• Repet - material para campanha eleitoral - 16 de maio de 2024
domingo - 09/09/2018 - 23:58h

Pensando bem…

“Os meus maiores sucessos chegaram no seguimento de grandes fracassos.”

Barbara Corcoran

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domingo - 09/09/2018 - 14:14h
Chapa

Fernando Haddad na cabeça

Por Vonúvio Praxedes

Informação confirmada por Antenor Roberto (PCdoB), vice-candidato ao Governo do RN na chapa com Fátima Bezerra (PT), sobre chapa presidencial PT/PCdoB:

Deve ser anunciado dia 11 próximo (terça-feira) como PT segue com a campanha presidencial.

A expectativa é pelo anúncio oficial de Fernando Haddad (PT) na cabeça de chapa.

Segue a novela.

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domingo - 09/09/2018 - 12:42h
Candidatos ao Governo do RN

Relatório de pesquisa sobre segurança será entregue

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (ADEPOL/RN) irá entregar no próximo dia 11 (terça-feira), a todos os candidatos ao governo do estado, o estudo proveniente da campanha “Eu Decido a Segurança do RN”.

A entrega do relatório está marcada para as 10h30 e todos os candidatos foram convidados. Será na Assembleia Legislativa. Os pesquisadores irão apresentar os relatórios da pesquisa e em seguida os candidatos ao governo receberão em mãos os estudos.

Segundo o professor do mestrado profissional de tecnologia e inovação da Universidade Federal do RN (UFRN) e coordenador da pesquisa, Gláucio Brandão, da forma como foi abordada, a pesquisa tende a ser um marco no que diz respeito à Estatística Inteligente.

Inteligência Artificial

“A metodologia usada, baseada em Inteligência Artificial (IA), foi capaz de apontar correlações não perceptíveis pela estatística convencional”, afirma Brandão.

Segundo ele, “conseguimos gerar um árvore de decisão capaz de sugerir diretrizes para os gestores no tocante à segurança”.

Foram muitas avaliações e propostas registradas em todas as mesorregiões do estado e tudo está sendo compilado num grande documento a ser disponibilizado aos candidatos. “A campanha foi uma surpresa positiva para nós, já que não imaginávamos que o engajamento da população seria tão grande”, avaliou a delegada Paoulla Maués, presidente da Adepol/RN.

Todos os dados foram analisados e descritos por professores da Universidade Federal do RN que compõem a incubadora IN-Pacta.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
domingo - 09/09/2018 - 10:20h
Magna Letícia

Pré-candidata critica perpetuação no poder na OAB/RN

Magna: contra continuísmo (Foto: cedida)

A advogada Magna Letícia confirmou nesse final de semana que é pré-candidata a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Norte.

Durante entrevista a uma emissora de rádio da capital, ela criticou duramente a decisão do Conselho Federal da OAB de definir a cota de 30% para dirigentes da Ordem apenas para ser válida a partir de 2021.

Questionada se entraria na disputa este ano, Magna Letícia foi enfática: “Sou pré-candidata. Mas esse não é um projeto meu, represento todos os advogados que querem mudança na OAB do Rio Grande do Norte”.

E acrescentou: “A categoria não quer mais a continuidade de gestões que se perpetuam há quase vinte anos, sempre como os mesmos nomes. Represento a construção de uma nova Ordem”.

Pleito na instituição será em novembro próximo.

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Categoria(s): Gerais / Justiça/Direito/Ministério Público
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domingo - 09/09/2018 - 08:14h
Caraúbas

Campanha de Robinson Faria e Tião mexe com o interior

Para quem duvida que a campanha eleitoral deste ano possa ter espasmos do passado, com participação popular, gente em passeata, é bom conhecer Caraúbas na região Oeste do Rio Grande do Norte.

Nesse sábado (8), a chapa ao Governo do Estado com o governador Robinson Faria (PSD)-Tião Couto (PR) fez passeata com expressiva participação popular, por ruas da cidade.

Os dois candidatos caminharam, abraçaram, acenaram e dançaram ao lado de outros correligionários e populares.

Comício fechou programação em Caraúbas, na região Oeste, marcando o sábado de campanha (Foto: redes sociais)

Foto e vídeo constantes desta postagem mostram bem esse quadro. Segundo o marketing da campanha à reeleição do governador, a mobilização é a “Caravana da Verdade”, da Coligação Trabalho e Superação.

Curiosidade: no município, os aliados do governador usam o amarelo como cor padrão, no grupo do prefeito Juninho Alves (PSD), antigo aliado de Robinson Faria, em vez do azul (da identidade visual da campanha ao governo).

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Categoria(s): Política
domingo - 09/09/2018 - 07:06h
Poder

Violência contra políticos marca história do Brasil

Pelo menos quatro episódios revelam mudança em rumos do país após o registro de atentados brutais

Por Júlia Dias Carneiro (BBC News Brasil)

O ataque contra o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) não tem precedentes na história recente do país, mas a violência contra políticos marcou diversos períodos da História da República e influenciou os rumos de momentos marcantes da vida política.

Do crime passional que matou João Pessoa, candidato a vice-presidente de Getúlio Vargas, em 1930, e virou estopim para a Revolução de 1930, ao atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, em 1954, episódios de violência política têm e tiveram forte impacto sobre a opinião pública e em diferentes épocas ajudaram a fortalecer figuras e movimentos – ou a demolir reputações.

“Sobretudo em períodos eleitorais como o atual, a política mexe com a cabeça, mas também com a emoção”, diz o historiador e professor Américo Freire, do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDPC-FGV).

“Esses episódios ajudam a criar climas, modificar a imagem de pessoas, construir vítimas ou mártires. Todos esses elementos entram no imaginário da população e podem influenciar nas eleições”, considera.

Relembre alguns momentos marcantes da história da violência política no Brasil.

Atentado contra o terceiro presidente o Brasil

Prudente: turbulência (Foto: arquivo)

Prudente de Moraes assumiu a presidência quando a jovem República brasileira completava cinco anos, em 15 de novembro de 1894. Governou o país durante um período turbulento, que incluiu a Guerra de Canudos – que contrapôs o Exército e os integrantes do movimento popular de fundo religioso liderado por Antônio Conselheiro.

Após o massacre do arraial no sertão baiano e a proclamação de vitória da União, Prudente de Moraes participava de uma recepção a dois batalhões que retornavam de Canudos no Arsenal de Guerra, na atual Praça Mauá, quando sofreu um atentado.

O soldado Marcelino Bispo de Melo falhou em acertar o presidente e acabou atingindo o então ministro da Guerra, Marechal Bittencourt, que morreu esfaqueado em seu lugar.

O episódio levou o presidente a decretar estado de sítio, adquirindo amplos poderes para governar, e contribuiu para a ascensão da oligarquia cafeicultora na política nacional.

Assassinato de João Pessoa

Candidato à vice-presidência da República ao lado de Getúlio Vargas, o então presidente do Estado da Paraíba – cargo que equivalia ao de governador – foi morto a tiros pelo advogado João Duarte Dantas.

O crime tinha motivações pessoais com pano de fundo político. Opositor de João Pessoa, Dantas tivera seu escritório revirado pela polícia e seus documentos enviados para divulgação na imprensa local, com a anuência de João Pessoa. “O jornal A União, órgão oficial do governo estadual, publicou tudo na primeira página, inclusive cartas de amor, repletas de detalhes eróticos, trocadas entre Dantas e a jovem Anayde Beiriz, uma professora de 25 anos, bonita, solteira, poeta, fumante e feminista. O escândalo foi tremendo e Anayde, devastada, acabaria se suicidando”, relatam Lilia Schwarcz e Heloisa Starling em “Brasil: Uma Biografia”.

'Getúlio e sua campanha foram competentes em converter assassinato em crime político', diz cientista política (Foto: arquivo)

Para defender sua honra, Dantas invadiu a elegante confeitaria Glória, no centro de Recife, e interrompeu o chá de Pessoa com três tiros à queima-roupa. Pessoa era uma figura de prestígio político, sobrinho do ex-presidente Epitácio Pessoa, e o assassinato chocou o país.

“O assassinato tinha a ver com assuntos do coração. Mas o Getúlio e sua campanha foram muito competentes em converter o assassinato em um crime político”, diz Maria Celina D’Araújo, cientista política e professora da PUC-Rio, não descartando que algo parecido possa acontecer com o ataque a Jair Bolsonaro. “Temos um crime que muito provavelmente foi motivado por razões psiquiátricas, um fato isolado cometido por um lobo solitário, mas que pode ser reconvertido no imaginário popular como uma conspiração política”, considera.

O corpo de Pessoa foi levado de navio para o Rio, gerando ampla comoção nacional. A Aliança Liberal de Vargas – que se apresentava como oposição a Júlio Prestes, candidato que tinha forte apoio do então-presidente Washington Luís e dos poderosos cafeicultores de São Paulo – definiu o crime como político, atribuindo a culpa a aliados do presidente.

O crime foi combustível para a revolta civil e militar que depôs Washington Luís e colocou Getúlio Vargas no poder, na Revolução de 1930.

Tiros contra Carlos Lacerda

Conhecido como o “atentado da rua Tonelero”, referindo-se ao logradouro em Copacabana onde o jornalista Carlos Lacerda quase foi morto, no Rio, no dia 5 de agosto de 1954, a tentativa de assassinato desembocou em uma grave crise política e militar que culminou com a exigência da renúncia de Getúlio Vargas – e com o seu suicídio no dia 24 do mesmo mês.

Lacerda era inimigo frontal de Vargas. A tentativa de assassinato lhe custou um tiro no pé e tirou a vida do Major Rubens Vaz, seu segurança, agente da Aeronáutica. As investigações do episódio revelaram o envolvimento pessoal do chefe da guarda pessoal de Vargas, Gregório Fortunato, que acabou confessando ser mandante do crime.

“Se a morte do João Pessoa teve uma repercussão direta na Revolução de 1930, o atentado ao Lacerda foi fundamental para fortes mudanças na política brasileira, com Vargas se matando pouco depois”, diz Maria Celina D’Araujo.

Bomba no Aeroporto dos Guararapes

No dia 25 de julho de 1966, ainda no período inicial da ditadura militar, o marechal Arthur da Costa e Silva chegou ao aeroporto do Recife, em Pernambuco, como parte da campanha presidencial que realizava à época.

Costa e Silva toma posse: bomba (Foto: Senado)

Um atentado a bomba no saguão do aeroporto matou duas pessoas, feriu outras 14 e por pouco não machucou o candidato. A bomba foi colocada em uma mala abandonada no saguão, que explodiu ao ser removida por um guarda.

O jornalista Edson Régis e o vice-almirante Nelson Gomes Fernandes morreram com a explosão.

Por meio de eleições indiretas, Costa e Silva foi escolhido presidente pouco mais de dois meses após o atentado, presidindo o país de 1967 a 1969.

À época o episódio foi considerado um ataque de terroristas, mas historiadores contestam a versão oficial e consideram a possibilidade de o ataque ter sido orquestrado pelos militares para fomentar o medo entre população.

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domingo - 09/09/2018 - 05:32h

O lobo perde o pelo…

Por François Silvestre

…mas não perde o vício. Após ter escrito no meu Blog um texto condenando veementemente o atentado contra o  senhor Bolsonaro, inclusive torcendo por sua recuperação e participação na campanha, imaginando uma visão pacífica do mesmo sobre tudo isso, vejo fotos, na Net, do senhor Bolsonaro apontando os dedos em forma de armas de fogo.

Demonstrando o caráter violento da sua formação inalterada.

Isso numa cama de hospital, em estado grave de observação.

Concluo que se fosse outro o candidato agredido ele estaria rindo e dizendo: “Esfaqueou, e aí? o que quer que eu faça”.

É assim que ele reage quando a desgraça é alheia. Não me convence essa campanha “humanitária” do anjo agredido.

Foi um ato reprovável, violento, sob todos os aspectos. Mas o agredido é um profissional da violência, da intolerância e do fascismo.

A agressão sofrida não o torna manso. Pelo contrário, o mostra monstro.

Eu não queria falar mais nada sobre esse cidadão, cuja saúde desejo recuperada, mas seu comportamento num leito de hospital fotografa uma pessoa desprovida de qualquer senso de humanidade.

Nem a violência contra si mesmo o faz comedido.

É um aventureiro da desgraça que se arvora salvador da pátria. Torço pra que viva e voto pra que perca!

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Artigo
domingo - 09/09/2018 - 05:16h

A quem interessar possa

Por José Luiz da Silva

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais aproximado: o inteligente e o sabido.

O inteligente é como o grão. Se não morrer, será infecundo. A fecundidade do sabido é feita na cotidianidade dos seus sonhos.

O inteligente é aritmético. Consegue sobreviver. O sabido é geométrico. Quase sempre vive sobre.

O inteligente é polivalente na ordem do conhecimento. O sabido, na ordem do aproveitamento.

O inteligente é grosseiro às vezes, mas humano, profundamente humano. O sabido se irrita, mas é sempre fino. Fino e aderente. Sobretudo ao poder. E quando eu falo em Poder, não me refiro pura e simplesmente ao Sistema. Me refiro ao poder, podendo. Feito de números. Sobretudo de números.

O inteligente pode ser desligado. O sabido, nunca.

O inteligente gosta de se encontrar com velhos amigos. O sabido prefere localizar novos. Se vão lhe render dividendos.

O inteligente é simples. O sabido é complexo. Chegar a ele, às vezes não é fácil. O mundo é dos sabidos. A vida, dos inteligentes. Na sua intensidade.

A ambição do inteligente é limitada. Porque limitada, nem consegue ser ambição. O sabido é, sobretudo, ambicioso, explicação maior do seu sucesso. O inteligente poderá ser sábio. O sabido, jamais.

A fé do inteligente é escatológica. Do sabido, circunstancial.

O inteligente não consegue ser audaz. A ousadia, porém, é o oxigênio do sabido.

O inteligente aguarda a morte como passagem; para o sabido, ela não é objetivo de cogitações.

O inteligente gosta de bibliotecas; o sabido, de computadores.

O inteligente sonha com Paris, escreve maravilhosamente sobre Paris, mas suas notas são escritas em Tibau ou na Redinha.

O sabido dorme em Lisboa, acorda em Hong-Kong e janta em Ponta Negra.

O inteligente sorri. E no sorriso se esboça a silhueta da paz. O sabido ri. E ri gostosamente.

O inteligente tem saudades; o sabido, nostalgia.

O inteligente mergulha no silêncio. O sabido vira taciturno.

O inteligente fica só, para estar com os outros; o sabido, para libertar-se deles.

O inteligente cria; o sabido amplia.

O inteligente ilumina; o sabido ofusca.

O inteligente pensa em canteiros de flores; o sabido, em projetos de reflorestamento.

O antônimo de inteligente é burro, de sabido é besta; às vezes (quem sabe) viram sinônimos.

Ser, para o inteligente é fundamental. Parecer, para o sabido é prioritário. E como vivemos no mundo das aparências, nele o inteligente não terá vez. Desde que mude os seus critérios. Aí então, aflora a crise do desencanto. É quando a mediocridade se entroniza, o supérfluo se instala e a inteligência se rende. A não ser que o inteligente se chame Unamuno, reitor imortal. Por isso, ele foi magnífico. Do contrário não teria sido reitor, mas feitor. E de feitores o Brasil está cheio. Sabidos, por sinal.

Sabido é Diógenes da Cunha Lima. Inteligente é Jarbas Martins.

Cascudo é inteligente. Sabida é sua entourage.

Inteligentes são Zila Mamede e Otto Guerra. Inteligente é Waldson Pinheiro. Inteligente foi Miriam Coeli. Inteligente é Padre Ônio (de Cerro Corá) e Dom Heitor (de Caicó). Inteligente foi Dom Costa (de Mossoró). Inteligente foi o pastor José Fernandes Machado. Inteligente é Anchieta Fernandes. Inteligente é Vingt-un.

O inteligente compra livros. O sabido, ações.

Para o sabido, as letras que realmente valem são letras de câmbio. Inteligente é quem trabalha para viver razoavelmente. Sabido é quem consegue que outros trabalhem para que ele viva maravilhosamente. O inteligente sua. O sabido transpira.

O inteligente acorda cedo. Para ele, Deus ajuda a quem madruga. O sabido acorda tarde. Outros madrugam por ele.

Sem o inteligente, o que seria do sabido?

Inteligentes são Manoel Rodrigues de Melo e Raimundo Nonato.

Sabido é Paulo Macedo. Também “imortal”.

Inteligente é Dorian Jorge Freire. Sabido é Canindé Queiróz.

Inteligentes são Eulício e Inácio Magalhães. Inteligente era Hélio Galvão.

Sabido é Valério Mesquita. Inteligentes eram José Bezerra Gomes e João Lins Caldas.

Inteligente foi Jorge Fernandes. Sabido, Sebastião.

Inteligente é Erasmo Carlos. Sabido é Roberto.

Inteligente foi Garrincha. Sua inteligência, porém, não foi além de suas pernas. Com elas, encantava. Sabido é Pelé. Transformou suas pernas em objeto de lucro. Não é a toa que a cidade de Garrincha se chama Pau Grande. E Pelé nasceu onde? Não foi em Três Corações? Ao mesmo tempo pode amar Xuxa, o Cosmos ou as audiências na Casa Branca.

Há um campo, porém, onde o número de sabidos é pródigo. Mas pelo menos hoje, eu não quero pensar nos inteligentes e sabidos quando se trata de competição eleitoral. Aqui, o sabido leva sempre vantagem.

Quem não se lembra de 74?

O inteligente não era Djalma? Sabido, porém, foi Agenor. E o povo do RN optou por quem? Pelo inteligente ou pelo sabido?

José Luiz da Silva, ex-padre, escritor (na foto, já falecido)

* Texto originalmente publicado no dia 14 de Agosto de 1983 no jornal “O Poti” e posteriormente no Blog Carlos Santos em 6 de Setembro de 2009.

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domingo - 09/09/2018 - 04:42h

Cangaço, coronelismo e fanatismo são manifestações do poder

Por Honório de Medeiros

O coronelismo e o cangaço, assim como o fanatismo (misticismo) tão característicos de certo período histórico do Sertão nordestino brasileiro, são manifestações do fenômeno do Poder, de como ele é obtido, se instaura  e é mantido em qualquer circunstância.

A forma como o Poder se instaura diz respeito a fatores circunstanciais, mas o conteúdo permanece o mesmo desde que o Homem surgiu na face da terra.

Exemplos que comprovam essa afirmação são quaisquer processos políticos que aconteceram ao longo da história, tais quais os descritos em farta literatura acerca de Atenas, Roma, a Inglaterra vitoriana, ou qualquer outro que seja. A forma se modifica ao longo do tempo em decorrência do avanço tecnológico, por exemplo.

Se antes o Homem combatia com arcos e flechas, hoje usa mísseis teleguiados.

Assim, o coronelismo, o cangaço e o fanatismo são “cases” do fenômeno do Poder próprios de uma determinada circunstância histórica. São semelhantes, em sua estrutura, ao feudalismo europeu e japonês.

As narrativas acerca do coronelismo, cangaço, e fanatismo devem ser estudadas levando-se em consideração o fator de “ocultamento” que é próprio da lógica de atuação dos que detêm o Poder. Nesse sentido, escrever, omitir, manipular, direcionar os textos, tudo isso e mais, cumprem o papel de impor a lógica dos que podem impor sua percepção das coisas e dos fenômenos.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, é difusa, porém persistente, a concepção de que os coronéis da política eram homens afastados da lide com o cangaço, bem como é persistente a concepção de que o cangaço, excetuando a invasão de Mossoró por Lampião, pouca relevância teve no Rio Grande do Norte.

São “esquecidos” José Brilhante, o Cabé; Jesuíno Brilhante; a invasão de Apodi por Massilon; a invasão de Mossoró por Lampião e Massilon; e a morte de Chico Pereira.

Não se estuda, como deveria ser estudado, a invasão de Apodi por Massilon e sua relação com a invasão de Mossoró por Lampião pouco mais de um mês depois. Bem como não se estuda a participação do coronelato da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte no evento.

E perdemos todos pois, na verdade, em essência, o que se deve estudar quando analisamos fatos históricos como esses, é o fenômeno do Poder, tão onipresente quanto a existência do Homem na face da terra.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo
domingo - 09/09/2018 - 03:40h

Campanha eleitoral

Por Odemirton Filho

Quem gosta de política lembra-se, com saudade, das campanhas eleitorais de outros tempos.

Em minha memória guardo a campanha ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, em 1982, entre Aluízio Alves (Cigano Feiticeiro) e José Agripino (Jajá).

Ainda criança, lembro-me da magia que cercava aqueles momentos, levado pelos meus pais para acompanhar essas movimentações políticas.

Decerto não entendia nada, gostava era de ver as figuras que faziam a alegria das movimentações políticas. Ramos de árvores nas mãos dos eleitores, o homem do carneiro verde, discursos inflamados, passeatas com uma multidão a perder de vista.

Candidato ao Senado Carlos Alberto de Sousa, governador Lavoisier Maia, ex-governador Tarcísio de Vasconcelos Maia e José Agripino Maia com o filho Felipe Maia nos braços na campanha eleitoral de 1982 no RN (Foto: autoria não identificada)

A tradicional descida do Alto de São Manoel sempre foi o ponto alto das campanhas em Mossoró. O candidato que conseguisse reunir maior número de pessoas estava a um passo de ser eleito, segundo a lenda eleitoral.

Era, sem dúvida, uma festa popular.

A campanha de 1986 entre João Faustino (João do Coração) e Geraldo Melo (o Tamborete) foi memorável. Ali, já adolescente, me envolvi com maior atenção, pois tínhamos tido, recentemente, a redemocratização do país.

Até hoje não ouvi uma música de campanha que embalasse tanto os eleitores como as do “tamborete”, que “soprava o vento forte”.

Existia, em Mossoró, o chamado Largo do Jumbo, onde hoje se localiza o Ginásio de Esportes Engenheiro Pedro Ciarlini Neto.

Naquela época era possível a realização dos showmícios. O candidato que contratasse um cantor de nome nacional conseguiria impressionar, pois reuniria um número maior de pessoas, não necessariamente seus eleitores.

Simultaneamente tínhamos dois comícios. Um realizado no Largo do Jumbo e o outro no Largo da Cobal. As pessoas, então, ficavam circulando entre um e outro, para ver qual tinha mais gente e curtir as atrações musicais.

Em 1988 a disputa foi entre Laíre Rosado, o favorito, e Rosalba Ciarlini, a novidade. Em uma campanha acirrada que teve a adesão do prefeito Dix-Huit Rosado, a “Rosa” sagrou-se vencedora.

Mais uma vez acompanhei tudo de perto. Naquela campanha o Partido dos Trabalhadores (PT) lançou Chagas Silva/Zé Estrela a prefeito e vice-prefeito de Mossoró.

Em um arroubo de minha juventude, depois de uns goles a mais, fui repreendido pelo meu saudoso avô Vivaldo Dantas, comunista histórico, quando menosprezei uma movimentação do PT que se fazia em frente à sua residência.

Na campanha de 1989 votei pela primeira vez. Era o “Caçador de Marajás”, Fernando Collor, contra Lula, em sua primeira disputa à Presidência da República.

Em 1992 tudo caminhava para a vitória de Luiz Pinto, candidato de Rosalba, contra o ex-prefeito Dix-Huit Rosado. Porém, apresentando toda sua força, o “velho” alcaide mostrou que era a grande liderança de Mossoró e foi eleito para um terceiro mandato.

Para mim essas campanhas eleitorais são inesquecíveis.

Com o passar dos tempos a alegria dos comícios foi substituída pela responsabilidade que deveria ter ao escolher os meus representantes. Era mais do que uma festa.

Sem dúvida, nas cidades interioranas todos têm suas campanhas favoritas. Quanto menor a cidade, maior o acirramento. Move-se pela paixão, não pela razão.

No dia de eleição, ao sair às ruas, se as cores do seu partido estivessem em maioria, provavelmente o candidato ganharia. A pesquisa, nas cidades pequenas, era feita de acordo com a quantidade de camisas no dia da eleição.

Quem não se lembra das vigílias na véspera do dia da eleição? Os correligionários dos candidatos passavam à noite percorrendo os bairros da cidade, “vigiando” os adversários para que não praticassem a compra de voto.

As pessoas ficavam nas calçadas durante toda a madrugada a espera de um agrado dos candidatos.

Hoje a realidade é outra. As campanhas eleitorais saíram das ruas e estão nas redes sociais. O medo de ir às ruas para acompanhar uma movimentação política impede uma maior concentração de eleitores.

Ademais a sociedade encontra-se em desalento, pois há tempos que vem sendo manipulada pelas falsas promessas que ano após ano se repetem.

A intolerância é marca registrada da campanha eleitoral deste ano. A violência campeia. Chegamos ao absurdo de um candidato ser esfaqueado e uma mobilização de outro ser alvejada por tiros disparados a esmo.

Outros tempos. A festividade de outrora perdeu o brilho.

O rigor da legislação eleitoral, para se evitar os muitos abusos que eram praticados, arrefeceu as mobilizações políticas.

A sociedade parece que cansou do circo.

Agora, mais do que nunca, precisa é do pão.

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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sexta-feira - 07/09/2018 - 23:56h

Pensando bem…

“Suportem as dificuldades do seu estado atual, vivam e se reservem para um destino melhor.”

Virgílio

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sexta-feira - 07/09/2018 - 23:50h
Itep

Governo publica nomeação de aprovados em concurso

Em atendimento à decisão judicial a partir de recomendação do Ministério Público do RN (MPRN) – veja AQUI, o Governo do RN publica nesta sexta-feira  (7) no Diário Oficial do Estado (DOE), a nomeação de 164 novos servidores para cargos efetivos no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP).

O concurso “foi realizado com fundamento no Edital nº 003/2017-SEARH/SESED, publicado no D.O.E nº 14.036 de 24 de outubro de 2017, homologado através de publicação no D.O.E nº 14.228, de 08 de agosto de 2018”.

Os aprovados vão ocupar cargos de provimento efetivo de Agente de Necrópsica, Agente técnico Forense, Perito Criminal, Perito Médico Legista e Perito Médico Psiquiatra.

Veja a publicação com detalhes quanto à convocação, clicando AQUI.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 22:20h
Justiça Eleitoral

REDE não se entende com Styvenson e chapa ao Senado

As escaramuças entre o partido REDE Sustentabilidade e o seu filiado e candidato ao Senado, Capitão Styvenson Valentim, ganham novo capítulo.

O juiz federal a serviço do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Francisco Glauber Pessoa Alves, deu despachos pedindo que o partido explique o porquê do pedido de mudança da segunda suplência de Styvenson Valentim e do requerimento à sua habilitação e do advogado Alisson Taveira Rocha Leal no caso.

A coronel da Polícia Militar, Margarida Brandão, teria sido descartada da segunda suplência por “possível ausência de filiação partidária”.

Esta semana, Rede e Styvenson entraram em luta de versões sobre a postura do candidato em relação ao restante das chapas majoritárias do partido. Até ameaça velada de retirada da candidatura do Capitão Styvenson chegou a existir (veja AQUI).

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sexta-feira - 07/09/2018 - 19:22h
Natal

Manifestação dá apoio ao candidato Jair Bolsonaro

Em pleno feriado de 7 de Setembro, em Natal, simpatizantes da candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) fizeram carreata por diversas ruas e avenidas de Natal.

Um dos organizadores da mobilização foi o general Eliéser Girão (PSL), ex-secretário de Segurança do Estado e da Prefeitura Municipal de Mossoró nas gestões Rosalba Ciarlini (PP).

Ele é candidato à Câmara Federal.

Leia também: Jair Bolsonaro é esfaqueado em Minas Gerais.

Leia AQUI as notícias mais recentes sobre a situação de saúde do candidato Jair Bolsonaro. Boletim médico emitido pelo Hospital Albert Einstein, para onde ele foi transferido, resume melhorias nas condições clínicas do paciente, que esteve à beira da morte em Juiz de Fora (MG), onde foi atacado à faca.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 19:04h
Mossoró/Natal

Natália Bonavides faz campanha com Isolda Dantas

Natália Bonavides e a sindicalista Eliete Vieira em Mossoró (Foto: cedida)

Nome forte à Câmara Federal, a vereadora natalense Natália Bonavides (PT) participou do 24º Grito dos Excluídos à manhã de hoje em Mossoró.

A mobilização se inclui no cortejo do Dia 7 de Setembro, no centro da cidade.

Natália faz dobradinha em Mossoró e região com a vereadora de Mossoró Isolda Dantas (PT), que é candidata a deputado estadual.

Em contrapartida, puxa Isolda somar à Assembleia Legislativa em Natal.

Em 2016, Natália foi eleita vereadora de Natal com 6.202 votos.

Foi a mais bem votada da história do partido no Rio Grande do Norte e a primeira no âmbito da Câmara Municipal da capital.

Ela integra a Coligação Do Lado Certo – formada por PT, PCdoB e PHS.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 18:34h
Mossoró

Sete de Setembro tem 24º Grito dos Excluídos com a “Rosa”

"Rosa" voltou a ser usada (Foto: Sindiserpum)

No desfile cívico do 7 de Setembro hoje pela manhã em Mossoró, uma das atrações foi o 24º Grito dos Excluídos, que reúne movimentos sociais, populares e servidores públicos, além de políticos.

Outra vez, quem chamou a atenção foi a boneca gigante “Rosa de Hiroshima”, alusão à prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP).

A primeira vez que ela foi utilizada ocorreu dia 2 de junho, na abertura do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2018, em evento denominado de “Pingo da Mei Dia” (veja AQUI).

Crítica

Dessa feita, a mobilização criticou incisivamente a precarização de serviços municipais, como em relação à merenda escolar e escassez de remédios básicos em unidades de Saúde, além de dois anos seguidos sem reajustes salariais.

A boneca foi encomendada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) a um artesão seridoense.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 17:52h
Carlos Eduardo

Campanha prepara grande evento para reta final

Comando da campanha de Carlos Eduardo Alves (PDT) ao Governo do RN prepara um amplo encontro estadual com colaboradores/candidatos.

Ideia é produzir um amplo trabalho motivacional para últimas semanas de campanha.

Evento acontecerá em Natal nos próximos dias.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 17:10h
Câmara Federal

Após tragédia pessoal, candidato tem nítido crescimento

Benes: federal (Foto: arquivo)

É perceptível e nítido o crescimento da candidatura à Câmara Federal do ex-prefeito de Lajes e ex-presidente da Federação dos Municípios do RN (FEMURN) Benes Leocádio (PTC).

Lenitivo insignificante, que se diga, à tragédia pessoal e familiar insanável que viveu há poucos dias (veja AQUI).

Leocádio tem recebido apoios dos mais diversos matizes partidários, de municípios e regiões do estado, como dobradinhas com os deputados estaduais Hermano Paiva (MDB) e Gustavo Fernandes (PSDB).

Seu partido faz parte da Coligação Trabalho e Superação – do rol de legendas em torno do governador Robinson Faria (PSD).

O candidato chegou a ser anunciado como vice de Robinson, mas por pressão do comando nacional de seu partido acabou mantido à Câmara Federal (veja AQUI).

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sexta-feira - 07/09/2018 - 16:34h
Exoneração em massa

“Sobras” da Assembleia Legislativa podem ir para Executivo

A Assembleia Legislativa deverá fazer enorme economia este ano, com considerável redução em sua folha de pessoal. Além do discreto enxugamento no quadro de pessoal, que acontece desde o final do ano passado, há promessa de que 1.123 cargos comissionados irregulares sejam cortados com brevidade.

Resta saber se o encolhimento de gasto resultará em devolução das “sobras” ao Executivo ou se será “queimado” em outras modalidades de gastos, longe do real papel desse poder. A propósito, a própria AL não divulgou de quanto será o impacto dessa poupança “forçada”.

Auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) concluída em julho constatou que na folha de pagamento de maio de 2018 haviam 1.667 cargos comissionados e 544 servidores efetivos, uma proporção de 75,4%  cargos de confiança para 24,6 % efetivos.

Sob pressão, a AL vai tirar o excedente de 1.123 servidores (Leia: Assembleia Legislativa começa a exonerar mais de mil comissionados).

Vale ser lembrado que atraso salarial que aflige servidores do Governo do Estado desde o janeiro de 2016 (veja AQUI), nunca atingiu os componentes da Assembleia Legislativa. Deputados e servidores estão com salários em dia e já receberam adiantamento de parte do 13º salário de 2018.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 16:00h
Brasil

Uma reflexão sobre nós mesmos

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quinta-feira - 06/09/2018 - 23:56h

Pensando bem…

“Todos têm direito de se enganar nas suas opiniões. Mas ninguém tem o direito de se enganar nos fatos.”

Bernard Baruch

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quinta-feira - 06/09/2018 - 21:26h
RN

Assembleia começa a exonerar mais de mil comissionados

Por Isabela Santos (Agência Saiba Mais)

A Assembleia Legislativa iniciou a exoneração dos 1.123 cargos comissionados que excedem, segundo a legislação, o número máximo de servidores contratados sem concurso público. Auditoria do Tribunal de Contas do Estado concluída em julho constatou que na folha de pagamento de maio de 2018 haviam 1.667 cargos comissionados e 544 servidores efetivos, uma proporção de 75,4%  cargos de confiança para 24,6 % efetivos.

A lei determina que essa relação deve ser de 50% mais 1 para servidores concursados.

Assembleia Legislativa convive com situação bastante delicada, com muitos privilégios (Foto: AL)

A partir dessas informações, o TCE determinou a exoneração dos servidores comissionados excedentes até que a proporção legal seja atingida. Na primeira leva foram exonerados 13 servidores comissionados entre terça e quarta-feira. A ALRN decidiu iniciar as demissões pelos casos de nepotismo.

No processo, foram analisados os meses entre fevereiro e abril de 2016. Naquela época 160 núcleos familiares foram identificados, totalizando 343 pessoas, mas as situações consideradas realmente irregulares somaram 190.

Entram na primeira leva de demitidos apadrinhados dos deputados estaduais Raimundo Fernandes, José Dias, Gustavo Fernandes e Tomba Farias, todos do PSDB, além de Ricardo Motta (PSB), de Galeno Torquato (PSD) e do prefeito de Natal e ex-deputado Álvaro Dias (MDB).

A lista de exonerações de parentes motivadas pela decisão do TCE deve aumentar nos próximos dias. Além deles, outros nomes devem sair da folha, já que a auditoria realizada em 2016 constatou que o número de cargos de confiança nomeados sem concurso público na Casa é mais de três vezes superior à quantidade de funcionários efetivos contratados por concurso público, o que é proibido por lei.

Galeno Torquato teve que exonerar Jarbas Ferreira da Silva, que tinha o cargo de assistente político e direito a quase R$ 15 mil brutos por mês quando somados os vencimentos básicos mais as vantagens. Outros dois irmãos de Jarbas também aparecem na folha de pagamento da Assembleia. João Ferreira da Silva Júnior por enquanto segue no gabinete de Galeno. Ele é assessor especial 2 e recebe cerca de R$ 10 mil por mês. E Eva Lúcia Ferreira da Silva, em 2016 estava na CRH.

Bons salários

O ex-deputado Elias Fernandes Neto, pai do deputado Gustavo Fernandes, em 2016 era nomeado como secretário legislativo da Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH), além de receber um tipo de aposentadoria parlamentar. Agora foi exonerado do cargo de diretor administrativo, que tem vencimento básico de R$ 17 mil, mais R$ 1.900 em auxílios e benefícios.

Em 2016, lotado no gabinete de Álvaro Dias, atual prefeito de Natal, Alex Sandro de Brito Galvão Almeida foi mais um caso de nepotismo apontado pelo TCE. Ele se manteve até esta semana nomeado no cargo de assessor consultivo 3, que tem vencimento de R$ 5.600 mais benefícios de R$ 1.700. A tia Sandra Maria dos Santos Galvão Azevedo continua com o cargo de assessora consultiva 2, recebendo R$ 5.950 mais 1.792,74 em benefícios. Até julho de 2017, a mãe dele, Lucílea Galvão Ribeiro, também tinha um cargo na Assembleia.

Glaucia Jamille Gomes Guedes Paiva perdeu o cargo de agente legislativo 3 na CHR, com os R$ 2.640 mensais, mais R$ 1.531,20 de benefícios. Ela é filha de Antônio Guedes da Fonseca Neto, que até setembro de 2017 era assessor especial do deputado Ricardo Motta. O tio dela, Roberto Guedes da Fonseca, mantém cargo de assessor administrativo na CHR e salário de mais ou menos R$ 4 mil.

Jeová Carneiro Alves Filho deixou o cargo de auxiliar político na CRH, com soma de vencimento e vantagens que chegavam a R$ 3.310. Ele é irmão de Pedro Marcelo Melo, que continua assessor especial do deputado Tomba Farias, recebendo em torno de R$ 10 mil por mês.

O gabinete do deputado José Dias dispensou José de Anchieta Jácome, que era assistente político desde 2014 e costumava receber em torno de R$ 4.500. Ele é pai Thiago Rogério de Melo Jácome, admitido um ano depois na CRH como assistente plenário. Hoje é chefe de Divisão de Licitações e recebe vencimentos de R$ 7 mil, além de 1.554,04 em auxílios e benefícios.

O gabinete do deputado Raimundo Fernandes coleciona casos de nepotismo. A filha Patricia Cristina Diógenes Fernandes foi exonerada do cargo de assessora especial 1, graças ao qual recebia vencimento básico de R$ 15.470, além de benefício no valor de R$ 1.700.

Maria Gizenilda Diógenes Freitas também foi exonerada do gabinete do peessedebista. Ela era assessora especial parlamentar, recebendo mais de R$ 10 mil em salário e benefícios, e é mãe do chefe de gabinete, Guto Grácio Diógenes Freitas Chaves, que segue recebendo seus mais de R$ 11 mil mensais, já com descontos.

Nepotismo

Laura Raissa da Silva Alves foi exonerada do mesmo gabinete. Como assessora especial 2, ela recebia vencimento básico no valor de R$ 9.300 e benefícios de R$ 1.200. Dois irmãos de Laura também são ligados ao deputado. Arlyton Bruno Silva Alves continua na Assembleia com cargo e salário iguais aos da irmã. E Alyson Cleiton Da Silva recebeu salário como motorista do gabinete entre janeiro de 2013 e junho de 2016.

Já Tyciana Pessoa Fernandes de Lima, assessora consultiva 1, com vencimentos que superam os R$ 8 mil, estava no setor de Recursos Humanos. Entretanto, seu irmão Felipe Vitorino de Lima Júnior continua auxiliar político do gabinete de Raimundo Fernandes.

Wanessa Fernandes da Costa foi exonerada por ser irmã de Wolglan Fernandes da Costa, que tem cargo comissionado na Casa desde 2009. Ambos assistentes consultivos, com salários em torno dos R$ 3 mil.

Pedro Fernandes de Queiroz tinha cargo comissionado desde 2005 na Assembleia. Ele era assistente consultivo 2, recebendo aproximadamente R$ 4.500, enquanto sua irmã Francisca Lucia Fernandes Alves é chefe de Núcleo de Arquivo e tem direito a R$ 7.900.

E o exonerado João Paulo Dutra Gomes era auxiliar político na CRH. O irmão Paulo Sérgio Dutra Gomes é assessor administrativo no mesmo setor.

São 343 pessoas com familiares na Casa, mas a lista conta com 353 admissões, porque entre fevereiro e abril de 2016 alguns foram exonerados e renomeados. O presidente Ezequiel Ferreira (PSDB) assinou 145 nomeações. O deputado Ricardo Motta, presidente entre 2011 e 2015, hoje 1º vice-presidente, assinou outras 41 nomeações. Os demais atos de nomeação não foram identificados.

Ambos também receberam comissionados da lista do nepotismo em seus gabinetes.

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