segunda-feira - 20/03/2017 - 23:00h
Mossoró sem lei

Rombo em previdência é denúncia antiga que não dá em nada

O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) adotado pela Prefeitura de Mossoró ainda na gestão Fafá Rosado (PMDB), sob duras críticas e praticamente sem maior discussão, segue sob muita desconfiança e polêmicas. Sai governo, entra governo, o enredo não muda.

Foi assim com a própria Fafá, depois com a sucessora Cláudia Regina (DEM) e em seguida com Francisco José Júnior (PSD), que já herdou uma bola de neve das duas prefeitas que o antecederam.

Lahyrinho, Genivan, Rinaldo Reis, Francisco Carlos e Vingt-un Neto em setembro de 2015 e nenhum resultado (Foto: arquivo)

Os então vereadores Genivan Vale (PDT), Lahyrinho Rosado (PSB), Vingt-un Neto (PSDB) e Francisco Carlos (PP) foram recebidos no dia 25 de setembro de 2015 pelo Procurador Geral de Justiça (PGJ), Rinaldo Reis, em Natal. Trataram sobre a denúncia de apropriação indébita da Prefeitura de Mossoró dos recursos da Previ.

Dificuldades

Tiveram dificuldades em Mossoró no âmbito do Ministério Público e resolveram desembarcar em Natal, diretamente na PGJ, mostrando o “descalabro” que hoje é apontado pelo atual presidente do Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Mossoró (Previ-Mossoró), Elviro Rebouças (veja AQUI).

Em Mossoró, paralelamente, o vereador Tomaz Neto (PDT) participava de outra reunião no Ministério Público, para trabalhar acordo que viabilizasse a cobertura dos débitos previdenciários acumulados pela Prefeitura, desde Fafá Rosado.

Esse rombo não é obra apenas da administração Francisco José Júnior. Arrasta-se de tempo mais remoto, mas agravado em seu governo.

De lá para cá, a sociedade e os denunciantes aguardam desdobramentos eficazes que nunca aconteceram.

Mossoró parece que não é Brasil. É, realmente, “outro país”.

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segunda-feira - 20/03/2017 - 21:56h
Buraco previsto

Previ tem rombo que foi antecipado ainda em 2015

O presidente do Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Mossoró (PREVI MOSSORÓ), Elviro Rebouças, apresentou um diagnóstico do quadro econômico-financeiro da autarquia. Os números não são surpresa nem devem chocar ninguém.

Elviro revelou que a Prefeitura de Mossoró tem uma dívida superior a R$ 20 milhões com a Previ, entre repasses não feitos e parcelas de parcelamentos de dívidas não quitadas. Somente as parcelas atrasadas representam um volume de recursos da ordem de R$ 7.850.840,95.

Há muitos meses que boa parte da imprensa já tinha antecipado esse cenário. Em 2015, o caso quase resultava no afastamento temporário do então prefeito Francisco José Júnior (PSD). Um grupo de vereadores chegou a denunciá-lo diretamente à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), em vão.

Veja matérias sobre esse assunto, ainda no ano de 2015, clicando nos links abaixo:

– Rombo na Previ passa dos 15,6 milhões AQUI.

– Previ tem rombo crescente e informações desencontradas AQUI.

Ano passado, uma auditoria do Ministério da Previdência Social, cujo resultado foi encaminhada ao Ministério Público do Rio Grande do Norte, provocou a Procuradoria Geral de Justiça a abrir investigação criminal contra o prefeito de Mossoró, Francisco Silveira Júnior. As ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) e Fafá Rosado (PMDB) – veja AQUI – também foram envolvidas.

Durantes sete meses consecutivos, de Junho a Dezembro de 2016, o Município abateu a contribuição previdenciária dos servidores, mas não fez o repasse de uma quantia total de R$ 8.933.521,42 para a Previ.

Descalabro

Elviro acrescentou ainda que a Prefeitura de Mossoró também não repassou valores de contribuição patronal que representaram R$ 3.432.324,93, totalizando uma dívida de R$ 20.216.687,30.

“Trata-se de descalabro muito grande, num momento em que a Prefeitura se encontra em dificuldade financeira”, criticou.

Elviro apresentou esse relatório ao Conselho Previdenciário do Previ-Mossoró, na última sexta-feira (17). Ele e esse colegiado voltarão a se reunir na próxima quinta-feira (23). Vão discutir medidas cabíveis que possam ser adotadas.

Nota do Blog – Uma pergunta precisa ser respondida pelos membros do Conselho Previdenciário: o que eles fizeram para evitar esse “descalabro”. Se esse colegiado não tem poderes para agir preventiva e saneadoramente, qual o valor de sua existência?

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  • Repet
segunda-feira - 20/03/2017 - 21:24h
MPRN

Procuradoria Geral de Justiça tem três candidatos definidos

Reis: substituição (Foto: arquivo)

Três membros do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) protocolaram dentro do prazo, até a última sexta-feira (17), requerimentos de inscrições para concorrer à eleição para formação de lista tríplice com vista ao preenchimento do cargo de procurador-geral de Justiça.

A relação dos inscritos ao pleito para o cargo de PGJ para o biênio 2017/2019, formada pelos promotores de Justiça Eudo Rodrigues Leite e Ivanildo Alves da Silveira, e pela procuradora de Justiça Iadya Gama Maio será publicada amanhã no Diário Oficial do Estado (DOE).

A eleição para procurador-geral de Justiça, na qual podem votar os integrantes da carreira do MPRN, ou seja, todos os promotores e procuradores de Justiça em atividade, será realizada no dia 17 de abril, no horário das 8 às 14 horas.

Acontecerá na sede da PGJ, no bairro de Candelária, em Natal, e na sede das promotorias de Justiça de Mossoró, no bairro Presidente Costa e Silva.

O eleito substituirá Rinaldo Reis.

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segunda-feira - 20/03/2017 - 21:00h
Quinta-feira

Câmara Municipal fará homenagem às mulheres

Na próxima quinta-feira, 23, a Câmara Municipal de Mossoró realizará Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8.

Cada vereador escolheu uma mulher que, por meio do seu trabalho, tenha se destacado e, na oportunidade, irá entregar honraria a essas homenageadas.

A Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher será às 10h, no plenário da Casa Legislativa.

Entre as homenageadas estão a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), e a vice-prefeita, Nayara Gadelha(PP).

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Categoria(s): Política
  • Repet
segunda-feira - 20/03/2017 - 20:42h
Mossoró

Prefeitura anuncia saída de Kadu Ciarlini do Gabinete Civil

A Prefeitura Municipal de Mossoró emitiu nota agora à noite, atestando decisão pessoal do secretário-chefe do Gabinete Civil da prefeita Rosalba Ciarlini (PP), Carlos Eduardo Ciarlini (Kadu), de pedir exoneração do cargo. Leia abaixo:

Kadu: saída (Foto: PMM)

O secretário Carlos Eduardo Ciarlini, chefe do Gabinete Civil, justificando a necessidade de se dedicar a projetos profissionais na sua área de formação, anuncia o pedido de exoneração do cargo.

De acordo com ele, novas demandas profissionais surgiram recentemente e o fizeram analisar e decidir sobre a saída, considerando a impossibilidade de conciliar a Secretaria com a atividade profissional.

“É uma decisão complicada, mas que acredito ser a correta, tendo em vista que o Gabinete Civil requer dedicação exclusiva. Em função de recentes perspectivas profissionais, decido dar prosseguimento a minha carreira na publicidade e marketing, consciente que haverá uma substituta qualificada que continuará dando o suporte necessário à prefeita no Gabinete Civil”, afirmou.

A prefeita Rosalba Ciarlini recebeu o pedido e disse que lamenta a decisão, mas se mostra compreensiva com a situação.

A servidora Edna Paiva, atual ouvidora do Município, substituirá o secretário na Chefia de Gabinete Civil.

Nota do Blog – Decisão acertada de Kadu. Seria mais acertada ainda se não tivesse assumido o cargo.

Tem que cuidar de sua carreira profissional, de onde não deveria ter-se afastado um único segundo.

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segunda-feira - 20/03/2017 - 16:46h
Tasso Rosado

Ex-senador sofre infarto em Mossoró

O empresário Tasso Rosado, ex-senador da República, foi internado hoje no Hospital Wilson Rosado (HWR), em Mossoró.

Sofreu infarto.

Situação é muito delicada.

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Categoria(s): Política
  • San Valle Rodape GIF
segunda-feira - 20/03/2017 - 11:14h
Em Natal

Juiz e professor vão lançar livro sobre Aposentadoria Especial

No próximo dia 25 (sábado), às 10h, o Juiz Federal Carlos Wagner Dias Ferreira e o professor Jonas Eduardo Gonzalez Lemos lançarão o livro “Aposentadoria especial em Juízo”.

A obra traz os aspectos práticos do direito previdenciário e do processo previdenciário sobre o benefício da aposentadoria especial.

O lançamento acontecerá no Hotel Holiday Inn – Arena, durante o XXIV Simpósio Brasileiro de Direito Previdenciário, que acontece no local nos dias 24 e 25 de março.

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segunda-feira - 20/03/2017 - 10:10h
Liga e HMAC

Governo diz que pagará hospitais, avisa deputado Souza

Há compromisso do Governo do Estado, assegurado pela secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, de que essa semana haverá pagamento de dívidas com o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC) e Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC).

“Não tenho motivos para duvidar da palavra, seriedade e boas intenções da secretária”, comenta o deputado Manoel Cunha Neto (PHS), o “Souza”. Ele visitou as duas instituições situadas em Mossoró no último dia 16 (quinta-feira), acionando a secretária por telefone instantaneamente.

Paralisação de atividades

O Almeida Castro já tem seu funcionamento comprometido por atrasos que remontam ao ano passado. A Liga já paralisou suas atividades na última sexta-feira, comprometendo tratamento de centenas de pessoas.

“Vidas estão em jogo. Não podemos esperar!”, diz Souza. “A secretária me garantiu que algumas questões burocráticas estão sendo vencidas”, conclui.

Com informações da Assessoria do deputado Souza.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
segunda-feira - 20/03/2017 - 09:40h
Opinião

Sem medo de cortar a própria “carne”

Agronegócio, saúde e corrupção estão na pauta da Operação Carne Fraca. Algumas vozes já emplacam ponderação de que tudo deveria ser tratado de outra forma, para “não prejudicar as exportações” do país.

A linha de raciocínio é praticamente igual quando da eclosão e avanço da Operação Lava Jato.

Muitos advogavam que os procuradores federais, Polícia Federal e o juiz Sérgio Moro precisavam levar em conta a importância da indústria da construção civil e o papel das gigantes do setor à economia, emprego e renda.

Os dois casos me remetem a uma proposta que circulou na Câmara Municipal de Mossoró há alguns anos, quando se tornou frequente o assalto na cidade, com bandidos encobertos por capacetes, em motos. Um vereador propôs que fosse proibido o uso desse equipamento de segurança, que servia de “máscara” aos assaltantes.

Produtos brasileiros vão a mais de 150 países (Foto: ilustrativa)

O problema do Agronegócio, da Construção Civil e dos assaltos é de polícia e justiça, sim. Mas não sob a ótica distorcida que abordo no preâmbulo desta postagem.

Tentar desqualificar a investigação, sob esse ângulo, é mais uma forma de revelar como somos permissivos com o crime, medindo-o ou o endossando, conforme jogo de interesses.

As gigantes envolvidas nesse escândalo, como é comum, estão mergulhadas também no financiamento de campanhas políticas. Sempre foram grandes financiadoras de partidos e seus candidatos, à direita e à esquerda.

Aplausos pelo crescimento e expansão desse negócio que se espalha por mais de 150 países, revelando a competência da indústria nacional. Mesmo assim, ninguém lhes disse que estavam acima da lei, inclusive comprometendo a saúde de milhões de pessoas.

É inadmissível que sejamos condescendentes com eventuais distorções de superlativas corporações empresariais, ao mesmo tempo que revelamos nossa crueldade crítica e fiscalizadora em relação ao açougueiro do Mercado Central, o bodegueiro do Santa Delmira e o supermercadista do bairro Santo Antônio.

Particularmente, não creio que estejamos exportando carne podre para tantos recantos do mundo, muitos dos quais com eficiente fiscalização. Mas não duvido que o rebotalho da qualidade em boa parte esteja chegando às nossas mesas.

Pelo sim, pelo não, apoiemos a fiscalização e punamos eventuais excessos.

Numa economia de mercado, o capital muitas vezes não tem limite em sua voracidade. Precisa ser contido.

O monopólio e o oligopólio costumam fazer muito mal à maioria, por isso que precisamos de redes limitadoras, para que a competição não ocorra sobre regras criminosas, favorecendo os mais expertos e inescrupulosos.

As gigantes brasileiras que se apresentam entre as maiores empresas de proteína do planeta e, empreiteiras, limitam o fortalecimento de novas marcas e concorrentes, impondo a elas uma espécie de nanismo empresarial. Se adotarem boas práticas com consumidores, a lei e o Estado, não têm o que temer. Continuarão gigantes e com nosso aval de consumidores.

Esse país não pode temer cortar a própria “carne”.

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segunda-feira - 20/03/2017 - 06:39h
PSDB

Governador de SP confirma presença em evento no RN

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), recebeu em seu gabinete no Palácio dos Bandeirantes, uma comitiva de tucanos do Rio Grande do Norte. Sob o comando do deputado federal Rogério Marinho, presidente de honra da legenda no RN, o grupo convidou – e aceito – o gestor paulista para participar de evento de filiação ao PSDB que será realizado em Natal no próximo dia 25.

Geraldo Alckmin recebeu comitiva no palácio de governo do estado paulista (Foto: cedida)

Na oportunidade, haverá filiação de prefeitos e outros agentes políticos do estado.

Ao lado de Rogério, estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira de Souza, o deputado estadual Gustavo Carvalho e o presidente do PSDB em Mossoró, Tião Couto. O chefe do Gabinete Civil de São Paulo, Samuel Moreira, também participou do encontro. O encontro ocorreu no sábado (18).

Atualmente, o PSDB conta com a maior bancada da Assembleia Legislativa, 10 prefeitos e 11 vice-prefeitos. Número que aumentará neste próximo dia 25.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 19/03/2017 - 23:58h

Pensando bem…

“Tudo é caro demais quando não é necessário.”

James Joyce

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domingo - 19/03/2017 - 23:52h
Domingo

Mossoró tem outra noite com rotina de crimes

Alguns arrastões, assaltos, roubos de carros e motos, sequestro-relâmpago, fugas da Penitenciária Agrícola Mário Negócio etc.

Esse é um pequeno resumo de Mossoró à noite desse domingo (19).

Durante o dia ainda houve tentativa de roubo de agência do Banco Santander, no centro da cidade, com sequestro-relâmpago de uma pessoa.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 19/03/2017 - 23:06h
4 x 1

ABC goleia América e afunda mais ainda alvirrubro

Do Blog do Edinaldo Moreno

Somente neste domingo, 19, o ABC estreou na Copa Rio Grande do Norte. Em partida válida pela terceira do segundo turno, o Alvinegro goleou o América, por 4 a 1, na noite deste domingo, no estádio Frasqueirão.

Os gols do Mais Querido foram marcados por Gegê, duas vezes, aos 18 minutos do primeiro tempo, e aos 48 da etapa final, Cleiton Potiguar, aos 18 do 1º tempo, e Richardson, contra, aos 8 minutos do segundo tempo. O gol de honra do alvirrubro foi assinalado por Paulão, de cabeça, aos 11 minutos da etapa final.

Com a vitória, o ABC soma seus três primeiros pontos no turno na quarta posição, mas fez somente um jogo. Já o América permanece com apenas um ponto ganho e agora é o ultimo colocado na Copa RN.

Pela quarta rodada, no próximo fim de semana, o alvinegro fará seu segundo jogo no turno diante do Santa Cruz. A partida está marcada para o sábado, 25, na Arena das Dunas, às 19h30. Já o América enfrentará o Globo, no domingo, 26, às 17 horas.

Assu vence

Jogando no estádio Edgarzão, o Assu venceu o Alecrim, por 2 a 1, e chegou a sua segunda vitória no segundo turno, o que faz o time assuense alcançar a vice-liderança, com seis pontos ganhos.

Os gols do Camaleão do Vale foram marcados por Vanderlei, aos 19, e Fábio Faquinha, aos 38 minutos do segundo tempo. Moisés, aos 3 minutos da etapa inicial abriu o placar para os alecrinenses.

Globo só empata

Já o campeão do primeiro turno, o Globo apenas empatou em 0 a 0 com o Santa Cruz. A partida foi disputada no Barretão. O resultado deixa a Águia de Ceará-Mirim com quatro pontos ganhos na terceira posição. Já o tricolor de Natal soma seu segundo ponto e está na sexta posição.

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domingo - 19/03/2017 - 22:40h
Copa RN

Potiguar e Baraúnas empatam em 2 x 2 no Nogueirão

Do Blog do Edinaldo Moreno

O clássico entre Baraúnas e Potiguar terminou em 2 a 2 na noite deste domingo, 19. O Potiba foi válido pela terceira rodada da Copa Rio Grande do Norte, equivalente ao segundo turno do Campeonato Estadual.

Jogo foi bastante disputado e empolgante no primeiro tempo no Nogueirão (Foto: Allan Phablo

O confronto teve dois tempos distintos. O primeiro foi empolgante com chances de gol para os dois lados. Já a etapa final foi mais disputada e com menos chances de gol, além dos jogadores demonstrarem cansaço nos últimos minutos do clássico.

O Potiguar, com o resultado, segue na primeira colocação com sete pontos. O Baraúnas, com dois, é o quinto, mas tem um jogo a menos do que outros adversários.

No próximo fim de semana os mossoroenses entram em campo novamente pela quarta rodada. No sábado, 25, o Potiguar recebe o Alecrim, no estádio Nogueirão, às 17 horas. Já o Baraúnas vai enfrentar o Assu, fora de casa.

FICHA TÉCNICA:

Jogo: Baraúnas 2×2 Potiguar

Rodada: 3ª da Copa Rio Grande do Norte

Local: Nogueirão, Mossoró

Data: 19.03.2017

Horário: 17 horas

Árbitro: Tarcísio Flores da Silva

Auxiliares: Edson Trajano da Cruz e José Givanilson Martins dos Santos

Gols: Ítalo 11′ (1º) (BAR), Robert 33′ (1º) (POT), Beleu 35′ (1º) (BAR), Robert 39′ (2º) (POT)

Renda: R$ 38.715,00

Público: 1.648 pagantes

Amarelos: Ítalo Robben (BAR), Érico (BAR), Pop (BAR)

Vermelho:

Baraúnas: Érico; Johnson, Ferreira, Nicolas e Deivinho; Yago, Ítalo (Jeferson Costa) e Beleu; Gabriel Maia, Ítalo Robben (Romário) e Caio Dittmar (Rony). Técnico: Ronaldo Bagé

Potiguar: Rafael Dida; Glaubinho, Lucas, Joseph e Batata; Sidney, Jozicley, Giovanni e Luan (Du Paraíba); Wellington Sabão (Marcio Tarrafas) e Robert. Técnico: Emanoel Sacramento.

Veja mais detalhes do jogo clicando AQUI.

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Categoria(s): Esporte
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 19/03/2017 - 11:32h

A Carne Fraca e podre de bandidos fortes

Por Carlos Duarte

A Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal, revela o grau de promiscuidade e de putrefação entre empresários, políticos e fiscais de órgãos que deveriam proteger a saúde dos cidadãos brasileiros. A podridão, ora exalada, que emana do submundo do crime de corrupção, embrulha o estomago de qualquer pessoa.

Mesmo que a prática de reembalagem de comida estragada, misturadas aos papeis e papelões, maquiadas pelo uso de produtos químicos de alta dosagem e com substâncias cancerígenas, seja uma situação pontual de apenas alguns frigoríficos, é inadmissível que isso ocorra num país que vem se firmando como um dos maiores exportadores de carnes do mundo.

Os grampos divulgados na operação da PF mostram também que a bancada ruralista é quem dá as ordens no Ministério da Agricultura, quem nomeia, demite fiscais e quem controla as ações sanitárias. Em um trecho das ligações grampeadas, o próprio ministro da Justiça, Osmar Serraglio, trata um suspeito, líder da facção criminosa, de “grande chefe”.

Não é à toa que o setor do agronegócio financiou cerca de R$ 400 milhões na campanha de 2014, com destaque para a JBS. Toda essa quadrilha de bandidos tem que ser presa e responsabilizada pelos atos hediondos que cometeram.

A “Carne Fraca” já causou impactos negativos na economia brasileira e abriu precedentes para que o protecionismo de outros países, como os EUA, cancele as compras de nossos produtos alimentícios. Poderá ser mais um obstáculo na retomada do combalido crescimento econômico brasileiro.

Com esse episódio, as exportações de carnes brasileiras poderão deixar de agregar valores aqui no Brasil para serem exportadas de forma “in natura”, gerando, assim, agregação de valores (emprego e renda) em países de primeiro mundo, a exemplo do ocorre hoje com o café brasileiro.

SECOS & MOLHADOS

Previdência – O rombo previsto do Sistema Previdenciário do Estado do Rio Grande do Norte é de R$ 1,6 bilhão, somente para este ano de 2017. Os números de aposentados e pensionistas servidores do Estado totalizam 47 mil. Esse é o resultado de um sistema falido, em todo o País, que nunca entrou na pauta de prioridades dos governos. Um caos anunciado que ainda irá causar mais prejuízos aos contribuintes e favorecidos.

Desinvestimento – O Tribunal de Contas da União (TCU) revogou a medida cautelar que impedia a venda dos ativos da Petrobras, na sessão da última quarta-feira (15/03). A decisão pode afetar o Rio Grande do Norte com a venda de mais da metade dos campos de petróleo do Estado. Inicialmente, envolverão 38 campos dos 104 existentes. Ainda não há data de quando serão iniciadas as vendas dos ativos da Petrobras no RN, com a nova política de desinvestimento da estatal.

Esperança – Neste dia de São José, as esperanças do sertanejo e dos devotos nordestinos se renovam em toda a região. Chuvas vigorosas em todos os estados do Nordeste, o verde brotando e os açudes jorrando. Sinais de recuperação da economia sazonal das pequenas cidades e elevação da autoestima do homem do campo. Que venham as chuvas, com a benção de São José!

Robinson – Sem ter o que mostrar, mais uma vez, o governador Robinson Faria (PSD) veio a Mossoró para parcas ações administrativas, neste final de semana. A falta de organização de sua agenda revelou a desarmonia de seus assessores. Apesar da chacina, destruição de unidades de BICs, tiros à 2ª DP e rebelião no Presídio Agrícola Mário Negócio, nenhuma explicação a respeito foi dada pelo governador.

HMAC esperava uma palavra de alento para não fechar e deixar bebês e mães à própria sorte (Foto: arquivo do Blog)

Robinson II – Lamentável ainda seu silêncio doloso em relação a pagamentos assumidos perante à Justiça, para o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC) e Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC) e algumas categorias médicas. Parturientes, bebês e pessoas acometidas de câncer com vidas ameaçadas e o governador não diz nada, não emite um alento. Nada, nada, nada.

Caos – O lixo e os buracos tomam conta das ruas de Mossoró. A combinação de lixo e água resulta em doenças causadas por vetores como mosquitos e moscas. Até agora a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) não emitiu nenhuma satisfação aos mossoroenses sobre mais esse caos de sua administração. Ah, claro que a culpa é do antecessor, como fora na época em que passou pelo Governo do Estado e não foi vista como tal, em Mossoró. Como esse povo gosta de sofrer e ser humilhado!

* Veja coluna anterior clicando AQUI.

Carlos Duarte é economista, consultor Ambiental e de Negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa

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Categoria(s): Artigo
domingo - 19/03/2017 - 10:50h
Pobre Mossoró

Robinson cobra Rosalba por apoio à segurança e ela se esquiva

A propalada “parceria” entre a prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP) e o governador Robinson Faria (PSD) mais uma vez mostrou sua real face. Nesse sábado (18), em sua curta estada em Mossoró para agenda administrativa, Robinson duelou de público com a “Rosa” sobre segurança pública.

O caso ocorreu no bairro Santo Antônio, durante lançamento do Programa Ronda Cidadã do governo estadual.

Robinson cobrou publicamente de Rosalba a reabertura das Bases Comunitárias Cidadãs (BIC´s), criadas na gestão municipal de Cláudia Regina (DEM), ampliada sobremodo por Francisco José Júnior (PSD), mas desativadas por Rosalba.

Rosalba reagiu de imediato: "parceria" (Foto: Mossoró Hoje)

Salientou que iluminação pública e outras providências em escala municipal também fazem parte do complexo sistema de segurança pública.

Reação

A prefeita reagiu: “Isso aí não resolve. Eu tenho as estatística que aquilo ali não resolve. Não diminuiu a criminalidade.”

Ela pronunciou-se em meio ao discurso de Robinson, assumindo o microfone empunhado por ele.

Em meio aos presentes, um popular interveio e a rebateu de forma incisiva, deixando-a visivelmente embaraçada: “Ajudou muito, sim!”

Nota do Blog – Os dois governantes batem cabeça e o incidente apenas reforça o que este Blog aponta há tempos. A parceria entre eles é como a que firmam o machado e o pescoço. Cada um quer ser a lâmina.

Se Robinson deixou seu então aliado Francisco José Júnior entregue à própria sorte, sem apoio decisio às BIC’s, porque faria diferente agora com a “Rosa”?

Paralelamente, é fácil perceber que Rosalba fala da boca para fora em “parceria”, mas suas primeiras decisões em termos de Saúde, Segurança e Educação, por exemplo, desatrelam seu governo da imagem de Robinson e comprometem mais ainda a gestão Robinson Faria.

Fechamento de BIC’s, desativação de serviços de ortopedia em Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Belo Horizonte, corte em transporte escolar etc. jogam opinião pública cada vez mais contra o governador, pois sobrecarregam o Estado. Mas parece que ele não percebe.

Daqui a pouco terá saudades de “Francisco”.

Infelizmente, nessa “guerrinha”, outra vez quem leva a pior é o cidadão comum, aquele que mais precisa do poder público.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 19/03/2017 - 10:13h

De volta ao açougue

Por Rodrigo Levino

Abril de 2016. Não havia se completado uma semana desde que eu e meu pai abrimos um minúsculo restaurante de comida sertaneja, em Pinheiros, e lá estava um vendedor da JBS-Friboi na porta.

Diligente e simpático, não explicou direito como havia chegado até ali [“é que nós ficamos de olho em tudo”], uma casa pequena que, achava eu, não estaria do radar de uma empresa daquele porte. 

O cadastro era fácil, os preços ótimos, a entrega rápida, o que me pouparia horas e horas de pesquisas, visitas e compras em açougues e frigoríficos. Mas a conversa não foi adiante e nunca nos tornamos cliente e fornecedor.

Primeiro, por achar que as facilidades embutiam uma troca ruim: a de controle por comodidade. Sem o controle total da procedência da carne, grande parte da responsabilidade pelo que sirvo estaria nas mãos do Tony Ramos, que me garantia na TV que a Friboi mantinha os mais rígidos controles sanitários dos seus produtos.

O outro motivo era, digamos, político, de resistir ao gigantismo predatório que solapa as condições de pequenos criadores e produtores, gente como eu e meu pai, só que do outro lado da cadeia produtiva.

Nos últimos anos, o excesso de regulação caminhou de mãos dadas com o crescimento dessas grandes corporações, que tem dinheiro para investir em grandes plantas e bala na agulha do lobby em Brasília, que vai se congressistas a fiscais.

Ao pequeno produtor, sufocado pelos altíssimos limites mínimos de abate e regras inaplicáveis em pequena escala, na maioria das vezes por falta de condição financeira e subsídio ou linhas de crédito para tanto investimento, não resta solução além de se filiar a um grande matadouro.

Vítimas da mesma sanha, muitos métodos tradicionais de produção como os de carne de sol do sertão potiguar, carne de fumeiro do recôncavo baiano, lardo do interior paulista, queijos artesanais mineiros e a moca de peixes do Norte se perderam ou estão sumindo no sem fim de regulações urdidas no conluio de grandes produtores e legisladores.

Marcas da nossa cultura culinária sobrevivem na clandestinidade imposta pela padronização falsamente asséptica. O ovo de gema mole, a vinagrete do pastel, a galinha à cabidela, o codeguim, o sarapatel, assim como o uso de colher de pau em cozinhas profissionais, a tudo isso o governo diz não, sob pena de multas que podem inviabilizar o trabalho de quem não tem uma bancada no Congresso para defender seus interesses.

O sustento de milhares de pequenas famílias produtoras depende hoje da burla à lei ou da capitulação aos grandes atravessadores.

É hora de voltar os olhos para a legislação, discutir um jeito de não jogar pequenos, médios e grandes produtores no mesmo saco, mas, desde já, voltar ao açougue do bairro e perguntar para o Seu Zé o que tem de melhor para o dia.

Rodrigo Levino é jornalista e escritor potiguar, cozinheiro e proprietário do restaurante Jesuíno Brilhante, em São Paulo-SP.

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Categoria(s): Artigo / Economia
domingo - 19/03/2017 - 09:08h
Controle Social

Rosalba se aproxima de 400 portarias a cargos comissionados

Do Blog Tio Colorau

Jornal Oficial do Município (JOM) traz na edição 398-A, datado de 15 de março, as nomeações de mais 12 cargos comissionados para a Prefeitura Municipal de Mossoró, gestão Rosalba Ciarlini (PP). A maioria para a Procuradoria Geral do Município.

Até hoje, dia 19 de março, foram nomeados 367 (trezentos e cinquenta e seis) cargos comissionados do segundo e terceiro escalões.

Somados os 18 secretários, o número de cargos comissionados chega a 385 (trezentos e oitenta e cinco).

Vejam a lista:

356 – Severina de Freitas Pereira, comunicação social;

357 – Talita Pascaly de Souza Duarte, desenvolvimento social;

358 – Luma Emmanoelly Gomes Praxedes dos Santos, desenvolvimento social;

359 – André Manoel Bezerra de Oliveira Farias, infraestrutura;

360 – Aryanna Fernandes de Amorim Saldanha, procuradoria geral;

361 – João Paulo Saraiva de Souza, procuradoria geral;

362 – Marcelo Marinho Maia, procuradoria geral;

363 – Paulo Ricardo Silva Júnior, procuradoria geral;

364 – Adriana Moscoso Mendes Gameleira, procuradoria geral;

365 – Marcelo Queiroz Otelo, procuradoria geral;

366 – Janaina Cláudia de Oliveira Castro Santos, educação e cultura; e

367 – Jailson de Oliveira Soares, gabinete da prefeita.

OBS. Foi subtraído um número da lista, isso em virtude de ter sido tornada sem efeito a portaria nº 483, que nomeou Jacira Pereira de Araújo Guimarães.

Veja abaixo links para todas as postagens anteriores, em sentido cronológico, com as nomeações:

Veja AQUI – Secretariado, primeiro escalão.

Segundo e terceiro escalões:

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
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domingo - 19/03/2017 - 08:32h

Aos setenta

Por François Silvestre

A década dos anos Sessenta começava; início da adolescência, inocência e sonhos. O caminhão de mangaio de seu Tonheiro, apanhado em Olho d’água, levando-me para a primeira janela que o mundo me oferecia, cujos olhos alcançavam, até então, as estepes humildes de Viçosa. E a Serra do Martins, meus Andes possíveis.

A me perguntar, sobre a duração da vida, naquela época, eu me responderia não chegar aos Cinquenta. Dos meus dois pais, o de mesmo e o adotivo, nenhum chegou a essa idade. O que viveu mais, contou quarenta e nove. O outro, quarenta e três.

A primeira janela para o desconhecido foi o alumbramento. Na carroceria do velho mangaieiro, atravessamos a ponte do rio Barra Nova, recepção à entrada de Caicó.

Destino? O Ginásio Diocesano Seridoense, depois denominado Colégio, nome ainda hoje preservado. No GDS a experiência primeira de dormir de cama, ainda hoje prefiro rede. O bebedouro coletivo, com torneiras saindo de uma parede. Ainda hoje prefiro copos. E banho de chuveiro, substituindo a cuia e o tanque. Neste caso, sem saudade dos tanques. Viva o chuveiro.

Cinco anos de internato, onde fiz amizades preservadas até hoje. Muitos desses amigos vejo raramente. Mas estão sempre, vez outra, aboletando-se nos cômodos da memória.

Professores e colegas. Padres e leigos. Um Colégio dirigido por religiosos democratas. E estudiosos. Ali comecei a cultivar o agnosticismo, talvez pelo motivo dessa relação não opressiva. Guardávamos o direito ao livre pensar. Mantenho por aqueles padres e pelos professores leigos, alguns já falecidos, a deferência suave da gratidão.

Uma casa de estudos, orações e descobertas. Um claustro sem paredes e sem grades. A liberdade posta com restrições sem muros.

Depois, foi a Casa do Estudante, em Natal. Tudo completamente diferente, sem muita diferença. Cada um naquele pardieiro era dono dos seus limites. Sob a sombra frondosa de generosas árvores da pequenina Praça, meia ladeira do Paço da Pátria.

E depois o mundo. A luta do movimento estudantil, que a generosidade dos moços cobra e oferece a oportunidade de ser útil. A utilidade de ser contra. Inesgotável capacidade humana de ser humano. Tendo como justificativa a bandeira da liberdade. E quem não se arrisca ao sonho dela, não merece ser livre. Ou será livre devendo uma conta à história. Seja por ter colaborado com a sombra ou por não ter acendido uma chama.

Chego, pois, aos setenta anos. Nunca pensei ser possível. Mas aqui estou e acho muito pouco tempo. Quero mais. Muito mais. Quero ver os amigos envelhecerem comigo. Ver os netos crescerem. Perturbar o sossego das mulecas.

Viver a exuberante geografia do Brasil. A beleza de sua cultura popular. E essa democracia beiçola de tabaco, estabelecida, que se desestabeleça. Por outra Democracia, nunca por outra ditadura.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 19/03/2017 - 07:50h
Eleições 2018

Flávio Rocha – Um presidente novo

Do blog O Antagonista

Rocha: história na política (Foto: revista Exame)

O Partido Novo quer candidatar o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, ao Palácio do Planalto.

O presidente do partido, João Amoêdo, disse ao Estadão:

“Não falamos com Flávio Rocha ainda, mas ele é uma pessoa alinhada com os princípios do Novo e um bom gestor. Pode ser um nome”.

Nota do Blog Carlos Santos – Deputado federal constituinte eleito em 1986 pelo PFL (hoje, DEM), reeleito em 90, Flávio chegou a ser candidato à Presidência da República em 1994 pelo PL (hoje, PR), mas acabou renunciando à postulação e apoiou Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Chegou a apresentar a proposta do “Imposto Único”, que substituiria todos os demais já existentes.

Particularmente não creio numa candidatura sua à Presidência da República. Vejo, hoje, essa faixa ideológica sendo ocupada veloz e consistentemente por João Dória (PSDB), prefeito paulistano.

Flávio é hoje uma das mais influentes e articuladas vozes do setor produtivo nacional.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 19/03/2017 - 06:48h

A importância pretérita do algodão para o Nordeste brasileiro

Por José Romero Araújo Cardoso e Marcela Ferreira Lopes

A utilização do algodão (Gossypium sps.) para diversos fins foi constatada quando da descoberta do Novo Mundo pelos Europeus, pois nativos do continente americano aproveitavam a fibra para a fabricação de utensílios usados no cotidiano.

A rede de dormir é exemplo da herança indígena no que tange ao uso dessa planta da família das Malváceas para a confecção de bens que no presente participam ativamente na geração de emprego e renda de diversos municípios nordestinos, como São Bento do Brejo do Cruz (Estado da Paraíba).

O algodão foi responsável pela revitalização agrícola brasileira após a expulsão dos holandeses e a decadência da cultura canavieira no litoral oriental nordestino, proporcionada pela concorrência efetivada pelo açúcar batavo produzido nas Antilhas.

A industrialização pioneira que originou-se na Inglaterra teve no setor têxtil o carro-chefe do complexo processo surgido com o advento das máquinas, exigindo matéria-prima abundante a fim de atender a demanda crescente, tendo em vista que vestir-se é um dos requisitos da vida em sociedade.

O algodão mocó, provavelmente nativo do Seridó Norte-riograndense, arbóreo, chegando a mais de dois metros de altura, em alguns casos houve registros de plantas com mais de cinco metros, dotado de fibras longas, adaptado às condições edafoclimáticas do semiárido, considerado por muitos como a melhor variedade do mundo, passou a ser cultivado em todos os Estados Nordestinos.

O binômio gado-algodão passou a definir a importância econômica da hinterlândia nordestina, sendo que em diversos momentos o segundo passou a superar a própria razão da ocupação das terras interioranas.

O cultivo do algodão passou a ser feito sobretudo em grandes latifúndios, motivado por agentes econômicos que dispunham de condições e contatos que viabilizassem a venda do produto.

Depois de algum tempo o algodão passou a ser uma cultura infinitamente mais democrática que a da cana-de-açúcar, tendo em vista que pessoas pobres, mas detentoras de pequenos pedaços de terra, passaram a cultivá-lo e comercializá-lo em praças especializadas, como Campina Grande (PB), Recife (PE) e Mossoró (RN), formando uma elite enriquecida com o Ouro Branco do sertão. Negros alforriados que a duras penas conquistaram pequenos lotes de terra galgaram degraus na rígida e inflexível sociedade sertaneja agropastoril graças ao algodão.

A introdução de descaroçadores foi de suma importância para a dinâmica econômica da região sertaneja. Para o algodão mocó indicava-se o de rolo, enquanto para as espécies herbáceas utilizava-se o de serra.

Campina Grande, localizada no Estado da Paraíba, foi beneficiada economicamente, de forma espetacular, quando Cristiano Lauritzen introduziu descaroçador de algodão e passou a aproveitar-se da produção sertaneja que demandava a Pernambuco, cujos tropeiros que conduziam fardos de algodão antes tinham na cidade apenas ponto de parada obrigatória. No presente, experiências genéticas que resultaram no algodão colorido denotam a invectividade dos pesquisadores da EMBRAPA a fim de revitalizar o produto na economia local.

O colonialismo inglês ocupou terras possuidoras de histórias milenares, como a Índia e o Egito, transformando-as em imensos algodoais, bem como aproveitando áreas geográficas próximas a fim de fomentar transações comerciais, a exemplo das que foram efetivadas com o sul dos EUA escravocrata e monocultor, dedicado de forma extraordinária à cultura algodoeira.

A distância separando o sul dos EUA da Inglaterra minimizava extraordinariamente os custos com o transporte da matéria-prima indispensável ao funcionamento de suas orgulhosas indústrias têxteis.

A guerra de secessão que ensanguentou o território norte-americano no início da década de sessenta do século XIX privou os ingleses de se abastecer com o algodão produzido no sul dos EUA.

O drama conjuntural interno vivido pelos EUA suscitou a necessidade de buscar em áreas próximas o algodão que tanto necessitavam, fazendo com que o sertão nordestino vivesse dias de glória. A demanda externa mostrou-se tão proeminente que diversas áreas dedicadas ao cultivo da cana-de-açúcar passaram a cultivar o algodão.

Os ingleses interessaram-se de tal forma pela qualidade do algodão produzido no sertão nordestino que diversas iniciativas foram fomentadas, a exemplo da construção de ferrovias, levadas avante pela Great Western Company. O objetivo era minimizar a depreciação do produto, transportado em tropas de burros.

Mesmo depois que a situação de beligerância nos EUA tranquilizou-se, em razão da qualidade do algodão sertanejo houve ênfase à procura externa pela excelente matéria-prima produzida na região nordestina.

A desaceleração da demanda externa deu ênfase ao surgimento de indústrias têxteis de pequeno porte, cuja produção visava atender ao mercado interno. O tecido de chita, popularizado no nordeste brasileiro, exemplifica a forma alternativa que se exponencializou para absorver a produção algodoeira local.

A atenção do governo também se destacou quando da instalação de diversas Estações Experimentais, ligadas de início ao Ministério da Agricultura e depois à EMBRAPA, sendo que a do Seridó norte-riograndense era uma das mais importantes, tendo em vista os estudos de melhoria genética levados avante pelo agrônomo Carlos Faria, entre outros estudiosos.

O algodão passou a ser sinônimo de melhor qualidade de vida, principalmente no semiárido. A colheita e comercialização do algodão eram sinônimos de melhores alentos para boa parte da sofrida população de ermos esquecidos localizados no Nordeste Brasileiro.

As quermesses, períodos juninos e festas de padroeiros espalhadas pelo interior do Nordeste eram mais animados quando a população sertaneja que se dedicava à cotonicultura contava com o dinheiro apurado com a venda do algodão. Era uma festa quando os pais chegavam em casa, sorridentes, alegres, contando o que haviam conseguido com a venda da safra.

Exemplo da importância do algodão para a economia regional observou-se no Estado da Paraíba no século XX, pois quando das discórdias envolvendo o “Coronel” José Pereira Lima e o Presidente João Pessoa, a tributação exorbitante sobre a produção sertaneja, sobretudo a referente ao algodão, determinou um dos motivos para a deflagração da “Guerra de Princesa” em 1930.

O algodão esteve presente, de forma indissociável, na vida social e econômica sertaneja, até meados da década de oitenta do século XX, quando a praga do bicudo acabou com a importante atividade cotonicultora e definiu uma das maiores crises enfrentadas pela região.

José Romero Araújo Cardoso é geógrafo e professor da Universidade do Estado do RN (UERN)

Marcela Ferreira Lopes é geógrafa e especialista em educação de jovens e adultos

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Categoria(s): Artigo / Economia
domingo - 19/03/2017 - 05:28h

Águas da esperança

Por Paulo Linhares

As coisas ruins são necessariamente órfãs; ninguém quer ser pai – ou mãe – de derrotas ou de fracassos. Todavia, quando é para ‘aparecer bem na fita’ , nas vitórias, sucessos e glórias, sobram pais, heróis ou idealizadores que, efetivamente, nenhuma paternidade tiveram, heroísmo algum praticaram ou mesmo qualquer ideia esboçaram.

Na gestão dos negócios públicos, em sua feição mais rasteira, vige a universal regra da usurpação das ideias e ações alheias, desde tempos imemoriais. Quem fez? Quem realizou? Pouco importa. As boas coisas são obras daqueles que delas se apropriam, mesmo que para tanto se negue quem as fez. Ao fim e ao cabo, vale mesmo é a versão oficial da História.

Ora, depois de longos, sofridos e tenebrosos estios, em que evitáveis e desnecessários sofrimentos foram impostos à nação nordestina deste Brasil de tantos contrastes e desencontros, uma luz passou a brilhar ao fim dos canais rasgados na semiaridez de infinitas caatingas e que levariam para as profundezas setentrionais do Nordeste as benfazejas águas do Velho Chico, o mais brasileiro de todos os rios. Sim, uma solução imponderável para resolver um dos problemas cruciais destes brasis.

Definitiva e única?

Nem tanto: um feixe de outros fatores poderão agregar-se à pauta do desenvolvimento desta parte riquíssima em múltiplas potencialidades da nação brasileira.

SIM, um Brasil a ser pensado como unidade material num contexto federativo, tudo no desiderato de acabar com as desigualdades regionais – ademais das sociais – que constitui um dos objetivos constitucionais da República Federativa do Brasil, segundo  inscrição no artigo 3°, inciso III, da Carta Constitucional. É bem certo que a transposição de águas do Rio São Francisco para as bacias hidrográficas do Nordeste setentrional não esgota as possibilidades de implementação do desenvolvimento regional, mas, constitui um fator primordial de superação do atraso que, infelizmente, não foi integralmente vislumbrado na teoria e práxis da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a partir dos anos ’50 do século XX.

Agora, à margem de tudo o que fora realizado para solucionar o persistente drama das secas nos Estados nordestinos, finalmente as águas do Velho Chico chegam à Paraíba. Quase 170 anos se passaram desde a ideia inicial da transposição de águas do Rio São Francisco para as bacias do Nordeste setentrional, a exemplo de transposições  hidrográficas feitas por outros povos, noutras latitudes e em tempos remotos.

Em 1859, o imperador Pedro II prometeu ao povo nordestino resolver o problema das secas nem que tivesse que vender as joias de sua própria coroa. Tudo não passou de vãs promessas.

Para realizar a transposição foi preciso chegar à presidência da República um nordestino da enorme sensibilidade social e política: o pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva. E uma obra bilionária teve início, desafiando a incredulidade de muitos.  Polêmicas muitas, marchas e contramarchas, tudo a conspirar contra o megaprojeto de inúmeras dificuldades técnicas e materiais.

No governo da sucessora, Dilma Rousseff, os óbices até se ampliaram, porém, as obras prosseguiram: definitivamente, as águas do Velho Chico atingiriam os rincões mais áridos da imensidão destas caatingas sem fim.

Solene data, dia 8 de março de 2017. Com a inauguração do Eixo Leste da transposição do Rio São Francisco, as águas finalmente chegaram ao Município de Monteiro, Paraíba, generosas lágrimas hauridas da distante Serra da Canastra, para semear a esperança de dias melhores à terra nordestina.

E com elas, as autoridades tantas para em discursos empolados negar paternidades, ou melhor, para defender o indefensável: que aquela ação de governo não tinha pai, era, como se diz por aqui nestes sertões, um típico “filho de goiamum”. Falou o presidente Temer, mas, não convenceu à população que fora presenciar a festa.

Claro, ensina Ruy que “A pátria não é ninguém; são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade“.

Essa ideia, aplicada a outro contexto da História deste país, é relembrada na obra vigorosa e instigante de François Silvestre de Alencar, intitulada “A pátria não é ninguém“.

Trágico é que a elite senhora da Casa-Grande insiste imaginar-se como sendo a pátria e a dona de tudo que esta agasalha. Enorme engano. Por isto, em justa parafrase, é válido dizer que a transposição de águas do São Francisco não é de ninguém; pertence a todos os brasileiros, embora deva-se atribuir o ‘crédito’ a quem teve a iniciativa e ousadia de fazer a obra.

De rigor, os pais das coisas merecem, no mínimo, o reconhecimento. Por isto é que o ex-presidente Lula, goste ou não dele, merece ser lembrado neste momento em que as águas do São Francisco chegam à Paraíba, tanto que num dado momento da solenidade milhares de pessoas, num uníssono brado, para decepção dos que ocupavam o dispositivo oficial da inauguração, começaram a cantar: “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula!

As águas da esperança chegaram.

Finalmente, para dar concretude  um sonho secular da nação nordestina.

Ave!

Paulo Linhares é professor e advogado

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Categoria(s): Artigo
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