No início do ano eleitoral de 2016, em que a atual prefeita Rosalba Ciarlini (PP) venceu pleito com maioria de 15.486 (11,73%), deixando seu principal contendor – Tião Couto (PSDB, hoje no PL) – com 51.990 (39,39%) votos, contra 67.476 (51,12%) dela, tudo indicava vitória fácil e de maioria esmagadora. Não foi o que ocorreu.
Estamos em 2020. De novo surgem pesquisas e não falta o contorcionismo do sistema que ampara nova candidatura de Rosalba, nome à reeleição, tentando desqualificar números ou confundir o eleitor. Tudo é muito sintomático e não deve causar surpresa a ninguém que acompanha a política mossoroense. Releve. Fique de olho nos fatos, nas ruas, nas redes.
Nesse aspecto, nada muda na campanha em andamento em Mossoró. Contudo, nela tem uma situação que causa estranheza.
É no mínimo esquisito, o comportamento de parte da oposição nessa atual fase da corrida eleitoral. Não revela temor de uma derrota ou ímpeto para vencer e, sim, pânico por crescimento vertiginoso do único concorrente (de verdade) que polarizou a disputa e é ameaça real aos Rosados: Allyson Bezerra (Solidariedade).
A prioridade, pelo visto, não é derrotar a prefeita Rosalba e o seu império familiar, recheado por compadres, comadres e sócios. O objetivo não é vencer, porém impedir que ela perca para outro nome da oposição.
Em suas peças de propaganda, memes e ataques em redes sociais, ‘adversários’ como Isolda Dantas (PT) e Cláudia Regina (DEM) são praticamente ignorados pela campanha de Rosalba. É como se não existissem. Em troca, ela também não é molestada.
Pelo visto, ganhou remissão de todos os pecados como gestora da administração que deixará para o sucessor (ou ela mesma) o maior rombo da história no erário municipal.
O próprio debate realizado pela TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom) na última quinta-feira (22) foi esclarecedor quanto a esse comportamento (veja AQUI). O adversário comum, o inimigo a ser derrotado, paradoxalmente não era Rosalba. O alvo era Alysson.
O discurso antissistema, antioligárquico, antirrosado, acabou dando lugar a um realismo fantástico que faria o nobel Gabriel Garcial Márquez ficar atordoado. Sua cidade fictícia, Macondo, bem poderia ser Mossoró, que não tem nada de ficcional em termos de política, por mais absurdo que pareça a estratégia das candidatas oposicionistas Isolda e Cláudia, de derrotarem o ‘colega’ de oposição, em vez de Rosalba e seu esquema.
Na língua Bantu, comunidade primitiva da Colômbia, país de origem do escritor, Macondo quer dizer “banana”. Na cultura brasileira, é substantivo com sentido figurado para expressar que alguém é idiota, acovardado ou apalermado.
Pelo visto, é assim que Cláudia e Isolda veem o eleitor comum, ao priorizarem a desconstrução de Allyson para protegerem Rosalba, facilitando sua reeleição.
Transformaram-se em força-auxiliar daquilo que deveriam combater. E o fazem sem disfarce. Não por acaso, que estão atrofiando velozmente na preferência popular. Os bananas caminham para lhes causar profunda indigestão eleitoral e depreciação biográfica provavelmente irreparável.
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