domingo - 16/04/2017 - 16:34h

Ainda o Regimento de Obuses

Por François Silvestre

Domingo passado tratei de alguns fatos dos tempos do Serviço Militar. Tentei não servir, estava errado.

Mesmo negando o militarismo, abominando as ditaduras, rindo da ordem-unida, vejo o serviço militar como elemento agregador do civismo. Desde que voluntário e não intervencionista. O serviço militar obrigatório foi bandeira do poeta Olavo Bilac, do qual é patrono.

Eu morava na Casa do Estudante e já estava engajado no Movimento Estudantil, quando fui prestar o serviço militar. Com a prisão de Emmanuel Bezerra, Presidente da Casa, assumiu o vice-presidente. Eu era Diretor de Cultura.

Aberto o processo sucessório, fui indicado para disputar as eleições. A direita fugiu da disputa e eu fui candidato único.

Eleições no Domingo. No Sábado, eu estava de serviço, no Quartel. Pela manhã, troquei a farda de serviço pela de passeio e saí do alojamento em busca da Casa do Estudante, para votar e tornar-me Presidente daquela inesquecível instituição.

Quando ia passando pelo Corpo da Guarda, sou chamado pelo comandante do dia. Era o Tenente Pollari, da Bateria de Serviço. “Onde você estava”? Respondi que estava de serviço e de saída.

Ele disse: “Você num vai pra canto nenhum. Por ordem do QG, mandei agora mesmo uma patrulha buscá-lo na Casa do Estudante”. Argumentei: “Mas Tenente, tem eleição lá e eu sou o candidato”. Ele respondeu: “Tem eleição coisa nenhuma. O General já mandou suspender tudo e prender você”.

Pollari era um R-2, boa praça. Mandou que eu voltasse para o alojamento e de lá não saísse. Não me prenderia no Corpo da Guarda. Os outros comandantes, nos dias seguintes, fizeram o mesmo. Fiquei preso no alojamento, sem prestar serviço ou usar armas, até que houvesse nova eleição na Casa.

Fizeram nova eleição de gambiarra e foi eleito um presidente palatável ao QG, do general H. Duque Estrada. Após isso, me liberaram. De “perigoso” para presidir a Casa, voltei a ser recruta. Inclusive usando armas.

Tempo de licenciamento. Ocorre que tramitava, na Auditoria do Exército, em Recife, um processo contra vários estudantes, inclusive contra mim. Meu licenciamento foi adiado.

No Gabinete do Comandante do Regimento, Coronel T. Bertold Castelo Branco, fui ver a incineração da minha Carteira de Reservista, por conta da data nela contida. Tudo em posição de sentido.

Dezoito dias depois, fui licenciado. Ia saindo do quartel, quando vejo defronte do Cassino de Oficiais o Cap. Ibiapina. Batia com um bastão, que usava regularmente, no bico do coturno. Chamou-me. “Conselho e água só se dá a quem pede. Você não gosta do verde-oliva e ficou mais tempo do que seus companheiros. Vá cuidar da sua vida. Você não vai mudar nada, mas poderá estragá-la”.

Agradeci, cumprimentamo-nos e despedi-me.  Nunca mais o vi. Té mais.

François Silvestre é escritor

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domingo - 16/04/2017 - 15:25h

Todos os poderes da Odebrecht

Por Carlos Duarte

As delações da Odebrecht expõem, ainda mais, sem qualquer pudor, o modus operandi da corrupção no submundo do crime organizado – que congrega uma elite de políticos, gestores públicos, partidos políticos e empresários. Por enquanto, os membros das quadrilhas, vinculados ao Poder Judiciário, estão sendo preservados, como estratégia para não enfraquecer as investigações ora em andamento.

“Há bandidos escondidos atrás da toga”…e, “muita coisa virá à tona”, é o que afirma a ex-ministra aposentada do STJ e ex-corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon.

Em entrevista à Folha de São Paulo, ela enfatiza que os políticos corruptos nunca temeram a Justiça e o Ministério Público. “O que eles temem é a opinião pública e a mídia”, completa.

Ou seja, o Poder Judiciário também é parceiro no esquema de corrupção que está sendo investigado pela Lava Jato. Por sua vez, o Congresso Nacional já toma providências no sentido de que não haja punição dos parlamentares e políticos ora envolvidos.

Vão encontrar uma solução política para aliviá-los do pior. É aí que irão inibir a parte sadia do Ministério Público e da Justiça, aprovando a lei do abuso de autoridades, entre outras. Resumo da ópera: grandes possibilidades de um “acordão”.

Enquanto isso, aqui no RN, “Bonitão” (governador Robinson Faria), “Bonitinho” (deputado Fábio Faria), “Lento” (senador Garibaldi Alves), “Pino” (senador Agripino Maia), e “Carrossel” (Rosalba Ciarlini), além de Henrique Alves (“Henriquinho”), Wilma de Faria (“Cobra”) e outros denunciados, buscam desculpas para justificarem os seus supostos envolvimentos no esquema de corrupção.

O governo de “Bonitão” não está nada bonito e o RN se aprofunda no caos, principalmente da segurança pública e da saúde.

Em Mossoró, o “Carrossel” gira e volta ao ponto inicial e inercial: nada o que mostrar, em mais de cem dias de governo. Apenas o engodo de sempre, que todos já tinham conhecimento e que a grande maioria dos eleitores pagou para vê-lo novamente.

SECOS & MOLHADOS

Violência – No Rio Grande do Norte, o número de homicídios para este mês de abril, até o momento, está 85% maior, em comparação com igual período de 2016. As estatísticas do Observatório da Violência Letal e Intencional do RN (Obvio) apontam que o número de homicídios no estado já atingiu a marca de 700 (na última quinta-feira, dia 13/04). No acumulado do ano, isso significa um aumento de 30,5%. Nesse ínterim, Mossoró já contabiliza 72 homicídios e responde por mais de 10% desse tipo de crime em todo o estado. Isso é assustador!

Projeto – O Sebrae do RN, em parceria com os principais grupos empresariais do setor de energia eólica, instalados no Rio Grande do Norte, vai investir cerca de R$ 8,5 milhões em ações de capacitações, acessos a mercados, assessoria técnica e empreendedorismo para pequenos produtores. A ideia do projeto é fomentar negócios economicamente rentáveis que busquem soluções para os problemas sociais e ambientais de comunidades produtoras.

Veículos – Enquanto o mercado de carros novos no RN aponta queda de 5,31%, em fevereiro, o mercado de carros usados aumenta 23,27% – em comparação com igual período de 2016. São os efeitos da crise. Com as garantias de fábricas estendidas, o mercado de seminovos não está mais segmentado por classes sociais.

Faturamento – A Odebrecht movimentou R$ 10,6 bilhões, de 2006 a 2014. Mas, esse valor representa, apenas, 0,5% a 2% do faturamento da empresa, no período. Por outra via, os valores ilegais estimados de superfaturamentos de licitações públicas chegam à casa dos 30%. O grupo chegou a faturar R$ 100 bilhões, por ano, em média. Sem dúvida, um grande “negócio”.

Cachaça – De acordo com ex-diretor executivo da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, os pagamentos de propinas só aconteciam de terças a quintas-feiras. O pagamento fora desse cronograma só era autorizado em caso de “emergência” (?). O motivo: “cachaça de final de semana”. Era mesmo uma grande farra. Inacreditável!

Loterias – O governo Michel Termer pretende reforçar o caixa do Tesouro Nacional com a privatização de jogos e loterias. Atualmente, o setor é um monopólio da Caixa Econômica Federal e arrecada cerca de R$ 6 bilhões em impostos. A projeção é dobrar para R$ 12 bilhões, com a iniciativa privada. Inicialmente, o governo federal pretende dividir o conjunto de loterias em duas empresas, que serão leiloadas: a Lotex (loterias instantâneas, como a raspadinha) e a “SportingBeting” (loteria de apostas no time que vai ganhar, placar do jogo – tudo feito pela internet).

Preocupação – O novo modelo de loterias, que o governo federal pretende implantar, permite que as apostas possam ser feitas por smartphones. Isso vem causando preocupação de perda de clientes do setor de lotéricos. A migração para a plataforma online põe em risco cerca de 13 mil pontos de casas lotéricas no País, que, juntas, empregam mais de 200 mil pessoas.

Proposta – O relatório da reforma trabalhista, que tramita no Congresso Nacional, prevê extinção de contrato de trabalho com pagamento da metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo FGTS, se houver consenso entre as partes. Também, prevê que o trabalhador poderá sacar até 80% do saldo de sua conta do FGTS. Nesse caso, perderá o direito ao seguro desemprego.

Veja a coluna anterior clicando AQUI.

Carlos Duarte é economista, consultor Ambiental e de Negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 16/04/2017 - 07:48h

PT e PSDB amavam Odebrecht enquanto fanáticos se odiavam

Por Josias de Souza

PT e PSDB monopolizam as eleições presidenciais no Brasil há mais de duas décadas. Com o passar do tempo, as disputas foram adquirindo um quê de briga de pátio de colégio. Na sucessão de 2014, a coisa descambou. O tucanato dizia que o petismo roubara no mensalão e no petrolão. E o petismo respondia que o tucanato é que assaltara no mensalão mineiro e no escândalo dos trens paulistas.

De repente, os delatores da Odebrecht esclarecem que os dois lados têm razão. E os torcedores fanáticos, que pareciam dispostos a matar e morrer por uma honra inexistente, percebem que fizeram papel de bobos. Não sabem onde enfiar o ódio que estocaram para alimentar suas lacraias interiores.

Há dois anos e meio, quando Dilma foi reeleita, Aécio era o principal líder da oposição e Lula se jactava de ter dado à luz um poste pela segunda vez —algo nunca antes visto na história do país. Hoje, Dilma é matéria-prima para Sergio Moro, Aécio divide com o notório Jucá o título de campeão de inquéritos da lista de Fachin e Lula nunca esteve tão próximo da cadeia.

Legenda de um líder só, o PT está no brejo sem cachorro. Com Alckmin e Serra no mesmo pântano, o PSDB ficou num mato com João Doria. O tucanato, incorporado ao governo de Michel Temer, virou força auxiliar de um apodrecido PMDB. O PT, devolvido à oposição, derrete como sorvete exposto ao sol.

A lição primeira da hecatombe produzida pela colaboração da Odebrecht deveria ser a de que todas as premissas sobre as quais o eleitor brasileiro construiu as suas ilusões políticas depois da redemocratização do país precisam no mínimo pegar um pouco de ar. Para que o desastre servisse de aprendizado, seria preciso que os brasileiros se convencessem de que a industrialização do ódio pior do que uma sandice, é um erro. A maluquice se apaga com o esquecimento. O erro exige reflexão e correção.

Enquanto os fanáticos se odiavam em praça pública —ou nas redes sociais, que muitos acreditam ser a mesma coisa— petistas e tucanos amavam a Odebrecht no escurinho do departamento de propina da empreiteira. Parte da torcida ainda tenta fechar os olhos para a realidade. Mas está cada vez mais difícil.

Os 78 delatores da Odebrecht azucrinam os fanáticos em toda parte. Eles estão na tevê, no rádio, na internet, no jornal, na revista…. E não adianta ignorar o noticiário. A voz de Marcelo Odebrecht pode invadir o grupo da família no aplicativo do celular, exigindo uma reação do fanático. Pode ser uma cara de nojo.

Há também a opção de continuar enxergando a democracia como o regime em que as pessoas têm ampla e irrestrita liberdade para exercitar a sua capacidade de fazer besteiras por conta própria, tratando a eleição como uma loteria sem prêmio e encarando o voto como um equívoco que pode ser renovado de quatro em quatro anos.

De resto, aqueles que preferem odiar alguém a amar o país, podem odiar-se a si próprios. Como diria Nelson Rodrigues, um dia o sujeito acaba arrancando a própria carótida e chupando o próprio sangue, como um vampiro de si mesmo.

Josias de Souza é jornalista do portal UOL e do Folha de São Paulo

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domingo - 16/04/2017 - 07:12h
O outro lado

Procurador nega envolvimento com propinas da Odebrecht

Carlos Santa Rosa D’Albuquerque Castim, Procurador-Geral do Município De Natal, emitiu nota à imprensa, dando posicionamento pessoal sobre o envolvimento de seu nome (veja AQUI) em delação premiada na Operação Lava Jato. Ele nega qualquer envolvimento em intermediação de propina com a Construtora Norberto Odebrecht. Leia abaixo:

NOTA À IMPRENSA

Na manhã deste sábado (15) fui totalmente pego de surpresa pela notícia de que meu nome havia sido citado em um depoimento de um ex-diretor da construtora Norberto Odebrecht, envolvendo suposto pagamento de colaboração financeira para campanha ao Governo Wilma de Faria.

Sobre tal fato, é preciso, em respeito à verdade, aos meus colegas de profissão e de secretariado, bem como à população natalense a quem sirvo, prestar os seguintes esclarecimentos:

1          –           Ouvindo cuidadosamente o depoimento do Senhor Arial Parente, ex-diretor da Construtora Norberto Odebrecht, destaca-se que: EM MOMENTO ALGUM DE SEU DEPOIMENTO, o depoente diz ter intermediado ou tratado COMIGO, a respeito de qualquer pagamento ao Governo Wilma de Faria;

2          –           A ÚNICA VEZ em que meu nome é mencionado, se refere a um contexto de pessoas que TALVEZ, tivessem sido INFORMADAS sobre as senhas para liberação do suposto pagamento autorizado pela empresa. Adiante, o mesmo depoente afirma não saber quem recebeu o valor;

3          –           Para melhor esclarecimento e para que nenhuma dúvida paire a respeito do que foi falado pelo depoente envolvendo o meu nome, é importante reproduzir fielmente, abaixo, a parte que se refere ao meu nome. Assim, diz o depoente:

“ As senhas e as datas de pagamento eram informadas, POSSIVELMENTE à Carlos Faria ou TALVEZ à Carlos Castim, então secretário adjunto, ou TALVEZ a outras pessoas que não me recordo.”;

04       –           Ainda com relação à data em que esse suposto pagamento ou comunicação sobre a liberação das senhas e respectivo pagamento teria ocorrido, o ex-diretor afirma literalmente o seguinte:

“           Isso foi 2008. Tem 8 (OITO) anos. Nessa época eu estava com várias obras tocando simultaneamente, com muitos problemas; falta de dinheiro, obras paralisadas e… Então o Pacífico (diretor da Odebrecht) autorizou esse pagamento com a finalidade de não faltar recursos para obra…”;

05       –           DOIS PONTOS desse depoimento merecem ser destacados: O primeiro é a palavra TALVEZ (ADVÉRBIO DE DÚVIDA) empregada pelo ex-diretor ao se referir à minha pessoa, assim como quando se dirige “… TALVEZ a várias outras pessoas que não me recordo”. O segundo ponto é que em 2008, eu já não era mais Secretário Adjunto da Casa Civil do Governo do Estado, função que desempenhei até janeiro de 2007;

06       –           Acredito, com toda a tranquilidade de minha consciência, que a citação ao meu nome no depoimento do ex-diretor da Odebrecht, se deve, única e exclusivamente, ao fato de ter, no período de 2003 até janeiro de 2007, ocupado o cargo de Secretário Adjunto do Gabinete Civil, sendo responsável pelo acompanhamento dos problemas administrativos internos do GAC e demais Secretarias e órgãos da Administração Direta e Indireta do Governo do Estado. Assim sendo, afirmo que JAMAIS tratei de qualquer assunto de natureza política e/ou empresarial, porquanto não era da minha alçada.

Natal, em 15 de abril de 2017.

Carlos Santa Rosa D’Albuquerque Castim – Procurador-Geral do Município De Natal.

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  • Repet
domingo - 16/04/2017 - 06:42h

Equador: a bola da vez

Por Paulo Linhares

A América Latina, na senda do realismo mágico,  é uma caixa de estonteantes surpresas. Na política, a região é um caleidoscópio de cenários surpreendentes, sobretudo, porque historicamente tem sido nada mais de que um reles quintal, o backyard, do “grande irmão do Norte”, os Estados Unidos da América que, desde o longínquo 2 de dezembro de 1823, estabeleceu sua hegemonia continental através da Doutrina Monroe.

Sob o lema America for americans, essa doutrina preconizava, do ponto de vista formal, uma posição de  liderança continental dos  EUA enquanto no objetivo de assegurar a incolumidade da soberania das nações latino-americanas em face às potências europeias, a fim de impedir qualquer processo de recolonização dessas nações, bem assim para lhes garantir autonomia comercial e política no plano das relações internacionais.

A doutrina Monroe funcionou muito bem em favor dos interesses expansionistas dos EUA, todavia, quase nada rendeu às outras nações das Américas, em especial após a adição do Corolário Roosevelt, de 1904,  que consignava o papel do Estado norte-americano como “polícia do mundo” e inaugurou um longo período de intervenções diretas em nações centro-americanas e do Caribe conhecido como Big Stick (Política do Grande Porrete), “diplomacia das canhoneiras”. Diante do velho Theodore Roosevelt,  tangerine man Donald Trump é, no máximo, um reles trombadinha na relação dos EUA com os povos latino-americanos.

Por seu turno, a América Latina não deixa de ser uma caixa de surpresas para os sisudos norte-americanos hegemonicamente brancos, anglo-saxônicos e protestantes (os chamados WASP, que é o acrônimo que em inglês significa “Branco, Anglo-Saxão e Protestante“). Depois do  castrismo  em Cuba, a experiência chilena de Allende, o bolivarianismo de Chavez na Venezuela, o transe do índio Evo Morales na Bolívia, ocorre a estonteante eleição, pasmem, de um Lenín (Moreno) como presidente do Equador, que derrotou um (Guillermo) Lasso e, a exemplo do tucano Aécio Neves, não aceitou o veredito das urnas. Não deixa de ser uma intrigante conjunção:  o Lenín tropical a lembrar o líder da Revolução Russa de  1917 e o Moreno, a representar sua miscigenada origem sul-americana.

O segundo turno das eleições presidenciais naquele país se realizaram no último dia 6, quando o candidato governista Lenín obteve 51,14%  dos votos válidos contra 48,86% dados a Lasso, o candidato que representava as oligarquias locais.

Três vezes eleito presidente da República, Rafael Correa imprimiu um novo estilo de gestão do Equador a partir do Movimento Aliança PAÍS, instrumento político para alcançar a “revolução cidadã”, na verdade, uma versão bem mais light da “revolução bolivariana” de Chávez, da vizinha Venezuela.

O jovem presidente Correa,  economista com sofisticados estudos na Bélgica e nos Estados Unidos, que assumiu o comando de seu país em 2007, iniciou uma gestão cuja ideia-força era a formulação de uma política econômica nova e que acabasse com alguns dos privilégios seculares da elite financeira local.

Iniciou-se, assim, um ciclo virtuoso na economia com visíveis e positivos reflexos da vida da população, principalmente com o resgate daquela considerável parcela de cidadãos que vivia abaixo da linha da pobreza, com drástica redução do pagamento das dívidas interna e externa, numa espécie de moratória branca, tendo como objetivo investir esses recursos para alavancar a economia que se expandiria com investimentos em infraestrutura e serviços públicos. Essa política funcionou razoavelmente e deu frutos excelentes para Correa e seu partido que, a despeito da atuais dificuldades econômicas decorrentes de uma persistente recessão, conseguiu eleger o seu sucessor.

Em dez anos, a “revolução cidadã” de Correa, aliás, nada mais foi do que uma experiência de social-democracia, se tornou o marco do poder político no Equador, com o envolvimento maciço da sociedade equatoriana, embora, nos dois anos finais do atual governo, tenha apresentado claros sinais de exaustão política, fenômeno bem captado pelas urnas nos dois turnos dessas últimas eleições. Ora, além da crise mundial, a economia equatoriana  passou a ter sérios desarranjos por influências dos problemas econômicos por que passam os seus vizinhos, inclusive o seu principal parceiro que é o Brasil, além da Venezuela.

Ironias e trocadilhos à parte, Lasso não perdeu por lassidão, pois, segundo denunciou o presidente Rafael Correa, o padrinho de Lenín e pai da chamada “Revolução Cidadã” no Equador, ao jornal El País, “chegou uma nova direita, troglodita, totalmente entregue ao norte” e, comparando a  disputa eleitoral do segundo turno com a Batalha de Stalingrado, asseverou, dias antes, que “lutaremos contra a direita mundial”, pois, “haverá centenas de milhões de dólares”, “mas já enfrentamos esse tipo de cenário e vencemos.”

Venceu, por pouco, mais venceu com seu Lenín Moreno. O grande apoio internacional jogado na candidatura do banqueiro Guillermo Lasso, em especial, o dos EUA, foi inútil, todavia, ele acena com a possibilidade de travar uma enorme luta jurídica contra a chapa vencedora.

Os partidários de Lasso tentarão vencer a luta política num ‘terceiro turno’ que será no ‘tapetão’, para usar a linguagem do futebol: o modelo de golpe parlamentar-judicial iniciado no Paraguai com a deposição do presidente Lugo, e aperfeiçoado no Brasil com o impeachment de Dilma Rousseff.

Tudo tão assemelhado com o que aqui se fez para tirar o mandato presidencial da vencedora das eleições de 2014, que até engendraram  uma denúncia de que Correa e Lenín teriam recebido dinheiro de uma velha conhecida dos brasileiros, a indefectível Odebrecht de todas as propinas. É a versão internacional da Operação Lava Jato. Espera-se, porém, que o juiz Moro não queira esticar sua poderosa jurisdição até às lonjuras andinas do Equador…

No mais, é seguir o resto do script que tem como fecho a destituição de um presidente eleito pelo povo, porém, observada toda uma ritualística que dará o timbre de legalidade àquilo que, por isso mesmo, não passará de um reles golpe de Estado sem o uso da força, um típico golpe branco.

Um uncle Sam sensibilizado agradece por essa contribuição made in Brazil. Afinal, daqui também sai lixo institucional, além das boas carnes que este país exporta. Esperar para ver nada custa.

Paulo Linhares é professor e advogado

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sábado - 15/04/2017 - 23:58h

Pensando bem…

“Aquilo que não é consequência de uma escolha não pode ser considerado como mérito ou fracasso. ”

Milan Kundera

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sábado - 15/04/2017 - 15:56h
Odebrecht

Delator detalha ‘apoio’ a Garibaldi Filho, Wilma e Iberê

Por Dinarte Assunção (Blog ID)

Em depoimento a procuradores da República no Rio Grande do Norte, em dezembro passado, o ex-diretor da Odebrecht Ariel Parente, relatou que, das tratativas de que ele participou, os repasses para o senador Garibaldi Filho  foram considerados um investimento da construtora, pois sua influência poderia ser útil no futuro.

“João Pacífico (chefe da Odebrecht para o Nordeste) veio a Natal e tivemos reunião na casa de Garibaldi. Lá, pacífico relatou que iríamos contribuir com R$ 200 mil, que foram pagos em duas parcelas”, explicou Parente.

“O senador agradeceu, indicou um interlocutor para operacionalizar, que eu não recordo o nome. Alguém com nome de Leopoldo ou Lindolfo, alguma coisa assim… Era um nome parecido com esse.”

Segundo o delator, o interlocutor do senador foi informado sobre as datas de pagamento. “Não me recordo se o recebimento foi em casa de câmbio em Recife ou São Paulo”.

Nas planilhas, o senador tinha o codinome de “Lento”.

Wilma de Faria (“Cobra”) e Iberê Ferreira (“Hospital”) também receberam propina, diz delator

O ex-diretor da Odebrecht Ariel Parente afirmou em delação premiada que pagou propina no valor de R$ 1.145.000,00 para a ex-governadora Wilma de Faria e o ex-governador Iberê Ferreira de Souza. O valor foi desviado, contou o delator, das contrapartidas do Governo do Estado para a obra da Estação de Tratamento de Esgoto do Baldo, inaugurada em 2010.

De acordo com Ariel, o pleito teria sido feito pelo irmão da ex-governadora Carlos Faria, secretário-chefe do Gabinete Civil do governo Wilma.

Nas planilhas, Wilma está relacionada ao codinome “Cobra”; Iberê, “Hospital”, referência à sua saúde, já que, em 2010, ele enfrentava um câncer, cujas complicações lhe levariam à morte posteriormente.

Ainda de acordo com o relato de Parente, Iberê, quando assumiu o governo em março de 2010, o procurou solicitando dinheiro para a campanha. Ele afirmou que não poderia contribuir já queo Estado estava devendo à Odebrecht.

“Ele prometeu que nos pagaria e eu destinei parte dos últimos pagamentos que estão no sistema para Iberê”, explicou o delator.

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sábado - 15/04/2017 - 14:11h
Propinoduto

As tubulações do Arena das Dunas

Ainda falta a turma da OAS falar detalhes de como “nasceu” o Arena das Dunas e sua tubulações de propinoduto.

Aguardemos, pois.

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sábado - 15/04/2017 - 08:32h
O Estado de São Paulo

Robinson Faria aproveita feriado para passear de bugue

Da Coluna do Estadão (Jornal O Estado de São Paulo)

Em seu endereço próprio em redes sociais, o governador posta foto com descontração

Robinson Faria (PSD-RN), um dos governadores incluídos na lista do ministro Edson Fachin, aproveitou a Sexta-Feira Santa para curtir passeio pelas dunas.

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sábado - 15/04/2017 - 08:02h
Lava Jato

Políticos do RN teriam sacado propina em casas de câmbio

Por Dinarte Assunção

O ex-diretor da Odebrecht Ariel Parente, ao revelar como teria desviado recursos para agentes públicos do Rio Grande do Norte, explicou que os pagamentos foram feitos em casas de câmbio.

Na Folha de hoje, há um gráfico explicando que o Setor de Operação Estruturadas da Odebrecht, ou setor de propinas, tinha dois sistemas paralelos de acesso restrito. Para a requisição, processamento, pagamento e controle de todas as operações era usado do MyWebDay “B”.

Mônaco Câmbio e Turismo em Recife foi alvo de uma das edições da Operação Lava Jato (Foto: reprodução)

Já para comunicação, troca de emails, arquivo e solicitações com pessoas fora da Odebrecht, era usado o Drousys.

Após acertarem os repasses, os executivos criavam codinomes e iniciavam um “programa” no Setor de Operações Estruturadas. Os executivos, então, solicitavam os pagamentos e tinham aprovação para realização do “programa”, que ganhava uma senha.

Secretárias do setor preparavam as ordens de pagamentos e começava o fluxo de dinheiro por contas bancárias para obter o valor. A programação do pagamento ia para o gerente do setor logo em seguida. Ele gerava, então, as ordens de pagamento.

Saques em Recife e São Paulo

Então erá só acionar, via Drousys, um doleiro ou operador para realizar o pagamento no exterior ou entregar o dinheiro em local combinado no Brasil.

De posse da senhas, as pessoas iam às casas de câmbio e retiravam os recursos.

Uma das casas de câmbio citadas no esquema para abastecer contas potiguares foi a Mônaco Câmbio e Turismo, em Recife.

O local foi alvo de busca e apreensão na 26ª fase da Lava Jato, batizada de Xepa, e que levou o marqueteiro João Santana para a cadeia.

Segundo Ariel Parente, em 2010, o volume de recursos para vários políticos era tamanho que o estabelecimento não dava conta. Assim, alguns saques foram feitos em São Paulo.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 14/04/2017 - 23:58h

Pensando bem…

“Querermos ser do nosso tempo é estarmos já ultrapassados.”

Eugéne Ionesco

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sexta-feira - 14/04/2017 - 22:46h
Odebrecht

Veja detalhes sobre delação contra Rosalba, Fábio e Robinson

A citação do governador Robinson Faria (PSD), seu filho e deputado federal Fábio Faria (PSD) e a ex-governadora e atual prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP), em depoimentos de delatores da “Operação Lava Jato”, não tem segredo de justiça. O próprio relator dessa demanda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, abriu toda a documentação processual ao conhecimento público.

Robinson, Rosalba e Fábio teriam recebido injeção financeira à campanha de 2010 (Fotomontagem: Blog do Joabson Silva)

Com acesso a esse material, o Blog Carlos Santos colhe depoimento do delator José Lopes Barradas, da empreiteira Odebrecht. Através do portal G1 obtivemos o vídeo da sua sabatina ao Ministério Público Federal, além de documento textualizado relativo às suas declarações, que relatam essa situação.

Veja no boxe abaixo o que Barradas falou sobre Fábio Faria e Rosalba:

Em julho de 2010, fui apresentado por FERNANDO CUNHA REIS, ao empresário carioca FABIANO FARIA, que tinha interesses comuns com a Odebrecht Ambiental em outros negócios.

FERNANDO me disse para avaliar com ele a possibilidade de projetos em saneamento no Rio Grande do Norte. Em seguida, FABIANO me convidou para um jantar no Rio de Janeiro. Nesse jantar conheci o Deputado Federal FÁBIO FARIA que me disse querer tratar de apoio à campanha ao governo do estado em 2010, onde seu pai, ROBINSON FARIA era candidato a vice-governador.

Regressei a FERNANDO CUNHA REIS para lhe reportar a conversa e ele me autorizou a ir até Natal para conhecer a candidata e entender as suas reais intenções no saneamento. Ele também me disse para limitar qualquer eventual ajuda ao valor de R$ 450 mil.

A candidata ROSALBA, médica sanitarista, me disse ser entusiasmada com o tema saneamento e que esse seria um ponto focal no seu governo.

Já previamente decidido e autorizado por FERNANDO CUNHA REIS, voltei a conversar com o Deputado Federal FÁBIO FARIA, indicando a ele o valor que a empresa havia designado a ser viabilizado através de caixa 2.

Por orientação do Deputado, o valor total a ser entregue foi dividido da seguinte forma: R$ 350 mil para a candidata ROSALBA, o qual foi registrado sob o codinome de “dama” e R$ 100 mil para a sua campanha de deputado federal de 2010 sob o codinome de “garanhão”.

FERNANDO CUNHA REIS autorizou verbalmente EDUARDO BARBOSA, o qual me repassou os dados para pagamento (senha, data e local), tendo os pagamentos sido feitos em endereço em São Paulo. A candidata ROSALBA CIARLINI foi eleita, porém nenhum projeto foi desenvolvido (sequer uma PMI foi apresentada).

P.S – A reunião de Barradas no RN ocorreu, conforme relatado no depoimento, na casa de Robinson Faria, com a presença ainda do marido da então candidata, Carlos Augusto Rosado.

Veja AQUI, a íntegra do conteúdo do pedido de abertura de inquérito;

Veja AQUI, o vídeo na íntegra do depoimento de Barradas, em 56 minutos;

Veja AQUI, postagem que resumiu relatos de cinco delatores da empreiteira Odebrecht que incriminam Robinson, Rosalba e Fábio Faria.

Veja AQUI pronunciamento da Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Mossoró, em que repele conteúdo da delação contra Rosalba;

Veja AQUI a manifestação de Robinson Faria sobre citação do seu nome.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 14/04/2017 - 21:30h
Hoje

Falece em Mossoró dona Alaíde de Freitas Rêgo

Informamos com pesar o falecimento de dona Alaíde de Freitas Rêgo, 96, hoje (sexta-feira, 14), no Hospital Wilson Rosado (HWR) – em Mossoró.

Seu velório acontecerá a partir das 5 horas desse sábado (15), no “Sempre Assistência Funeral”, à Rua Melo Franco, 197, Doze Anos.

O sepultamento ocorrerá às 16 horas, no Cemitério São Sebastião (Centro), em Mossoró.

Dona Alaíde era mãe de Nilton, Socorro, Alvacir, Sena, Carlos, Zé Augusto, Fátima, Conceição e Maria do Carmo Rêgo.

Nota do Blog – Nossa solidariedade à família.

Que descanse em paz.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 14/04/2017 - 11:15h
Saúde

Betinho Rosado se recupera bem de cirurgia em Mossoró

Betinho: cirurgia delicada (Foto: redes sociais)

Conversei à manhã de hoje com o deputado federal Beto Rosado (PP). Colhi notícias sobre seu pai, o ex-deputado federal e presidente estadual do PP Betinho Rosado.

– O quadro dele é bastante estável. Antes de sair do Hospital São José (São Paulo-SP), ele fez um ecocardiograma transesofágico (conheça AQUI), para verificar quadro da válvula (ou valva) mitral (conheça AQUI) que foi colocada – relatou.

Desembarcou em Mossoró na quarta-feira (12), onde segue rotina de tratamento pós-operatório. Recebeu alta no último dia 11 (terça-feira).

Betinho passou por cirurgia em São Paulo no dia 8 de março, depois de diagnosticado com uma endocardite (conheça AQUI).

No Hospital São  José, Betinho Rosado teve substituída uma válvula mitral e recebeu também um marcapasso, no processo cirúrgico a que foi submetido.

Ontem, em casa com familiares, arriscou-se a dedilhar o violão, uma de suas paixões.

Nota do Blog – Saúde.

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Categoria(s): Política
  • Repet
sexta-feira - 14/04/2017 - 10:01h
Prefeitura Municipal de Mossoró

Nomeação de comissionados chega ao total de 438 pessoas

Do Blog Tio Colorau

O Jornal Oficial do Município (JOM), edições 401, 402 e 403, trouxe as nomeações de mais 16 cargos comissionados para a prefeitura municipal de Mossoró. A maioria para a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos. Vejam a lista:

JOM – 401 – 31/03

408 – João Batista Chaves, Previ-Mossoró; e

409 – Clauderlândia Brazão Viana, comunicação social.

JOM – 402 – 07/04

410 – Luiz Eduardo Lima Moura Falcão, secretário de cultura.

JOM – 403 – 12/04

407 – José Alcântara da Silva, educação e cultura;

408 – Letícia de Moura Felix, desenvolvimento social;

409 – Pablo Arnon de Oliveira, infraestrutura e meio ambiente;

410 – Antonio Roberto Nogueira da Rocha, infraestrutura e meio ambiente;

411 – Ronaldo Clélio de Melo Freire, fazenda;

412 – Arthur Guilherme Silva Ferreira de Souza, fazenda;

413 – Maria Consuelo de Souza Batista, educação e cultura;

414 – Diogo Pereira de Aquino, administração e finanças;

415 – Wellington Costa de Oliveira, infraestrutura e meio ambiente;

416 – Franklin Robson da Costa, infraestrutura e meio ambiente;

417 – Francisco Benedito da Silva, infraestrutura e meio ambiente;

418 – Isis Karinne Fonseca Dantas, procuradoria; e

419 – Ananias Felix da Silva Júnior, desenvolvimento econômico.

OBS. Foram subtraídos três números da lista, isso em virtude de exonerações publicadas na edição 403.

Até hoje, dia 14 de abril, foram nomeados 419 (quatrocentos e dezenove) cargos comissionados do segundo e terceiro escalões.

Somados os 19 secretários, o número de cargos comissionados chega a 438 (quatrocentos e trinta e oito).

Nomeações anteriores

Veja abaixo links para todas as postagens anteriores, em sentido cronológico, com as nomeações:

Veja AQUI – Secretariado, primeiro escalão.

Segundo e terceiro escalões:

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI;

Veja AQUI.

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Categoria(s): Administração Pública
sexta-feira - 14/04/2017 - 08:56h
O céu é o limite

Sob pressão, Rosalba abre portas para mais comissionados

Em pouco mais de 100 dias de gestão, a prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP) toma nova decisão administrativa que mexe outra vez com a estrutura de cargos comissionados na Prefeitura Municipal de Mossoró. Deve afetar, para cima, os gastos do erário.

É um paradoxo em tempos bicudos choramingados pelo próprio governismo. Ela edita novo dispositivo que altera o decreto de número 5.025/2017, publicado no início do governo em janeiro. Nele, o total de comissionados era limitado “em até 50% dos cargos em comissão previstos em lei”.

Em vez de reduzir despesas em meio à crise, esse novo decreto é um atalho à decisão anterior e amplia espaços para mais e mais contratações sem concurso, privilegiando aliados políticos. A manobra, “legal”, tem razão de ser na política e não nos princípios da administração pública.

Atende às pressões de partidos que a apoiaram na campanha eleitoral do ano passado, além de sua numerosa bancada na Câmara Municipal, que também dá sinais de insatisfação.

O decreto 5.025/2017 de seu governo, editado ainda no início da gestão em janeiro (veja AQUI), já foi burlado pela própria prefeita que nomeou para postos comissionados um número maior de pessoas que essa normatização estabelecia. Enfim, é “letra morta”.

Além da conta

No novo decreto baixado esta semana, “os cargos de diretor e vice-diretor de escolas para as unidades de maior porte, que funcionam em dois turnos, e diretor de Unidades de Saúde” ficam de fora da exigência de nomeação de no máximo 50% dos cargos comissionados previstos em lei.

O art. 11 do Decreto N. 5.025/2017  de janeiro determinava que o secretário municipal de Administração e Finanças fizesse um estudo acerca do quadro de pessoal, e que, durante esse estudo, não fosse nomeado mais de 50% dos cargos em comissão previstos em lei. Esse ‘estudo’ parece infindável.

A Lei Complementar n. 122/2016 (gestão Francisco José Júnior-PSD) estabeleceu total de 702 cargos para a estrutura administrativa da Prefeitura de Mossoró. Desse total, 186 são funções gratificadas que devem ser ocupadas por servidores públicos municipais de carreira. A lei foi publicada no Jornal Oficial do Município (JOM). Segue em vigor, não foi revogada.

Pelo decreto de janeiro de Rosalba, ela só poderia ter nomeado no máximo 367,5 pessoas à ocupação de cargos comissionados. Porém os números passam até agora de 400 (veja postagem a seguir), que devem ser engordados ainda mais como suas novas medidas, como a recriação da Secretaria Municipal de Cultura.

Enfim, o céu é o limite. Enquanto a “viúva” (apelido sarcástico dado ao cofre público) aguentar.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 14/04/2017 - 08:03h
Não sei, não vi...

Pode começar a rir

Michel Temer (PMDB) diz, em mensagem à nação, que sua maior aliada “é a verdade”.

Ele é outro “inocente”. Não sabe nada, nunca se envolveu com Caixa 2 e milhões da Odebrecht.

Pronto.

Um, dois, três…

Pode rir agora.

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Categoria(s): Só Pra Contrariar
sexta-feira - 14/04/2017 - 07:40h
Estadual

Baraúnas se despede com vitória sobre o Globo no Nogueirão

Do F9

Baraúnas e Globo se enfrentaram na tarde desta quinta-feira (13), no Nogueirão, em Mossoró, encerrando suas participações no segundo turno do Campeonato Potiguar.

A partida foi complementação do jogo iniciado na noite anterior e interrompido aos 14 minutos do primeiro tempo, devido a problemas elétricos nas torres de iluminação do estádio mossoroense. Como manda o Regulamento Geral das Competições, o jogo foi reiniciado às 15 horas, oportunidade em foram disputados os 76 minutos restantes, mais acréscimo. Ao final do confronto, vitória do Baraúnas venceu por 3×1.

Ítalo comemora um dos gols da vitória do time tricolor mossoroense (Foto: F9)

O Globo, que poupou todos seus titulares, lançando a campo uma formação à base do time sub-20, abriu o placar aos 27 minutos do primeiro tempo, com Gláucio cobrando pênalti cometido pelo goleiro Érico em cima de André.

A reação do Baraúnas, que teve força máxima (a exceção foi Ìtalo Roben, suspenso), só veio aos cinco minutos da segunda etapa. Em chute do meia Ìtalo, o lateral Geovani interceptou a bola com o braço, dentro da área. Na cobrança, Beleu deslocou o goleiro Dasaev para empatar.

Virada

Aos 12 minutos, o meia Ítalo recebeu passe de Alexandro dentro da área e bateu no canto esquerdo de Desaev, virando o placar para o Leão do Oeste.

A vitória leonina foi selada aos 34 minutos. O zagueiro Luis Henrique cometeu falta em Beleu dentro da área. Foi a terceira penalidade da partida. O próprio Beleu bateu com força, no alto, para fazer o último gol do Baraúnas no jogo.

Com o resultado, o time mossoroense terminou a Copa RN na sexta posição, com seis pontos, sendo essa sua única vitória no turno. Já o Globo, com oito pontos, fechou sua participação no turno na quinta colocação.

Agora, o Globo espera a definição do campeão do turno, que sairá do duelo entre ABC e Potiguar, para saber seu adversário nas finais gerais da competição.

Ficha Técnica

Campeonato Potiguar – 7ª Rodada – 2º TURNO

Baraúnas 3×1 Globo

Data: 12.04.17 (início) e 13.04.17 (conclusão)

Local: Estádio Nogueirão (Mossoró/RN)

Público pagante: 67 pagantes

Público não pagante: 10

Renda: R$ 1.065,00

Árbitro: Leandro de Sales Barchz

Auxiliares: Alex Batista da Silva e Bruno Eduardo da Silva

4º árbitro: Raí Lopo de Castro

Gols: Baraúnas – Beleu (5/2º e 34/2º) e Ítalo (12/2º). Globo – Gláucio (27/1º)

Cartão amarelo: Baraúnas – Érico e Johnson. Globo – Erick

Baraúnas
Érico; Johnson, Nildo e Luís Henrique e Deivinho; Yago (Fabiano), Ítalo, Vinícius (Alexsandro) e Beleu; Gabriel Maia e Capacete (Rony). Técnico: Ronaldo Bagé.

Globo
Desaev, Geovane, Gravatá, João Victor (Luis Henrique) e Pablo Franklin; Cosme, Erick, Eduardo e Dênis; Gláucio e André (Bebeto). Técnico: Luizinho Lopes.

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Categoria(s): Esporte
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sexta-feira - 14/04/2017 - 06:24h
Saúde

Deputado Nélter propõe criação do “Banco de Remédios”

O deputado estadual Nelter Queiroz (PMDB) protocolou Projeto de Lei (PL) na Assembleia Legislativa com o objetivo de criar no Estado  o Banco de Remédios. A ideia buscará formar estoques de remédios, oriundos de doações de pessoas física e jurídica, para serem ofertados à população potiguar de baixa renda.

Nelter apresentou projeto (Foto: AL)

Para Nelter, a formação destes estoques [com a classificação, verificação do conteúdo e prazo de validade dos remédios] será feita por médicos ou farmacêuticos da Secretaria Estadual da Saúde Pública (SESAP).

Anvisa

“Os remédios doados devem constar no rol dos medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária [ANVISA], estar em bom estado de conservação – inclusive de sua embalagem -, conter bula e prazo mínimo de 45 dias antes da data de vencimento”, disse.

Ainda segundo o parlamentar, o fornecimento destes remédios à população só poderá ser realizado dependendo da existência em estoque e mediante apresentação de receita médica original, que será arquivada no receituário do Banco de Remédios.

“Os estoques de remédios deverão ser relacionados e atualizados todas as semanas, devendo ficar disponibilizados para consulta via fac-símile, e-mail e mediante listagem impressa, para consulta no próprio Banco de Remédios”, destacou.

Com informações da Assessoria de Nélter Queiroz.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 14/04/2017 - 05:22h
Os "inocentes"

Chama o mordomo

Com tanta gente “inocente” na lista do ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), o jeito é convocarmos o mordomo.

Ele é sempre o culpado de tudo em Filme Noir.

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Categoria(s): Só Pra Contrariar
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sexta-feira - 14/04/2017 - 04:06h
Brasil

Os presidentes da República Federativa da Lama

Depois do fim do regime militar, todos os presidentes da República Federativa do Brasil patinharam na lama da corrupção.

A exceção é Itamar Franco.

Vamos à lista do bloco dos sujos:

– José Sarney;

– Fernando Collor de Mello;

– Fernando Henrique Cardoso;

– Lula da Silva;

– Dilma Rousseff;

– Michel Temer.

Aguardemos o próximo.

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 13/04/2017 - 23:59h

Pensando bem…

“A experiência é um troféu composto por todas as armas que nos feriram.”

Marco Aurélio

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Categoria(s): Pensando bem...
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