O Blog conversou agora à tarde com a prefeita cassada e afastada de Mossoró, Cláudia Regina (DEM). “Estou bem”, definiu-se. “Tirei a primeira pedra do meu caminho”, anotou com voz pausada, quase em falsete.
A pedra é quase uma metáfora. Ou uma verdade que pode ser convertida em metáfora.
Há poucos dias, Cláudia foi submetida à cirurgia e teve retirada uma pedra dos rins. “Do tamanho de uma cajarana, que vinha me provocando muitas dores”, disse.
Bem, uma pedra já se foi.
Mas ela garante que outras serão retiradas do caminho. Contesta postagem do Blog, veiculada hoje (veja AQUI), em que fora relatado conflito de ideias e desentendimento com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
– Na verdade, há muito não tínhamos uma conversa tão boa, tão amistosa e agradável – moldou.
Segundo a prefeita, a visita de Rosalba e numeroso séquito à sua casa, “foi agradável”.
Voz do povo
Garantiu que a própria governadora afirmou interesse em nova candidatura sua à Prefeitura de Mossoró, em caso de confirmação de eleições suplementares ou seu retorno definitivo. “Ela falou”, comentou.
Sendo necessário, deixou claro, trabalhará obtenção de uma liminar que lhe garanta a sequência do mandato, a partir de julgamento conclusivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Disse estar confiante.
“Rosalba é que disse que tem ouvido, por onde anda em Mossoró, o apelo das pessoas para eu voltar”, narrou mais uma vez.
A convalescença continua. Breve pausa compulsória em sua vida agitada, decorrente de alteração na saúde.
Quanto à política, Cláudia deixou claro que não aceita que a cortina se feche. Não é The end (o fim), mesmo Rosalba já levando para cima e para baixo, a tiracolo, a engenheira Kátia Pinto (secretária estadual da Infraestrutura) – como seu nome a prefeito.
De novo veio à sua fala a questão das pedras. O sentido, dessa feita, foi eminentemente figurado. Existem muitas a serem removidas.
O Blog deixou-a à vontade, para falar o que entendia como urgente, necessário e importante. Não impôs pauta, não puxou esse ou aquele assunto. Até porque, não é o fim.