• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
quinta-feira - 06/03/2014 - 08:44h
Saúde menosprezada

Diretor do Hospital da Mulher pode pedir exoneração

É pouco provável que o médico Inavan Lopes estique sua estada como diretor do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia (Mossoró).

Inavan: médico conceituado

Tem confessado a interlocutores próximos, que deverá pedir exoneração do cargo.

Situação de esvaziamento de serviços e falta de compromisso do Governo do Estado (veja AQUI) estão tirando suas forças e subtraindo sua paciência.

Tido como médico humanista, com largo conceito profissional e possuidor de respeito entre seus subordinados, Inavan não quer colocar em risco todo esse capital.

Enfim, tudo dentro do previsto e esperado.

Nota do Blog – O secretário da Saúde Pública do Estado (SESAP), Luiz Roberto Fonseca, garantiu aos médicos que pagamento do restante do mês de novembro, dezembro de 2013, janeiro e remuneração de fevereiro de 2014 seriam pagos após a abertura do novo orçamento do Governo, dia 12 ou 13 de fevereiro.

Os médicos acreditaram.

Vale lembrar que até hoje, ninguém foi punido pelo desvio de mais de R$ 8,4 milhões na primeira fase da terceirização do Hospital da Mulher, com a Associação Marca, conforme sindicância do próprio Governo.

A outra terceirização, com o Inase, seguiu a mesma receita de rapinagem.

Parece que a intenção é mesmo sucatear, para depois aparecerem com a fórmula mágica da solução rápida, sem licitação, com recursos milionários saindo pelo ralo.

Pobre RN Sem Sorte.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
quinta-feira - 06/03/2014 - 08:18h
Sábado "gordo"

Governo do Estado dispõe de R$ 25 milhões para propaganda

Em meio à intoxicação carnavalesca, o Governo Rosalba Ciarlini (DEM) fez publicar no sábado “gordo”, dia (1º), no Diário Oficial do Estado do RN, registro do novo contrato publicitário para 2014.

O montante é cevado: R$ 25 milhões.

Mãos à obra!

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Categoria(s): Administração Pública / Comunicação
quinta-feira - 06/03/2014 - 08:11h
Campanha estadual

Robinson Faria diz que pode se entender com o PMDB

O vice-governador dissidente e pré-candidato a governador pelo PSD, Robinson Faria, não colocou ponto final no diálogo e na perspectiva de concorrer ao Governo, numa mesma aliança com o PMDB. “Vamos voltar a conversar”, disse.

Robinson (camisa amarela), com Fátima ao lado, está aberto a entendimento com PMDB

Ele pronunciou-se com essa postura em sua passagem por Caicó, quando participou de movimentação política e circulou pelo Carnaval da cidade, terça-feira (4).

“PMDB faz parte da base da presidente Dilma Rousseff (PT), como nós e o PT. Temos essa afinidade”, lembrou. Mas deixou claro que o PSD e o PT – com o qual passou a marchar conjuntamente – não enxergam qualquer possibilidade de entendimento com o DEM da governadora Rosalba Ciarlini.

Costuras políticas

“Nós e o PT estamos abertos ao diálogo”, frisou.

Robinson Faria garantiu que não existe chapa fechada e coalizão definida no atual estágio da pré-campanha. Acompanha de perto as costuras políticas empreendidas pelo PMDB e, como já ocorreu antes, deve outra vez estar à mesa de discussão com as lideranças peemedebistas.

O vice-governador foi entrevistado pela Rádio Cabugi do Seridó e esteve percorrendo programação carnavalesca ao lado da deputada federal Fátima Bezerra (PT), pré-candidata ao Senado.

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 06/03/2014 - 07:43h
Sandra Rosado afirma

PSB e PMDB caminham para estar juntos em eleições

Segundo a deputada federal Sandra Rosado (PSB), a aliança entre PMDB e PSB está praticamente fechada, em relação às eleições deste ano no estado. O mesmo deverá acontecer no pleito suplementar a prefeito e vice, em Mossoró.

“Pelo que sei, tudo caminha para isso”, falou agora pela manhã ao jornalista Alex Viana, na FM Cidade, na Grande Natal.

“O nome de Wilma de Faria (PSB) vem sendo cotado para o Senado. E o PMDB indicaria o candidato ao Governo do Estado”, simplificou a parlamentar, nome influente dentro do PSB do Rio Grande do Norte.

Quanto a Mossoró, ela usou uma lógica por associação: “Se o PMDB e o PSB caminham para uma coligação em outubro, então estamos conversando para que os dois partidos fiquem juntos na eleição de Mossoró”.

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Categoria(s): Política
quarta-feira - 05/03/2014 - 23:49h

Pensando bem…

“A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.”

Apparício Torelly (Barão de Itararé)

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quarta-feira - 05/03/2014 - 19:27h
Bom demais

O Carnaval da “Troça da Baladeira”

Curti o Carnaval na “Troça da Baladeira” (rede), em casa.

Teve balanço, conforto e relativa segurança.

Geladeira parecia um chafariz: cheia de água.

Celular e Net funcionaram.

De chato, só um: eu.

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quarta-feira - 05/03/2014 - 16:43h
RN

PRF registra 51 acidentes e 4 mortes em rodovias

Do Portalnoar

A Operação Carnaval iniciada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na sexta-feira (28) registrou 51 acidentes, 28 feridos e quatro mortos durante os quatro dias de folia nas rodovias federais do Rio Grande do Norte.

Ao todo foram 1.414 condutores de veículos submetidos a testes de bafômetro sendo 56 autuações, 1.300 notificações por infrações de trânsito com 20 pessoas presas além de 18.60 por excesso de velocidade.

De acordo com o inspetor da PRF, Roberto Cabral, a operação ainda continua durante toda a quarta-feira de cinzas. O principal objetivo é a redução dos cientes e de crimes de trânsito. Segundo ele, um dos pontos mais críticos é a volta pra casa. Por isso, ele alerta aos condutores que estejam planejando voltar para a capital evitarem trafegar depois do meio-dia ou antes das 21h

Ainda de acordo com o inspetor Cabral, os números deste ano ficaram próximos dos do mesmo período do ano passado. “Os números permaneceram, de forma geral, bem equiparados com os do carnaval passado, sinal de que a população precisa redobrar a atenção no trânsito”, disse.

 

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quarta-feira - 05/03/2014 - 13:24h
O Globo

AL do RN é a segunda que mais gasta com pessoal

Do jornal O Globo (Reprodução do Blog Panorama Político)

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte é uma das que mais gasta com pessoal entre todas as Casas Legislativas estaduais do país.

A AL potiguar é a segunda que mais gasta, no comparativo da receita com o comprometimento da folha de pessoal, fica atrás apenas de Roraima. A revelação veio com pesquisa feita pelo jornal O Globo e divulgada na edição de terça-feira (4) .

O Legislativo potiguar está acima do limite total da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Situação como essa (de superar os limites da lei) é vivida apenas pela AL do Rio Grande do Norte e do Pará.

* Veja quadro publicado pelo jornal, no box mais abaixo, nesta postagem.

Nota do Blog Carlos Santos – A Assembleia Legislativa do RN é a maior caixa-preta do serviço público potiguar.

Não há força humana, legal, sobrenatural ou extraterrestre que consiga abri-la.

 

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quarta-feira - 05/03/2014 - 09:18h
Mossoró

Morre a médica Arita Salem Duarte

Faleceu em Mossoró às primeiras horas da madrugada de hoje, a médica Arita Salem Duarte, 78.

O velório está sendo realizado na Capela do Hospital Duarte Filho.

Sepultamento foi definido para ocorrer às 17 h, no Cemitério São Sebastião, centro de Mossoró.

Ela estava internada no Hospital Wilson Rosado, enfrentando câncer e avançado alzheimer.

Era filha do casal médico/senador Duarte Filho-Maria Salem Duarte e foi das primeiras mulheres mossoroenses a atuar na medicina na cidade, formada na Faculdade de Recife (PE), no final dos anos 50.

Da prole do casal, era a última remanescente. Já tinham falecido o musicista Ari Duarte e o médico Cid Duarte.

Doutora Arita deixa dois filhos.

Que descanse em paz.

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terça-feira - 04/03/2014 - 23:57h

Pensando bem…

“Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância”.

Sócrates

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terça-feira - 04/03/2014 - 21:02h
Entrevista

Wilma afirma que Eduardo Campos “não impõe nada”

“Meu partido não impõe nada”. Com essa frase contundente, proferida hoje à tarde em Caicó, em entrevista ao repórter José Wilson, da Rádio Cabugi do Seridó, a vice-prefeita natalense e ex-governadora Wilma de Faria (PSB) rebateu versão de que está sendo levada a ser candidata a governador.

Wilma e Campos: linguagem democrática

O noticiário sobre o assunto, pulverizado na imprensa e redes sociais nos últimos dias, indicava que ela seria levada a ser novamente candidata a governador, como parte de estratégia nacional do seu partido, dentro do projeto presidencial deste ano.

Wilma deixou claro à emissora, que o presidenciável “Eduardo Campos (governador do Pernambuco, pelo PSB), “é um homem democrático” e há vários meses havia “proposto” que ela fosse candidata ao Governo do Estado. Em momento algum, transformou essa ideia numa força compulsória.

Carlos Eduardo Alves

A ex-governante salientou que “só o povo pode impor”. Até abril, garantiu, “a gente decide”.

Reiterou que tem seu nome bem-avaliado para governador e ao Senado, mas prioriza o contato com as bases do PSB, o diálogo com outros  partidos e “ouvindo a população” para traçar política de alianças e formatar candidatura.

Wilma de Faria também deixou claro que está descartada a hipótese de candidatura do prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT), à sucessão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). “Seria um excelente governador, mas ele tem compromisso com Natal, como prometeu em campanha”, apontou.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 04/03/2014 - 20:32h
Depoimento

Uma sociedade à deriva em pleno Carnaval

Carlos Santos,

Depois de dois dias de serviço, (Sábado e Domingo) volto hoje para o Terceiro e ultimo dia de Serviço no Carnaval em Apodi/RN. Enquanto todos se divertem cuidamos da segurança dos mesmos… no entanto em alguns momentos, fico a refletir sobre as situações observadas ”in loco”.

Fica o questionamento: cadê o conselho tutelar de Apodi, e demais instituições que se dizem defender os direitos da Criança e do Adolescente, que não fiscalizam ou ao menos procuram fazê-lo…?

Fiquei imaginando se o dito popular ”no carnaval tudo pode” se aplica também a infringir tais direitos…

Multidão tem marcado carnaval em Apodi (Foto: Blog ApoDiário)

Primeiro, em meio à multidão acompanhando um trio-elétrico no meio de pessoas seminuas, embriagadas, usando drogas, enfim o que se imaginar de atrocidades para os olhos de uma criança.

Observávamos os chamados ”arrastões” e em determinado momento, se via uma cidadã desesperada. Havia perdido seu filho de apenas seis anos, no meio dessa multidão (30 a 50 mil pessoas, se não mais). A mãe havia o perdido… chorava, gritava e dizia: “perdi meu filho”.

Podia ter evitado isso. Um detalhe: estava embriagada, não lembrava sequer a cor da roupa que o filho trajava. Sem falar em tantos outras situações que a polícia tinha que resolver.

Resolvemos, com as condições que nos foram dadas.

Mas o que chamou atenção foram os quebra-quebras generalizados que precisavam de nossa intervenção. Por incrível que pareça, nos camarotes. Pessoas que se dizem cultas, se esbofeteando, dando e levando garrafadas. Observei pouca diferença de comportamentos nas pessoas que estavam no camarotes e as que estavam no meio da multidão, próximas ao “pé do palco”…

Como já era de se esperar, por nós que fazíamos naquele momento a segurança pública do evento, sobe ao Palco a ”Mais esperada atração da noite para os foliões”. Isso era 02h55 da manhã.

A BANDA GRAFITH INICIA SEU SHOW. Não demorou mais que 15 minutos de show, para ter início a um quebra-quebra generalizado, onde se observa, cidadãos se esbofeteando, garrafas de vidro sobrevoando o evento e pousando na cabeça de cidadãos, pessoas sangrando, pessoas caídas ao chão, cidadãos correndo com facas na mão.

Depois de meia hora de intervenção conseguimos controlar os ânimos dos cidadãos que se dizem foliões. Foi muito trabalho, mas a banda voltou a tocar suas “músicas” que embalavam a multidão. Quando pensei que já havia visto as mais improváveis ocorrências naquela noite, que pudessem aparecer, chegam cidadãos aflitos, desesperados pois tinha uma grávida passando mal em meio à multidão e precisava de socorro, claro. Teve que ser levada às pressas ao pronto-socorro da cidade. Demorou muito, (trãnsito, pessoas curiosas se aglomeravam para ver o corrido, isso dificulta bastante o socorro).

No meio do corre-corre, fiquei me perguntando: “mas ela não poderia estar em casa repousando?” Ah, no Carnaval tudo pode”. Até eu mesmo, operador de segurança pública fiquei confuso, havia esquecido esse detalhe.

Bem, eram 05h00. Chegara o momento do repouso dos policiais, que já estavam ali desde as 18h00 do dia anterior quando havia iniciado o arrastão. Vamos para o ponto de apoio. Eis que no meio do trajeto observamos várias pessoas gritando, chorando, sangrando, chamavam pela polícia e ali estávamos prontos para atendê-los é claro, e o fizemos.

Quando perguntamos o que aconteceu, quase não entendemos pois “95% dos que estavam ali, pareciam zumbis humanos” de tão bêbados que estavam, mas testemunhas informaram que acabava de acontecer um arrastão, onde os praticantes foram bastante violentos desferindo inclusive coronhadas na cabeça, dos foliões, que retornavam para suas casas. As diligencias prosseguiram.

Fico a refletir, sobre essa realidade, quando hoje terça-feira (4), antes de assumir novamente o serviço, “graças a Deus, o último desse carnaval”, aproveito para continuar a Leitura de Castoriadis, “Uma Sociedade à Deriva”.

Agora sim, consigo entender realmente o que o autor quer nos repassar com esse título chamativo.

Ibraim Vilar Moisinho – Bacharel em Administração, Policial Militar – PMRN e Especialista em Segurança Pública e Cidadania.

Nota do Blog – Que depoimento pujante, meu querido Ibraim.

Reforça em mim, mais ainda, a admiração pelo trabalho que vocês realizam como escudo dessa mesma sociedade que raramente valoriza tamanho sacrifício.

Quanto ao que é relatado, nenhuma surpresa. Poderia ser sobre Macau, Rio de Janeiro, Salvador, Aracati etc.

Há muito que nossa sociedade está à deriva.

Um abraço. Bom trabalho, boa sorte. Deus proteja a todos vocês e aos foliões.

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terça-feira - 04/03/2014 - 06:48h
Mossoró

Hospital da Mulher fica sem UTI e médicos sem pagamento

Os médicos da UTI adulto do “Hospital da Mulher Parteira Maria Correia” – em Mossoró – aguardam seu pagamento. O Governo do Estado não os pagou e sequer deu satisfação.

Desde dia 1º de março que a UTI adulto (ou materna) dessa unidade hospitalar está sem funcionar.

Parece que não é prioridade.

E ninguém abre a boca pra nada.

Afinal, o Carnaval é mais importante.

O Governo do Estado até criou as figuras do Rei e Rainha estaduais da folia este ano, para garantir que seus súditos tenham direito a uma monarquia festiva.

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terça-feira - 04/03/2014 - 03:30h

A carnavalização das instituições

Por Marcos Araújo

O sociólogo  polonês radicado na Inglaterra Zygmunt Bauman é um dos intelectuais mais respeitados e produtivos da atualidade. Aos 84 anos, escreveu mais de 50 livros. É dele a definição de uma “modernidade líquida”. É assim que ele se refere ao momento da História em que vivemos. Os tempos são “líquidos” porque tudo muda tão rapidamente.

Nada é feito para durar, para ser “sólido”. Disso resultariam, entre outras questões, a obsessão pelo corpo ideal, o culto às celebridades, o endividamento geral, a insegurança social e até a instabilidade dos relacionamentos amorosos. É um mundo de incertezas. É o mundo de cada um por si.

Contribuição decisiva tem dado a mídia e alguns intelectuais do presente à formação dessa sociedade “líquida”. A ordem social vigente é “desinstitucionalizar” tudo e todos. Embora a expressão (desinstitucionalizar) seja utilizada mais comumente no ramo da saúde psiquiátrica, significando a “alternativa para as práticas manicomiais, visando o cuidado do paciente em liberdade”, vivenciamos tempos de desconstrução e desmonte de nossas instituições sociais, numa sanha enlouquecida para defenestrar macrossocialmente qualquer entidade ou pessoa reconhecida.

Não existe imunidade concedida, por mais casta e indene que seja a instituição, a esse fenômeno coletivo de destruição (física ou moral) implantado hodiernamente no Brasil. Por aqui, a convulsão social demonstra que se não tomarmos cuidados, nada ficará de pé. As instituições militares estão sendo desrespeitadas a tal ponto que nem mesmo os quartéis são locais de segurança. Na minha infância, toda criança tinha medo da polícia. Hoje, os Postos policiais são atacados e viaturas são incendiadas com a mesma tranquilidade com que se come um cachorro quente numa barraca de feira.

As (instituições) civis são costumeiramente invadidas, depredadas e saqueadas, sejam públicas ou privadas. Bancos voam aos pedaços pela ação da dinamite, enquanto manifestantes quebram o que encontram pela frente em seus movimentos ditos “pacíficos”. A sociedade a tudo assiste perplexa, ou, quando não, parcela dela aplaude entusiasticamente.

Não raro, há uma triste necessidade de se nivelar ao esgoto as instituições, putrefatizar seus dirigentes, estigmatizar seus defensores… O último julgamento do STF, vésperas de carnaval, demonstra bem que a Corte vivencia uma crise de autoridade e autoafirmação. Para a opinião midiática, seja qual for o ângulo de visão, não é mais o STF um repositório moral que defende e zela a Constituição.

E quem exerce soberanamente o Poder? Quem tem o controle para evitar a convulsão social? Assim como no carnaval, a desordem é total e o medo é geral. Apenas um exemplo com dois Poderes Republicanos: na semana retrasada, devido a uma marcha dos Sem Terra em Brasília, o STF suspendeu uma sessão de julgamento, e a Presidente Dilma fechou o Palácio do Planalto (sede) e foi despachar no Palácio da Alvorada (residencia oficial).

Nessa guerra psicológica e informacional pelo desmonte do Estado organizado, cabe de tudo. George Orwell ensinou a todos nós que a linguagem pode ser uma arma do conhecimento, mas também pode servir à mentira.

Nesse início do século XXI, devido a posições manifestamente contrárias à classe política que tudo podia, vigora a acusação (ao meu ver injusta!) de que o Poder Judiciário é o culpado pela desestabilização democrática, de ter engolido os demais poderes do Estado (Executivo e Legislativo) – uma poterefagia, e até mesmo pela fuga do capital estrangeiro, e por isso a crise econômica do país.

Preocupa-me, sobretudo, nessa quebra institucional, a tentativa de minimização ou ridicularização do Poder Judiciário justamente pelos que entendem de Direito, e são, por essência, vestais profícuos formadores de opinião.

É INEGÁVEL que o Poder Judiciário ampliou sua influência e intervenção sobre as questões sociais no Brasil. Desde a Constituição de 1988, o judiciário é cada vez mais provocado a se manifestar sobre temas e conflitos sociais, enquanto última instância política. Além disso, ganhou espaço na política brasileira, tanto pelo exercício do acompanhamento do legislativo, quanto pela anuência ou cobrança do executivo.

O debate sobre o Poder Judiciário e sua (des)funcionalidade é mais do que válido. Temos muito a que debater e pedir mudanças.

Entre tantos temas: a) vamos pugnar pela mudança na forma e no critério da indicação dos Ministros do STF, para que o Governo não tenha “bancada no Supremo”, modelo inaugurado por Gilmar Mendes em defesa de FHC; b) alterar a vitaliciedade nos cargos de juiz, para não mais permitir que a punição mais exemplar seja a aposentadoria compulsória; c) discutir a validez da  nomeação dos juristas para os Tribunais Eleitorais; d) combater a espúria forma de indicação do quinto constitucional; e) desviar a execução orçamentária dos edifícios suntuosos (como as babélicas imitações dos templos gregos da Justiça Federal), para suprir a carência de servidores e da menor proporcionalidade mundial entre juiz/habitante; f) a falta de estrutura para cumprimento de suas próprias decisões etc.

Mas, discutir tudo isso é complexo demais!

O bom mesmo é falar do trivial, do superficial, dar um verniz intelectual naquilo que a sociedade não conhece, nem mesmo pela complexidade temática poderia saber. Um exemplo cabe para Mossoró: o processo político-jurídico-eleitoral das distantes eleições de 2012 interessou – e interessa! – mais do que a funcionalidade da Justiça como um todo. Jornalistas e pessoas que não trabalharam com os processos judiciais que implicaram na cassação de candidatos se arvoraram – e se mantém ainda – comentadores e analistas perpétuos das supostas “injustiças” praticadas pelo Poder Judiciário. Tem graça ainda falar nesse tema, quase dois anos após?

Por que ninguém escreveu sobre o fato de que em Mossoró a Vara da Fazenda Pública tem apenas um juiz para 18.000 processos? Que as Varas Cíveis e Criminais estão assoberbadas de estagiários e quase não tem funcionários efetivos? E a Vara da Infancia e da Juventude que padece pela ausência de local apropriado para colocar menores infratores? Por que não se “sensacionalizou” com o fato verídico de que recentemente as audiencias foram suspensas em uma Vara Cível por falta de impressora? Isso, porém, não interessa aos palpiteiros de plantão.

Vejo com preocupação a crescente corrente da valorização da soberania da “opção popular”, da superposição política e dos seus estamentos, como se ela fosse o último refúgio da democracia.

Lembrando Raymundo Faoro (Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 5 ed. São Paulo: Globo, 2012, p. 836/837), os que dizem defender o povo, nem sempre se alinham aos interesses deste. O poder – a soberania nominalmente popular – tem donos, que não emanam da nação, da sociedade, da plebe ignara e pobre. E finaliza Faoro:

E o povo, palavra e não realidade dos contestatários, que quer ele? Ele oscila entre o parasitismo, a mobilização das passeatas sem participação política, e a nacionalização do poder, mais preocupado com os novos senhores, filhos do dinheiro e da subversão, do que com os comandantes do alto, paternais e, como o bom príncipe dispensários de justiça e proteção.”

A vontade popular forjada sob o cajado negro da ilicitude e da manipulação dos espaços públicos sociais não é senão um simulacro do consenso popular.

O serviço que o Estado de Direito (leia-se Poder Judiciário) presta a essa democracia é o de exigir que o poder seja lícito! Seu papel é proteger a lisura e a legitimidade das manifestações democráticas, dentre as quais se tem como central na atualidade o processo eleitoral. No Estado Democrático de Direito, que é uma conquista da modernidade que persiste como desejada por todos até os dias atuais, a relação entre o direito e a política não pode ser senão de interação recíproca, mas jamais de subordinação de um sistema pelo outro.

A quem interessa, portanto, destruir ou desqualificar o Judiciário?

Nesses tempos de desvalia e minimização das instituições, estou como Walter Benjamin, o filósofo da melancolia, passado de tristeza. Exercendo o direito de ter pensamento próprio, não concordo com a hipertrofia do Judiciário, nem com a visão pessimista sobre a ineficiência ou inoperância dos demais poderes republicanos (Legislativo e Executivo). Mal ou bem eles funcionam, se não a contento, mas o suficiente para demonstrarem altivez, independência e relativa harmonia entre eles, nomeadamente em defesa dos seus próprios interesses.

O expediente jacobino que ainda paira sobre as cabeças dos que pregam a desconstrução anárquica de tudo quanto está aí, deve ser suplantado pela concórdia e alteridade dos que servem ao sentimento de união-nação e República. É preciso construir pontes entre os poderes, a política e o povo. Reunir a sociedade, e não dispersar. Do contrário, nosso corpo institucional democrático de “República”, praticamente semi-morto, “falecerá”. A manter-se este quadro, a ruptura institucional é inevitável.

O Poeta Eduardo Alves da Costa (confundido às vezes na autoria poética desses versos abaixo como se fosse de Maiakovski), bem lembrava quanto a esses salteadores da democracia:

“[…] Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada. […]”

Confiar cegamente nas instituições não é uma boa alternativa. Mas, respeitá-las, aperfeiçoá-las e defendê-las é um bom início de concepção democrática. São elas quem nos garantem a liberdade, a opção política, a valorização da lei e a estabilidade social. É dever nosso, como cidadão, cobrar responsabilidades dos ocupantes dos poderes republicanos.

Enxovalhá-los parece prática carnavalesca. É preciso combater a carnavalização das nossas instituições.

Marcos Araújo é professor e advogado

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segunda-feira - 03/03/2014 - 23:51h

Pensando bem…

“Pouco se pode esperar de alguém que só se esforça quando tem a certeza de vir a ser recompensado.”

José Ortega y Gasset

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segunda-feira - 03/03/2014 - 21:04h
Política e comunicação

Guerrilha cibernética e imobilismo

“A guerrilha cibernética vai permitir que minorias barulhentas derrubem governos eleitos por maiorias que ficam em casa.”

A frase acima foi postada pelo senador e professor Cristovam Buarque (PDT-DF) em seu endereço próprio no Twitter.

Pode parecer exagero, mas sua observação merece nossa análise.

Oportunidade para debatermos qual nosso papel na sociedade lá fora e nesta infovia.

Por que alguns têm tanta coragem na Web e não se mobilizam lá fora.

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Categoria(s): Comunicação / Política
segunda-feira - 03/03/2014 - 15:00h
RN

Versões, aventuras e desejos na política e no jornalismo

Corre pela Internet, em pleno Carnaval, a notícia de que o presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), atual governador pernambucano, pressiona a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) a concorrer ao Governo do Estado.

Normal, se realmente houver essa pressão.

Campos e Wilma: perigo de puxar para baixo

Em Mossoró, em sua passagem ano passado pela cidade, Campos disse diferente.

Deixava a ex-governadora e vice-prefeita do Natal à vontade para fazer alianças com autonomia.

Mudou, mudou o cenário?

Tudo bem.

Mas não conheço Wilma de Faria como burra, para se meter numa aventura.

De aventura basta a que empreendeu em 2002, com raro senso de oportunismo. Saiu da Prefeitura do Natal para ser governadora, quando quase ninguém acreditava no feito.

Em 2014, não é impossível nova jornada, porém é pouco provável.

Ela  não deseja. Sua entourage e bases, sim, de olho no poder do Estado. Wilma prefere o Senado, com razão. “É o céu”.

Certamente, não serão apenas os belos olhos de Eduardo Campos que a farão mudar de foco e companhias na campanha deste ano. O sacrifício valeria, se ele fosse na atualidade um candidato a um passo do Palácio do Planalto.

O próprio presidenciável não demonstra fôlego e musculatura suficientes para chegar à presidência. Essa associação direta pode levá-lo a puxar Wilma para baixo, nacionalizando a campanha no estado.

PMDB e  PSB devem marchar unidos no Rio Grande do Norte, no mesmo palanque.

Da mesma forma que é desatino se imaginar que esse embaraço possa fazer Rosalba Ciarlini (DEM) inflar candidatura, de modo a se reeleger. Muito malabarismo verbal e engenhosidade politica para se fabricar versão tão descabida, como testemunhamos por aí.

No papel e na Net cabem tudo. Na Net, mais ainda: tudo é mesmo virtual.

Como sempre, parte do jornalismo que trata da política no Rio Grande do Norte esquece de falar com o povo, identificando o que ele pensa e aspira hoje.

A  “massa-gente”, como diria o falecido ex-senador Darcy RIbeiro (PDT-RJ), é solenemente ignorada.

Conchavos, arrumações, acordões, composições e  alianças acontecem com parte considerável da mídia sendo instrumento cego dessas manobras do generalato político. Apenas reproduz o que eles querem que seja reproduzido.

O falecido jornalista Nilo Santos, certamente daria ótima gargalhada e identificaria que boa parte do noticiário é fruto do “jornalismo desejoso”. Há desejos e aspirações de uns e de outros protagonistas ou segmentos da imprensa, mas muito distantes da realidade dos fatos.

Temos aí os “spin doctors” (jargão inglês que significa pessoa especialistas em distorcer fatos, alterar rotações dos acontecimentos políticos, para favorecimento de algum candidato) que em nada contribuem à melhoria da política potiguar.

Lembram o velho comunicador de rádio e televisão, Chacrinha, que soltava com maior ênfase um bordão bem atual: “Eu vim para confundir e não para explicar”.

Sendo assim, perfeito.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
segunda-feira - 03/03/2014 - 13:09h
Em Mossoró

O adeus ao professor Éder Andrade de Medeiros

Éder: grande figura (Foto: Azougue.com)

Faleceu por volta de 23h desse domingo (2), em Mossoró, o professor Éder Andrade de Medeiros, 83.

Seu velório acontece na capela do Seminário Santa Terezinha.

O sepultamento está marcado para as 16h30 desta segunda-feira (3), no Cemitério São Sebastião, centro de Mossoró.

Que descanse em paz.

Nota do Blog – Éder estava duelando contra um câncer há considerável tempo, com extrema altivez.

Conheci-o muito de perto no início da minha atividade profissional, há quase 30 anos, quando ele exercia o cargo de diretor-administrativo do jornal O Mossoroense.

Bem antes, nossas famílias já possuíam convivência social próxima.

Figuraça.

Rigoroso nos compromissos, detalhista, correto em suas relações com empresa e pessoas, também deve ser anotada sua profícua passagem pelos quadros docente e administrativo da Universidade do Estado do RN (UERN).

Minha solidariedade a seus quatros filhos, esposa e netos.

Deixará saudades.

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Categoria(s): Gerais
segunda-feira - 03/03/2014 - 09:06h
Política potiguar

O julgamento das urnas e o julgamento da história

“Julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado.” (Guimarães Rosa)

Há quem adore cunhar certa expressão, para sentenciar alguém ou algum governo: “julgamento das urnas”.

Uma eleição, segundo essa linha de raciocínio, seria uma forma de julgar o candidato, pelo o que fez de certo ou errado do ponto de vista ético-moral e como “representante” do povo.

Menos. Ou mais ou menos.

Cada eleição tem metabolismo próprio, sua própria história, por mais conectada que esteja a anterior e de olhos na próxima. Entra em campo, também, a tal da “conjuntura” – o momento.

O discurso/marketing de cada candidato procura encaixar essa máxima a seu favor ou repeli-la, caso lhe seja prejudicial.

Vamos lá, a alguns exemplos, para tentarmos dirimir certas dúvidas e alimentar a boa dialética.

Wilma de Faria (PSD), candidata ao Senado em 2014, terá seus governos sob julgamento?

Na prática, sua chance de colocar-se em julgamento aconteceu em 2010, quando saiu do Governo para ser candidata a senador e foi derrotada por José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB).

Agora, quem parece em julgamento é Rosalba Ciarlini (DEM), governadora que a sucedeu.

Nesse contexto, é que Wilma reaparece das “cinzas”, pleiteando um “novo julgamento”, espécie de apelação da derrota que amargou em 2010.

Para Wilma, lógico que é mais cômodo concorrer ao Senado novamente, do que mais uma vez experimentar a guerra renhida das urnas na corrida à Governadoria. Seu nome é extremamente vulnerável, em face de um rosário de escândalos que permearam suas gestões.

Carlos Eduardo Alves (PDT) não conseguiu eleger Fátima Bezerra (PT) à Prefeitura do Natal em 2008. Sua própria administração enfrentou momentos de profundo desgaste.

Mas na campanha de 2012, ele foi praticamente “nomeado”, graças ao “julgamento” que a cidade fez da sucessora Micarla de Sousa (PV), avaliado até então como a pior gestora do Brasil, com quase 95% de reprovação popular.

Se Micarla tivesse obtido endosso popular, Carlos Eduardo Alves teria conseguido retornar à Prefeitura em 2014? Difícil.

Micarla transformou-se em seu principal cabo eleitoral, tamanho seu desgoverno. Carlos, então, passou a representar no coletivo e inconsciente popular, uma forma de “vingança” e não necessariamente de resgate.

Em relação à Wilma de Faria, a situação é muito parecida. Rosalba a exumou. Devolveu-a ao tablado, tamanho o desastre de sua administração.

Considerar Wilma de Faria a redenção para o falido Governo do Rio Grande do Norte, é uma clara distorção da realidade de forma deliberada ou por desconhecimento de causa.

Da mesma forma que a reeleição de Rosalba seria um exercício de estupidez coletiva.

Na prática, o julgamento das urnas é movido muito mais pelo emocional do que pela razão. É assim, a propósito, que se move o marketing político na sedução das massas.

É graças a essa inclinação humana, que de tempos em tempos caímos no conto do vigário, lero-lero de “caçador de marajá”, gente que “faz acontecer”, de governo “para todos” e outros embustes.

Quase nada real.

É sobretudo no caos que aparecem os falsos profetas, salvadores da pátria e algum Führer (líder, guia, mestre).

O Rio Grande do Norte precisa de um “gerente”. De alguém capaz, que inspire confiança e saiba dialogar sem arrogância com a sociedade e outros poderes.

No futuro teremos o definitivo julgamento da história.

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segunda-feira - 03/03/2014 - 07:07h
Política

As cenas dos próximos capítulos da “corda” do PMDB

Zunzunzum em Natal e praias de suas cercanias, que ouvimos em eco até no sertão, aponta que bases do PMDB maciçamente pedem Henrique Alves (PMDB) como candidato a governador.

Nas consultas feitas pelo próprio presidente Henrique, a indicação é uníssona.

Segundo o próprio Henrique, a “consulta” é uma forma de democratizar as decisões do partido, quanto à escolha de nome a Governo, apoio ao Senado e política de alianças.

A partir da clara rejeição ao nome do ex-senador Fernando Bezerra (PMDB) ao Governo do Estado, Henrique vai impor o ex-congressista mesmo assim?

Vai se esquivar de ser o candidato a governador?

E Fernando Bezerra topa, mesmo imolado, se submeter a tamanho constrangimento com forte odor de derrota?

O PMDB do Rio Grande do Norte corre sérios riscos de sair desmoralizado na tática de faz-de-conta de consultas às bases e, posteriormente, nas urnas.

Parece que está esticando demais a “corda”.

Vamos às cenas dos próximos capítulos.

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segunda-feira - 03/03/2014 - 06:22h
Mossoró

Diocese vai lançar Campanha da Fraternidade no dia 10

A Diocese de Mossoró vai lançar a Campanha da Fraternidade 2014. Será no dia 10 (próxima segunda-feira) deste mês, às 9h.

Acontecerá na Unidade de Convivência da Família (antigo Peti), na Avenida Alberto Maranhão, em frene à Escola Municipal Antônio da Graça Machado.

Este ano, o tema é “Fraternidade e tráfico humano”.

Já o lema será “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (GI 5,1).

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domingo - 02/03/2014 - 23:43h

Pensando bem…

“Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos.”

Jean-Paul Sartre

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