domingo - 14/10/2018 - 21:20h
Educação

IF de Pau dos Ferros forma apicultores e muda região

Reportagem especial do Globo Rural neste domingo (14) mostra importância de escola federal no RN

Do Globo Rural

No sertão de Pau dos Ferros, no Grande do Norte, divisa com o Ceará, uma escola profissionalizante virou marco na paisagem e símbolo de esperança. Lá é ministrado o primeiro – e único – curso de apicultura de um instituto federal do país.

Curso técnico em apicultura em instituto federal em Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte (Foto: Reprodução/TV Globo)

A estrutura é de fazer inveja a muita escola de elite mundo afora. Grande parte da eletricidade que consome é gerada lá mesmo, captando luz solar nos telhados. O Instituto Federal Rio Grande do Norte (IFRN) tem ainda ar condicionado e aparelhagem completa de data show, com telão e controle remoto para os professores, em todas as salas.

As turmas fazem Ensino Médio completo, incluindo aulas de língua estrangeira. Classes de música também estão na grade de ensino. Mas os estudantes não recebem apenas a educação padrão, aprendem junto uma profissão.

Além do curso de apicultura, eles podem escolher o curso de tecnologia de alimentos e de informática.

Dos 1 mil alunos do instituto, 250 cursam apicultura. A seleção é concorrida e, do total de vagas, 50% são reservadas para alunos de escolas públicas.

João Victor, filho de agricultores (Foto: reprodução BCS)

Segundo a diretora Antônia Francimar da Silva, de cada dez alunos, sete vêm de classes mais populares.

É o caso do João Victor Pires da Silva, filho de agricultores, que acorda às 4h30 e viaja 60 quilômetros todos os dias, de moto e ônibus, para chegar à escola.

Também é o caso de José Kelvin de Araújo Silva, filho de um conhecido tapioqueiro da região, José Zildomar Silva, chamado de Zé Tapioca.

A instituição provoca na região uma transformação parecida com a que acontece quando chove na caatinga, quando a vida explode e fica tudo verdinho. Com educação de excelência, a juventude floresce e a cidadania frutifica.

Apicultura do campo à indústria

O curso de apicultura vai na vida real das profissões, para que o aluno já possa, se for o caso, ter um ganha pão longo que conclui o Ensino Médio. Por isso, as aulas práticas são intensas.

Em um dos experimentos práticos, por exemplo, os estudantes desenvolvem estruturas que simulam ninhos para que os apicultores possam criar as abelhas solitárias, sem ferrão e que não formam enxames, que polinizam com mais eficiência algumas culturas e também têm papel importante na preservação da vegetação nativa da região. Já foram coletadas no instituto cerca de 300 dessas abelhas, de 15 espécies diferentes.

Além de técnicas de produção, propriamente, o curso oferece também uma formação mais científica sobre os chamados aspectos físico-químicos dos derivados da abelha, com muita pesquisa de laboratório. É que só uma análise técnica pode indicar a qualidade do mel.

“Por que ter aulas com todo esse conhecimento de análise? Porque enquanto técnicos eles podem prestar consultoria aos produtores, para já dividir e classificar (o mel)”, diz a química e professora do instituto Luciene de Mesquita Carvalho.

IFRN de Pau dos Ferros é um privilégio quando na verdade deveria ser um direito comum no país (Foto: reprodução BCS)

Poderão também prestar consultoria para solucionar um desafio que, na caatinga, é maior que em outras regiões do país, a falta de pasto apícola causada pelos longos períodos de estiagem.

Nas classes, os alunos aprendem a produzir o chamado “bife das colmeias”. Trata-se de uma pasta feita de albumina, uma proteína presente no ovo, da qual os insetos passam a se alimentar quando não encontram mais néctar nem pólen na vegetação ao redor.

Diferentes tipos de alimentação artificial para as abelhas vêm sendo testadas em laboratório há três anos pelo professor do instituto e biólogo Antonio Abreu.

Formação que abre mercado

A educação integrada com formação profissional atraiu novas empresas, novos negócios, novos empregos na região de Paus dos Ferros.

Em um sítio em Marcelino Vieira, os produtores vivem um momento histórico. Fazia seis anos que a caatinga, o semiárido do Alto Oeste do Rio Grande do Norte não via chuva. Com ela, a agricultura voltou e a apicultura também.

Eles acabaram de realizar a primeira safra de mel deste ano: cerca de 10 toneladas, um resultado até bom diante do baque que os enxames sofreram com a longa estiagem.

Dois fatores contribuíram para a reviravolta que estão dando, além do clima: o conhecimento prático do seu Antonio Medeiros, o pioneiro que 30 anos atrás começou a montar apiários na região e, sobretudo, a contribuição do curso do curso que o apicultor Euzir de Queiroz fez. Ele se formou na primeira turma de apicultura do IF, em 2015, e aprimorou várias técnicas para manter e fortalecer os enxames na época que não tem florada.

Produto teve crescimento este ano (Foto: reprodução BCS)

“Antes eu era criador e com o curso eu adquiri o conhecimento teórico. E hoje vejo isso como fundamental para o crescimento dos meus enxames”, avalia Euzir.

E o dinheiro do mel ficou importante na região. “Com ele é que a gente mantém a criação de gado, que compra a ração dos animais, para quem tira leite especialmente. Ele é importante demais para a gente”, diz Antonio.

Educação que amplia horizontes

Mas nem todos os alunos do instituto pretendem abraçar a profissão aprendida ali. Segundo a diretora, pela qualidade do ensino, muita gente procura o curso profissionalizante como plataforma para a universidade.

O José Kelvin, por exemplo, quer ser psicólogo. Há mais de 50 alunos que saíram do IF para fazer medicina e mais de cem fazendo engenharia.

“A qualidade do ensino que é ofertado aqui é que proporciona isso. Ele (o estudante) pode até não ser o apicultor (…) mas ele vira um engenheiro agrônomo, um engenheiro de produção, um médico, um enfermeiro, um advogado”.

Porém, boa parte da turma de apicultura sonha em trabalhar com as abelhas, como João Victor.

“Antes de entrar no curso de apicultura, eu não me via como apicultor, eu não sabia, na verdade, a definição de apicultura. Hoje eu posso afirmar que sou apaixonado pela apicultura.”

Veja a reportagem completa (em vídeo) que foi veiculada no programa Globo Rural da Rede Globo de Televisão neste domingo (14), clicando AQUI.

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domingo - 14/10/2018 - 11:34h
Genocídio

A fábrica de extermínio em massa de Adolf Hitler

Escritor mostra como a morte de milhões de judeus se tornou uma "necessidade" da máquina de guerra

Por Luís Antônio Giron (IstoÉ)

O historiador e documentarista inglês Laurence Rees, de 61 anos, se tornou especialista no Holocausto judeu porque ficou intrigado com o surgimento e o progresso do monstruoso modo de produção e destruição nazista. Por isso, sentiu necessidade de compreendê-lo para estabelecer uma interpretação racional de um dos maiores monumentos à incoerência, à violência e ao genocídio.

Sua pesquisa durou 25 anos e resultou no livro “O Holocausto — Uma Nova História”, lançamento da Editora Vestígio. Rees entrevistou centenas de sobreviventes, soldados e oficiais nazistas responsáveis pelos campos de concentração. Tratou de organizar depoimentos inéditos em uma narrativa que busca explicar o nexo entre a chamada “solução final” e a dinâmica da guerra. O resultado é uma história sistemática de um tema muito abordado, mas, até agora, superficialmente analisado.

Rees descortina o nascimento do monstro e o descreve do seguinte modo: no final de 1941, o exército alemão dava aos primeiros sinais de que começava a perder a Segunda Guerra Mundial para os Aliados. Era preciso incentivar a produção das indústrias do Terceiro Reich com um aporte numeroso de mão de obra produtiva — e eliminar aqueles que atrasavam o avanço econômico, como os deficientes físicos e mentais, além da população de judeus. O chanceler alemão Adolf Hitler acreditava que o afluxo de migrantes judeus inviabilizaria o estoque de alimentos e resultaria em fome para toda a população.

Três anos antes, na Conferência de Evian, convocada pelo presidente americano Franklin Delano Roosevelt, que reuniu representantes de 32 países no balneário francês, Hitler havia proposto que todos os países acolhessem os judeus radicados na Alemanha. Ele os culpava por terem desencadeado a Primeira Guerra Mundial.

O Führer (em alemão, “condutor”, “guia”, “líder”) se dispusera a expulsar os judeus aos países que simpatizassem com eles, “até em navios de luxo”, como declarou. Mas ninguém aceitou recebê-los, fato que Rees identifica como um dos dois fatores causadores do Holocausto, como ficou conhecido o extermínio judeu, além do de outras populações, como poloneses, ciganos e minorias, como os homossexuais.

O segundo fator foi a crescente escassez de recursos da Alemanha. Isso acelerou a construção da indústria da morte nazista.

Adolf Hitler em rara aparição no fim da guerra: atribuiu a derrota aos judeus (Crédito:Walter Frentz)

“Evian foi um momento crucial do Holocausto”, diz Rees em entrevista.

“Por que os Aliados não tomaram providências? Ainda que o restante dos países tenha se manifestado de forma simpática, agiram muito pouco. Mesmo assim, ainda era cedo para imaginar os horrores que se seguiriam.”

Van de gás

Com o recrudescimento da guerra, os nazistas se sentiram obrigados a pôr em prática o extermínio. A solução foi encontrada por Hans Frank, chefe do Governo Geral. “Os judeus devem desaparecer”, disse. “São tremendamente prejudiciais a nós devido à quantidade de comida que devoram.” Para conter a escalada que colocava em risco a vida dos “arianos”, Frank criou o primeiro dispositivo para matar judeus: a van de gás. O veículo passou a transportar deficientes físicos e mentais, crianças e mulheres.

Enquanto a viagem ocorria, gás carbônico era despejado no compartimento traseiro, matando os passageiros, que eram enterrados no caminho. Morreram centenas, mas as vans chamavam atenção e não davam conta da demanda.

Para resolver o problema, os nazistas inauguraram uma câmara de gás fixa em Chelmno, na Polônia. Foi o primeiro dos 48 campos de concentração que se espalhariam pelo Reich e assassinariam 6 milhões de judeus e outras etnias até o fim da guerra, em 1945. Um milagre econômico.

O Campo de Concentração de Auschwitz exibia o lema que define uma certa ética: “O trabalho liberta” (Arbeit macht Frei). Leia-se: “O trabalho extermina”.

Tais operações, segundo Rees, não foram planejadas no início da guerra, mas resultaram de ações graduais.

“É preciso entender o genocídio no contexto da guerra e não de um projeto racional”, diz.

“Ele cresceu à medida que os nazistas eram derrotados, os recursos se tornavam escassos e era preciso usar prisioneiros para garantir a estrutura do país.” À medida que eram encurralados, eliminavam-se os “imprestáveis”. Ao mesmo tempo, negociavam prisioneiros para servir às indústrias nas franjas do regime para gerar lucros.

Visão inédita

Os historiadores tentaram explicar como uma nação civilizada perpetrou a barbárie total.

Duas teorias vigoraram nos últimos 70 anos: a intencionalista, segundo a qual a matança partiu de Hitler, e a funcionalista, que afirma haver na origem das execuções uma combinação entre o poder de Hitler e forças externas.

Rees contesta ambas. Segundo sua visão inédita, o extermínio não resultou de um ato apoteótico e nem de um método sistemático.

“A jornada rumo ao Holocausto foi gradual e cheia de idas e vindas, até encontrar sua expressão final nas fábricas de morte nazistas.”

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 14/10/2018 - 09:42h

O “esperto” na politiquinha

Por Honório de Medeiros

Meu amigo Fulano me disse que tinha se aposentado da política. “Como assim?”, perguntei-lhe. “Quer dizer que não vai mais exercer qualquer cargo público?” “E se seu candidato voltar ao Governo?” Meu amigo, que foi do segundo ou terceiro escalão do governo de um dos estados vizinhos (claro!) abriu um sorriso matreiro e respondeu condescendente: “eu não quero mais cargo nenhum, mas vou ajudar meus amigos porque você sabe como é, tenho filhos para criar, e no nosso mundinho só vai p’ra frente quem se dá bem com os ômi”.

Meu amigo Fulano é um homem esperto, dentro daquela categoria que o finado ex-padre Zé Luiz genialmente criou lá pelo começo dos anos 80 (Leia: A quem interessar possa). Dizia Zé Luiz, e ele nunca aceitou essa história de ex-padre – “uma vez padre, sempre padre” – que há dois tipos de homens, que merecem atenção: os inteligentes e os espertos. E para ilustrar sua tese elencou, em sua coluna dominical no Poti, de um lado os espertos, do outro, os inteligentes. Não é preciso dizer o rebuliço que essa crônica causou na província.

Pois bem, meu amigo Fulano é um homem esperto. Não tem o vôo dos condores, quando muito dos galináceos, mas sabe evitar uma panela e enxerga bem além dos seus passos curtos. Em certo sentido, jamais admitido nem por ele, nem por quem lhe fornece o meio para sobreviver, é alguém que vive de expedientes: ajeita aqui, ajeita acolá, facilita p’ra um, dificulta p’ra outro, se torna da cozinha do poderoso, na qual chega na hora do café-da-manhã trazendo as últimas novidades e os próximos pedidos.

Duvido que na atual estrutura de Poder na qual vivemos a política nossa de cada dia, em tudo e por tudo idêntica a dos nossos ancestrais, se diferenciando apenas quanto à aparelhagem tecnológica utilizada – antes era a cavalo que a informação seguia, hoje é via Email – o coronel com saias ou sem elas possa viver sem esse tipo de agregado.

Ele é imprescindível para as pequenas coisas: pequenos delitos – é incapaz de pensar os grandes; aliás, é incapaz de pensar, quando muito reage: seu destino é pequenas confidências, pequenos favores, pequenas difamações e/ou injúrias, algumas torpezas, cumplicidade nos vícios, solidariedade nos acidentes de percurso, desde que não afetem sua sobrevivência…

É capaz de grandes bajulações, aceita ser o bobo-da-corte do seu senhor feudal – se considera até honrado em ser alvo de brincadeiras nas quais sua intimidade é exposta publicamente -, quando não, é capaz de desforço físico na defesa da bandeira que empunhou o que o tornará, sem sobra de dúvidas, alvo de muitas e variadas homenagens prestadas nas hostes do “exército” ao qual pertence. Não por outra razão meu amigo Fulano está fadado a morrer feliz posto que realizado na medida em que encaminhar, através de sua rede de amigos granjeados a partir da troca de favores recíprocos, e da benção do chefe político, os seus rebentos.

Não lhe digam que hoje só é possível entrar na administração pública através de concurso. Há sempre um caminho para encontrar uma torneira aberta: cargo em comissão, gratificação, empresa de construção de fundo-de-quintal, licitações manipuladas, consultorias e assessorias.

“E os concursos públicos, esses, há, nem lhe conto” me disse ele.

Meu amigo Fulano somente precisa tomar cuidado para não cometer algum erro. Aliás, ele precisa ter muito cuidado para não ser usado como boi-de-piranha: quando ele acerta, o mérito é do chefe; quando o chefe erra, a culpa é dele.

E precisa ter cuidado, muito cuidado, mas muito cuidado com a ingratidão e o tal de laço-de-sangue. Porque não é possível ter dúvida: entre ele, o fiel correligionário, e o parente, este sempre vence. É o instinto!

Honório de Medeiros é escritor, professor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Estado do RN

* Texto originalmente publicado no dia 21 de agosto de 2011, portanto há mais de sete anos. Atendemos a pedidos de webleitores.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 14/10/2018 - 08:08h

Nossa Constituição balzaquiana

Por Odemirton Filho

A Constituição Federal de 1988 chegou aos trinta anos. Em 05 de outubro daquele ano foi inaugurada uma nova fase na vida política e jurídica do Brasil.

Uma Constituição é a base fundamental de um Estado. É ela que dá suporte aos direitos e garantias fundamentais, organiza a estrutura político-administrativa, os Poderes do Estado e as principais normas que disciplinam a vida da sociedade.

Como Lei Maior, confere validade a todo ordenamento jurídico, não podendo as normas infraconstitucionais ir de encontro ao que preceitua.

Elaborada por um Poder Constituinte originário alicerça as bases do novo Estado que se estar a construir. Terá início, não se sabe quando será o seu fim. Sua extinção dependerá das circunstâncias políticas que lhe dão sustentação.

Como norma que é deverá se amoldar as variantes fáticas que a coletividade exige, pois, como sabido, os valores de uma sociedade mudam com o passar do tempo.

Diz o ministro Barroso que os vivos não podem ser governados pelos mortos. A Constituição, destarte, não pode estar em descompasso com a vida.

Entrementes, nos últimos trinta anos a nossa Carta Maior não tem sido somente reformada para acompanhar, pari passu, o ritmo da sociedade. Tem, ao contrário, sofrido profundas mutilações no seu texto.

Nesse sentido, assevera o jurista Lenio Streck: “trinta anos se passaram. O texto já não é o texto. Foi jurisprudencializado em demasia (assim como o restante do Direito), por vezes substituído pela voz das ruas ou por superinterpretações. Ou simplesmente por juízos morais”.

Há, sem dúvida, um ativismo judicial em voga. O Judiciário, com o objetivo de concretizar os direitos e valores encartados na Constituição, por vezes, extravasa a exegese, criando norma, papel este que é conferido ao Poder Legislativo, legítimo condutor dos anseios populares que representa. Ou, pelo menos, deveria representar.

Diante de tais interpretações o cidadão, que precisa de segurança jurídica, fica atônito, ante as decisões conflitantes, ficando ao sabor de entendimentos diversos, não da norma jurídica que foi engendrada para trazer estabilidade a um Estado Democrático de Direito.

A rigor, manter os postulados da Constituição Federal é fundamental para a estabilidade político-jurídico do país.

Estamos, é certo, vivendo momentos de incertezas, seja político ou jurídico. As eleições gerais que ocorreram no último dia 07 foi mais um teste para colocar à prova a longevidade da Constituição.

Em entrevista após a realização do primeiro turno, os presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) afirmaram que irão se submeter à Constituição Federal o que, sem dúvida, é um alento para a nossa democracia. Só o tempo dirá se irão cumprir a promessa.

Aos trinta anos a Constituição da República Federativa do Brasil já pode se considerar adulta, ou madura, parafraseando Honoré de Balzac em sua obra, A Mulher de Trinta Anos. Assim, a experiência constitucional que adquirimos ao longo desse tempo deve ser preservada e respeitada.

O Supremo Tribunal Federal (STF) é o guardião da Constituição. Ele, mais do que qualquer outro, deve respeitá-la e fazer valer o seu comando normativo. Perder-se na vaidade de seus membros ou ceder aos encantos do poder é perigoso.

O respeito à Constituição Federal é basilar para se manter a nossa democracia. Ofendê-la é desestabilizar o nosso incipiente regime democrático.

Por fim, sempre é bom lembrar as palavras de Ulysses Guimarães:

“A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia. Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 14/10/2018 - 05:10h

Oito estados do Nordeste lideram “extrema pobreza” do país

Por Josivan Barbosa

A extrema pobreza cresceu em todo o país durante a crise, de 2014 a 2017, mas foi na região historicamente mais carente, o Nordeste, em que essa piora se deu de forma mais intensa. Estados como Bahia, Piauí e Sergipe viram dobrar ou quase dobrar o número de famílias vivendo na miséria.

Nove Estados atingiram um nível recorde no ano passado. Na média nacional, a pobreza extrema avançou de 3,2% em 2014 para 4,8% em 2017, maior patamar em pelo menos sete anos. Dos dez Estados com maior proporção de famílias vivendo em situação de miséria no país, oito ficam no Nordeste.

O Maranhão segue liderando o ranking de extrema pobreza do país. Mais abaixo aparecem Acre, Bahia, Piauí, Alagoas, Sergipe, Amazonas, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Na contramão, a Paraíba registra diminuição.

São consideradas em situação de extrema pobreza as famílias com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 85 no ano passado.

Inflação

O próximo governo terá que se posicionar acerca do que fazer com a continuidade do regime de inflação. Mantida a regra, ele terá que definir em 2019 a meta de 2022 e assim sucessivamente, até definir a meta de 2025 no seu último ano de gestão, em 2022.

Quando o atual regime de inflação se iniciou, o país tentou ter um sistema que convergisse para metas muito baixas, que esbarrou nas dificuldades vivenciadas pela economia brasileira a partir de 2001. Depois de alguns anos tumultuados, a partir de 2005 e por um período de 14 anos, vigorou uma meta de 4,5%.

Ano passado, o governo anunciou duas novidades. A primeira foi a redução da meta, pela primeira vez desde meados da década passada. E a segunda foi a mudança da periodicidade, uma vez que ao invés de em junho ser definida a meta dois anos à frente, estendeu-se o período de alcance da meta e ela foi fixada também para 2020, quando será de 4%, tendo sido a meta de 2019 definida em 4,25%. Em junho do corrente ano, o Governo apontou a meta de 2021, que, conservando a tendência, foi definida em 3,75%, com nova queda de 25 pontos.

Campos Maduros

A ANP publicou resolução que reduz em até 5% a cobrança de royalties sobre a produção incremental em campos maduros. Isso deve atrair interessados nesses campos, já que se disciplina sobre o que deve ser feito para obter tais incentivos para elevar a vida útil dos campos, mas por outro lado reduz a arrecadação de royalties para os governos municipal, estaduais e federal.

Os campos maduros são os que têm mais de 25 anos ou os que já atingiram 70% da estimativa de produção. Nessa concepção há 241 campos (53% do total do país), dos quais 54% estão concentrados na Bacia de Campos, cuja produção começou nos anos 70. A Bacia RN-CE tem também um número considerável de poços maduros e há uma expectativa de que a exploração pelo setor privado se converta em incremento de royalties.

Fruticultura

Os exportadores de frutas do Brasil veem boa chance de ganhos se houver uma negociação com os Estados Unidos sobre reciprocidade tarifária, como o presidente Donald Trump ameaça fazer com vários parceiros. De acordo com Luiz Roberto Barcelos (Sócio-proprietário do grupo Agrícola Famosa, presidente do COEX e presidente da Associação Brasileira de Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) será uma boa oportunidade porque há anos se tenta melhor acesso aos EUA, mas sem sucesso.

Trump tem feito ameaças persistentes de impor taxas de reciprocidade sobre vários parceiros com o objetivo de ter as mesmas tarifas de importação que esses parceiros aplicam contra os EUA, sem levar em conta que as alíquotas existentes são resultado de demoradas barganhas.

Exportação de frutas

O Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas, atrás de China e Índia. Mas só exporta 2,5% do que produz, e sua fatia nas vendas globais é de 3%. Para 2018, a expectativa é que as exportações brasileiras cresçam cerca de 12% e alcancem quase US$ 1 bilhão. Com a recessão no país até recentemente, a demanda interna caiu e a saída foi lutar mais no exterior.

Cimento

No início do ano, o setor cimenteiro projetou, conforme desempenho verificado a partir de dezembro de 2017, que as vendas de cimento poderiam crescer de 1% a 1,5% neste ano, comparado com o desempenho de 2017, que foi de 53,3 milhões de toneladas. Mas, o que se verá é um decréscimo da ordem de 2% ante o desempenho de 2017. E a capacidade ociosa do parque fabril cimenteiro deverá terminar o ano em 48% – o parque cimenteiro tem condições de fabricar 100 milhões de toneladas ao ano. Em quatro anos, a retração acumulada nas vendas das cimenteiras chega a 26%

Estimava-se vender 54 milhões de toneladas em 2018. Agora, nos cálculos do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), com números revisados, após os dados de setembro, estima-se vendas de 52,1 milhões de toneladas.

Anos dourados

Os anos dourados da indústria cimenteira – de 2005 a 2014 – ficaram apenas na lembrança das fabricantes locais. No período, o consumo no país mais que dobrou, para 72 milhões de toneladas. Hoje, de 100 fábricas instaladas, cerca de 20 estão com atividades paralisadas e das 80 que operam muitas estão com um ou até dois fornos desativados.

Os números compravam essa realidade. O SNIC divulgou que as vendas internas caíram 2,2% na soma de janeiro a setembro, na mesma base de comparação, para 39,52 milhões de toneladas. Em setembro, frente ao mesmo mês de 2017, o recuo foi de 5,6%, em 4,6 milhões de toneladas. Em 12 meses, de outubro do ano passado a setembro, as vendas caíram 2,9%, ficando em 52,4 milhões de toneladas.

O aumento do custo do frete é um item crucial no negócio do cimento e do coque. Gastos com transporte de cimento correspondiam a 28% da receita líquida das empresas. Com o reajuste de 114%, essa fatia elevou-se para cerca de 50%. É um grande baque na conta das empresas. O coque, que representa 35% do custo de fabricação do cimento e é trazido dos EUA, subiu quase 200% em dois anos e meio.

Biometria

A identificação biométrica não funcionou para 10% dos mais de 87 milhões de eleitores habilitados a usar tecnologia na eleição de domingo. O percentual, que é superior aos 8,5% do pleito de 2014 – quando 21,6 milhões de eleitores tinham digitais cadastradas – foi considerado aceitável pelo tribunal. O plano do TSE é ter um índice de reconhecimento superior a 90%.

Explicação

Três fatores podem ter feito o percentual ficar em 10% no primeiro turno do pleito deste ano. O primeiro está relacionado à coleta inicial das digitais. Se o processo não foi bem feito, a verificação na sessão de votação pode dar problemas. O segundo é o possível desgaste da digital entre a coleta e o dia da votação por conta de fatores como o tempo seco ou sujeira. A terceira hipótese é uma falha no acompanhamento por parte do mesário.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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sábado - 13/10/2018 - 23:59h

Pensando bem…

“As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro.”

Provérbio Chinês

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sábado - 13/10/2018 - 15:08h
Hoje

PDT anuncia apoio de seis prefeitos para Carlos Eduardo

Evento reuniu políticos na sede do PDT (Foto: cedida)

A campanha do candidato ao Governo do Rio Grande do Norte e ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo, recebeu na manhã deste sábado (13), na sede do diretório estadual do Partido Democrático Trabalhista – PDT, o apoio de seis prefeitos.

A maioria é do PSD, partido do governador Robinson Faria, que tentou a reeleição no primeiro turno e não obteve êxito.

Foram apresentados pelo deputado estadual reeleito Tomba Farias (PSD). No primeiro turno, o parlamentar já acompanhara Carlos.

Confirmaram apoio a Carlos Eduardo os chefes do Executivo dos Municípios de Maxaranguape (Luiz Eduardo – PSD), Japi (Jodoval Pontes – MDB), São Tomé (Anteomar Pereira “Baba” – PSD), Vera Cruz (Marcos Cabral – PSB), Passa e Fica (Léo Lisboa – PSD) e Bodó (Marcelo Porto – PSD).

Avern

O presidente da Associação dos Vereadores do Rio Grande do Norte (AVERN), Bruno Melo (PSDB/Severiano Melo), é outro nome que apresentou apoio a Carlos Eduardo Alves. Ele e seu partido estavam na Coligação Trabalho e Superação de Robinson Faria.

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sábado - 13/10/2018 - 14:44h
Segundo turno

Após apoiar Robinson, PSB desembarca na aliança de Fátima

Apoiadores e candidatos posaram para fotografia hoje em Natal (Foto: cedida)

O PSB do Rio Grande do Norte anunciou, na manhã deste sábado (13), apoio à candidatura ao Governo do Estado da senadora Fátima Bezerra (PT), da Coligação Do Lado Certo. No primeiro turno, o PSB estava na Coligação Trabalho e Superação, que tinha o governador Robinson Faria (PSD) como nome à reeleição.

O anúncio foi feito na sede do Diretório Estadual do partido, em Natal, pelo seu presidente, o deputado federal Rafael Motta, e contou com representações de 70 municípios.

Fátima, seu vice Antenor Roberto (PCdoB) e outros representantes da coligação foram recebidos pelo PSB potiguar.

“Apesar de existir um entendimento nacional entre os partidos, essa é uma escolha com motivações locais. Conheço Fátima e nós defendemos muitas bandeiras juntos, em Brasília”, disse Rafael.

O deputado federal reeleito salientou que as representações dos 70 municípios que foram pessoalmente ao partido manifestaram interesse no apoio à Fátima Bezerra.

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  • Repet
sábado - 13/10/2018 - 14:04h
Segundo turno

Campanha de Carlos Eduardo tem novo coordenador

Genildo: de Rogério a Carlos (Foto: Web)

Do Blog da Chris

O advogado Genildo Pereira assumiu a coordenação da campanha ao Governo do RN de Carlos Eduardo Alves (PDT), da Coligação 100% RN.

Desde quinta-feira (11), todas as demandas referentes aos municípios nesse segundo turno ficaram sob a responsabilidade de Genildo.

Genildo já foi presidente da Datanorte e atualmente é assessor do deputado federal Rogério Marinho (PSDB).

Excelente escolha.

Genildo é competente, polido, de fino trato e sabe do métier.

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sábado - 13/10/2018 - 13:18h
Redes sociais

Instituto Seta alerta sobre divulgação de pesquisa falsa

O Instituto Seta de Natal divulga uma Nota de Esclarecimento

Posiciona-se sobre pulverização de uma suposta pesquisa de sua responsabilidade, com foco na disputa eleitoral do segundo turno no Rio Grande do Norte.

Leia abaixo:

Sobre os dados de uma suposta pesquisa atribuída ao Instituto Seta cabe esclarecer:

1. O Instituto Seta não fez nenhum tracking ou pesquisa e muito menos publicou em grupos de WhatsApp;

2. Portanto, os números que circulam com o nome da já referida empresa são falsos e produto de fake news;

3. O uso indevido  da nossa marca é crime e tomaremos as medidas cabíveis.

Daniel Menezes – Diretor do Instituto Seta

Nota do Blog Carlos Santos – Chegamos a receber essa “tal” pesquisa em grupo de WhatsApp que participamos. O modus operandi foi igual ao primeiro turno: espalham-se números inverídicos, de uma pesquisa que nunca foi realizada, para motivação de militância em Mossoró.

Muito importante o posicionamento do Seta.

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sábado - 13/10/2018 - 07:40h
Em Mossoró

Governismo tenta manter ânimo após série de derrotas

Rosalba: em busca de força (Foto: arquivo)

Verdadeiramente não é fácil o desafio diante da prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP) até o próximo dia 28, dia de eleições.

Nesse segundo turno, ela precisa manter o aceso o “ânimo” da sua tropa em Mossoró, após um primeiro turno desastroso: todos os candidatos defendidos e apoiados pela líder popular do rosalbismo, acabaram derrotados.

Como reverter o resultado ao Governo do Estado? Eis a questão.

A chapa ao governo estadual onde está seu filho Kadu Ciarlini (PP), como candidato a vice de Carlos Eduardo Alves (PDT), perdeu por quase 10 mil votos: 9.391 (8,66%).

Quem prevaleceu foi a chapa Fátima Bezerra (PT)-Antenor Roberto (PCdoB) com 46.634 (43,02%), contra 37.243 (34,35%) de Carlos e Kadu.

E ainda tem a carga negativa de Larissa Rosado (PSDB) e Beto Rosado (PP), candidatos respectivamente à Assembleia Legislativa e Câmara Federal, que não se reelegeram.

De onde tirarão forças para correrem atrás de votos para Carlos e Kadu, após não conseguirem o suficiente para si?

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sábado - 13/10/2018 - 06:20h
Capitão Styvenson

Senador eleito pretende lançar livro sobre campanha

Do Blog Carol Ribeiro

Um livro sobre como acontecem os bastidores de uma campanha sem dinheiro e sem alianças com lideranças políticas é o próximo objetivo do senador eleito Capitão Styvenson (REDE/RN).

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  • Repet
sexta-feira - 12/10/2018 - 23:58h

Pensando bem…

“Acredite que você pode, assim você já está no meio do caminho”.

Theodore Roosevelt

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sexta-feira - 12/10/2018 - 23:54h
Pente fino

Fundação ligada à Assembleia Legislativa pode ter novidades

Criada sob a Lei Nº 8.356 de 25 de julho de 2003, a Fundação Djalma Marinho, entidade que é mantida com dotações próprias consignadas no orçamento da Assembléia Legislativa e outras fontes financeiras, talvez passe por um pente fino mais adiante.

A instituição não está fora de questionamentos que começam a se aprofundar quanto a gastos superlativos desse poder.

Desde 2015 que não param de pipocar escândalos e mais escândalos na Assembleia Legislativa, sempre com valores financeiros milionários.

Nada mais posso adiantar, apesar da vontade.

Ouvido ao chão, como bom índio Sioux, Cheyenne, Cherokee, Navajo, Apache ou Comanche.

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sexta-feira - 12/10/2018 - 23:48h
Dia 21

Loja Maçônica Amâncio Dantas promoverá feijoada

No domingo (21 de outubro), a partir do meio-dia, a Loja Maçônica Amâncio Dantas de Mossoró realizará sua tradicional Feijoada.

O evento terá música ao vivo e é aberto às famílias maçons e convidados em geral.

O evento acontecerá na Loja Maçônica Jacques DeMolay, Rua José de Almeida, 21, no bairro Nova Betânia.

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sexta-feira - 12/10/2018 - 23:32h
Eleições 2018

Os “feitos” de Robinson Faria

Do Blog do Barreto

Nunca na história do Rio Grande do Norte um governador eleito disputou a reeleição quatro anos depois e saiu derrotado nas urnas.

Nunca antes, um governador disputando a reeleição não foi ao menos o segundo colocado (Iberê Ferreira de Souza-PSB e Fernando Freire-PPB, vices que se tornaram governadores) polarizaram as disputas de 2002 e 2010.

Robinson Faria (PSD) amargou um melancólico terceiro lugar, vergonha que a hoje prefeita Rosalba Ciarlini (PP) foi poupada de passar pelos seus algozes (hoje aliados) de 2014.

Nota do Blog Carlos Santos – Estava escrito, caro Bruno. Estava escrito. O governador apostou na chamada força da “máquina”, na fragilidade dos principais adversários (nenhum deles tem verniz popular) e considerou que fosse possível reduzir drasticamente o desgaste com densa propaganda em rádio/TV e redes sociais.

Não deu certo.

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sexta-feira - 12/10/2018 - 23:22h
Eleições 2018

A estrela é Isolda Dantas

Vereadora consegue uma série de feitos político-eleitorais ao conquistar mandato estadual no RN

Ela e sua equipe calculavam que seria possível amealhar uns 23 mil votos em todo o estado. Se sua coligação elegesse uns três nomes, a terceira vaga não ficaria com outra candidatura. Erraram feio. A vereadora Isolda Dantas (PT) foi mais além, bem mais além. A Coligação Do Lado Certo (PT/PCdoB/PHS) fez três deputados estaduais e ela foi a mais votada.

Isolda foi a 13ª mais votada entre os 24 eleitos à Assembleia Legislativa, no pleito do último dia 7 de outubro. Ao todo, a parlamentar da Câmara Municipal de Mossoró, originária de Patu, obteve 32.963 votos.

Acabou sendo votada em 166 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte. Só em João Dias na região Oeste, é que não ninguém lembrou de digitar o número 13.123 dessa socióloga de 44 anos.

Isolda Dantas foi votada em 166 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte no dia 7 (Foto: Wigna Ribeiro)

Tem mais: em Natal, chegou a somar 9.172 votos, ficando em 9º lugar. Foi mais votada na capital do que 17 dos eleitos, ficando para trás também alguns deputados que não conseguiram se reeleger, como Jacó Jácome (PSD) e Márcia Maia (PSDB). Até Adjuto Dias, filho do prefeito natalense Álvaro Dias (MDB), totalizou menos votos do que ela em Natal e não se elegeu.

Em Mossoró, outro feito obtido por Isolda: foi o quarto nome mais bem votado, com 11.031 votos e quebrou uma sina que perdurava desde os anos 90. O último vereador local a ser eleito deputado estadual foi Francisco José (pai) pelo PFL, em 1994, portando há 24 anos.

A eleição de Isolda Dantas é relativamente uma surpresa. Os números, contudo, indicam que não exatamente.

Eleita à Câmara Municipal de Mossoró em 2016, Isolda Dantas também conquistou a presidência local do PT logo em seguida, enfrentando correntes internas antiquadas, modorrentas e que transformaram o partido num paquiderme sem qualquer mobilidade.

Ela chega à Assembleia Legislativa como um tônico partidário no plano estadual, mas também dando mostras no ambiente local de que rejuvenesceu e tornou o partido mais dinâmico e audaz.

União com “Bonas”

Em sua estratégia de campanha, Isolda Dantas intensificou mobilização ao lado de movimentos sociais e organizações populares. Mas dilatou sobremodo seu capital, ao tabelar com Natália Bonavides (PT), vereadora em Natal também em seu primeiro mandato, sendo içada à pulverização de votos em praticamente todo estado.

A performance na capital advém daí, da simbiose com “Bonas”, como carinhosamente a militância trata Natália Bonavides, eleita à Câmara Federal como primeiro nome na mesma coligação.

Isolda Dantas tem diante de si um latifúndio político incomum para ela, para a esquerda e para a oposição não-Rosado em Mossoró, em toda sua história. É muita responsabilidade.

Outro deputado estreante

Ocupará esse espaço com mais um novato na Casa, o servidor público federal e engenheiro Allyson Bezerra (SD), outro caso surpreendente de vitória eleitoral a partir de Mossoró. Os dois, mesmo que em faixas políticas diferentes, têm uma missão representativa incomensurável no legislativo potiguar.

O sobrepeso aumenta porque pela segunda eleição consecutiva os Rosados não conseguem eleger ninguém para a AL, também perdendo o assento que possuíam na Câmara dos Deputados com Beto Rosado (PP). E o vácuo é bem maior do que parece, porque na oposição também há perdas.

Os insucessos eleitorais expressivos de Tião Couto (PR) e Jorge do Rosário (PR) – veja AQUI alargam o território que precisa ser ocupado. Não há vácuo em política.

Contudo é precipitado se preconizar um papel de protagonismo para um deles ou ambos, mais adiante. A conjuntura à época da eleição municipal em 2020, o quadro administrativo da gestão Rosalba Ciarlini (PP) até lá e os desdobramentos das eleições ao governo estadual/federal no próximo dia 28, é que formarão parte do cenário que existirá adiante.

Por enquanto, vale comemorar muito. Merecem.

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sexta-feira - 12/10/2018 - 17:30h
Agressões

Tribunal medieval da estupidez julga e pune vice-prefeita

Ao folhear páginas de redes sociais, sem maiores pretensões além do próprio hábito de fazê-lo, deparo-me com vídeo em que a vice-prefeita mossoroense Nayara Gadelha (PP) aparece ao lado do candidato à Presidência da República pelo PSL, capitão Jair Bolsonaro.

Apresenta-se como sua eleitora nesse segundo turno. No primeiro, ela foi de Ciro Gomes (PDT), seguindo orientação do governismo municipal.

Sob a ótica política e pessoal, compreensível. O bloco antagônico ao grupo em que ela está inserida, o rosalbismo, passa a adotar essa opção no segundo turno em contraponto à candidatura presidencial de Fernando Haddad (PT) e de Fátima Bezerra (PT) ao governo estadual.

Normalíssimo, que se diga.

Estranho mesmo é o linchamento moral, o escárnio e as agressões hidrófobas vomitadas nos comentários por centenas de pessoas, pelos mais variados motivos; do político ao pessoal, do ideológico ao fisiológico. Porque pensam e possuem escolhas diferentes àquelas feitas por ela, acreditam que têm o direito a massacrá-la.

De antemão, aviso: não tenho relação de amizade, convivência social, negócios ou afinidade política com a vítima ou seus familiares. Meus contatos não passam de acenos comuns à cordialidade. Nada mais.

Não votei nela e na prefeita Rosalba Ciarlini (PP); provavelmente não votarei se forem candidatas à reeleição. Nem por isso me acho no direito de agredi-las, por pensar e agir diferente de ambas. Critico-as, se assim considerar cabível.

Também não sou militante ou eleitor de Bolsonaro.

Até aqui, confesso que não vi ou fui informado, de qualquer manifestação deletéria ou grosseira da vice-prefeita nas redes sociais ou ambiente real, capaz de provocar essa erupção de ódio e até de traços de recalque em relação à sua privilegiada condição pessoal.

Há soluções para essa doença social? Há-as, sim.

Precisamos ter respeito à diversidade, às diferenças, ao contraditório. Aprendamos a coabitar, conviver… a ouvirmos os antagônicos. Essa “Guerra da Secessão” que racha a sociedade brasileira é um passo atrás, rumo à barbárie.

Em pleno Século XXI, essa gente se comporta como se fizesse parte de um tribunal medieval de inquisição: julga e pune quem bem entende, conforme sua vontade e métodos.

Nayara: mantenha o vídeo no ar e não recue.

A propósito, a enorme maioria ou totalidade dos detratores sequer terá coragem de lhe encarar na rua. Mudará bruscamente de calçada, desviará o olhar ou recorrerá ao celular para simular que fala com alguém.

Isso também é da natureza dos covardes. Releve.

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sexta-feira - 12/10/2018 - 09:32h
Segundo Turno

Psol une forças contra Bolsonaro e oligarquias do RN

Antenor Roberto, Robério Paulino, Fátima Bezerra, Carlos Alberto e Daniel Morais: união no estado (Foto: divulgação)

Nessa quinta-feira (11), o candidato ao governo pelo Psol no primeiro turno, professor Carlos Alberto Medeiros, o candidato a deputado estadual Robério Paulino e o presidente estadual da mesma sigla, Daniel Morais, entregaram carta de formalização de apoio partidário à candidata ao governo pelo Coligação Do Lado Certo, senadora Fátima Bezerra (PT).

O encontro foi em Natal, também com a presença do candidato a vice-governador pela Coligação Do Lado Certo, Antenor Roberto (PCdoB).

Justificativa

“O partido decidiu pelo apoio à professora Fátima sem qualquer condição, sem qualquer exigência, pelo critério de derrotar o candidato Jair Bolsonaro (PSL) nacionalmente, que representa um grande retrocesso, e aqui as oligarquias do Estado”, declarou Robério Paulino – que em 2014 foi candidato ao governo estadual, obtendo 129.616 votos.

No primeiro turno, o desempenho do Psol nas eleições no RN oportunizou a eleição do vereador natalense Sandro Pimentel à Assembleia Legislativa com 19.158 votos, em chapa própria da sigla.

Ao todo, os candidatos da legenda obtiveram 69.817 votos à AL.

Já o candidato ao governo pela legenda, professor Carlos Alberto Medeiros, empalmou 31.306 votos.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 12/10/2018 - 08:40h
Segundo Turno

Carlos Eduardo Alves anuncia apoio a Jair Bolsonaro

Candidato ao Governo do Estado pela Coligação 100% RN, Carlos Eduardo Alves (PDT) anuncia apoio a Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República.

Em vídeo já espalhado em redes sociais, em 59 segundos, ele justifica que preferia Ciro Gomes (PDT) no segundo turno, mas em face da ausência do candidato do seu partido nessa fase eleitoral, opta pelo nome do PSL. 

Pondera que Bolsonaro é o contraponto ao PT que legou ao país uma série de mazelas, como milhões de desempregados, corrupção endêmica e violência.

“Não podemos errar de novo”, assinala. “Bolsonaro presidente”, proclama.

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quinta-feira - 11/10/2018 - 23:59h

Pensando bem…

“Deixe o futuro dizer a verdade, e avaliar cada um de acordo com seus trabalhos e suas conquistas.”

Nicola Tesla

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quinta-feira - 11/10/2018 - 21:44h
Eleições 2018

Feliz é Michel Temer

Quem anda numa felicidade incontida é o presidente Michel Temer (MDB).

Com razão, que se diga.

Há tempos ninguém brada:

– “Fora, Temer!”

Apareceu alguém para substitui-lo à altura.

Ô!

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