Por Carlos Santos
A Seleção do Felipão levou outra sova. Parece mulher de malandro. Apanha um dia, outro também.
Foi 3 x 0 para a Holanda, que nem precisou jogar tudo o que sabe e suar a camisa. Ficou com o terceiro lugar. Poderia ter ido à final. Tem futebol para isso.
Com menos de 20 minutos, o time brasileiro já perdia por 2 x 0 no Mané Garrincha, em Brasília.
“Apagão” 2? Depois dos 7 x 1 da Alemanha, o técnico afirmou que houve um “apagão” em pouco mais de seis minutos, que destroçou a equipe. A Holanda provou o que já sabíamos: não houve apagão algum, mas um blecaute continuado.
Time desarrumado. Sem criação. Perdido.
Time de Felipão parece que se reuniu minutos antes do jogo. Ele próprio não orientava mais.
As câmeras das TV´s mostravam jogadores reservas amontoados à beira do gramado, em alguns momentos do jogo paralisado, ontem, dando pitaco para os colegas que jogavam. Felipão, no meio do “bolo”, atordoado, tentando “colaborar”.
Lembrei-me de jogos estudantis, com toda a turma aglomerada à margem da quadra, dizendo o que os amigos deveriam fazer dentro dela.
Só vi o Brasil jogar bem o primeiro tempo contra a Colômbia. No segundo, desmoronou. Num lance isolado venceu com gol de falta. Pouco.
A culpa é da Alemanha, que começou a produzir “arianos”, a fina flor do futebol como Kroos, Muller e Schweinsteiger. Times como um Audi. Brincadeirinha.
Continuamos produzindo bons e excelentes jogadores, alguns craques. A “fábrica” é permanente.
O que o Brasil mostrou em campo reflete o atraso como conjunto. Maior prova disso é que levamos dez gols nas últimas duas partidas, tendo sem sombra de dúvidas uma das melhores defesas do mundo.
Se adiante repetirmos a fórmula, os resultados tendem a ser daí para pior.
Pra frente, Brasil!