Nesta quarta-feira (02), a a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, informou ao deputado Beto Rosado (PP), que a Petrobras irá iniciar a venda de um conjunto de aproximadamente 90 campos terrestres. A reunião ocorreu na liderança do PP, com a presença do líder Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
O comunicado da venda dos poços também foi feito pela própria Petrobras, no final da manhã, por sua página de relacionamento com os investidores. A defesa da venda dos campos maduros da Petrobras foi intensificada pela Frente Parlamentar do Petróleo e Gás desde que o deputado assumiu sua presidência.
Ele acredita que isso irá reverter o quadro de demissão em massa que tem afetado o setor, com a diminuição dos investimentos da estatal na perfuração de novos poços. Nesses campos de baixa produção, a Petrobras tem um custo de exploração por barril que se aproxima do preço de venda, atualmente em US$ 30.
Isso torna a exploração inviável para a companhia.
Por outro lado, o custo da exploração por empresas privadas pode chegar a US$ 8, o que torna viável o negócio, segundo informações da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP).
Custo
Como as empresas contratam serviços de fornecedores locais, tem um custo de exploração menor do que a estatal e mais condições de investimento.
Beto Rosado explica que vender os campos maduros significa liberar somente os poços de baixa produção que a Petrobras está deixando de lado. “Ou seja, a estatal continuará explorando o petróleo em terra com os poços mais produtivos. Isso garante o emprego daqueles que atuam nesses poços, sem prejudicar a abertura de novos postos de trabalho a partir da exploração pela iniciativa privada. A nossa briga é pelo emprego”, destacou o deputado.
A diminuição dos investimentos da Petrobras na exploração dos poços terrestres já provocou 7 mil demissões no RN desde 2010, segundo o Sindipetro (Sindicato da categoria).
Outras 5 mil demissões estão previstas esse ano com o desligamento de três máquinas de perfuração no estado. “A esperança é que a venda dos poços maduros para a iniciativa privada possa reverter esses números”, destaca o deputado.