Vendo os acertos, conchavos, acordos, acordões e apoios que são costurados para o pleito suplementar em Mossoró, percebo o tamanho da idiotia de tanta gente na Net.

Durante meses e meses, diariamente, uma manada de pessoas produziu inimizades, gerou leviandades, promoveu intrigas e açulou centenas de outros indivíduos à arenga, em nome desse ou daquele político.

Na hora da “sobrevivência”, eles (os políticos) saltam daqui para acolá e pronto. Nem lembram dos militantes cibernéticos que passaram incontáveis dias, horas e meses numa espécie de “jihad” (Luta ou guerra santa, segundo radicais islâmicos).

Vêem apenas seus interesses, de seus familiares e de seus negócios. Enfim, a política é um negócio. Business, diriam os mais clássicos.

A massa-gente é um detalhe manipulável.

Aprenda. Peça desculpas àqueles que foram ofendidos por ti. Ainda há tempo de resgatarmos laços, cultivarmos o respeito.

Não caia na tentação de repetir o erro. Errar é humano, sabes; repeti-lo continuamente é burrice.

Nenhuma campanha vale a perda de uma amizade e a construção de uma inimizade.

Aproveitemos a Net para fazermos pontes e não fossos eternos.

Esse admirável mundo novo é um privilégio que poucos sabem usar convenientemente. A Net é por sua natureza aberta, interativa e colaborativa. Por que, então, a convertemos num sacrário de ofensas e manifestação de distúrbios psicossociais?

Ter preferência política, seja lá por qual motivo, é escolha que deve ser respeitada. A ideia do partido único, da palavra única e da vontade única é a essência do totalitarismo.

A intolerância é própria dos estúpidos e, cada um de nós que reproduz suas agressões e bobagens, é parte desse engrenagem primitiva. Inocentes úteis ou bobos conscientes.

Minhas preferências são às claras. Se queres compartilhar comigo, ótimo; se és contrário, de modo algum tomarei suas escolhas como estopim pro desafeto.

Meu time de futebol, minha religião e minha escolha política não são impostos por mim. Seu time, sua religião e seu candidato, diferentes, acato-os sem frisson. Nem adversários o são, que se diga.

E você, quem és?

Inimigo meu? Não.

Se o verbo é o começo, não devo usá-lo como matéria-prima para o fim da convivência humana.

A indiferença e o silêncio são as respostas que lhe oferto,  para sinalizar que não me terás como contendor.

Se penso diferente, respeite-me.

Se somos parecidos? Que bom!