• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 25/08/2014 - 23:59h

Pensando bem…

“Eu prefiro escrever menos. Simples, claramente, como um riacho do campo.”

Truman Capote

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segunda-feira - 25/08/2014 - 23:55h
TV União

PEC 300 é um dos pontos de debate sobre segurança

“Eu não quero frustrar. Não quero enganar. Tem que haver o consenso para aprovação da PEC 300”.

Esse comentário do candidato a governador pela Coligação União pela Mudança, presidente da Câmara Federal Henrique Alves (PMDB), sintetizou bem o debate de hoje à noite, promovido pela TV União, sobre Segurança Pública.

Henrique respondeu ao adversário da Coligação Liderados pelo Povo, Robinson Faria (PSD), que quis saber  por que ele não botava em votação esse projeto, uniformizando o salário da Polícia Militar em todo o país.

“Não sou homem pra criar impasse. Eu busco soluções”, disse Henrique em sua tréplica.

Henrique Alves explicou que todos os governantes estaduais se manifestam contra a PEC, porque não possuem meios para o pagamento.

Não é uma questão de má vontade, acrescentou.

Até lamentou que o concorrente não tivesse melhor informado, pois seu filho – deputado federal Fábio Faria (PSD) – segundo vice-presidente da Câmara Federal, que o apoiou à presidência, sabia bem do problema em relação à PEC.

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segunda-feira - 25/08/2014 - 23:03h
Mossoró

PT mostra insatisfação com grupo governista e campanha

A militância do PT levou falta hoje à noite, na reunião do “Comitê 55”, em Mossoró.

Foto de hoje à noite mostra que PT sumiu da própria campanha comandada pelo prefeito (Foto: Twitter)

A sede da campanha majoritária da Coligação Liderados pelo Povo e,  também, dos candidatos proporcionais apoiados pelo prefeito Francisco José Júnior (PSD), não teve o vermelho petista.

Nem cor nem militância.

Mais um sintoma do mal-estar existente no governo e na campanha, em Mossoró, entre o grupo do prefeito e o petismo.

Existem dois agravantes para a fragmentação dessa convivência: um ligado à política local e outro mais recente, que diz respeito à campanha estadual.

Primeiro, é a quebra do compromisso do prefeito – que não viabilizou a convocação do presidente local do partido, suplente de vereador Gilberto Diógenes, para a Câmara Municipal.

Segundo, a revoada em massa de vereadores governistas para apoio à Wilma de Faria (PSB), ao Senado – veja AQUI -, em detrimento da candidata Fátima Bezerra (PT).

Há crescente movimento pregando ruptura com o prefeito e campanha com comando próprio em defesa da candidatura de Fátima ao Senado.

Está ficando difícil segurar tantas insatisfações.

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segunda-feira - 25/08/2014 - 20:50h
Ao vivo

Candidatos debatem na TV União sobre segurança

A TV União, com sede em Natal, realiza debate agora à noite – 21h30 – com os candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte.

Uma boa oportunidade para conhecermos mais um pouco o pensamento dos concorrentes ao cargo máximo do Estado.

O tema central é Segurança Pública.

Veja no Canal 40 (Cabo Mossoró), Canais 126 e 800 da Cabo Telecom (Natal) ou AQUI.

A FM 98 (Natal) retransmite o programa.

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segunda-feira - 25/08/2014 - 20:35h
Decidido

Candidatura de Souza a deputado estadual é mantida por TSE

Link permanente da imagem incorporada

Souza manteve campanha e tem garantia maior agora (Foto: Twitter)

O ex-prefeito de Areia Branca e candidato a deputado estadual, Manoel Cunha Neto (PHS), o “Souza”, teve garantia hoje em Brasília, de sequência normal de sua postulação. Liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (25), ampara sua candidatura.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tinha amputado sua candidatura no último dia 14 de julho. Mesmo assim, Souza não suspendeu seus atos de campanha. Promoveu-a normalmente, enquanto tratava de sua defesa para reversão do acórdão (decisão de colegiado do TRE).

Prefeita e vice

Na mesma sessão de 14 de julho, prefeita e vice de Areia Branca, Luana Bruno (PMDB) e Lidiane Garcia (PSB), que tinham sido apoiadas por Souza no pleito de 2012, foram cassadas e afastadas pelo TRE. Mas hoje também saiu decisão favorável a elas (veja abaixo ou AQUI).

Souza faz parte da Coligação União pela Mudança, que arrima as candidaturas a Governo e Senado, respectivamente, de Henrique Alves (PMDB) e Wilma de Faria (PSB).

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segunda-feira - 25/08/2014 - 19:53h
Liminar do TSE

Prefeita e vice de Areia Branca retornam a cargos

Do Blog Costa Branca News

O ministro João Otávio de Noronha, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou mediante liminar o retorno da prefeita de Areia Branca, Luana Bruno (PMDB),  ao cargo. A prefeita e a vice-prefeita Lidiane Michele Campos Garcia (PSB) haviam sido cassadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), mesmo tendo sido inocentadas em primeira instância das acusações feitas pela oposição.

Luana: decisão favorável em primeira e última instância; TRE vê diferente

Apesar de terem sido cassadas em 14 de julho deste ano, prefeita e vice só se afastaram dos cargos em 5 de agosto passado, assumindo o presidente da Câmara Municipal, vereador Sandro Góis (PV).

Com a deferimento da liminar na tarde desta segunda-feira (25), estão suspensos os efeitos do acórdão TRE-RN 270/2014 até o julgamento do recurso especial eleitoral.

Com a decisão, o vereador Sandro Góis, que está no cargo interinamente, retornará à presidência da Câmara Municipal logo que a prefeita reassumir o cargo.

Nota do Blog – Areia Branca é um caso emblemático da permanente judicialização de suas disputas eleitorais.

Torçamos para que não se transforme numa nova versão de Baraúna, que desde o ano passado mudou de prefeito umas 12, 13 ou 14 vezes. Enfim, perdemos a conta.

Sem estabilidade administrativa, quem perde é o cidadão. A Justiça Eleitoral precisa dar essa garantia e não concorrer para situação inversa e vergonhosa que depõe contra seus próprios judicantes.

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segunda-feira - 25/08/2014 - 19:32h
Agentes de endemias

Concursados preparam protesto para essa terça-feira

A sede da Prefeitura de Mossoró, o Palácio da Resistência, deve ser alvo de novo protesto. Está marcado para essa terça-feira (26), às 8h.

Aprovados no Concurso para Agente de Endemias em 2011, e que não foram convocados, estão à frente da mobilização.

Eles pretendem fazer uma caminhada entre a sede da Câmara Municipal (Palácio Rodolfo Fernandes) e a prefeitura.

Os aprovados cobram convocação para cobertura de 144 vagas.

 

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segunda-feira - 25/08/2014 - 19:08h
Josué Moreira

Câmara tem definição de programação diversificada

Dentro do projeto definido como “Câmara Todo Dia”, o legislativo mossoroense que começou a semana com a discussão em torno das mudanças da Lei Orgânica Municipal (LOM), programou para a quinta-feira (28), a realização de uma audiência pública e, uma sessão solene.

Essa programação se soma às sessões ordinárias que acontecem regimentalmente nas terças e quarta-feira a partir das 9h.

A atividade de quinta-feira se desenvolverá em dois momentos. Pela manhã, com horário previsto para as 9h, acontece a Audiência Pública que terá como tema central, discutir a carga horária dos servidores da saúde no município.

No período da tarde, a partir das 15h30, acontece sessão solene em homenagem ao “Dia do Maçom”. A audiência pública foi uma proposição do vereador Francisco Carlos (PV) e a sessão solene teve a iniciativa do vereador Vingt-un Neto (PSB).

As atividades da casa seguem na sexta-feira quando acontecem reuniões das comissões temáticas no plenário João Niceras de Morais, e transmissão desse encontro na segunda-feira pela TV Mossoró.

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segunda-feira - 25/08/2014 - 09:10h
Governo do RN

Delegados debaterão sobre segurança com candidatos

Na próxima quarta-feira (27), a Associação dos Delegados da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Adepol/RN) promoverá o Encontro de Delegados com os candidatos ao Governo do Estado. Na ocasião, os candidatos devem apresentar suas propostas para a Segurança Pública.

Preocupação, em especial, é com relação à Polícia Civil do RN.

O encontro terá início às 10h com o candidato Henrique Alves (PMDB).

Em seguida, às 11h, será a vez de Araken Farias (PSL).

Já às 11h30, a candidata do PSTU, Simone Dutra, será ouvida pelos delegados.

Às 12h será a vez do professor Robério Paulino (PSOL) apresentar suas propostas.

Robinson Faria (PSD) encerrará a rodada com os delegados do Rio Grande do Norte às 14h

Com informações da Assessoria de Imprensa da Adepol.

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segunda-feira - 25/08/2014 - 08:46h
Eleições 2014

Ibope e InterTv Cabugi divulgarão pesquisa na quinta-feira

Do Blog do Barbosa

A primeira pesquisa Ibope/InterTV Cabugi com relação as eleições no Rio Grande do Norte será divulgada na próxima quinta-feira (28) no RNTV 2ª edição e na Globonews.

A pesquisa foi registrada neste sábado (23) no TRE.

Os números referem-se ao  governo do estado e Senado.

Nota do Blog Carlos Santos – Este ano já foi divulgada uma pesquisa Ibope, encomendada pela FM 96 de Natal e divulgada no dia 27 de junho (veja AQUI).

Outra estava definida para esse mês (veja AQUI), mas terminou suspensa pela emissora, alegando que resultado de campo, em espaço temporal do impacto da morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB), afetaria resultado.

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segunda-feira - 25/08/2014 - 08:14h
Seta/Gazeta do Oeste

Pesquisa em Mossoró dá vantagem para Henrique e Fátima

Em pesquisa divulgada pelo Jornal Gazeta do Oeste em Mossoró, nesse final de semana, números favorecem Henrique Alves (PMDB) ao Governo do Estado e Fátima Bezerra (PT) ao Senado.

Henrique Alves lidera pesquisa do Instituto Seta com 33,3%. Sua  maioria em relação ao concorrente mais próximo é de 11 pontos percentuais.

Em segundo lugar aparece Robinson Faria (PSD) com 22,3%. Depois vem Simone Dutra (PSTU) com 1,6%, Robério Paulino (PSOL) com 1,3% e Araken Farias (PSL) com 0,8%.

Dos 600 entrevistados, 23,9% responderam ninguém, branco ou nulo e 16,7% não sabe.

Senado

Em relação ao Senado, Fátima Bezerra (PT) aparece na frente com dianteira de 9 pontos percentuais.

Fátima obteve 31,6%, Wilma de Faria (PSB) com 22,1%, professora Célia com 1,8%, Roberto Ronconi com 1,6% e Professor Lailson com 1,5%.

Ninguém, branco ou nulo   com 21,3%, e os que não sabem 20%.

A pesquisa foi feita entre os dias 16 e 17 deste mês e registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o protocolo 013/2014.

A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

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domingo - 24/08/2014 - 23:55h

Pensando bem…

“O hábito de tudo tolerar pode ser a causa de muitos erros e de muitos perigos.”

Marcus Cícero

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domingo - 24/08/2014 - 21:24h
Mossoró para poucos

Adversários “se juntam” na carroceria de um caminhão

Em espaço limitado sob a carroceria de um pequeno caminhão, e em pé, personagens que são adversários extremados na política de Mossoró terminaram arranjando um lugar para se acomodar. Tiveram coabitação amistosa.

Cada um no seu quadrado, que se diga.

Larissa, Sandra (por trás dela), Wilma e Henrique no meio e Fafá com o marido atrás numa coabitação patética

Foi um quadradinho para quatro, administrado pelo candidato a governador Henrique Alves (PMDB), coadjuvado pela candidata ao Senado da República, Wilma de Faria (PSB).

Dezenas e centenas de pessoas que acompanharam mobilização pública nesse sábado (23), em Mossoró, da Coligação União pela Mudança, testemunharam esse arranjo inusitado. Uma cena inimaginável até bem pouco tempo.

Num canto da carroceria, mãe e filha: deputada federal Sandra Rosado (PSB) e deputada estadual Larissa Rosado (PSB), candidatas à reeleição.

Noutra extremidade, mulher e marido: ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) e deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). Ela, candidata à Câmara Federal; ele, à reeleição.

Veja bastidores políticos em nosso Twitter AQUI

Em esquemas políticos distintos, mas apoiando Henrique e Wilma, Sandra-Larissa e Fafá-Leonardo acenaram para os populares, cada um do seu jeito, com sorriso, cores e gestual próprios.

Dedos em forma de “L” (de Larissa), polegar erguido ou dedos indicador e médio em forma de “V” dividiam os aliados-adversários.

Quem não consegue entender o intrincado jogo de poder em Mossoró, a distância, não deve se frustrar. Até para muitos nativos, é cada dia mais complexo entender esse quadro.

Depois da cena de ontem, mais ainda.

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domingo - 24/08/2014 - 20:39h
Conversando com Lira Neto

Getúlio Vargas, ame-o ou deixe-o

Por Tony Oliveira (Revista Escola)

Passados quase 60 anos, o fantasma de Getúlio Vargas continua rondando o País. Morto em 25 de agosto de 1954 após dar um tiro no peito, Getúlio saiu da vida para entrar para a história como uma das figuras mais polêmicas e contraditórias da política brasileira, capaz de inspirar paixões e ódios igualmente extremados Brasil afora. Prova de sua força é a crítica causada pelo lançamento da biografia Getúlio, escrita pelo jornalista cearense Lira Neto e publicada pela Cia. das Letras.

Para o autor de "Getúlio", ele continua sendo um personagem controvertido até hoje (Foto: reprodução)

O escritor, que tanto na escola quanto na universidade teve contato com versões negativas do ex-presidente, tomou para si a missão de produzir uma biografia moderna, exaustiva e tão isenta quanto possível de Getúlio Vargas.

Imaginada em três volumes, dois dos quais já chegaram às livrarias, Getúlio é fruto de cinco anos de pesquisas, em que o autor examinou cartas pessoais, memorandos oficiais, diários íntimos, autos judiciais, notícias de jornal, além de fazer entrevistas e colher depoimentos. O primeiro livro, Getúlio: 1882-1930 – Dos anos de formação à conquista do poder, narra a infância no interior do Rio Grande do Sul, os primeiros contatos com a política brasileira e sua chegada ao poder em 1930.

Já o segundo volume, 1930-1945 – Do governo provisório à ditadura do Estado Novo, dá conta dos 15 anos em que Vargas esteve no Palácio do Catete como chefe do governo provisório, constitucional e, por fim, como ditador.

O último livro, previsto para ser lançado em 2014, trata da volta de Getúlio ao poder em 1950 e de seus derradeiros anos. Lira Neto, para quem o livro pode ser útil aos professores de História por apresentar uma visão polifônica da história do político, concedeu entrevista a Carta na Escola por e-mail.

Carta na Escola – Getúlio Vargas ainda é uma das mais importantes e controversas figuras da história do Brasil. Como nasceu seu interesse em biografá-lo?

Lira Neto – Sempre me inquietou o fato de Getúlio Vargas, esse nome fundamental da história brasileira, não ter sido, até então, alvo de uma biografia moderna e exaustiva. Certa feita, li um texto assinado pela cientista política Maria Celina Soares D’Araújo que tratava exatamente dessa questão. Ela sublinhava que a maior parte dos escritos a respeito da trajetória pessoal de Getúlio situava-se na esfera da ficção, e não da narrativa historiográfica ou jornalística.

CE – Parte dos livros didáticos de História adota um viés marxista de valorizar as estruturas e conjunturas da época em detrimento do indivíduo. Nos seus livros, o indivíduo, o ator, fica em evidência. Por quê? Houve resistência às obras por conta dessa característica?

LN – Uma biografia, por essência, busca compreender como as ações de determinado indivíduo e, ao mesmo tempo, o contexto no qual ele viveu se impactaram mutuamente. Da mesma forma que não faz sentido imaginar a história de um personagem desvinculada da estrutura social, econômica e histórica de sua época, também é empobrecedor compreender a vida desse mesmo indivíduo circunscrita aos limites de determinismos de qualquer espécie. Os dois primeiros volumes da biografia de Getúlio foram recebidos de forma bastante generosa pela crítica especializada, inclusive acadêmica. Um dos maiores historiadores brasileiros da atualidade, Boris Fausto, assina a quarta capa do primeiro tomo. A doutora Maria Celina D’Araújo, a orelha do segundo. O terceiro terá na quarta capa uma recomendação do historiador Kenneth Maxwell, da Universidade de Harvard.

CE – De que maneira os livros podem ser aproveitados, na escola, por professores e alunos nas aulas de História? E quais contribuições a obra pode trazer para o ambiente de sala de aula?

Lira Neto – Penso que o livro pode ser útil na medida em que expõe, digamos, uma visão polifônica da trajetória de Getúlio, fugindo ao maniqueísmo típico que ronda o personagem. A utilização de um conjunto plural de fontes – incluindo charges de época, canções e obras literárias – também pode contribuir para a compreensão da história como algo vivo e pulsante.

CE – De que forma sua formação como jornalista o ajudou na feitura da biografia?

LN – Sempre digo que sou, essencialmente, um repórter. Escrevo longas reportagens históricas. Nesse sentido, valorizo a narrativa e a obrigação de escrever para um público heterogêneo, decodificando conteúdos complexos para um público não necessariamente especializado. O grande desafio para um jornalista é saber transmitir informações e ideias de forma legível e atraente, sem que isso signifique a simplificação do tema e, nesse caso, afrouxar mão no necessário rigor no trato com as fontes históricas.

CE – Existe certo preconceito ou desconfiança por parte de historiadores quando um jornalista se propõe a tarefa de realizar uma biografia histórica?

LN – Certa tensão aqui e acolá ainda existe entre historiadores e jornalistas que trabalham com temas históricos, e não passa disso: preconceito mútuo. Os jornalistas precisam aprender muito com os historiadores sobre o trabalho com as fontes documentais. E os historiadores, talvez, precisem compreender as especificidades do trabalho jornalístico, que sustenta uma preocupação básica com a questão da recepção, isto é, com o leitor. São trabalhos de naturezas distintas, com motivações e alvos diferentes, mas não necessariamente antagônicos.

CE – Apesar de ser, de certa forma, um mito, a busca pela imparcialidade é pilar forte do jornalismo. Diante de uma figura tão controversa e alvo de tantas paixões e ódios como Getúlio, de quais ferramentas o senhor lançou mão para buscar essa imparcialidade?

LN – Obviamente, a objetividade é um mito, uma falácia. Porém, isso não exime o jornalista do dever prioritário de buscar incessantemente a isenção possível. Na prática, isso se estabelece no confronto e na exposição das várias narrativas disponíveis a respeito do que se considera um “fato”. Isso, é claro, pressupõe buscar entender os mecanismos da própria construção social e histórica dos chamados “fatos”.

CE – Na visão de alguns historiadores, mais do que deixar um legado, Getúlio Vargas mora em nossa alma, isto é, contribuiu para a própria criação de nossa identidade como povo e país. E por isso Fernando Henrique Cardoso fracassou em tentar desmontar a Era Vargas. O que o senhor pensa sobre isso?

LN – Como bem escreveu Boris Fausto na quarta capa do primeiro volume da biografia, Getúlio Vargas é, “para o bem e para o mal”, o personagem mais importante da história republicana brasileira. Na quarta capa do segundo volume, o próprio Fernando Henrique Cardoso reconheceu Getúlio como um “estadista”, a despeito do que se pense sobre ele a sua forma de governar e fazer política.

CE – A figura de Lula é muitas vezes comparada à de Getúlio. Como o senhor vê essa comparação?

LN – Não há dúvidas de que, um e outro, Lula e Getúlio, até que se prove o contrário, foram os líderes políticos de maior expressão popular na história do País. Mas é curioso notar que Lula, no período de líder sindicalista, era um antigetulista ferrenho. Então criticava, de forma veemente, a herança histórica dos sindicatos pelegos e atrelados ao Estado, típicos da Era Vargas. Mais tarde, porém, já como presidente, tentou mimetizar a figura nacionalista do Getúlio criador de Volta Redonda e da Petrobras. A foto de Lula com a mão tisnada de petróleo, na época do anúncio do pré-sal, é o melhor exemplo disso. Aquilo era um decalque de outra imagem, a de Getúlio, com a mão estendida e também suja de petróleo, na época da fundação da Petrobras.

Getúlio: personagem em três livros

Getúlio: personagem em três livros

CE – Que imagem o senhor carrega de Getúlio Vargas nos tempos da escola?

LN – Em meus tempos de escola, vivíamos uma ditadura militar, que buscava desconstruir por completo a imagem de Getúlio e de seu principal herdeiro político, Jango. Já na universidade, nos tempos da abertura política, meus professores marxistas também procuravam reduzir a figura complexa do ex-presidente ao ditador do Estado Novo, negando-lhe qualquer virtude ou mérito.

CE – Essa imagem mudou após a produção da biografia? Em que sentido?

LN – Creio que os cinco anos de trabalho nessa biografia ajudaram-me a compreender que é inútil tentar analisar Getúlio a partir de uma visão simplista. A perspectiva ingênua e quase devocional dos getulistas mais sinceros é tão parcial e equivocada quanto a ira dos antivarguistas mais empedernidos.

CE – O que mais o surpreendeu sobre essa figura histórica durante o processo de pesquisa e produção dos volumes da biografia?

LN – Não digo que tenha sido exatamente uma surpresa, mas fascina-me a constatação de que até hoje, 60 anos após sua morte, Getúlio continue gerando tanta paixão, tantos amores e ódios extremados.

CE – Seus livros também se tornaram um grande sucesso comercial, inclusive figurando na lista dos mais vendidos em livrarias. Em sua opinião, por que Vargas e sua biografia ainda chamam tanta atenção do público brasileiro?

LN – Exatamente pelo fato de continuar dividindo opiniões de forma tão apaixonada. A controvérsia a respeito de Getúlio e de seu legado continua atualíssima.

CE – No site promocional dos livros, há uma enquete que pergunta “Para você, quem foi Getúlio?” Gostaria de estender essa pergunta ao senhor: quem foi, afinal, Getúlio Vargas?

LN – Uma das opções à pergunta, na enquete, diz que Getúlio, por sua complexidade, não pode ser definido em uma única frase. Se eu tivesse de responder à minha própria pergunta, cravaria esta opção.

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domingo - 24/08/2014 - 20:00h
Brasileirão

Baraúnas vence; ABC, América e Globo perdem

Do Portal Noar

Apesar da fase não ser das melhores, o Baraúnas voltou a vencer e mantém vivas as chances de classificação para a próxima fase da Série D do Campeonato Brasileiro. O time mossoroense goleou o Campinense-PB neste domingo (24) por 3 a 0.

Ainda no primeiro tempo, o Leão do Oeste construiu a vantagem ao abrir o placar em cobrança de pênalti de Adhan ao 31 minutos. Pouco depois, foi a vez de Paulo Geovane fazer o segundo e levar a boa vantagem para o intervalo de jogo.

O tiro de misericórdia do time mossoroense sobre os paraibanos foi dado por Anderson Sobral, aos 18 minutos do segundo tempo. O resultado tirou o Baraúnas da lanterna da competição, levantou o time na tabela e o colocou de volta na briga pela segunda vaga do grupo A3.

O Baraúnas está a um ponto do próprio Campinense-PB, terceiro colocado, e do Central-PE, segundo colocado, ambos com seis pontos e separados apenas pelos critérios de desempate. Os mossoroenses voltam a campo no próximo dia 07, contra o Coruripe-AL, fora de casa.

Globo

Não deu para o Globo. O time potiguar conseguiu sair na frente diante do Confiança-SE, mas não segurou o resultado e acabou derrotado pelos sergipanos em duelo pela sexta rodada do grupo A4 da Série D. Jogo foi em Itabaiana-SE.

Ricardo Lopes abriu o placar aos 30 minutos do primeiro tempo. Já nos acréscimos da etapa inicial, Wallace Pernambucano empatou a partida. A virada veio com Eron, aos nove minutos da fase final.

O Globo tem sete pontos, quatro a menos que o Confiança e seis atrás do Porto-PE, primeiro colocado.

ABC e América

O ABC perdeu no sábado (23) no Frasqueirão para o Vila Nova-GO, por 2 x 0 e ficou na 11ª colocação da Série B. Veja AQUI.

Já o América foi derrotado fora de casa. Foi suplantado pelo Náutico em Pernambuco, pelo placar de 2 x 1. Caiu para a 14ª posição na série B. Veja AQUI.

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domingo - 24/08/2014 - 19:20h
Toma que o "rombo" é seu

Fafá Rosado diz que deixou prefeitura equilibrada

Em discurso em Mossoró, nesse sábado (23), em mobilização da Coligação União pela Mudança, a ex-prefeita Fafá Rosado (PSD) garantiu ter deixado a prefeitura equilibrada.

A crise financeira tangida pelo prefeito e seu ex-aliado, Francisco José Júnior (PSD), não teria origem em sua gestão por oito anos consecutivos.

Enfim, o “rombo” de mais de R$ 46 milhões que o então prefeito interino Francisco José Júnior disse ter levantado (veja AQUI), não seria herança dela. Foi no dia 13 de janeiro deste ano que ele divulgou o relatório.

Vai sobrar mesmo para o contribuinte a obrigação de pagar, lógico. A sucessora e também ex-aliada de Fafá, a prefeita cassada e afastada Cláudia Regina (DEM), termina como culpada de tudo.

Como Cláudia sempre fica em silêncio, puxa para seu nome o ônus de tudo. A quem ela parece proteger, há tempos a abandonou e agora lhe coloca em mais embaraço.

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domingo - 24/08/2014 - 15:50h
Em Mossoró

Juiz lançará livro “Abuso do poder nas eleições”

O juiz José Herval Sampaio Júnior lançará o livro “Abuso do poder nas eleições –  Triste realidade da política (agem) brasileira”. Lançamento acontecerá no dia 29 (sexta-feira), às 18h, no Garbos Recepções, em Mossoró.

Livro aborda tema muito delicado: (Foto: reprodução)

Ainda haverá palestra com o especialista em Direito Eleitoral, Djalma Pinto – advogado, escritor forense e ex-procurador-geral do Estado do Ceará.

O livro aborda o problema do abuso de poder em três esferas: econômico, político e midiático e a importância da justiça eleitoral nesse contexto.

O juiz Herval Sampaio Júnior tem uma experiência judicante de 15 anos como Juiz Eleitoral, já tendo participado de 09 eleições consecutivas, incluindo as eleições suplementares de Mossoró, este ano.

Democracia

Segundo ele aborda, uma das grandes dificuldades nesse tipo de processo é justamente o cumprimento da lei. A classe política e o povo insistem em tratar o processo eleitoral como um negócio, quando segundo a nossa Constituição e leis eleitorais, as eleições se constituem como o momento mais importante de consagração da democracia no sentido mais amplo possível.

No livro, ele relata alguns casos de crimes eleitorais ocorridos no RN, numa linguagem clara e dinâmica. Traz ainda explicações de temas como a compra de voto, uso da máquina administrativa, nomeação de parentes de candidatos, da propaganda irregular e troca de favores por interesse eleitoreiro.

O livro será lançado no dia 29 de agosto em Mossoró e depois divulgado em todo o estado.

 

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domingo - 24/08/2014 - 15:02h
Mossoró

Wilma tem apoio da grande maioria de vereadores

Em Mossoró, fazendo mobilizações e percorrendo pontos da cidade com a “Caravana da Mudança”, a candidata ao Senado pela Coligação União pela Mudança, Wilma de Faria (PSB), recebeu no final da tarde deste sábado (23), apoios de nove vereadores mossoroenses.

Wilma se reuniu nesse sábado com grupo de vereadores (Foto: Divulgação)

Declararam apoio à Wilma os vereadores Genilson Alves (PTN), Manoel Bezerra (DEM), Celso Lanches (PV), Alex do Frango (PV), Heró Alves (PROS), Ricardo de Dodoca (PTB), Cícera Nogueira (PSD), Soldado Jadson (SDD) e Tasso Mardônio (PSDB).

Todos são governistas no município, mas não seguiram orientação do prefeito Francisco José Júnior (PSD). O prefeito apoia Fátima Bezerra (PT) ao Senado. Ela é da Coligação Liderados pelo Povo.

Wilma já contava com o apoio de outro governista, Claudionor dos Santos (PMDB), além de cinco oposicionistas locais: Lairinho Rosado (PSB), Vingt-un Neto (PSB), Alex Moacir (PMDB), Izabel Montenegro (PMDB) e Francisco Carlos (PV). Por enquanto.

Totaliza 15 vereadores do município na sua campanha. Câmara Municipal é composta por 21.

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Categoria(s): Política
domingo - 24/08/2014 - 10:05h

Do nada

Por Fátima Feitosa

Você incendiou uma chama
E a minha carne inflama.
Agora, ardo em brasas da paixão,
Louco desejo carnal, puro tesão!

Você, com cara de anjo de candura,
Com palavras, encadeadas, faz loucura!
Revira o avesso da realidade imaginada
E promete-me a emoção sonhada.

Você olha e aspira outros sabores,
Almeja degustar n ovos odores…
Tem gula no olhar de criança,
Desfruta o play-ground, avança.

De gangorra e cavalinho passeia,
Degusta fruta saborosa, incendeia!
Contornando relevos provocantes,
Pele, pelos e contornos estimulantes.

Fátima Feitosa é poetisa e pedagoga

*Extraído do livro da autora – “À flor da pele”.

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domingo - 24/08/2014 - 06:27h

Jornalismo sangrento

Por Alex Medeiros

No clássico “Um Amor de Professora”, de 1958, Doris Day apanha um jornal, exibe a capa com a manchete de um estupro para Clark Gable, e arremata: “jornalismo é muito mais do sexo e sangue”. Ele é um editor que tem horror a cursos de comunicação.

No velho filme, a visão fictícia sobre imprensa de 55 anos atrás que perdurou durante as décadas seguintes na vida real. Entre os anos 1960 e 1980, a sociedade rejeitava o noticiário policial, tido como uma subespécie de jornalismo, coisa de rádio AM.

Por anos, o jornalista Luiz Maria Alves provocou com suas capas e manchetes de crimes e tragédias uma ojeriza da classe média, que reagia com piadas e comentários do tipo “se espremer o Diário de Natal, sai sangue”. Alves sofreria uma terrível revanche.

Quando perdeu seu filho, Edu Heavy, o jovem líder da banda Sodoma, num acidente automobilístico na Via Costeira, em 1988, o velho e já cansado editor sofreu uma saraivada de telefonemas irados e irônicos de pessoas inimigas das suas manchetes.

Ligavam para o jornal e indagavam com um ar de ranço se ele iria publicar as fotos do acidente do filho. A alma de Alves estava dilacerada. Ao saberem dos telefonemas, os diretores Albimar Furtado e Vicente Serejo proibiram a telefonista de transferir a linha.

Naqueles anos, notícias de ocorrências policiais eram assuntos específicos de programas como o “Patrulha da Cidade”, que fez história na Rádio Cabugi. E o Diário de Natal explorava o tema porque Luiz Maria Alves sabia que atingiria o grosso da população.

Chegou a fazer uma pesquisa que comprovava que fora da época eleitoral o noticiário de política não vendia jornal. Quando criticado pelas imagens fortes na capa do Diário, rebatia: “Quem gosta do trágico e do grotesco é a humanidade, não sou eu”.

No início da década de 1990, o empresário e apresentador Silvio Santos inventou uma fórmula para consagrar a vice-liderança televisiva, estreando o programa policial Aqui Agora, num formato que gerou críticas de um lado e estudos acadêmicos de outro.

A cobertura exclusiva do chamado mundo cão, com câmeras em movimento e a instantaneidade das ocorrências, alavancou o ibope do SBT e atraiu até estudiosos europeus para analisar aquele estilo de jornalismo nunca praticado por lá até hoje.

O ex-senador Carlos Alberto de Sousa formou gerações de repórteres policiais com a versão local do Aqui Agora, com direito a Jota Gomes de versão nordestina do Gil Gomes. Era a televisão audaciosamente indo onde só o rádio e o jornal estiveram.

Com poucos anos de mercado, na mesma época, a TV Potengi de Geraldo Melo aceitou o ousado projeto do jornalista Rubens Lemos, que se utilizou de técnicas cinematográficas com a ajuda de Augusto Lula para cobrir o submundo do crime.

Os anos foram passando e o grotesco de que falava Seu Alves foi ganhando espaço no Brasil, não apenas no jornalismo, mas também na política e na cultura, gerando o país ridículo que temos hoje, e que dá vontade de ignorar, contrariando Eduardo Campos.

A exploração dos fatos policiais em excesso transformando um roubo de farmácia em Botucatu num assunto nacional ou um crime passional em tragédia histórica faz dos extintos Diário e Aqui Agora uma seção diminuta de uma pauta de boas variedades.

Prefiro conservar o conceito de Érica Stone, a fictícia professora de jornalismo interpretada por Doris Day em 1958 ou sentir saudade das manchetes de Luiz Maria Alves, que exploravam somente os fatos que diziam respeito à realidade do leitor.

Alex Medeiros é jornalista

* Texto originalmente publicado no Portal Noar

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Categoria(s): Artigo
domingo - 24/08/2014 - 03:55h

O dia em que Henrique Alves seria…

Por Naide Rosado

Sobre “Memórias”, vai aqui uma muito forte, mas preciso contá-la, antes que ele seja eleito ou, mesmo, não.

Sempre tive muitas “tias”, algumas verdadeiras e outras, igualmente queridas, mas por serem amigas de minha mãe. Uma delas ocupava lugar especial: Tia Ivone, pessoa adorável.

Quando havia lanche no Centro da Cidade, se tia Ivone estivesse no Rio de Janeiro, ela exigia a minha presença e eu amava a oportunidade de lanches extraordinários na Colombo e em vários outros lugares.

Gostava muito de estar com ela. Não havia momento de silêncio. Nós conversávamos demais, como se eu fosse adulta.

Além do amor que sentia, havia o fato de me sentir muito importante. Se eu não estivesse em casa, ela mandava me buscar onde fosse. E, assim, foi crescendo uma extraordinária ligação entre nós duas, cheia de afeto e saudades pois ela viajava muito.

Certa dia ela ligou para mãezinha, avisando que iria lá em casa, mas era necessário que eu estivesse lá. Necessário. Mãezinha ficou assim, meio sem entender o que seria e, mais ainda, a necessidade de minha presença.

Sim, ela sempre me queria perto, mas dessa vez, a presença tinha uma conotação mais importante.

Então, mãezinha me disse: “Minha filha, Ivone vem aqui e quer que você esteja em casa”.

Ora, claro que nada seria mais importante para mim do que aquela visita amada.

Fez-se a tarde e minha tia Ivone chegou. Beijos para lá, beijos para cá, e nos sentamos. Não houve introdução, não houve o habitual está calor, ou está frio. Tia Ivone disse, imediatamente, a quê viera: “Naide, me dê Naidinha.”

O silêncio, a seguir, foi aquele que eu chamo de O Silêncio do Bosque. Posso descrever, exatamente, o que senti: uma surpresa, mas uma surpresa muito boa, embora soubesse que seria impossível aquela doação.

Embora amando imensamente meus pais e irmãos, uma felicidade imensa invadiu minha alma pois, mesmo muito jovem, sabia entender a intensidade do amor de quem quer uma filha.

A felicidade que me possuiu não foi a mesma do ambiente. Mãezinha, imagino que após recuperar o fôlego, disse em sua ternura habitual, mais ou menos isso: “Ivone, não posso lhe dar minha filha, olhe, Dix-huit e eu também a amamos, bem como a seus irmãos…obrigada por querer tanto uma filha minha, mas esse pedido não posso lhe conceder.”

Tia Ivone ainda disse algumas palavras sobre como cuidaria bem de mim… Não houve jeito.

E, desse modo, terminada a conversa específica, tia Ivone despediu-se, ela e mãezinha com vestígios de lágrimas. O assunto era aquele a ser tratado e Tia Ivone não era pessoa de meandros, rodeios.

Naquela tarde, ela levou um pedaço de meu coração. E, se eu já a queria tanto, mais ainda a quis.

Dei-me conta de como afortunada era, pois há pessoas que não têm mães e em minha vida que já contava com Mãe Dininha, minha avó materna, a quem chamei durante toda a sua existência de ” Minha Mãe”, doce criatura dos céus, tinha a minha mãe de fato, Naide Medeiros Rosado, preciosa, e minha tia Ivone que, ao me pedir, deixou explodir o seu amor e o meu. Minha querida.

Portanto, Henrique Alves, por algumas vezes nos encontramos em aeroportos e fui até você para lhe dizer como amava sua mãe. Não dava tempo, Henrique, de dizer: quase fui sua irmã. Era uma história com raízes que não podia ser dita numa frase.

Agora, antes que você se eleja e soe estranha a minha história, ou mesmo que haja a hipótese de não ser eleito, conto-a para você e seus irmãos, da mesma forma que estou contando aos meus.

Um abraço fraternal, a você e irmãos, filhos de minha muito querida, amada, Tia Ivone.

Naide Rosado é advogada e filha do ex-prefeito mossoroense Dix-huit Rosado

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Categoria(s): Crônica
sábado - 23/08/2014 - 23:48h

Pensando bem…

“Eu disse à minha alma, fica tranquila e espera… Até que as trevas sejam luz, e a quietude seja dança”.

T.S.Eliot

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Categoria(s): Pensando bem...
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