É, não está fácil, mas o deputado estadual reeleito Tomba Farias (PSDB) sobrevive a um cataclismo político em sua principal base eleitoral, o município de Santa Cruz (região Agreste), com enorme capacidade de articulação e liderança.
Segue pontificando no lugar.
A cassação e afastamento de sua mulher Fernanda Costa (MDB) da municipalidade (veja AQUI) no dia 27 passado, além do vice-prefeito Ivanildo Ferreira (PSB) e, mais seis vereadores governistas, deixaram-no atordoado. Sentiu a estocada.
Contudo nesse vácuo de poder, a dispersa oposição não conseguiu se impor politicamente e meteu os pés pelas mãos.
Dia passado (veja AQUI), a realização de duas eleições de duas mesas diretoras da Câmara Municipal resultou em retumbante vitória do grupo de Tomba. As duas mesas diretoras, uma tampão até dia 31 de dezembro e outra para o biênio 2019-2020, têm o DNA do seu sistema político.
Vem por aí agora, no dia 3 de fevereiro, a eleição suplementar a prefeito e vice (veja AQUI).
Desafio
É outro jogo que confrontará seu grupo com adversários que estão grogues com os recentes acontecimentos. Parecem acéfalos e sem capacidade de reação.
Em desvantagem desde o dia 27 de novembro, sem prefeitura e reduzido a pó na câmara, Tomba Farias virou o jogo. Isso é inequívoco.
Conduziu um contra-ataque político que levou seu sistema a reocupar o Legislativo e restabelecer o comando do Executivo, em meio ao caos político-administrativo provocado pelas cassações e afastamentos.
As urnas dirão, em seguida, se Luiz Antônio Lourenço de Farias, o Tomba Farias, continuará como o todo-poderoso Senhor do Agreste, ou não. Há quase 20 anos ele o é.
O campo político local pode ter outros atores e protagonistas, ou seja, uma nova história ou outro capítulo com a mesma narrativa.
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