• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 09/06/2014 - 17:50h
Desembargador federal

Agripino será relator da indicação de Luiz Alberto para o STJ

O senador José Agripino (DEM) recebeu nesta segunda-feira (9) a notícia de que será o relator, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), da indicação do nome do desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A informação foi dada pelo presidente da Comissão senador Vital do Rêgo (PMDB/PB).

Senador recebeu desembargador em Brasília (Foto: Divulgação)

Para o líder democrata, Luiz Alberto irá honrar a tradição do Rio Grande do Norte no STJ seguindo a trajetória do ex-ministro José Augusto Delgado.

“Ele [Luiz Alberto] é um nome honrado, limpo, corajoso. Sabe negociar as coisas que precisam ser negociadas, mas também sabe ser intransigente na hora de defender o bom Direito. O Rio Grande do Norte irá colocar no STJ um nome à altura da respeitabilidade que o nosso estado quer ter”, declarou Agripino.

Jovem

A previsão é de que o relatório elaborado pelo senador potiguar seja lido na reunião da CCJ da próxima semana e na reunião subsequente haverá a sabatina. Para tomar posse no STJ, o desembargador Luiz Alberto ainda precisa ter o nome aprovado no Plenário do Senado.

Luiz Alberto foi o desembargador federal mais jovem do Brasil, nomeado no ano de 2000, com 30 anos, para o cargo no TRF-5.  Ele ocupará a cadeira deixada pela ministra Eliana Calmon, aposentada em dezembro.

Com informações da Assessoria de Imprensa de José Agripino.

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segunda-feira - 09/06/2014 - 17:42h
Moreira Franco

Ministro assegura início de novo aeroporto para Mossoró

Depois de uma conversa com a deputada federal Sandra Rosado (PSB-RN), o Ministro-chefe da Aviação Civil, Moreira Franco, anunciou que o novo aeroporto de Mossoró será construído a partir de janeiro de 2015. A notícia foi dada durante a inauguração do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, hoje (veja postagens mais abaixo).

Em sua fala durante a inauguração, Moreira Franco assegurou que a cidade vai sim contar com um novo aeroporto.

“E agora quero dar uma resposta à deputada Sandra Rosado que demonstrou sua preocupação com o Aeroporto de Mossoró. Deputada, quero dizer à Senhora e todos que até janeiro as obras do aeroporto de Mossoró serão iniciadas”, assegurou.

Sandra Rosado já chegou a alocar várias emendas ao Orçamento Geral da União (OGU) para o Aeroporto de Mossoró; em uma delas a parlamentar garantiu R$ 40 milhões para a obra.

Com informações da Assessoria de Imprensa de Sandra Rosado.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 09/06/2014 - 17:35h
Política

Rosalba e Henrique têm encontro em meio à crise

Henrique e Rosalba ficaram sentados lado a lado (Foto: Demis Roussos)

A inauguração hoje (veja postagem mais abaixo) do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, ensejou um reencontro entre dois políticos que vêm trombando nos últimos tempos.

De um lado, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Do outro, o presidente da Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB).

Ficaram lado a lado no palanque das autoridades, trocaram poucas palavras.

Enfim, um comportamento civilizado, em esforço concentrado para disfarçar o sorriso constrangido de cada um.

Versões

A governadora e Henrique têm versões distintas para diagnóstico da gestão dela e motivos de rompimento político do PMDB.

Henrique marcha para ser candidato a governador. Ela, não.

O DEM prefere, por decisão ampla de membros do seu diretório estadual, uma coligação com o próprio PMDB.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 09/06/2014 - 16:01h
São Gonçalo do Amarante

Aeroporto Aluízio Alves é oficialmente inaugurado

A Governadora Rosalba Ciarlini (DEM) participou ao lado de outras diversas autoridades, na manhã desta segunda-feira (09), da inauguração do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante.

Descerramento da placa juntou parte das autoridades presentes (Foto: Demmis Roussos)

A Chefe do Executivo acompanhou a cerimônia ao lado do Ministro-chefe da Aviação Civil, Moreira Franco, juntamente com o Diretor-Presidente da Anac, Marcelo dos Guaranys, o Prefeito de São Gonçalo, Jaime Calado (PR), o CEO da Inframérica, Alysson Paolinelli. Também participaram da cerimônia o Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), as Deputadas Federais Fátima Bezerra (PT) e Sandra Rosado (PSB), o Presidente da Assembléia Legislativa, Ricardo Motta (PROS), os deputados estaduais George Soares (PR) e Márcia Maia (PSB), o membro da diretoria do Sinduscon, Silvio Bezerra, Secretários Estaduais e vereadores de São Gonçalo.

“Certamente em um futuro próximo poderemos colher os frutos de mais essa conquista”, disse ela em seu discurso.

A Governadora também falou da alegria de ser a Chefe do Executivo nesse momento em que o Aeroporto de São Gonçalo é inaugurado.

O Aeroporto de São Gonçalo começou a operar há 10 dias, sete meses antes do previsto em contrato e é o primeiro do país 100% privado. O Consórcio Inframérica, vencedor do leilão realizado em 2011, poderá explorar a estrutura por 28 anos. Os investimentos com construção e operação chegam a R$ 500 milhões.

Exportações

Durante a cerimônia, O Ministro da Aviação Civil fez a leitura de uma mensagem enviada pela Presidenta Dilma Roussef (PT) e elogiou a atuação do estado. “Agradeço e reconheço o esforço do Governo do RN, na pessoa da Governadora Rosalba Ciarlini, seus dirigentes e funcionários, na viabilização desse projeto”, disse.

O novo terminal terá capacidade de 6 milhões de passageiros por ano. No saguão são 42 balcões de check in e 6 totens de atendimento. Para os que desembarcarem, além de áreas modernas e confortáveis, um corredor turístico com os principais serviços de interesse dos visitantes.

A área de cargas contará com edifício de estocagem e operações de importações e exportações com capacidade de processamento de 10 toneladas por ano. A expectativa é que com a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba e com a conclusão do acesso sul, que liga o Aeroporto ás BRs 304 e 101, seja possível atrair ainda mais empresas e elevar o potencial do transporte de cargas.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado.

Nota do Blog – Não foram citados, mas estavam presentes, ainda, o vice-governador Robinson Faria (PSD) e o ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho (PMDB).

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Categoria(s): Economia / Política
segunda-feira - 09/06/2014 - 10:56h
Ação e reação

Grevistas prometem movimentação durante jogos da Copa

Faltando poucos dias para o início da Copa do Mundo em Natal (RN) e temendo o possível desgaste que as greves e mobilizações dos trabalhadores possam lhe causar durante o período dos jogos, o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) resolveu ir para a ofensiva: ajuizou duas ações que tentam impedir qualquer tipo de greve ou manifestação.

“As ações judiciais protocoladas no dia 6 de junho de 2014 são verdadeiros ataques aos direitos democráticos dos trabalhadores”, assinala os grevistas em nota oficial.

Veja o restante da nota:

A primeira requer ao Judiciário que impeça a deflagração de greves dos sindicatos dos trabalhadores da saúde (Sindsaúde), guarda municipal (SindGuardas), educação (SINTE), médicos (SinMed), agentes de saúde (SINDAS), servidores municipais (SinSenat) e odontologistas (SOERN) durante a Copa do Mundo.

A segunda solicita que seja determinada a desobstrução imediata de calçadas, ruas, avenidas e locais próximos à sede da Prefeitura e Câmara Municipal, além da proibição de qualquer ocupação (total ou parcial) de todas as vias públicas da cidade, até o dia 30/07/2014 (período em que estará ocorrendo os jogos e atividades festivas da Copa).

Estas ações são, na verdade, uma resposta de Carlos Eduardo às greves que se arrastam na cidade e as mobilizações que acontecerão na cidade. Os rodoviários, que fizeram duas paralisações relâmpagos, prometem iniciar uma greve no dia 12, na abertura da Copa. Os trabalhadores da saúde, há quase 2 meses em greve, na última semana resolveram acampar na prefeitura e já receberam apoio e solidariedade da Guarda Municipal, que também anunciou a paralisação das atividades e a adesão ao acampamento.

No dia 16, quando se realizará a partida entre Gana x Estados Unidos (com a presença da presidente Dilma e do vice-presidente norte-americano, Joe Biden), diversas entidades do movimento social, sindical e estudantil realizarão uma manifestação contra as injustiças da Copa do Mundo e a intervenção da FIFA e dos EUA na cidade.

Diante das mobilizações, a resposta de Carlos Eduardo não é a de atender as reivindicações dos trabalhadores e da juventude, e sim, responder com criminalização dos movimentos. De uma só vez, Carlos Eduardo utiliza a justiça para atacar o direito de greve e da livre manifestação, tanto dos sindicatos, como dos movimentos sociais em geral.

Trata-se de uma lei de mordaça só vista antes no período da ditadura militar, que em 1968 editou o Ato Institucional nº 5, acabando com as liberdades democráticas no País.

Prefeito, escreve. Na Copa vai ter greve!

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segunda-feira - 09/06/2014 - 09:50h
"Enrolation"

Cada discurso serve a uma necessidade de ocasião

Elite do poder do RN confirma máxima de Juscelino Kubitschek, de que “não existe inimigo para sempre ou aliado eterno” em política.

Só conveniência.

Hoje, Rosalba Ciarlini (DEM) diz que as bases não aceitam DEM e PMDB juntos. Mas essa composição serviu à ela para ser eleita ao Senado e ao Governo, em 2006 e 2010.

Simples assim.

O ex-deputado federal Ney Lopes (DEM) também não entende o DEM com o PMDB, mas foi vice de Garibaldi em 2006, depois de afirmar – semanas antes, – que Alves e Maia eram como ‘água e óleo’, não poderiam se unir.

Rosalba se sente escanteada no projeto pessoal de reeleição, mas considerou natural que Alves e Maia juntos, em 2006, inviabilizassem candidatura de Geraldo Melo (PSDB, hoje no PMDB) ao Senado, para favorecê-la.

Enfim, os exemplos não faltam, provando que cada discurso serve à ocasião, conforme a necessidade.

O povo é um detalhe.

Sobram sofismas, ou seja, argumentos falsos, que não resistem à história e à realidade dos fatos.

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segunda-feira - 09/06/2014 - 08:42h
Economia

Mais RN vai propor novo destino para Aeroporto Augusto Severo

O programa Mais RN vai propor um novo destino para a estrutura do Aeroporto Augusto Severo, desativado no fim de maio. Os técnicos da consultoria Macroplan, responsáveis pelo projeto, vão elaborar um estudo sobre o terminal à pedido do Sebrae e da Fiern.

A ideia dos empresários é manter a devolução da pista à Aeronáutica, mas encontrar um destino diferente para o edifício que durante as últimas décadas funcionou como aeroporto. Entre as possibilidades discutidas, está transformar o local em uma nova rodoviária, uma Ceasa, um centro de convenções e até mesmo um shopping com direito a museu de aviação.

O Mais RN é um dos projetos criados por Rogério Marinho, pré-candidato a deputado federal, durante sua passagem pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. O então titular da pasta articulou a união da Federação das Indústrias do RN (FIERN), do Sebrae e do Governo, além de atuar de forma decisiva para conquistar os recursos junto a iniciativa privada que possibilitaram o financiamento da consultoria.

Segundo Rogério, “esse diagnóstico vai identificar o potencial econômico e traçar um plano de desenvolvimento para os próximos 20 anos, o que será um marco histórico para a economia do nosso Estado”. O projeto será lançado oficialmente no dia 18 de julho.

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segunda-feira - 09/06/2014 - 08:02h
Crítica

Uern tem salas precárias para acomodar estudantes

Bom dia, Carlos Santos.

Passando apenas para registrar a questão das salas da Universidade do Estado do RN (UERN).

Estive na universidade na tarde desse domingo (8), onde realizei prova referente ao concurso BNB.

Imagine só, o cidadão realizar prova de 80 questões, em um sol escaldante das 13h. Sala com ventiladores, sendo necessário deixar as janelas abertas.

Continham 4 ventiladores, do qual 1 estava quebrado.

Acho que torna-se bastante difícil os estudantes daquela universidade manterem a concentração com um calor “infernal”.

Espero que o senhor reitor Pedro Fernandes Neto esteja tentando viabilizar melhorias referente a este tema.

Bruno Garcia – Webleitor

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domingo - 08/06/2014 - 23:45h

Pensando bem…

“Sempre mire no objetivo, e esqueça do sucesso”.

Helen Hayes

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domingo - 08/06/2014 - 13:13h
Entrevista à revista Época

Rosalba Ciarlini prevê que “DEM tende a sumir”

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) prevê que o DEM é um partido fadado à morte. “O DEM tende a sumir”, afirma ela em entrevista à revista Época, publicação do grupo Globo, com circulação nacional.

Ela também fala nesta mesma edição, da sua difícil convivência com o senador José Agripino, líder da sigla, além de deixar claro que não teme qualquer adversário numa disputa ao Governo do Estado.

Destaca ainda, sua boa relação política “republicana” com a presidente Dilma.

Veja abaixo a íntegra desse pingue-pongue ou neste link AQUI que vai direto à página virtual da revista:

Governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (Foto: Beto Barata/ÉPOCA)

ÉPOCA – Qual é a importância para o DEM da sua não-candidatura? A senhora é a única governadora do partido.
Rosalba – Eu acho que você tem de perguntar a eles.

ÉPOCA – Mas qual a opinião da senhora?
Rosalba – Só tínhamos dois (governadores). Perdemos um. A única que ficou está sem condições de colocar seu nome. O DEM tende a sumir.

ÉPOCA – Com a decisão de impedir a sua reeleição, o DEM está se apequenando?
Rosalba – Eu acho que, na realidade, era para estarmos lutando para termos mais governadores, como se luta para ter mais prefeitos, que são a base das eleições. Tendo mais governador cresce também a bancada. Muita coisa eu não posso responder por eles.

ÉPOCA – Como foi a reunião da semana passada? A senhora já percebeu um clima desfavorável?
Rosalba – Já percebi, porque na realidade o diretório vem de longas datas, ele (o senador José Agripino Maia) é o presidente do partido, sempre foi. Então, é claro que não tem se renovado muito o diretório. Teve votos nulos, votos em branco, teve abstenções – poucas, mas teve. Então, não havia unanimidade.

ÉPOCA – A votação foi aberta?
Rosalba – Não, foi secreta.

ÉPOCA – O senador Agripino Maia fez algum tipo de consideração?
Rosalba – Não, foi só isso. Ele encaminhou mostrando a necessidade de o partido crescer suas bancadas e, para isso, não poderia ficar só (na disputa eleitoral); que o governo até então não tinha montado uma arco de alianças. Eu ponderei que, para você montar um arco de alianças, você precisa que as lideranças do partido ajudem.

ÉPOCA – A senhora está desapontada com ele?
Rosalba – Eu preferia não fazer nenhuma observação.

ÉPOCA – Por que?
Rosalba – (silêncio) Deixa… Eu estou refletindo.

ÉPOCA – A senhora conversa com o senador Agripino sobre sua situação?
Rosalba – Somos do mesmo estado e o conheço há mais de 50 anos. Frequenta a minha casa e nos tratamos muito bem. Sempre houve confiança de ambas as partes. Durante todo esse período, fui tentada a trocar de partido e isso poderia até ter sido mais promissor para mim politicamente. Mas eu não mudei porque Agripino era o presidente do partido e me mantive no DEM por uma questão de lealdade e respeito a ele.

ÉPOCA – Quais partidos a convidaram para que deixasse o DEM?
Rosalba – Tive convite do PSD, PROS, PTB, PP e de partidos menores. Qual é o partido do Marcelo Crivella? PRB. Tive convite do PRB. Mas fiquei no DEM.

ÉPOCA – Mas o que Agripino disse à senhora recentemente?
Rosalba – Há duas semanas estive com Agripino na casa dele em Natal. Ele disse que se eu tivesse condições eleitorais, poderia tentar. Mas qual seria o problema se eu me candidatasse? Tem candidato que entrou derrotado numa eleição e acabou eleito; e outros que entraram eleitos e saíram derrotados. Uma vez um candidato foi dormir achando que tinha ganhado a eleição em Natal. No outro dia descobriu ter perdido para Aldo Tinoco, um sanitarista que não era muito conhecido. O candidato derrotado foi (o presidente da Câmara) Henrique (Alves) e o povo lá em Natal comenta muito sobre isso. Mas voltando, se eu me candidatasse, o que poderia acontecer? Eu poderia não chegar ao segundo turno. Mas ainda assim o partido seria o fiel da balança no segundo turno e sairíamos ainda mais valorizados. Mas a preocupação era sempre com as eleições para deputados e senador porque não poderia ir só o Democratas. Eu disse que garantiria dois partidos (na aliança) e com chance de angariar o apoio de outros. Mas eu disse a Agripino que precisava de um aceno de que eu seria candidata, porque não posso propor aliança sem saber se vou ser candidata. Aí ele disse que faríamos uma reunião para ouvir o diretório.
>> Felipe Patury: Agripino e Rosalba travam guerra no Rio Grande do Norte

ÉPOCA – Mas quais foram as condições impostas por Agripino para que pudesse apoiá-la?
Rosalba – Ele apontou com clareza as minhas dificuldades. Disse que eu precisava dessas alianças. Também se mostrou preocupado com uma questão jurídica no Tribunal Superior Eleitoral que pede minha inelegibilidade. Mas estou tranquila quanto a isso. No meu caso só cabe uma multa, não a inelegibilidade. O processo fala na chegada de um equipamento a uma semana antes da eleição. Mas eu não estive nesse local da entrega do equipamento e a presidente da comunidade beneficiada disse que eu não estava lá e que ninguém pediu voto.

ÉPOCA – O que a senhora pediu na reunião de segunda-feira?
Rosalba – Pedi que aguardássemos até a convenção do partido para eu ter tempo de costurar as alianças. Historicamente nenhum governador, por mais desgaste que teve, chega a uma eleição com menos de 25% – e eu já estava chegando perto, mesmo sem ser candidata. Aliás, se estou tão desgastada, por que todos têm tanto medo de me enfrentar? O partido cria todo tipo de dificuldade para eu ser candidata. É uma coisa incrível. Depois da reunião os jornais deram destaque que o partido tinha negado a legenda para a minha candidatura. Apesar de não ser oficial, pois o assunto deve ser tratado na convenção, isso dificultou a minha situação ainda mais.

ÉPOCA – E o que aconteceu?
Rosalba – O que me surpreendeu é que o meu apelo não foi levado em consideração. Só que na reunião só se falou sobre eleição proporcional (deputados e senador). Quando isso aconteceu, percebi que se tratava de uma cassação branca. Deixei a reunião para não parecer que estava aceitando aquilo. Fui acompanhada de algumas pessoas. Dizem que dar atenção às eleições proporcionais é uma decisão nacional do DEM com o objetivo de o partido crescer. Acho importante essa preocupação com as eleições proporcionais. Mas fica mais fácil tendo um candidato majoritário. Esse é o meu pensamento. Se na convenção eu percebesse que não teria condições, desistiria. Mas o partido chegou a antecipar as convenções.

Época – Quando será a convenção do DEM no Rio Grande do Norte?
Rosalba – Vai ser no dia 15, quando todas serão depois do dia 25. Mal começou a Copa… Era (para ser no dia) 13, é porque já gritaram lá que é o dia do primeiro jogo (da Copa) em Natal! Então, (foi) tudo montado. Assim, pareceu uma coisa muito… como se diz: não quer, não quer, não quer.

ÉPOCA – O governo da senhora tem sido mal avaliado. Numa pesquisa a senhora ficou na pior posição entre os 27 governadores.
Rosalba – Não digo que vou ganhar a eleição. Mas o nosso partido tinha chance de disputar a eleição. Minha candidatura levaria a eleição no Rio Grande do Norte para o segundo turno. Eu teria a oportunidade de esclarecer muita coisa sobre o meu governo.

ÉPOCA – Como a avaliação do seu governo chegou a esse nível? Isso foi levado em conta na reunião?
Rosalba – Não, isso não (foi levado em conta). Até porque eles sabem que isso (a avaliação do governo) vem melhorando. O governo que eu peguei, como eu disse, estava falido. Os hospitais eram o caos do caos. Com toda essa loucura, nós fizemos mutirão de cirurgias para acabar com as filas e acabamos em muitos lugares, aumentamos 88 leitos de UTI, 140 leitos de retaguarda. (o Rio Grande do Norte) É o estado que tem a maior cobertura de SAMU. Nós temos SAMU em todo estado: toda cidade com mais de 20.000 habitantes tem SAMU. Nós avançamos na oncologia, acabamos com a fila, hematologia está funcionando bem, voltamos a fazer até transplante de fígado que tinha parado. Nada é perfeito, tem muito a fazer, mas já melhorou muito. O aeroporto saiu do papel. Mérito da governadora? Luta da governadora, porque não descansei um só segundo. Teve a presença da nossa bancada? Teve e o compromisso da presidenta Dilma, mas ele vinha se arrastando há 17 anos.

ÉPOCA – Quando a senhora teve sinais de que o PMDB, que apoiava seu governo, não a apoiaria num projeto de reeleição?
Rosalba – Teve um determinado momento em que o PMDB, que chegou a ocupar sete secretarias, deixou o governo. Naquele momento, o PMDB já dizia que queria uma candidatura própria. Começamos a ver entrevistas. Havia sinalizações de que ele estava formando um acordo muito grande, inclusive com partidos que têm ideologias diferentes. A candidata dele ao Senado (Wilma Faria) é do partido do Eduardo Campos (PSB). Henrique Alves dizia que apoiava a (presidente) Dilma (Rousseff). Já outros partidos desse acordão querem apoiar o (senador) Aécio (Neves, candidato pelo PSDB).

ÉPOCA – Qual a vantagem do DEM em apoiar Henrique Alves?
Rosalba – Olha, sinceramente, eu não sei. As bases no interior reagem muito porque sempre foram partidos historicamente, adversários. Isso aí só quem pode responder é quem… Eu não discuti isso, né?

ÉPOCA – A senhora temeria confronto com Henrique Alves?
Rosalba – Não temeria confronto eleitoral com ninguém, porque era uma boa oportunidade para esclarecer muita coisa. Quem for governador do Rio Grande do Norte agora, vai encontrar um Rio Grande do Norte melhor. Nós ficamos entre os três estados, dito pelo próprio Tesouro, que fizemos o melhor ajuste fiscal. O Estado do Rio Grande do Norte conseguiu com o Banco Mundial o maior programa para ser desenvolvido da história do Rio Grande do Norte: US$ 540 milhões. Esse projeto começou comigo, começo, meio e fim. Já está andando o programa, começou este ano. (O estado) Nunca tinha conseguido. E conseguiu por que? Porque fez o ajuste fiscal, tem capacidade de pagamento, de endividamento e tem projetos.

ÉPOCA – A senhora tem um bom relacionamento com a presidente Dilma?
Rosalba – Tenho. Relacionamento republicano.

ÉPOCA – Ela ajudou a senhora?
Rosalba – Sempre que procurei, ela não se negou a ajudar. Isso aí eu tenho de lhe dizer: que a presidenta não criou nenhuma dificuldade. Por exemplo: a barragem de Oiticica, que havia uma dificuldade, vai ser, não vai, se é com Dnocs (Departamento Nacional de Obras de Contra às Seca), se é com o estado. Falei com ela, na mesma hora ela ligou para a (ministra do Planejamento) Míriam (Belchior) e mandou fazer a autorização da ordem de serviço.

ÉPOCA – Esse bom relacionamento com a presidente causou algum tipo de constrangimento para a senhora dentro do DEM?
Rosalba – Saíram dizendo que eu votaria em Dilma. Eu disse, na verdade, que poderei votar. E disse isso porque vi ações de combate à seca com as quais eu estava plenamente de acordo. Foi uma posição em cima de algo administrativo e a maneira republicana com a qual eu fui tratada pela presidente.

ÉPOCA – Houve alguma reação contrária do partido a sua manifestação?
Rosalba – Isso não deve ter agradado por eu ter elogiado tanto a presidenta Dilma. Eu disse que se estiver certo, eu aplaudo. Se estiver errado, também vou dizer.

ÉPOCA – Por que o DEM diminuiu tanto de tamanho?
Rosalba – O partido está precisando fazer uma análise de tudo isso. E acompanhar o rumo que o Brasil está tomando. É um tempo de mudanças e o DEM permaneceu muito estático.

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domingo - 08/06/2014 - 12:45h

Ruim é não envelhecer

Por François Silvestre

Ouvi muitas vezes, de amigos mais velhos, a frase pronunciada com a fisionomia na moldura de uma foto antiga: “A velhice é uma merda”. “Envelhecer é uma bosta”.

Só não envelhece quem morre novo. E quando isso ocorre o morto jovem parte deixando uma sensação de saudade mal resolvida. É uma inaturalidade, uma agressão ao natural.

O velho, não. O corpo envelhece e prepara a naturalidade do desfecho. Começa pelo arquivando de desejos. Coisas indispensáveis, na mocidade, vão se tornando arquivos, deixando lembranças e arrumando conformação. É a cerimônia do adeus, de que falava Simone de Beauvoir, ao ver no sofá a mancha de urina de Jean-Paul Sartre.

“A vida é apenas um demorado adeus”. E Esse adeus demorado ou breve é pra ser vivido intensamente. Sem culpas, preconceitos ou hipocrisia.  Sem ligar para o fascismo dos costumes, que é o moralismo. E se faltar coerência, que sobreviva a honestidade.

O desejo não é mais do que a vontade de uma necessidade estimulada. A fome, a sede, a libido, são necessidades estimuladas pelo desejo. O conjunto do ciclo forma a vontade. A volição que cobra a satisfação do estímulo. Quando o corpo vai transformando a vontade numa gradação mais serena, menos impulsiva, começa a preparar o fim do ciclo, com naturalidade.

A única coisa que a velhice tem de ruim mesmo, e sem jeito, é a perda de pessoas queridas. A perda de amigos sem ser pela inimizade. Ou a imponderação dos acidentes.

Nascer é um bambo maior do que qualquer percentual restritivo de loteria. Para o seu nascimento foi preciso que a sequência de todos os ancestrais tenham sido exatamente o que foi. E se o sexo dos pais houvesse ocorrido minutos antes ou depois, certamente o espermatozoide seria outro a chegar à ovulação. É ou não é uma loteria do destino? Nascer é um acaso, morrer é uma naturalidade inevitável; e necessária à vida.

A velhice não é um castigo, é um prêmio; só chega lá quem ganhou do tempo. Só o tempo não envelhece; mas tudo que ocupa espaço envelhece e finda. Há coisas, na velhice, que não mudam do que foram na juventude. O caráter, o temperamento, os princípios. Pelo contrário, acentuam-se.

O velho impaciente foi jovem impulsivo. O velho velhaco foi jovem ladrão. Dostoievsky disse que se Deus não existisse tudo seria permitido. Não é verdade. A boa ou má ação não é matéria de fé ou de razão, mas de caráter. O mundo está entregue aos deístas, que tentam destruir o que eles dizem que Deus fez. Quem desmanda no mundo são os fervorosos; cristãos, muçulmanos e outras denominações.

O bom caráter tem no remorso o limite das ações. Seja ele deísta ou ateu. O mau caráter tem um “deus” particular que é seu cúmplice. O Diabo envelhece vitorioso porque seus combatentes teóricos são seus aliados da prática.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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domingo - 08/06/2014 - 12:29h

Só Rindo (Folclore Político)

O “ferro” que pode ferir

Finzinho de tarde, o motorista e amigo do prefeito Raimundo Soares, o conhecidíssimo Chico Burrego, é o primeiro a chegar ao “Bar IP.” Antes dele, só mesmo o proprietário João Pinheiro.

Tradicional ponto de encontro de políticos e outros interlocutores, como comerciantes e profissionais liberais, o IP é preparado para maior aglomeração de clientes à noite.

À calçada ainda, os dois tangem uma conversa despretensiosa, enquanto percorrem com os olhos os passantes e carros que cruzam a rua.

João resolve brincar ao ver um homossexual passar e olhar, com jeito supostamente insinuoso, para Burrego:

– Rapaz jeitoso esse aí…

– É… – assenta Chico Burrego, sem maior entusiasmo.

– E sempre que ele passa por aqui olha para você… por que você não o pega? – provoca João Pinheiro, com ar sério, compenetrado.

Fazendo sinal negativo com a cabeça e com braços já na defensiva, cruzados, Burrego não perde a deixa:

– Tem futuro não, João. Na Bíblia diz que “quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Vai que eu goste!! Nãm!!

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Categoria(s): Folclore Político
domingo - 08/06/2014 - 11:58h
Conversando com Randolfe Rodrigues...

“É preciso oferecer um outro caminho ao país”

Pré-candidato à Presidência da República, o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL-AP, concedeu entrevista exclusiva ao Blog Carlos Santos.

Não obstante sua agenda cheia na atividade como congressista e pré-candidato, parou para atender ao Blog.

Randolph Frederich Rodrigues Alves, mais conhecido como Randolfe Rodrigues, nasceu em Garanhuns-PE, em 6 de novembro de 1972.  Mas desde os oito anos de idade que vive no Amapá, onde se formou em História pela Universidade Federal do Amapá e atuou como professor.

Randolfe defende redução drástica no número de ministérios no Governo (Foto: divulgação)

Com formação socialista, foi integrante do PT, mas deixou o petismo insatisfeito com os rumos do partido. Porém pela legenda ele obteve dois mandatos como deputado estadual.

Em 2010, foi o senador mais votado do estado do Amapá com 203.259 votos,tornando-se o mais jovem integrante Senado Federal da atual legislatura.

Em 1° de dezembro de 2013, o PSOL escolheu-o como candidato do partido para a presidência. Derrotou a pré-candidata Luciana Genro, em votação promovida no 4° Congresso Nacional do partido.

Veja abaixo, um rápido pingue-pongue com o senador, sobre temas nacionais pertinentes.

O Brasil vive há décadas sob a batuta de partidos e forças econômicas poderosas, que se acusam, se digladiam e prometem mudanças. Como o Psol pode ser, de fato, mudança a esse modelo plutocrático, oligárquico e reducionista?

Randolfe Rodrigues – A população brasileira, especialmente os jovens, ocupou as ruas em junho do ano passado demonstrando claramente um cansaço com esta forma de fazer política. É um duplo cansaço. De um lado, por que a democracia formal virou sinônimo de negociatas, corrupção e toma-lá-dá-cá entre os grandes partidos. De outro lado, os serviços públicos são precários e a sensação de que pagamos impostos e não somos recompensados é evidente. Quero oferecer ao povo brasileiro a oportunidade de virar esta página de nossa história.

Quero inaugurar uma nova governabilidade, baseada na participação direta do cidadão. No meu governo, pela primeira vez na história recente, figuras como Sarney e tantos representantes da oligarquia estarão na oposição.

Sempre se fala na necessidade de “governabilidade”, na relação perniciosa – histórica – entre Executivo e Congresso Nacional. O Psol, no comando do país, tem como enfrentar velhas práticas com visão tão excludente de alianças e de coabitação com contrários?

RR – A atual governabilidade aprisionou o país aos interesses particulares, seja aquele dos caciques da política, seja de grupos empresariais que financiam candidaturas e, após eleição, recebem os dividendos deste investimento. É possível governar de forma diferente? Não somente é possível, como é uma demanda da sociedade. Governaremos respeitando o parlamento, mas pondo fim ao toma-lá-dá-cá. O parlamento precisa cumprir sua obrigação de fiscalizar o executivo e estar atento aos anseios da sociedade.

O que pode ser feito de forma diferente, no Executivo do país?

RR – No primeiro dia de mandato encaminharei ao Congresso uma proposta de reforma política que, dentre outras providências, acabe com o financiamento empresarial de campanha, garanta participação direta dos cidadãos nas decisões cruciais para o país e torne mais transparente e eficiente o controle da sociedade sobre os recursos públicos. E uma providência imediata será acabar com tantos ministérios (39 no Brasil e 15 na França), fruto desta governabilidade e não de exigências sociais. E iremos reduzir drasticamente o número de cargos comissionados, valorizando os funcionários de carreira.

O Brasil viveu a era dos “tucanos” e nos últimos anos convive com ciclo da “estrela” do PT? Que contribuição os dois deram, de fato, à construção de um Brasil moderno e capaz de reduzir uma de suas principais chagas, as desigualdades sociais?

RR –  Não posso afirmar que não melhorou nada em nosso país. Seria equivocado de minha parte, mas anos de governo tucano e petista guardam coerência entre os dois períodos. Os tucanos privatizaram nossas empresas estratégicas e os petistas continuaram privatizando rodovias e portos. Os tucanos quebraram o monopólio da Petrobrás e os petistas continuaram desmantelando a empresa e entregaram o pré-sal pro capital internacional. Os dois blocos mantiveram uma política econômica semelhante, reservando metade do que o povo brasileiro paga de impostos para agradar cinco mil famílias credoras de nossa divida pública e reservaram migalhas para pagar a divida social.

Randolfe (dia 19 de maio deste ano, ao lado do vereador Marcos do Psol (Natal), é entrevistado na redação do Jornal de Hoje (Foto: Jobson Galdino)

Esse modelo pouco acrescentou algo positivo ao país?

RR – A persistência da desigualdade regional é um bom exemplo de como esta política fez pouco pelo país. Temos demandas que estão bloqueadas desde antes da ditadura, como a questão agrária. É preciso oferecer um outro caminho.

Caso os brasileiros estejam satisfeitos com a política e com a economia podem votar em um dos 3 candidatos representantes do que está aí. Se quiserem mudar de rumo, ofereço o meu nome.

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domingo - 08/06/2014 - 11:08h

Fui sabendo de mim

Por Mia Couto

Fui sabendo de mim

por aquilo que perdia

pedaços que saíram de mim

com o mistério de serem poucos

e valerem só quando os perdia

fui ficando

por umbrais

aquém do passo

que nunca ousei

eu vi

a árvore morta

e soube que mentia

Mia Couto é poeta e escritor nascido em Moçambique

* Extraído do livro “De raiz de orvalho e outros poemas”

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Categoria(s): Poesia
domingo - 08/06/2014 - 10:52h
Crise no PSD

Deputada desiste de projeto de reeleição e critica partido

Do Blog Panorama Político

A deputada estadual Gesane Marinho confirma que não será candidata à reeleição em 2014. De acordo com a parlamentar, essa decisão foi motivada pela falta de atenção do Partido Social Democrático (PSD), ao qual é filiada, de viabilizar condições favoráveis para que seus membros concorram ao mandato de deputado estadual.

Gesane: muita decepção

Ainda segundo Gesane, a direção estadual do PSD está preocupada apenas em se lançar na concorrência ao Governo do Estado, esquecendo-se de outras candidaturas existentes dentro do partido.

Gesane afirma que procurou a direção do partido no início do ano para manifestar a sua preocupação e que recebeu da legenda o conforto de que “nenhum passo seria dado se qualquer um dos seus membros pudesse ser prejudicado”.

No entanto, ela conta que foi surpreendida há algumas semanas com a informação de que não haveria coligação do PSD para deputado estadual e que as articulações partidárias estariam restritas às eleições majoritária e para a disputa por vaga de deputado federal.

“Decidi procurar novamente a direção do PSD para conversarmos e foi aí que percebi que a eleição para deputado estadual não estava sendo tratada com respeito pelo partido. O PSD não se preocupou em organizar uma nominata, com nomes que pudessem lhe fortalecer e grande parte das lideranças filiadas ao partido não havia recebido nenhuma orientação para defender as candidaturas de correligionários. Para agravar ainda mais, não foi viabilizada uma coligação para todos com os partidos aliados”, destacou a parlamentar.

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Categoria(s): Política
domingo - 08/06/2014 - 10:44h

A RCP inútil…

Por Francisco Edilson Leite Pinto Junior

“Art. 1º – É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.”

(Resolução CFM 1805/2006)

“Rápido! Adrenalina 1mg: fazer EV, agora! Continue a massagem cardíaca! 28, 29 e 30! Duas ventilações, agora! Pessoal, já chegou o desfibrilador?! Vamos lá! Todo mundo se afastando que eu vou chocar! 1, 2 e 3: choque administrado! Voltem as compressões torácicas! Prepare 300mg de Amiodarona!…”.

Acabara de chegar ao hospital, e vi toda a equipe envolvida, tentando fazer uma Reanimação cardiopulmonar (RCP), em um paciente. Perguntei se queriam ajuda. Ninguém respondeu! Todos estavam tão concentrados em exercer da melhor forma possível as suas funções, que acho que nem escutaram a minha oferta… De repente, do nada, apareceu uma criança. Parecia até que era a mesma criança do conto de Hans Christian Andersen: “A roupa nova do rei”.

Logo pensei comigo: “Quem a deixou entrar aqui, logo nesta hora?”. Mas, antes de alguém responder o meu questionamento, a criança rindo, gritou – não que o rei estava nu-, mas sim: “Ei, todos vocês! Não percebem que estão reanimando um cadáver?!”.

Aquela óbvia constatação congelou a todos. Vi, na face de cada membro da equipe, instalar um sentimento de vergonha… Havia algo de podre, não no reino da Dinamarca, mas naquela RCP…

Todos ficaram parados! Parecia até que tinham recebido uma carga de desfibrilação de mais de 200 joules… A ficha caiu! E todos, em um silêncio profundo, começaram a recolher o material utilizado nesta RCP inútil… Sem saber o que fazer – tão desnorteado quanto todos da equipe de reanimação-, corri em direção à criança e perguntei:

“Você conhece este paciente?”. “Claro!”, respondeu à criança, “Ele se chamava AMIZADE!”.

O poeta inglês William Blake, no seu poema “Augúrios de inocência”, já tinha nos solicitado a “Ver o mundo num grão de areia/ E um céu numa flor de campo/ Capturar o infinito na palma da mão/ E a eternidade numa hora”…  Pois bem! Aquela criança, na sua inocência verdadeira, fazia tudo isso: via o grão de areia, o infinito, a eternidade… Via o óbvio! Enxergou o que ninguém conseguiu ver. A AMIZADE tinha virado um cadáver! Sem nenhuma possibilidade de RCP…

A criança saiu correndo. Foi embora. Muito provavelmente para aprontar mais uma das suas: ver se algum rei estava nu; ver se tinha jiboia dentro do chapéu; ver se estavam reanimando cadáveres por aí… Tentei alcançá-la. Mas foi inútil. Ela era mais rápida do que eu. Cansado e desnorteado, parei! E fiquei pensando: “Por que a AMIZADE tinha morrido?! Quem tinha tido a ousadia de matá-la?!”.

Sim, alguém a matou! Pois a AMIZADE, segundo Mario Quintana, é um amor que nunca morre. Então, se morreu, foi porque alguém a matou… Mas quem?! Quem seria o culpado (ou culpados?), que teria atentado contra o maior de todos os sentimentos, a maior de todas as riquezas?

Não foi à toa que Xenofonte, historiador e filósofo grego, há mais de dois mil anos, nos alertava: “Um bom amigo é o mais precioso de todos os bens. Está sempre pronto a auxiliar”… Vinícius de Morais afirmava que enlouqueceria se morressem todos os seus amigos.

Acredito que o pai da “Garota de Ipanema” não só enlouqueceria, mas morreria também, já que a AMIZADE nada mais é do que uma alma em dois corpos, como ensinava Aristóteles. Beethoven, na sua magnífica Nona Sinfonia, bradava a AMIZADE: “Quem já conseguiu o maior tesouro/ De ser amigo de um amigo… Rejubile-se conosco! Mas aquele que falhou nisso que fique chorando sozinho”… Cristo, tão abalado com a morte de Lázaro, chorou… Afinal, “Queremos amigos”, ensinava Sêneca, “Para ter alguém por quem eu possa morrer!”…

A história de Damon e Pítias mostra exatamente o que o verdadeiro amigo – a verdadeira AMIZADE-, é capaz de fazer: “Dionísio, rei de Siracusa, prendeu Pítias e o condenou a morte, acusado-o de está incitando a população contra o seu reinado. Certo de que ia morrer, Pítias pediu ao rei, que o liberasse para se despedir da família. O rei sorriu: ‘Você acha que eu sou otário de liberar você, para fugir?’.

Calado até então, Damon disse ao rei: ‘Pode liberá-lo que eu ficarei em lugar de Pítias e se ele não voltar, pode me matar!’… e assim foi feito. Os dias se passaram e nada de Pítias voltar. O rei, então, mandou matar Damon. E este até o último momento acreditava que Pítias voltaria. E ele voltou. O rei ficou tão impressionado com a lealdade, dessa AMIZADE, que revogou a pena e implorou aos amigos que lhe ensinasse a receita de tão sólida AMIZADE”.

Pensando em todas essas frases e história, bateu-me uma sensação de tristeza: a AMIZADE morreu! Mataram-na!

Caminhei lentamente em direção ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), com o intuito de saber a Causa Mortis da AMIZADE. E estava lá no laudo de necropsia e no boletim do atestado de óbito: “Ingratidão; Inveja; Grosseria; Indiferença; Mentira; Desonestidade; DESCONFIANÇA!”.

Pena! Muita pena de quem fez isso! Pois matar a AMIZADE é o mesmo que perder a oportunidade de unir o céu e a Terra. Já que o amigo é uma testemunha do passado, que divide o amor, esperanças, fracassos, suportando o nosso sucesso – sem inveja…  e sem tê-lo, a nossa possibilidade de ser feliz é mínima…

Lamento também! Mas acabou…

Francisco Edilson Leite Pinto Junior é professor, médico e escritor.

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domingo - 08/06/2014 - 04:07h

Copa do Mundo: o chute inicial foi dado pela sociedade civil

Editorial da Amarribo

O Brasil está no centro das atenções de todo o mundo com a Copa do Mundo 2014 que começa no próximo dia 12 de junho. Porém, as manchetes diárias não falam apenas sobre futebol e nunca antes os brasileiros estiveram tão apáticos à Copa do Mundo, apesar dela ser na nossa casa, o País do futebol.

Em 2007, quando o país foi indicado para sediar a Copa, surgiu uma oportunidade e um desafio. Não houve, mas se houvesse uma consulta pública provavelmente os brasileiros teriam votado a favor de receber o Mundial. Há sete anos esperava-se que o país soubesse aproveitar a oportunidade que o evento representa e trouxesse um legado para sua população. Hoje o cenário é outro.

Segundo os últimos dados apresentados pelo governo federal, a Copa do Mundo no Brasil custará cerca de R$28 bilhões, quase dez vezes mais do que o previsto quando o país foi eleito como sede do Mundial, e a previsão é que os investimentos alcancem R$33 bilhões. A conta pode ser maior ainda se consideradas as obras fora da Matriz da Copa e a renúncia fiscal cedida a FIFA. Além disso, a proposta inicial era que os custos seriam bancados em sua maioria pela iniciativa privada, o que não ocorreu, sendo que a maioria desse valor saiu dos cofres públicos. De acordo com o Ministério dos Esportes, o país vai custear 85,5% das obras relacionadas ao evento, com dinheiro dos governos federal, estaduais e municipais.

Apesar dos esforços da mídia, não vemos todas as ruas pintadas de verde e amarelo, nem casas e carros com bandeiras do Brasil, como vimos em outras edições da Copa. Estamos mais tímidos, mais revoltados e mais críticos. O sentimento é diferente e a população, de forma geral, não está satisfeita. Apesar de prontos para torcer pela seleção brasileira, a mensagem que a população deixa é clara: não concordamos com a forma como foi organizada a Copa do Mundo no Brasil.

Essa apatia demonstra que faltaram transparência e integridade nesse processo. Há sete anos os brasileiros desconheciam as exigências antidemocráticas da FIFA. Ninguém esperava as remoções arbitrárias e violentas de dezenas de milhares de famílias. Esperava-se o cumprimento de todas as obras de infraestrutura necessárias.

Protesto da ONG Rio de Paz em frente ao Congresso Nacional (Foto: Jorge William / O Globo)

Esperava-se um processo mais participativo e transparente, com maior controle sobre os gastos. Esperava-se um legado. Mesmo com a estrutura dos Comitês Populares e outras tentativas de mobilização da sociedade, ficou difícil para o cidadão construir um marco seguro de informações.

A guerra de informações sobre o uso de recursos públicos, as remoções forçadas, os modelos de contratação, a isenção de impostos a FIFA e tantas outras questões confundiram quem queria entender. Houve dificuldade em entender quais eram as ações e obras da Copa e quais só foram relacionadas para aproveitar a oportunidade. Faltou informação clara e compreensível, faltaram fontes confiáveis, faltou transparência no processo de decisão e construção do Mundial. Faltaram esforços na tentativa de cumprir prazos e deixar transparente o processo de construção da Copa do Mundo no Brasil. Não viemos bem até aqui.

Na justificativa de se terminar as obras da Copa em tempo foi criado o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que prometeu muito e não cumpriu. Nenhuma obra foi concluída com êxito e 100% dentro do prazo e do orçamento previsto. Faltaram projetos básicos e executivos de qualidade e aditivos foram feitos e refeitos e refeitos.

O RDC provou ser um modelo que representa um canal grave para permitir desvios e que não foi bem sucedido. E apesar dos alertas e críticas vindas do Ministério Público, OAB e de toda a sociedade, o Congresso tentou, por intermédio da MP 630/13, ampliar o uso do regime para todas as obras públicas do país. No dia 20 de maio, no entanto, o Senado rejeitou a proposta.

Em relação à transparência ativa, aquela divulgada nos portais, mesmo com a iniciativa do Portal da Transaprência da Copa 2014, muitas informações só vieram através da cobrança da sociedade civil, construindo um legado da publicação das informações. Assim, ao falarmos em transparência, a sociedade civil soube se preparar muito melhor para tentar contribuir com essa agenda e não deixar a oportunidade apresentada pela Copa do Mundo passar em branco.

Iniciativas vindas da sociedade civil, como o ‘Projeto Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios’, do Instituto Ethos, souberam reunir a temática esportiva, em especial o futebol, que é uma paixão brasileira e vetor de fortalecimento da unidade da nação, com a luta anticorrupção.

O Projeto Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios veio para estimular a transparência, a integridade e o controle social. Através de indicadores se mensurou o nível de transparência nas cidades e estados-sedes da Copa do Mundo, estimulando uma construção coletiva para melhorar a transparência. O controle social gerou uma competição positiva entre as cidades avaliadas.

A melhora das avaliações de um ano para o outro demonstram que a estratégia do projeto é acertada e pode contribuir muito para melhorar as políticas públicas do tema. É uma iniciativa pioneira, não houve uma iniciativa como essa na Copa da Alemanha ou na da África do Sul.

A execução do projeto demonstrou que mesmo com a divulgação dos números e criação dos portais de transparência, nem sempre as informações chegaram aos cidadãos de forma clara e precisa. De outro lado, o cidadão não está preparado para entender e exercer o controle social dos gastos públicos.

Os portais da transparência ainda precisam evoluir para que a informação não só chegue ao cidadão, mas também seja compreendida. A transparência e a melhoria dos portais é um legado provocado pela sociedade civil. Hoje, todos, ou a maioria, dos Estados e cidades-sede estão sendo forçados por pressão popular a prestar contas.

E como legado do projeto, criado pela oportunidade da Copa do Mundo, e assim como um legado também do Mundial, foi criado o ‘Projeto Cidade Transparente’, com os mesmos objetivos dos Jogos Limpos, mas com foco na gestão municipal para além da Copa do Mundo. O projeto, ainda em fase de testes, deve sair das capitais e avaliar o nível de transparência de cerca de 50 municípios. Assim, através do Cidade Transparente, o Projeto Jogos Limpos invoca a sociedade civil a não deixar a iniciativa e dar continuidade a ela. Esse é um legado.

Ao lado da transparência, a sociedade também saiu em defesa do direito à liberdade de expressão e manifestação pacífica durante a Copa do Mundo. A Anistia Internacional lançou mundialmente a campanha “Brasil, chega de bola fora”.

Manifestações que ocorreram no País em 2013 levaram membros do Congresso Nacional a colocar em pauta projetos de lei que podem ser usados para criminalizar manifestantes e restringir o direito à liberdade de expressão e manifestação pacífica. O recado é claro: não aceitaremos mais violações de direitos humanos em nome do Mundial. Os brasileiros têm o direito e o dever de protestar.

Com esse cenário complexo que se desenvolveu desde 2007, a AMARRIBO Brasil espera que a Copa do Mundo ocorra de forma tranquila e que, independente do resultado, a sociedade saia campeã. O crescimento do processo de reflexão e crítica por parte da população e a ocupação dos canais de participação e manifestação não podem ser deixado de lado após o apito final.

Amarribo (Amigos Associados de Ribeirão Bonito) é uma organização sem fins lucrativos, com título de OSCIP (organização da sociedade civil de interesse público) pioneira no combate à corrupção no país, que atua em sinergia com a sociedade civil, a administração pública, lideranças políticas e a iniciativa privada, para acompanhar a gestão dos bens públicos, promover a probidade, a ética e a transparência.

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Categoria(s): Gerais / Política
sábado - 07/06/2014 - 23:32h

Pensando bem…

“Faço com os meus amigos o que faço com os meus livros. Guardo-os onde os posso encontrar, mas raramente os utilizo.”

Ralph Emerson

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sábado - 07/06/2014 - 11:16h
Mossoró

“Pingo da Mei Dia” abre o Cidade Junina hoje

Seis atrações musicais fazem parte hoje da abertura do “Mossoró Cidade Junina”. Começa ao meio-dia no Centro, Avenida Rio Branco.

É o evento denominado de “Pingo da Mei Dia”.

Três trios-elétricos – Brocoió, Oxigênio e Trio da 51 – levarão a música de Renata Falcão e banda.

Depois virão Dayvid Almeida, Forró dos Plays, André Luví, Municipal Santos e Saia Rodada.

Toda uma infra-estrutura está montada na área, além de ter sido planejado o esquema de segurança.

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Categoria(s): Cultura
sábado - 07/06/2014 - 09:47h
Alerta

Hospital está abarrotado em dia de grande festa

Através de seu endereço no Twitter, rede social na Internet, o cirurgião vascular Yvis Serra, do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), faz um delicado alerta:

– Hospital já lotou. Pingodameidia que não caia, nem leve tiros.

Ele refere-se ao evento denominado de “Pingo da Mei Dia”, promovido hoje pela Prefeitura de Mossoró, que deve aglomerar milhares de participantes no centro da cidade.

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Categoria(s): Saúde
sábado - 07/06/2014 - 08:41h
Política

Após “guerra santa” pró-Rosalba, Ney sairá do DEM

Por Vicente Serejo (O Jornal de Hoje)

O ex-deputado Ney Lopes anunciou ontem, na FM 98, que deixa o DEM logo depois de encerrada a campanha eleitoral.

Ney queria ser candidato a senador ao lado de Rosalba e o partido não permitiu.

Nota do Blog – A “guerra santa” de Ney em defesa de Rosalba, nos últimos dias, tinha uma razão de ser.

Ney é um dos bons quadros do DEM, que a própria Rosalba e seu marido Carlos Augusto Rosado (DEM) desprezaram.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 06/06/2014 - 23:43h

Pensando bem…

“Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou”.

Albert Einstein

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