saúde colocado ontem à disposição do evento denominado de “Pingo da mei dia”, em Mossoró.

Enfermeiros e médicos tiveram muito trabalho com as pinguças.

Mais de 80% dos casos foram registrados sob faces femininas desfiguradas pelo álcool (etc.).

Nos banheiros da Praça da Convivência, elas também arrepiaram.

Não dispensaram sequer a ornamentação do piso com fezes.

Às vezes raciocino: a revolução sexual ainda não foi feita.

Muitas “meninas” perdem a chance de fazererem a verdadeira revolução do “sexo frágil”.

Lamentável.

E triste!

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domingo - 09/06/2013 - 10:29h
Pingo da Mei Dia

Retrato de uma festa com frente e verso

Intensa, vibrante, com grande participação popular e relativa sensação de segurança – apesar do burburinho: esse o perfil do evento que abriu o “Mossoró Cidade Junina” , ontem, denominado de “Pingo da Mei Dia”.

A promoção tem esse lado bonito para ser exaltado, além de incremento do meio circulante etc.

Mas existem preocupações que precisam ser tomadas de imediato, até em zelo a outras edições e eventos correlatos do calendário de festas de Mossoró.

A Prefeitura de Mossoró tem que repensar a ocupação da área do chamado “Memorial da Resistência”, em que se situa conjunto de paineis com história do ataque de Lampião à cidade.

A massa emporcalha tudo. Fezes, urina, vômitos. Lamaçal sufocante e asfixiante, de odor insuportável com o advento da chuva.

Será fundamental aumentar, de forma considerável, o número de banheiros químicos e disciplinar melhor vendas e ambulantes nos próximos anos – com distribuição menos sufocante e caótica.

Sinalização turística, postos de informação e ruas que desaguam na área do cortejo dos desfiles devem ser melhor ornamentados. Camarotes e arquibancadas seriam bem-vindos.

A atração ganha medidas de uma festa de peso dentro do próprio Mossoró Cidade Junina.

Hoje pela manhã, um lado que não aparece na propaganda oficial e nos sorrisos de mulheres, homens, adultos e crianças que participam da promoção, está no rescaldo da festa.

Duas mulheres sem qualquer equipamento de prevenção contra acidentes e doenças, utilizando chinelos simples, sem fardamento, queixavam-se da exploração “por alguns trocados”.

Abordadas na Praça da Convivência, ambas resmungavam que os banheiros tinham pisos cobertos por fezes, urina, vômitos. Um odor insuportável, principalmente nos banheiros femininos.

Terceirizadas da prefeitura, as duas humildes trabalhadoras foram jogadas no esgoto que deixamos e sem a devida garantia de direitos mínimos assegurados por lei trabalhista.

Prefeita Cláudia Regina, não permita esse abuso. Senhores vereadores, atuem em defesa do interesse público, dos trabalhadores e de Mossoró.

Esse é o retrato de uma festa com frente e verso.

No geral, pelo o que vi, ficou bacana essa nova edição. Não circulei mais porque estava com criança e preveni-me por questão de segurança.

 

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domingo - 09/06/2013 - 08:54h

Paz de espírito

Por Stephen Kanitz

A maioria das entidades beneficentes, aquelas que ajudam os outros, vive intranqüila. A cada recessão e a cada aumento na taxa de juros elas também são afetadas, como todas as empresas, embora não almejem lucro. Para piorar a situação, em épocas de recessão as doações das empresas “socialmente responsáveis” caem pela metade, e, ao contrário das empresas, as entidades não mandam ninguém embora.

Um orfanato não coloca a metade dos órfãos na rua só porque os juros subiram.

Há oito anos organizo o Prêmio Bem Eficiente, com o apoio de cinco generosos patrocinadores. É um dos poucos prêmios dedicados aos que devotam 100% de suas energias e receitas ao social: as entidades beneficentes.

Elas são o contrário das empresas, que gastam em média 0,1% de suas receitas no social e acham que merecem prêmios por isso. Das 380 entidades que analisamos anualmente, de 80% a 90% têm dinheiro em caixa para suprir despesas por no máximo uma semana.

Vivem do prato para a boca, constantemente em estresse, preocupadas se sobreviverão até o fim do mês. Essa falta de reservas líquidas ou de colchão de segurança financeira deixa todos os nossos líderes sociais intranquilos e complica o esforço de arrecadação.

Nenhum doador quer doar para cobrir salários atrasados. Quer doar para construir um prédio novo ou ampliar o serviço prestado.

Para tentar mudar esse paradigma, há quatro anos decidimos premiar uma das cinqüenta entidades vencedoras com 200.000 reais. Escolheríamos uma eficiente mas que estivesse nesse sufoco financeiro, resolvendo de vez seu problema.

Sugerimos às entidades que colocassem a doação num fundo de investimento, e só a utilizassem em última necessidade. Era um pedido que fazíamos, sabendo que talvez não fosse cumprido.

No ano passado, uma das duas entidades recebedoras dessa doação nos procurou para prestar contas. Construiu uma nova sede, que batizou de Prédio Bem Eficiente, que deve ter custado uns 600.000 reais.

Perguntei como conseguiram a diferença, e para minha surpresa me mostraram que a entidade não havia gasto um tostão dos 200.000 da doação, que continuava toda aplicada em fundos financeiros, conforme havíamos pedido. Fiquei mais confuso ainda.

“Aquilo foi muito mais do que uma doação, aquele dinheiro nos deu a paz de espírito de que precisávamos”, disse o diretor. Paz de espírito para não entrar em desespero em cada recessão, com as constantes mudanças na política econômica.

Puderam ser mais agressivos, procurar recursos adicionais sem desespero, mostrando planos futuros, e não despesas passadas. A arrecadação explodiu.

O que me deixa perplexo nessa história toda, e por isso a estou relatando, é que do ponto de vista financeiro não fizemos absolutamente nada. O dinheiro não foi usado, e pelo jeito nunca será. Ainda bem.

Hoje, a maioria das empresas ditas socialmente responsáveis está cancelando seus donativos para as entidades que já existem, preferindo criar institutos e fundações com a marca de suas empresas, reinventando a roda, tirando muito mais do que a tranqüilidade e a paz de espírito de muita gente boa nesse setor e que acaba desistindo. Por essa razão, sempre tenha um dinheirinho de reserva.

Um dia sua empresa também o despedirá, ou achará que seu trabalho não é mais interessante. Prepare-se para esse dia, que fatalmente virá. Tenha seis meses ou um ano de gastos pessoais em caixa.

Eu sei que é difícil, você terá de fazer sacrifícios, como não comprar uma televisão ou não trocar de carro. Mas ter um dinheiro guardado para os anos de vacas magras não fará mal a ninguém.

Dinheiro pode não trazer felicidade, mas ter uma certa quantia poupada pode lhe trazer muita paz de espírito nos momentos difíceis.

Sua primeira compra na vida nunca deveria ser um televisor financiado pelo cartão de crédito. Sua primeira compra deveria ser sua paz de espírito, que não custa tanto, pode crer.

Stephen Kanitz é administrador, consultor e palestrante.

* Texto originalmente publicado na revista Veja em janeiro de 2004.

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domingo - 09/06/2013 - 08:36h
Crônica política

Henrique Alves, presidente da República

Por Geraldo Melo

Fui buscar no velho baú essa imagem. Tancredo Neves, Henrique Eduardo e eu, em nossa casa.

Ambos olhávamos para Tancredo como o nosso Presidente, o instrumento que os brasileiros estavam usando para reinaugurar a nossa democracia. Não podia imaginar que, diante de mim, estava alguém mais, que um dia se sentaria — mesmo que brevemente — na cadeira de Presidente da República.

Tancredo Neves ao centro, ladeado por Geraldo Melo e Henrique Alves no início dos anos 80 (Arquivo Geraldo Melo)

Não encontrei as palavras adequadas para descrever a emoção que nos causou — a Edinólia e a mim — este momento da vida de Henrique. Não pude deixar de rever daqui, da minha distância e do meu recolhimento, os caminhos que percorremos juntos, as mãos que juntos apertamos, os abraços que juntos recebemos, as casas humildes que visitamos, as estradas, as avenidas e os becos, o grande itinerário de vidas que tiveram grandes momentos lado a lado, que sonharam juntos com o Brasil, com o Rio Grande do Norte, com a liberdade que por alguns anos perdemos, com a prosperidade para o nosso povo, com o desafio da miséria e da injustiça a ser enfrentado.

Fico pensando em Aluizio, em Ivone. Se, como diria Camões, “lá no assento etéreo onde subiram, memória desta vida se consente”, imagino o que estarão sentindo.

Sei que “ninguém é profeta em sua terra”, mas, quem sabe, agora comecem a fazer justiça a Henrique.

Geraldo Melo é ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Norte.

* Texto e foto originalmente publicados em endereço próprio do autor no Facebook.

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domingo - 09/06/2013 - 08:10h

Atualidade de Lúcio Cardoso

Por Franklin Jorge

Nada mais atual e instrutivo do que a leitura de Lúcio Cardoso [1912-1968] sobre a política brasileira de sua época. Em seu diário – reeditado por Ésio Macedo Ribeiro, doutor em literatura pela USP, o ano passado, sob um novo título, Diários -, descreve o Brasil daquele ano de 1949 como um produto do caos, ao interpretar e sintetizar para os seus leitores o momento político, muito semelhante ao que temos sofrido no presente. Uma época conflitada.

Lúcido e profético, o escritor mineiro que se empenhou em viver uma vida total, detectou na política que se pratica entre nós essa tendência mesquinha de se esmigalhar em contradições muito pessoais do viciado jogo político que abusa da demagogia e de uma retórica sem pensamento, adaptável às circunstancias e a interesses de ocasião. Por isso, por sua extraordinária acuidade e percepção das coisas, pode nos dizer com todas as letras que não há, nunca houve partidos no Brasil, apenas homens que servem a seus interesses; questões que continuam atuais em tempos de redes sociais e de governos ditatoriais e tirânicos.

Detectou, sobretudo, a vocação do Brasil para destruir as legalidades. De fato, parecia-lhe que o Brasil morreria então uma espécie de morte pior que a morte comum, atraiçoado pelos políticos, morrendo aviltado, no esquecimento e no abandono, sob uma pesada lápide de indiferença e de malfeitos; devorado pelo apetite da corrupção que seria, na mocidade, um dom; e, nos velhos, um sinal da existência do diabo.

Ora, conforme a percepção do autor de Crônica da casa assassinada, o Brasil morre não da política que faz, mas da política que pensa que faz, o que significa reconhecer que vive o país em um permanente déficit de realidade.

Um país submetido a esta perpetua tendência à autodestruição, portanto tão propício ao aparecimento de aventureiros que simulam o grande homem nacional que só conseguem fabricar arremedos de grandes intrigas. “São deuses de uma ínfima política, à espera que as oportunidades os favoreça; são ditadores de aldeia, trabalhados na tocaia para povos que ainda não contam com uma vontade própria”.

A verdade nua e crua é que se aplica à política o que ele disse da fauna “artística” (entre aspas, no texto do diário que releio 40 anos depois), permanentemente imersa numa cultura decorativa; e de toda essa gente da política, da qual se desprende essa horrível sensação de apodrecimento, de mesquinharia e de vilezas nas atitudes mais simples e rotineiras.

O ditador Getúlio Vargas encarnaria, a seu ver, essa realidade contundente. Lucio Cardoso o vê, então, como um explorador das fraquezas e carências humanas em circunstancias sem remédio. Escrevendo sobre o teatro político daquele 1949, ressaltava a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes para a presidência, nele reconhecendo um homem honesto e decente – como tantos outros -, querendo alçar-se sobre um monturo de coisas inúteis e monstruosas, que era e continua sendo o Brasil de 60 anos depois – o país do faz de conta, do populismo escroto, das ilusões perdidas e das esperanças mortas.

Um Brasil que envergonha e aflige os brasileiros.

Observa Lúcio Cardoso com a inequívoca clareza de quem tem viajado um pouco pelo interior e como viu a miséria crônica empedernida alastrando-se em Minas, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Rio de Janeiro -, enfim, em todos esses lugares que ele percorreu -, lugares esquecidos que a política mantém em um permanente estado de miserabilidade; esses lugares onde os homens continuam vagando num estado tão primitivo que o faz pensar nas zonas mais desamparadas da Índia e da China, onde a fome estimulava ao canibalismo.

Tais misérias que esgrimia em sentenças refinadas e mordazes subsistem nos dias atuais num país como o Brasil, deitado eternamente em berço esplendido, ansiando tão somente pelas grandes catástrofes e pela violência sem conserto.

Percebe-se, nesse contexto, a certeza de que nada mudou desde então. Entendemos mais claramente a afinidade mais que eletiva entre o ditador Getúlio Vargas e o ex-presidente Lulla. Ambos espelham um Brasil com vocação para destruir as legalidades, para zombar das crenças que não valem a pena ou por acreditar apenas na anarquia e nessa vocação do Brasil para caçoar dos ídolos. Safadeza que considera bastante atraente para um produto do caos e da improbidade.

Franklin Jorge é jornalista e atual dirigente da Pinacoteca do Estado

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal (Natal).

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domingo - 09/06/2013 - 07:34h
Professor

‘Me sinto rainha’, diz professora no país nº 1 em educação

Luciana Pölönen, brasileira, dá aulas na Finlândia. País da Europa tem a melhor educação do mundo

Do portal G1

Por Vanessa Fajardo

País com a melhor educação do mundo, a Finlândia tem entre os seus professores da rede pública uma brasileira. Luciana Pölönen, de 26 anos, nasceu em Salvador (BA), é formada em letras pela Universidade Federal de Bahia ( UFBA ) e se mudou para Finlândia em 2008, com objetivo de fazer mestrado. Desde 2010, compõe o corpo docente finlandês. No país do Norte da Europa, mais do que emprego, ela encontrou a valorização da profissão de lecionar.

Luciana Pölönen dá aulas de português em Espoo, na Finlândia (Foto pessoal)

“Eu me sinto como uma rainha ensinando aqui. Ser professor na Finlândia é ser respeitado diariamente, tanto quanto qualquer outro profissional!”, afirma a brasileira, que se casou com um finlandês, tem uma filha de três anos, Eeva Cecilia, e está grávida à espera de um menino. “Aqui na Finlândia o sistema é outro, o professor é o pilar da sociedade.”

A comparação com sua experiência escolar no Brasil é inevitável. “No Brasil só dei aulas em cursos, mas estudei em escola pública, sei como é. Sofria bullying, apanhava porque falava o que via de errado e os professores não tinham o respeito dos pais”, diz Luciana.

Por quatro anos consecutivos, a Finlândia ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino.

Liberdade para trabalhar

Durante visita em São Paulo, na semana passada, a diretora do Ministério da Educação e Cultura, Jaana Palojärvi, disse que o segredo do sucesso do sistema finlandês de ensino não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou avaliações nacionais. O lema é treinar o professor e dar liberdade para ele trabalhar.

Luciana aprova o método. Há dois anos dá aulas na Escola Europeia de Helsinque, capital da Finlândia, de nível fundamental e médio e há um ano leciona português em uma escola de ensino fundamental em Espoo, cidade próxima à capital. “Dou aula de português porque toda criança falante de duas línguas tem o direito ao ensino de uma língua estrangeira na escola. Ou seja, todos os filhos de brasileiros têm direito ao ensino de português como língua mãe.”

Para conseguir a vaga, a brasileira passou por avaliação do histórico escolar da universidade, enviou uma carta pessoal em que expôs suas intenções, e enfrentou uma entrevista, uma espécie de prova oral feita em inglês.

Com o trabalho nas duas escolas, Luciana ganha 2.500 euros, o equivalente a R$ 6.500. Luciana tem contrato temporário porque ainda não finalizou o mestrado, termina a dissertação no fim do ano, por isso há uma redução no salário de 15% e de tarefas extras.

“Tenho total liberdade para avaliar meu aluno, tenho a lista de coisas de que ele tem de aprender até o fim do ano, mas como vou fazer fica a meu critério. Não preciso aplicar prova a toda hora, nem justificar nada para o coordenador”, afirma. “Temos cursos de aperfeiçoamento sem custo, descontos em vários lugares com o cartão de professor, seguro viagem, entre outros.”

Para Luciana, os alunos aprendem porque há um comprometimento deles, dos pais e da comunidade. “Eles aprendem o respeito desde pequenos, a honestidade vem em primeiro lugar. As pessoas acreditam umas nas outras e não é necessário mentir. Um professor quando adoece pode se ausentar até três dias. Funciona muito bem.”

Tradução e aula particular

Logo chegou à Finlândia, Luciana trabalhou como analista de mídia. Depois, em 2010, antes de atuar na rede de ensino pública, conciliava trabalhos de tradução e de professora particular. “Se aparecesse um trabalho para fazer limpeza, eu toparia sem problemas, desde que fosse honesto. Mandava currículo para algumas empresas, mas nunca era chamada. Pensei em omitir minha formação [em letras, pela UFBA], caso não arrumasse nada.”

Luciana voltou a trabalhar quando a filha tinha apenas um mês. Era um trabalho de tradução que às vezes fazia de casa ou ia até a empresa que ficava próxima à sua casa. Escapava para amamentar no intervalo do café. “Aqui a licença maternidade dura três anos, as pessoas achavam um absurdo eu trabalhar com uma filha de um mês. Na verdade faz parte da educação deles, hoje eu entendo mais.”

O respeito pelo próximo também é algo muito enraizado na cultura do finlandês. Luciana diz que diferente do Brasil, nunca sentiu preconceito na Finlândia por ser negra ou estrangeira. “Aqui as pessoas não parecem notar a cor de pele do outro contanto que exista respeito mútuo.”

Casos de violência ou bullying são muito raros nas escolas. “Foram cinco casos de violência no ano, mas para eles é um absurdo, não deveria acontecer. Eles sempre têm um plano para cada tipo de aluno, não é uma única forma para a classe inteira. No final, todos alcançam o mesmo objetivo.”

Diferenças

Na Finlândia, o professor é proibido por lei de encostar no aluno. Nem mesmo para dar um abraço. Luciana soube disso durante a aula de inglês, no estágio, em uma atividade onde alunos precisam demonstrar sentimentos numa espécie de encenação teatral e ela “relou” em uma aluna. A classe toda ficou estática, espantada.

Hoje, Luciana se acostumou à cultura.  “Acho que acostumei, nunca gostei muito de abraçar as pessoas se não houvesse um motivo muito importante para isso. Talvez esse seja o motivo de eu ter me acostumado aqui.” O frio também não lhe causa incômodo, nem mesmo a temperatura de 25 graus negativos que já encarou. Para a baiana, não há problemas desde que esteja com a roupa apropriada para manter o corpo aquecido.

Planos para o Brasil

No fim do ano, Luciana vai aproveitar as férias para voltar ao Brasil para visitar a família. Durante a temporada de dois meses pretende fazer workshops em escolas sobre o sistema de educação finlandês. “Gostaria de ajudar os professores de alguma forma, com treinamento, é o que eu devo para o meu país. Minha parte é tentar ajudar da maneira que eu posso.”

Para ela, a receita da Finlândia para ter uma educação nota 10, baseada na simplicidade, daria certo no Brasil se “as pessoas parassem de esperar ações do governo e agissem com as próprias mãos.” “Gostaria que minha filha visse meu país diferente e eu não tivesse de pagar uma mensalidade de 2 a 3 mil reais [caso morasse no Brasil] em uma escola particular para oferecer a ela uma educação de qualidade.”

Se o abraço tão habitual no Brasil não lhe faz falta e o frio não a incomoda, Luciana sente saudades de gargalhar com os amigos, de se deliciar com a comida da minha mãe, conversar a avó, escutar músicas com a tia e assistir Fórmula 1 com o pai. “Matamos as saudades via Skype ou quando alguns parentes visitam a Finlândia.”

 

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Categoria(s): Educação
domingo - 09/06/2013 - 06:12h

Perguntas a um homem bom

Por Bertolt Brecht

Avança: ouvimos
dizer que és um homem bom.
Não te deixas comprar, mas o raio
que incendeia a casa, também não
pode ser comprado.

Manténs a tua palavra.
Mas que palavra disseste?
És honesto, dás a tua opinião.
Mas que opinião?
És corajoso.
Mas contra quem?
És sábio.
Mas para quem?
Não tens em conta os teus interesses pessoais.
Que interesses consideras, então?
És um bom amigo.
Mas serás também um bom amigo de gente boa?

Agora escuta: sabemos
que és nosso inimigo. Por isso
vamos encostar-te ao paredão. Mas tendo em conta os teus méritos
e boas qualidades
vamos encostar-te a um bom paredão e matar-te
com uma boa bala de uma boa espingarda e enterrar-te
com uma boa pá na boa terra.

Bertolt Brecht (1898-1956) – Dramaturgo e poeta alemão

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Categoria(s): Grandes Autores e Pensadores / Poesia
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sábado - 08/06/2013 - 23:33h

Pensando bem…

“Estamos ligados aos nossos atos como um fósforo à sua chama.”

André Gide

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 08/06/2013 - 21:41h
Brasil, zil, zil...

Sonegação de impostos chega a R$ 415 bi por ano

Do Jornal do Brasil

Com o objetivo de mobilizar e esclarecer os cidadãos sobre a sonegação fiscal no Brasil, o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) realizou um estudo que estabelece indicadores para a evasão fiscal. No endereço eletrônico www.sonegometro.com, a população poderá acompanhar o placar da sonegação fiscal em tempo real e ter acesso a diversas informações sobre justiça fiscal no Brasil.

O resultado do estudo mostra que o país deixa de arrecadar R$ 415 bilhões por ano – o que corresponde a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor estimado de sonegação tributária é superior a tudo que foi arrecadado em 2011 de Imposto de Renda (R$ 278, 3 bilhões), a 90% do que foi arrecadado de tributos sobre Folhas e Salários (R$ 376,8 bilhões) ou a quase metade do que foi tributado sobre Bens e Serviços (R$ 720,1 bilhões).

Para se chegar ao índice de sonegação, o estudo selecionou 13 tributos que correspondem ao 87,4% do total da arrecadação tributária no Brasil (IR, IPI, IOF, INSS, COFINS, CSLL, FGTS, ICMS, ISS, dentre outros).

Veja matéria completa clicando AQUI.

 

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Categoria(s): Economia
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sábado - 08/06/2013 - 15:49h
Cartel de Combustíveis

Polícia Federal fecha depoimentos da ‘Operação Vulcano’

A Polícia Federal – Delegacia de Mossoró – praticamente fechou ciclo de depoimentos relativos à “Operação Vulcano” que foi desencadeada ano passado, contra suposto cartel de combustíveis automotivos em Mossoró.

Os trabalhos foram encerrados esta semana, com uma série de sabatinas com nomes influentes da política e do setor empresarial.

Dois delegados federais participaram diretamente dessa apuração inquisitorial.

Tem empresários e políticos extremamente embaraçados com as apurações feitas pela PF e Ministério Público.

Depois trago mais informações.

Veja o que foi a Operação Vulcano clicando AQUI.

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Categoria(s): Economia / Segurança Pública/Polícia
sábado - 08/06/2013 - 13:37h
Futebol

Potiguar e Baraúnas jogam hoje pelo Brasileirão

O Potiguar, atual campeão norte-rio-grandense de futebol, estreia hoje às 16h no Campeonato Brasileiro da Série D. Joga fora de casa. O time alvirrubro pegará o Central de Caruaru-PE, no Estádio Lacerdão.

A comissão técnica comandada pelo treinador Miluir Macedo, campeão pelo alvirrubro em 2004, pegará um adversário perigoso e “ferido”.

O Central estreou no campeonato à semana passada e vem de derrota para o Tiradentes de Fortaleza, por 1 a 0, jogando na capital cearense.

Baraúnas

O Baraúnas fará sua segunda partida na Série C hoje, jogando em Brasília, contra o Brasiliense. O tricolor vem de uma goleada de 1 x 4 para o Fortaleza-CE, jogando no último final de semana no Estádio Marizão em Caicó, porque perdeu mando de campo.

A partida de hoje começará às 17h.

O técnico Samuel Cândido terá uma tarefa muito difícil para superar o adversário.

Em sua estreia, o Brasiliense foi goleado também. Perdeu de 5 x 1 para o Sampaio Corrêa em São Luís, no Maranhão.

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Categoria(s): Esporte
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sábado - 08/06/2013 - 11:41h
Ao meio-dia

“Pingo da mei dia” dá início ao Mossoró Cidade Junina

Começa daqui a pouco a programação que abre, oficialmente, o denominado “Mossoró Cidade Junina”. Trata-se do “Pingo da mei dia”.

A iniciativa da Prefeitura Municipal de Mossoró reúne uma série de atrações no chamado corredor cultural, à Avenida Rio Branco, Centro.

A expectativa é de que uma multidão ocupe essa artéria e outras que desaguam nela à participação nessa festa.

 

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sábado - 08/06/2013 - 10:41h
Presidência da República

Henrique tem posse antecipada por Dilma

– A presidente Dilma Rousseff (PT)antecipa viagem e embarca às 14 hrs para Portugal. Assumiremos, na Base Aérea, protocolarmente a Presidência da Republica.

Essa mensagem acima foi postada há poucos minutos pelo presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), que assumirá interinamente a Presidência da República.

Ele fez o comunicado através do seu endereço próprio na rede de microblogs Twitter.

Acompanhe o Twitter do Blog Carlos Santos clicando AQUI.

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sábado - 08/06/2013 - 10:29h
"Guerra civil"

Mossoró chega, por enquanto, a 85 homicídios em 2013

Mossoró começou seu final de semana com mais dois mortos à bala. A sexta-feira (7) foi assim.

Chegamos ao sábado (8), início oficial do “Mossoró Cidade Junina”. Já são 85 homicídios em 2013, a maioria à bala.

Uma guerra civil disfarçada. Cada um cuide de si e dos seus.

Deus por todos.

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sábado - 08/06/2013 - 10:04h
Às nossas crianças

Dia D contra a Paralisia Infantil

O sábado não é só de festa e descanso, não. Hoje é o Dia D da Campanha de Vacinação Contra a Paralisia Infantil.

Desde as 8 horas e até as 17 horas, em todo o Brasil, o país se mobiliza contra essa terrível doença que está erradicada há anos do Brasil.

Mas não podemos baixar a guarda.

Todos nós somos responsáveis pelo êxito dessa luta em favor de nossas crianças.

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sábado - 08/06/2013 - 09:38h
Mossoró

PT inaugura novas instalações com ausências

Fátima, Mineiro e Luiz Carlos ao lado de dirigentes locais do PT

A deputada federal Fátima Bezerra (PT) participou na noite de ontem (7), do ato de inauguração das novas instalações da sede do PT-Mossoró, localizado Rua Amaro Cavalcante, 247 – Centro.

Evento contou com a participação do deputado estadual Fernando Mineiro, do presidente do Diretório Municipal do PT de Mossoró, Valdomiro Morais, do vereador professor Luiz Carlos, além de filiados e militantes.

O partido participou das últimas eleições em Mossoró coligado ao PSB e outro elenco de partidos de oposição.

Teve o professor Josivan Barbosa como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pela deputada estadual Larissa Rosado (PT) e elegeu o professor Luiz Carlos Martins a vereador.

Nota do Blog – Estranho a ausência do professor Josivan Barbosa do evento e a não-presença da aliada do ano passado, Larissa Rosado.

Não foram convidados?

 

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Categoria(s): Política
sábado - 08/06/2013 - 09:23h
No Planalto

Rosalba marca audiência com o “presidente” Henrique

Do Blog Panorama Político

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) terá audiência, na próxima segunda-feira, com o presidente em exercício da República, Henrique Eduardo Alves. Ontem, a chefe do Executivo embarcou na aeronave oficial que levou o parlamentar potiguar a Brasília.

Na segunda-feira, a governadora apresentará ao presidente em exercício o pleito de agilidade para aprovação do empréstimo de 540 milhões de dólares do Governo do Rio Grande do Norte ao Banco Mundial.

O processo ainda aguarda tramitar no Senado Federal.

 

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sábado - 08/06/2013 - 09:10h
Brasília

Henrique Alves assume Presidência da República hoje

O deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, assume hoje (8) interinamente a Presidência da República. Sua ascensão decorre de viagem da presidente Dilma Rousseff para Portugal.

Dilma viaja à noite, mas antes passa o cargo para o presidente da Câmara.

Henrique cancelou viagem oficial à Rússia para assumir a Presidência da República.

O vice-presidente Michel Termer (PMDB) , que naturalmente assumirá o cargo, está em viagem ao exterior. Henrique é o segundo na linha de sucessão da presidente Dilma.

Esta é a primeira interinidade de Henrique Eduardo Alves.

Antes dele, quem esteve na Presidência da República, como representante político do Rio Grande do Norte, foi Café Filho. Eleito vice-presidente da República em 1050, passou à titularidade com o suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954.

Café filho era natural de Natal.

 

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Categoria(s): Política
sábado - 08/06/2013 - 08:47h
É triste!

América completa dez partidas sem vencer

Por Edmo Sinedino (Portal Nominuto.com)

A primeira vitória escapou, mais uma vez, entre os dedos do América na abertura da quinta rodada, nesta sexta-feira (7), no Estádio Barrettão.

O time rubro abriu 2 a 0 diante do Guaratinguetá, realizou boa partida, mas foi castigada por desperdiçar chances de matar o jogo. Cedeu o primeiro gol e nos acréscimos veio o castigo: gol marcado por Jonatas Belusso.

Agora com três pontos, o time potiguar permanece na mesma 19ª posição, na zona do rebaixamento, na frente do maior rival ABC, que foi goleado em Santa Catarina. Enquanto isso, o time paulista chegou aos quatro pontos, em 18.º, também ameaçado. Mas evitou sofrer a quarta derrota seguida, porque antes tinha caído diante do Avaí, por 2 a 1, Bragantino, 2 a 0 e Sport, por 4 a 1.

Veja postagem completa AQUI.

ABC

O Chapecoense aplicou em cima do ABC a maior goleada da Série B deste ano pelo placar de 5 a 1. Os gols foram marcados por Bruno Rangel (2), Soares (2) e Athos, Wanderley descontou para o alvinegro que é o lanterna da competição.

O técnico  Paulo Porto não é mais o técnico do time alvinegro.

Com informações do Portal No Ar.

Nota do Blog – O Mecão atinge 10 partidas sem vencer e continua invicto no Estádio Barretão em Ceará-mirim. Que situação vexatória. Bora, Mecão.

 

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Categoria(s): Esporte
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