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segunda-feira - 17/05/2021 - 21:24h
Crise

Rosalbismo sofre com fogo familiar

tapete, puxando o tapete, rasteira, políticaDo Blog da Chris

Rosalbismo está “p” da vida com o “fogo familiar” na distribuição de matérias negativas contra o grupo, por listas de WhatsApp.

Tudo indica que a “união” das primas e primos já deu.

E olhe que até durou muito!

Basta!

Leia também: Após seis meses de eleições, Rosados seguem ‘distanciamento social‘.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 17/05/2021 - 16:10h
Política em família

Após 6 meses de eleições, Rosados seguem ‘distanciamento social’

Distanciamento social, mantenha distânciaAté aqui, passados mais de seis meses das eleições municipais de 2020, ocorridas em 15 de novembro, os dois grupos do clã Rosado ainda não se juntaram à mesa (com máscaras, claro) à avaliação do pleito.

Pelo visto, o resultado com a derrota catastrófica da então prefeita Rosalba Ciarlini (PP) não foi suficiente para que realizassem inventário e planos para seguirem (ou não) juntos em 2022.

Preferem evitar aglomeração.

São fieis ao “distanciamento social”.

Cada um na sua.

A postagem sob o título Larissa e Rosalba devem concorrer à Assembleia Legislativa, que veiculamos dia 23 de março, talvez esclareça o porquê da distância.

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Categoria(s): Política
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segunda-feira - 17/05/2021 - 15:22h
À luta

Uma faísca, uma centelha, uma crença

Infelizmente, coleciono perdas de amigos e pessoas do meu convívio social.

Outros lutam pela vida em UTI’s.

Mas, há alento de quem sobreviveu superando o inimigo invisível e letal.

Essa faísca de vitória é a centelha que preciso.

Diz muito do que acredito.

Venceremos.

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Categoria(s): Crônica
segunda-feira - 17/05/2021 - 12:30h
Economia

Mesmo na pandemia o ICMS cresce, inclusive no RN, apesar de menor

ICMSDo Valor Econômico

Com um desempenho melhor que o esperado, a economia beneficiou a arrecadação dos Estados nos primeiros meses do ano, apesar do vácuo do auxílio emergencial de janeiro a março e da segunda onda de covid-19.

Dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) mostram que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) consolidada de 18 Estados somou R$ 152,2 bilhões de janeiro a abril deste ano, com avanço de 19,6% nominais em relação a igual período do ano passado e de 21,4% contra o de 2019.

Nos dois casos, a variação superou a inflação acumulada, de 6,76% pelo IPCA nos 12 meses até abril deste ano e de 9,32% considerando 24 meses. O desempenho é atribuído a aumento de preços de combustíveis e de energia elétrica, além da consolidação das compras on-line e do uso da poupança do auxílio emergencial pago até dezembro do ano passado.

Cautela

O efeito base também contribui, visto que em abril do ano passado a pandemia já afetava a arrecadação.

Apesar do crescimento considerado positivamente “surpreendente”, o tom da análise das Fazendas estaduais é de cautela, em razão das incertezas ainda presentes sobre o desempenho da economia no ano e da evolução da pandemia, já com receio de uma terceira onda.

Na comparação de janeiro a abril deste ano em relação aos mesmos meses de 2019 o menor crescimento foi de 9,2%, no Rio Grande do Norte.

Os 18 Estados com dados no Confaz são Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

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segunda-feira - 17/05/2021 - 10:00h
Poder

Sobe a estrela de Cadu no governo Fátima Bezerra

Cadu tem sido interlocutor importante do governo nos campos político e administrativo (Foto: não identificamos autoria)

Cadu tem sido interlocutor importante do governo nos campos político e administrativo (Foto: Marcos Garcia/De Fato)

Titular da Secretaria de Estado da Tributação (SET), o auditor fiscal Carlos Eduardo Xavier, o “Cadu”, não para de crescer em cotação aos olhos da governadora Fátima Bezerra (PT).

Fora dos limites da governadoria e da gestão, também.

Transita como poucos no meio empresarial e na seara pluripartidária, da oposição ao governismo.

É de confiança da governadora, confiança absoluta. Isso só já seria suficiente para se atestar sua importância à administração estadual.

Tem mais: é o principal interlocutor do próprio governo, depois da própria Fátima Bezerra. Está em todas na interlocução e como porta-voz, do enfrentamento a pandemia a litígios com funcionalismo.

– É quem resolve! – diz-se nas estranhas do poder e fora dele.

Fato.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 17/05/2021 - 08:48h
Tempos difíceis

Não podemos negar vez à esperança

Semana começa como terminou a outra: monte de notícias ruins.

São muitas tragédias pessoais, sofrimentos coletivos, perdas humanas enormes.

Precisamos ser mais solidários, amparar quem tem menos força, combater a estupidez com inteligência e não negarmos vez à esperança.

Ufa!

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segunda-feira - 17/05/2021 - 04:38h
Covid-19

Mossoró vacina pessoas com 40 anos e amplia 2ª dose de Coronavac

Mossoró Vacina - Prefeitura Municipal de Mossoró, 17 de maio de 2021, comorbidades, vacinação a partir de 40 anosA Prefeitura de Mossoró começa a vacinar nova faixa etária das pessoas com comorbidades contra Covid-19: 40 anos ou mais, nesta segunda-feira (17), no ginásio do Sesi. O município dá sequência à vacinação com o imunizante Astrazeneca em pessoas com deficiência, cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Segundo a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, as pessoas com as comorbidades relacionadas pelo Ministério da Saúde, no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, devem apresentar a comprovação da (s) comorbidade (s).

“É importante que as pessoas levem ao ginásio do Sesi cópias e originais de documento pessoal com foto, comprovante de residência e, principalmente, laudo médico, prescrição médica ou exame comprobatório para que a vacina possa ser aplicada. Estamos avançando na vacinação devido às remessas que estamos recebendo da Astrazeneca”, ressalta.

Têm direito à vacinação, a partir desta segunda-feira, pessoas com 40 anos ou mais, portadoras de diabetes melitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doença cerebrovascular, imunossuprimidos, anemia falciforme, obesidade mórbida, doenças renais crônicas.

Segunda dose da Coronavac

A semana começa com outra boa notícia para quem aguarda encerrar o ciclo de imunização com o imunizante do Instituto Butantan: a partir de segunda-feira (17), já podem receber a segunda dose, idosos e trabalhadores de saúde que receberam a primeira dose também nos dias 1º e 2 de abril. Anteriormente, o limite era o dia 31 de março.

“No final de semana vacinamos com a segunda dose da Coronavac pessoas que haviam tomado a primeira dose até 31 de março e tivemos grande êxito durante a campanha Mossoró Vacina. Agora chegou a vez de ampliarmos ainda mais, contemplando quem tomou a primeira dose até 2 de abril”,  confirma Morgana.

O público beneficiado deve procurar apenas as dez Unidades Básicas de Saúde  (UBS’s) que já estavam vacinando com Coronavac sábado (15) e domingo (16).

Pontos de vacinação – 17 de maio (2ª dose Coronavac)

UBS Vereador Durval Costa – Walfredo Gurgel
UBS Raimundo Renê Dantas – Boa Vista
UBS Dr. Joaquim Saldanha – Estrada da Raiz
UBS Dr. Cid Salém Duarte – Abolição 4
UBS Sueldo Câmara – Quixabeirinha
UBS Francisco Pereira de Azevedo – Liberdade 1
UBS Agnaldo Pereira – Vingt Rosado
UBS Dr. José Fernandes de Melo – Lagoa do Mato
UBS Enfermeira Conchita da Escóssia – Abolição 2
UBS Centro Clínico Evangélico Edgard Burlamaqui – Centro.

Com informações da Prefeitura de Mossoró.

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domingo - 16/05/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Para mim, mais vale a minha consciência do que as opiniões dos homens.”

Cícero

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domingo - 16/05/2021 - 23:10h
Rogério Marinho

Ministro assina nessa segunda ordem de serviço para obras no RN

Marinho: cisternas e poços (Foto: Estadão)

Marinho: cisternas e poços (Foto: Estadão)

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido), estará nesta segunda-feira (17) na sede da Federação dos Municípios do RN (FEMURN), a partir das 9 horas.

O ministro assinará ordem de serviço para instalação de 462 cisternas em sete municípios potiguares: Luís Gomes, Jaçanã, José da Penha, Santa Cruz, São Tomé, Monte das Gameleiras e Coronel Ezequiel. O investimento federal será de R$ 3,5 milhões.

Além disso, Rogério Marinho também assina duas ordens de serviço para perfuração e instalação de 275 poços em 47 municípios do estado. No total, serão investidos R$ 13,2 milhões.

A presença da imprensa e de convidados será limitada devido aos protocolos sanitários de enfrentamento à Covid-19.

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Categoria(s): Administração Pública
domingo - 16/05/2021 - 21:50h
Copa RN

Potiguar vence ABC com gol aos 50 minutos e muito tumulto

Do Blog Carlos Santos, Blog Larissa Maciel e FM 98 (Natal)

O Potiguar de Mossoró venceu o ABC de Natal nesse domingo (16) no Estádio Manoel Leonardo Nogueira (Nogueirão), com gol aos 50 minutos do segundo tempo. O atacante Madson fez de cabeça (veja gol narrado por Gilson Cardoso) da TV Cabo Mossoró (TCM-Telecom).

A partida terminou em grande tumulto (apesar da falta de público por restrições no enfrentamento à pandemia da Covid-19).

Madson foi expulso logo após o gol, dirigente abecedista Gustavo Cartaxo foi contido pelo policiamento quando entrou em campo para abordar arbitragem.

Na sequência, Francisco de Assis, o “Pombo”, que é preparador de goleiros do ABC, insultou o supervisor alvirrubro Sandro Moreira, com uso de ofensas que podem caracterizar injúria racial. O abecedista também partiu para cima do fotógrafo Léo Moura do Potiguar, que filmava o incidente. Um jogador do time natalense também acuou fisicamente o fotógrafo.

Delegacia e Nota Oficial

O caso foi levado à Delegacia de Plantão da Polícia Civil, com os envolvidos sendo ouvidos. A diretoria do Potiguar também emitiu Nota Oficial:

A Associação Cultural e Desportiva Potiguar é grande não apenas pela sua Torcida e pelas suas conquistas, mas também pela sua batalha contra as mais diversas mazelas que contrariam a ética esportiva e social, dentro e fora do futebol.

Por isso, o Clube Alvirrubro se movimenta e repudia totalmente os atos de racismo protagonizados por um menbro da comissão técnica do ABC Futebol Clube, contra o nosso supervisor Sandro Moreira, no confronto deste domingo, 16, no Nogueirão, pela Copa RN. O Potiguar está #FechadoComOSandro.

O Potiguar comunica que o Departamento Jurídico está prestando queixa e tomando todas as providências e amparando o nosso funcionário nesse momento tão triste do nosso futebol.

Classificação

Com a vitória o Potiguar chega ao quinto lugar na Copa RN (segundo turno) e o ABC estaciona em terceiro. O América é o primeiro colocado com 10 pontos e o Santa Cruz de Natal está em segundo com 9.

O Globo é o quarto com seis pontos.

Força e Luz aparece com 4 (sexto colocado), Palmeira tem 2 (sétimo) e o lanterna é o Assu com um ponto. Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Jogos 

Os demais jogos da rodada foram esses: Santa Cruz 3 x 2 Assu, Palmeiras 0 x 1 Força e Luz e América 3 x 2 Globo.

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domingo - 16/05/2021 - 20:18h
Júnior Maia

Filho de empresário morre atropelado em Mossoró

Júnior Maia: acidente fatal (Foto: Cedida)

Júnior Maia: acidente fatal (Foto: Cedida)

Notícia triste que chega até nós. Mais uma, entre tantas nos últimos dias.

Morreu o psicanalista Francisco Alves Maia Júnior, 64, nosso amigo “Júnior Maia”, filho do empresário “Titico Maia”.

Ele tentava atravessar a Avenida Francisco Mota (BR-110), área urbana de Mossoró no bairro São Manoel, quando foi atropelado por um carro tipo Hilux (Toyota).

Houve acionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas equipe constatou no local onde o corpo ficou, que Júnior já estava morto.

Informação corrente, mas não confirmada por fontes oficiais, indicam que placas do veículo atropelador foram anotadas. O seu motorista não prestou assistência à vítima, saindo em alta velocidade do local.

O corpo ficou à margem do leito da pista, perto da sede do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Nota do Blog – Triste demais com essa notícia. Conhecia Júnior, de uma família muito conhecida e de largo alcance social em Mossoró e região.

Minha solidariedade a seus pais e irmãos, em especial Paulo Maia.

Que descanse em paz.

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Categoria(s): Gerais / Segurança Pública/Polícia
domingo - 16/05/2021 - 13:10h
"Complô"

A tenebrosa história da prisão e tortura de centenas de médicos

Da BBC News Brasil

Natasha Rapoport ainda era criança, mas se lembra bem do dia em que um grupo de agentes de segurança soviéticos entrou em sua casa procurando por seu pai.

Os policiais prenderam o homem – o professor e renomado médico Yakov Rapoport – e o levaram a uma prisão para interrogá-lo.

Rapoport e sua esposa, que também era cientista, foi vítima de perseguição torturas (Reprodução)

Rapoport e sua esposa, que também era cientista, foi vítima de perseguição torturas (Reprodução)

O caso aconteceu em Moscou, em 1953, e fez parte do que ficou conhecido como “o complô dos médicos”.

“Isso aconteceu durante o último ano de vida de Stálin, quando ele se tornou extremamente paranoico”, disse a Natasha Rapoport ao programa Witness, da BBC. “Ele (Stálin) mandou prender os principais médicos do hospital do Kremlin.”

Inicialmente, cerca de 40 médicos foram detidos, mas outras centenas também foram levadas posteriormente à prisão em Moscou. Por quê? Segundo Stálin, os especialistas estavam por trás de um complô para assassinar os principais líderes soviéticos.

Ele também os acusou de serem espiões do Reino Unido, dos Estados Unidos e de Israel.

Mas a verdadeira causa das prisões seria revelada pela história: a maioria dos detidos era de judeus e Stálin, na verdade, promovendo uma “limpeza antissemita”.

Propaganda

O plano do líder soviético ia além de prender os médicos.

Uma forte propaganda também foi lançada contra os chamados “médicos judeus assassinos”.

“Você não podia ligar o rádio sem ouvir falar desses ‘médicos judeus assassinos, escória da terra, que venderam suas almas ao diabo'”, lembra Natasha.

O "complô dos médicos" ocorreu durante o último ano de vida de Josef Stálin, em 1953 (Reprodução)

O “complô dos médicos” ocorreu durante o último ano de vida de Josef Stálin, em 1953 (Reprodução)

Tudo havia começado em 13 de janeiro de 1953, quando os principais jornais soviéticos publicaram um relatório da agência de notícias oficial Tass, sobre a detenção de nove médicos.

“Algum tempo atrás, os órgãos de segurança do Estado descobriram um grupo terrorista de médicos cujo objetivo era encurtar a vida de estadistas ativos da União Soviética por meio de sabotagem durante tratamento médico”, dizia o relatório.

Os médicos em questão foram chamados de “agentes mercenários de uma potência estrangeira”.

Eles foram acusados ​​de envenenar Andrey Zhdanov, secretário do Comitê Central Comunista, que havia morrido em 1948, e também um dos chefes do Exército soviético, Alexander Shcherbakov, morto em 1945.

Segundo a imprensa, todos confessaram ser culpados.

Antes de falecer em 1996, Yakov Rapoport contou à BBC como, depois dessa notícia, começou-se a falar sobre o que aconteceria com outros médicos suspeitos de fazer parte do complô.

“Espalhavam-se rumores sobre o tipo de punição que receberiam. Havia ameaças de enforcamento na Praça Vermelha”, disse ele.

Torturas

Rapoport imaginou que não demorariam a ir buscá-lo e foi exatamente o que aconteceu.

Cerca de um mês depois do primeiro relatório sobre o suposto “complô”, ele foi preso. Eles o torturaram para que assinasse uma confissão, mas não conseguiram. Ele se recusou a atender.

Em uma autobiografia que escreveu décadas mais tarde – e que acabaria sendo publicada sob o título O complô dos médicos de 1953 – ele descreveu seu período de detenção na prisão de Lefortovo.

Yakov Rapoport escreveu um livro sobre seu calvário: "O complô dos médicos de 1953", publicado em 1988 (Reprodução)

Yakov Rapoport escreveu um livro sobre seu calvário: “O complô dos médicos de 1953”, publicado em 1988 (Reprodução)

Nessa unidade, ele permaneceu algemado e não tinha permissão para dormir. O interrogavam dia e noite, até as 5 da manhã. E então o obrigavam a ficar imóvel até as 6, para então começarem tudo de novo.

“Se ele tivesse assinado a falsa confissão, teria sido sua sentença de morte”, disse sua filha ao programa Witness.

Em suas memórias, Rapoport contou que sua única arma era o tempo: esperar, fantasiando sobre a possibilidade de seu calvário terminar no exílio e não na morte.

Salvos

Sua salvação e a dos outros médicos acabou chegando, entretanto, da forma mais inesperada.

Um dia, em abril, um novo agente de segurança chegou à prisão. Em vez de interrogá-lo, o que ele fez foi repreender o investigador anterior pela má condição física em que havia encontrado o preso.

Pouco depois o médico foi levado para ver um general, que lhe disse: “Você foi completamente reabilitado e pode ir para casa”, lembrou Rapoport em entrevista à BBC.

Só quando voltou para casa é que soube, da esposa, o que tinha acontecido: Stálin havia morrido, pondo um fim ao seu calvário.

Um mês depois da morte de Stálin – ocorrida em 5 de março de 1953 – seu sucessor, Nikita Khrushchev, contestou as acusações contra os médicos e ordenou que estes fossem libertados.

O jornal Pravda anunciou que o caso havia sido reavaliado e descobriu-se que todas as confissões haviam sido obtidas sob tortura.

Todos os médicos foram exonerados – dois haviam morrido – e o julgamento e a “limpeza” que supostamente Stalin planejava não deram em nada.

Em 1954 um funcionário do Ministério de Segurança do Estado e alguns policiais foram executados por terem fabricado as acusações.

Dois anos depois, durante um discurso, Khrushchev assegurou que o próprio Stalin havia ordenado pessoalmente a perseguição aos médicos e que ele planejava incluir membros do Politburo (o comitê do governo comunista) no expurgo que pretendia fazer contra judeus.

Morte acelerada

Natasha Rapoport ironiza circunstâncias da morte de Stálin (Reprodução)

Natasha Rapoport ironiza circunstâncias da morte de Stálin (Reprodução)

Natasha Rapoport, que até o pai ser preso era uma admiradora do sistema soviético, nunca perdoou o que aconteceu.

No entanto, ela disse à BBC acreditar que o plano de Stálin havia custado caro ao ex-líder.

Josef Stálin governou a União Soviética de meados dos anos 1920 até sua morte em 1953.

“Estou convencida de que o ‘complô dos médicos’ acabou acelerando a morte dele”, afirma.

Segundo ela, quando Stálin sofreu um derrame no início de março daquele ano, “não havia médicos por perto para ajudá-lo”.

“Isso não é incrível?”, diz, sorrindo.

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domingo - 16/05/2021 - 10:26h
Domingo, 16

Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morre aos 41 anos

Bruno Covas com o filho Tomás durante o festival Lollapalooza, em 2019 (Foto Celso Tavares-G1)

Bruno Covas com o filho Tomás durante o festival Lollapalooza, em 2019 (Foto Celso Tavares-G1)

O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu às 8h20 deste domingo (16) aos 41 anos, em São Paulo, informou a prefeitura, em nota. Desde 2019, ele lutava contra um câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado. Ele deixa o filho Tomás, de 15 anos.

Covas estava internado no Hospital Sírio-Libanês, no Centro da capital paulista, desde 2 de maio, quando se licenciou da prefeitura. Na sexta-feira (14), ele teve uma piora no quadro de saúde e a equipe médica informou que seu quadro havia se tornado irreversível.

Nas últimas horas de vida, o prefeito recebeu sedativos e analgésicos para não sentir dores.

Familiares e amigos de Covas permaneceram no hospital desde que os médicos informaram que seu quadro de saúde era irreversível.

Unção dos enfermos

Na noite de sexta (14), um padre chegou a fazer a unção dos enfermos, um sacramento católico. Durante a noite de sábado (15), representantes de diversas religiões participaram do ato ecumênico na porta do hospital, que durou 30 minutos e terminou com a oração Pai Nosso.

Covas teve o câncer diagnosticado em outubro de 2019, após ser internado com uma infeção na pele chamada erisipela. O tumor regrediu, mas, neste ano, novos nódulos foram encontrados no fígado, na coluna e na bacia.

É o primeiro prefeito da cidade de São Paulo a morrer durante o mandato. Ricardo Nunes (MDB), o vice que hoje é prefeito em exercício, irá assumir definitivamente o cargo.

Neto favorito

Nascido em Santos, no litoral paulista, em 7 abril de 1980, Covas era filho de Pedro Lopes, engenheiro da Autoridade Portuária de Santos, e Renata Covas, a única filha mulher de Mário Covas e Lila.

Era o neto favorito de Mário Covas, que foi prefeito da capital na década de 1980 e governador do estado entre 1995 e 2001.

Saiba mais clicando AQUI.

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Categoria(s): Política
domingo - 16/05/2021 - 10:02h

Infância

Lagoa do ApodiPor Aluísio Barros

o pai

na várzea

capinando o dia.

 

a irmã

na escola

desenhando a vida.

 

o menino brincando na lagoa.

 

toda a casa

braços e

ombros da mãe.

Aluísio Barros é professor e poeta

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Categoria(s): Poesia
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domingo - 16/05/2021 - 09:32h

Diário de um Voluntário – XV

likes, curtidas, redes sociaisPor Francisco Edilson Leite Pinto Júnior

Schopenhauer certa vez escreveu: “O mundo é minha representação”. E segue o filósofo alemão: “A vida e os sonhos são folhas de um livro único: a leitura seguida dessas páginas é aquilo a que se chama a vida real; mas quando o dia passou e chegou a hora do repouso, continuamos a folhear negligentemente o livro, abrindo-o ao acaso em tal ou tal local”…

A Covid-19 chegou e cada um de nós passou a escrever no seu livro de vida uma nova história. E como somos Personas, que do latim quer dizer “Máscara de teatro”, alguns indivíduos, no grande palco do teatro digital, passaram a representar verdadeiramente o personagem que estava escondido a sete chaves nos porões escuros e cheios de teias de aranhas das suas almas.

Máscaras sobre máscaras N95, e a revelação surgiu como um feixe de luz. O que passamos a ver e ouvir é algo que nem os melhores escritores do realismo fantástico seriam capazes de escrever tamanho roteiro do absurdo…

O Maya – o véu da ilusão que cobria os meus olhos mortais  – se descortinou, revelando um mundo que se assemelha ao mesmo tempo ao sonho e pesadelo…

E, de repente, me vejo no Nosedive, o primeiro episódio da terceira temporada da série antológica de ficção científica britânica Black Mirror: onde a personagem Lacie Pound vive em um mundo cujas pessoas, obcecadas por LIKES, fazem de tudo para aumentar a sua popularidade.

Vendem até a sua alma ao diabo, como fez o Dr. Fausto, o personagem charlatão que se tornou rico e famoso, do escritor Goethe. Afinal, tudo vale a pena se a publicidade não é pequena.

E pequena não é a vontade de aparecer nesse teatro digital, em tempos de pandemia. Click, clic, click… E haja vontade. Sim, a mesma vontade que Schopenhauer dizia que “é um cego robusto que carrega um aleijado que enxerga”…

Cegos, aleijados…

Vejo que a banda Skank terá que mudar sua letra para “Um LIKE pelo amor de Deus / Um LIKE, meu, por caridade / Um LIKE pro ceguinho, pro menino”…

“Sai da tua infância, amigo, desperta” (Rousseau).

Francisco Edilson Leite Pinto Júnior é professor, médico e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/05/2021 - 08:46h
Sábado, 15

Mossoró bate recorde e vacina 3.884 pessoas num único dia

Números superaram vacinação em março (Foto: Célio Duarte)

Números superaram vacinação em março (Foto: Célio Duarte)

Mossoró estabeleceu novo recorde de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas em um só dia. Neste sábado (15), foram 3.884 doses no total. A vacinação ocorreu das 08h00 às 16h00 em 10 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e o Ginásio do SESI.

O coordenador de imunizações do município, Etevaldo Lima, apresentou durante a noite os dados com as quantidades de vacinas aplicadas, após a conclusão do levantamento realizado junto aos pontos de vacinação.

O trabalho neste sábado foi encerrado com a confirmação de uma vacinação recorde no espaço de apenas um dia. “O recorde anterior era de 2.552 doses aplicadas em um único dia. Isso aconteceu em 27 de março, na primeira edição do Mossoró Vacina. Só agora ultrapassamos esta marca e estamos muito felizes”, comemora Etevaldo.

Domingo

No sábado, foram 3.551 doses do imunizante CoronaVac e 333 doses aplicadas de AstraZeneca. Para esta última, a aplicação ficou restrita no Ginásio do SESI. Por lá, foram atendidas pessoas com comorbidades da faixa dos 45 anos ou mais e as pessoas com deficiências.

No domingo (16), o ginásio não estará aberto para funcionamento. Apenas as UBS’s permanecerão em atividade no domingo, vacinando idosos e profissionais de saúde que tomaram a primeira dose da Coronavac até o dia 31 de março.

Com informação da PMM.

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Categoria(s): Saúde
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domingo - 16/05/2021 - 08:32h

Impostores

Tartufo de MolièrePor Marcelo Alves

O que é um “tartufo”? Socorro-me do bom e velho dicionário “Aurélio” (edição da Nova Fronteira, impressa e pesadona, de 1986), para apresentar duas definições: (i) “homem hipócrita” e (ii) “devoto falso”.

Mas o mesmo “Aurélio” relaciona o verbete à peça “Le Tartuffe ou l’Imposteur” (1669), do escritor francês Molière (1662-1673). E é por esse autor e por esse clássico da dramaturgia, até para dar um quê de elegância à coisa, que inicio a crônica de hoje.

Jean-Baptiste Poquelin, dito Molière, nasceu em uma família de comerciantes parisienses. Recebeu excelente educação. Ainda jovem se meteu com o teatro e percorreu o país com a sua trupe de então. Voltou a Paris e tornou-se protegido do rei Luís XIV (1638-1715). Foi dramaturgo, diretor e ator (diversas vezes no papel principal). Sobretudo escreveu bastante, para lá de trinta peças, sendo um dos fundadores da dramaturgia francesa. Seu forte era a comédia satírica, criticando os costumes da época (que, de resto, vão e voltam na história dos homens). Desgostou a muitos, claro. Faleceu, aos 51 anos, na Paris de seu nascimento e glória.

O legado de Molière é enorme. “L’école des femmes” (“Escola de mulheres”, 1662), “Dom Juan ou le Festin de Pierre” (“Don Juan”, 1665), “Le misanthrope” (“O Misantropo”, 1666), “L’avare” (“O Avarento”, 1668), o citado “Tartuffe” (“Tartufo”, 1669), e “Le malade imaginaire” (“O doente imaginário”, 1673), entre outros textos, são obras-primas, lidas e encenadas em toda a terra redonda.

Lembro-me da maravilha que foi assistir a “O Avarento”, com o nosso Jorge Dória no papel principal (saudade do tempo em que podíamos aglomerar no teatro). A celebrada Comédie-Française tem Molière como patrono espiritual, assim como o têm os atores franceses. Para se ter uma ideia do lugar de Molière na francofonia e nas letras, o francês é comumente designado como a “língua de Molière”, assim como se faz, quanto aos respectivos vernáculos, com os gigantes Shakespeare, Dante, Goethe, Cervantes e Camões.

O enredo de “Le Tartuffe” gira em torno da casa e da família de Orgon, um rico burguês parisiense que toma Tartuffe – a personagem-título, mas que só aparece no terceiro ato da peça – por um santo devoto. O “piedoso” Tartuffe conquista a confiança de Orgon ao ponto de este recebê-lo em casa. A família se divide. A confusão está armada.

Uma secretária da casa, Dorine, e a esposa de Orgon, Elmire, decidem desmascarar Tartuffe. E, assediando até a dona da casa, Tartuffe se mostra o que quase todo/a vestal, sobretudo o que brada contra uma tal “bandidagem”, a corrupção (mas apenas a dos outros) e os “maus costumes” (seja lá o que isso for), é: um hipócrita impostor.

E aqui volto às definições do nosso “Aurélio”. Vocês já atentaram que fomos tomados por “homens hipócritas” e (terrivelmente) “falsos devotos”? Eles nos assombram diariamente com notícias sabidamente falsas. Paridos pela ditadura e pela tortura, eles pagam de “defensores da liberdade”. Aglomeram em verde e amarelo mas ofendem e passam a mão em pretos, pardos e índios. Pedem morte para todos os supostos “bandidos”, mas confraternizam e até homenageiam a outra banda da “bandidagem”.

Mandam o povo para as ruas e templos, explorando suas necessidades, sem dar-lhe as mínimas condições e as vacinas necessárias. Nos costumes, pregam um ultraconservadorismo quando sequer cumprem o dever em casa. Têm mil bocas para orar, mas nenhuma mão para ajudar.

Dizem que Luís XIV, aquele que disse “o Estado sou eu”, proibiu a representação da primeira versão do “Tartuffe”. Molière escreveu ao Rei e obteve o “placet” (a aprovação régia) para a sua obra.

Mas o que faria hoje um grande dramaturgo em relação àquele que afirma “eu sou a Constituição”? Um Molière ou mesmo um Paulo Gustavo (1978-2021), que perdemos em meio a essa pandemia e a essa impostura genocida. Talvez simplesmente lhe dedicasse a peça.

Marcelo Alves é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/05/2021 - 08:00h

CPI e “tiro no pé”

Por Ney Lopes

A CPI é a atração do momento, com capítulos sucessivos, cheios de tensões, exibidos nas TVs. Quem não segue canal por assinatura, lamenta não acompanhar os capítulos, anunciados de forma eletrizante na mídia. Para quarta-feira, está previsto o depoimento mais esperado, que será do ex-ministro Eduardo Pazuello.

Na última sexta, o STF ratificou esse direito, ao conceder o “habeas corpus” preventivo impetrado pelo ex-ministro Eduardo Pazuello.CPI da Covid-19 no SenadoA Corte seguiu, entre outros, o acórdão (RTJ 163/626), em cujo enunciado lê-se: “Não configura o crime de falso testemunho, quando a pessoa, depondo como testemunha, ainda que compromissada, deixa de revelar fatos que possam incriminá-la”.

Análise antecipada do que poderá acontecer, suscita alguns aspectos.

De um lado, o governo poderá sofrer impactos políticos negativos, na medida em que a ferrenha oposição consiga confirmar, que o responsável pelo agravamento da pandemia no país foi o ex-ministro e, em consequência, responsabilizar o seu alvo maior, que é o presidente Bolsonaro.

Há, porém, a possibilidade do outro lado da moeda. Caso o ex-ministro não se exaspere, ele poderá, falando e negando-se a falar, quando assim entender, mostrar que nenhum país do mundo teve a fórmula mágica de evitar que o vírus prosperasse e que todas as nações sofrem com a falta de vacinas, salvo poucos países ricos e produtores do imunizante.

A Nova Zelândia é o exemplo do governo que mais preveniu a possibilidade de propagação da Covid e não evitou. Já avançou e recuou várias vezes, para conseguir proteger a população.

No caso brasileiro, há um fato inegável, que coloca mal o presidente Bolsonaro, que são as suas declarações inconvenientes e fora de hora, que terminam se transformando no maior gerador de crises para o seu próprio governo.

Afastadas essas falas presidenciais, o ministro Pazuello terá como mostrar tentativas, durante o seu período no Ministério da Saúde, de evitar a tragédia epidêmica.

Parto do princípio, de que qualquer crítica ao comportamento do Governo na pandemia, terá que ter base racional, lógica, e não ímpetos irascíveis e emocionais, que não levem consigo situações concretas incontestáveis.

Nesse particular, a oposição deve ter a cautela do tiro não sair pela culatra e o governo sair ganhando, no final.

Toda investigação é legítima, embora considere, desde o início, que é inoportuna CPI neste momento, considerando que as irregularidades e possíveis crimes durante a pandemia já estão sendo investigados pelo STF, PF e MP.

Para exemplificar, veja-se a acusação de que o governo negligenciou em não comprar em maio de 2020 a vacina da Pfizer.

Os fatos reais relatados pelo Presidente da Pfizer conspiram contra a versão da oposição. Repita-se mesmo com declarações despropositadas, o governo não poderia contratar a compra das vacinas da Pfizer, pois haviam três pareceres jurídicos contrário – da AGU, PGR e do Ministério da Saúde.

A vacina da Pfizer só foi aprovada definitivamente nos EEUU, em dezembro de 2020. Nem MP, o governo do Brasil poderia editar, diante desses pareceres, pois seria afrontá-los e gerar crime de responsabilidade.

Somente em fevereiro de 2021, após o Congresso ter aprovado legislação que sanou a irregularidade apontada nos pareceres, a vacina foi negociada com a Pfizer, que já contratou com o Brasil 200 milhões do produto, até agora.

Fatos como esse, recomendam cautela especial nas acusações.

Afinal, o que se deseja é que na CPI, o Congresso Nacional, altar da democracia brasileira, prevaleçam os princípios da máxima legalidade, para existir legitimidade e autoridade de incriminar quem, porventura, deseje conspirar contra o Estado de Direito e as liberdades públicas.

Tal comportamento do Senado, significa não ir “com muita sede ao pote”, para evitar o risco de estar dando “tiro no próprio pé”!

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado

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Categoria(s): Artigo
  • Repet
domingo - 16/05/2021 - 07:10h

Coisas bonitas

Por Marcos Ferreira

Vez por outra, em virtude de algumas palavras um tanto ásperas ou indelicadas que ainda deixo escapar na minha escrita, sou carinhosamente admoestado. Pois Natália Maia, minha adorável noiva (que é a delicadeza em pessoa), teme que eu volte àquela época em que me comportava como um selvagem da literatura norte-rio-grandense, apontando e fustigando impostores das nossas letras. Não faço mais isso. Como declarei em recente entrevista ao portal Oeste em Pauta: “Todos são pessoas adultas e cada qual que responda pelas produções que assinam”.janelas fechadas, abajur,

— Escreva coisas bonitas! — falou Natália.

— Por exemplo? — questionei.

— Algo que não gere polêmica, bate-boca na internet, desgastes à toa. As pessoas gostam de ler histórias edificantes.

Emendei com uma ponta de ironia:

— Amenidades, você quer dizer.

— Sim! — admitiu. — Em tempos como estes, tão sombrios, precisamos ler mensagens positivas. Veja Odemirton Filho…

— E o que tem Odemirton?

— As crônicas dele são leves e bonitas.

— Estou de acordo. Enquanto cronista, Odemirton Filho não se mete em certas arengas, questiúnculas, provocações. É um reflexo da índole pacífica dele. Está muito mais para a natureza conciliadora do Rubem Alves do que para o temperamento ácido e iconoclasta do Agripino Grieco. Odemirton é um cronista admirável, paz e amor, dono de uma escrita saborosa e autêntica. Ocorre, no entanto, que a diversidade de vozes, têmperas e estilos enriquece a literatura.

— Sugiro que busque um meio-termo.

— É isso o que venho perseguindo.

— Cadê a produção? É sábado e até aqui você não me apresentou nada. Mandou a crônica para o blogue do Carlos Santos?

— Já. Só falta a da Revista Papangu.

— Muito bom! Mãos à obra, então.

— O texto está bem encaminhado.

— Escreva coisas bonitas! — insistiu.

Não vai dar, amigos leitores. Não no presente instante. Não me sinto inclinado a produzir ou falar sobre amenidades nas condições emocionais em que ora me encontro. Sequer no tocante à poesia. Deixei um soneto pela metade desde o último domingo, faltando os tercetos. Até agora não reúno ânimo inspirativo para concluir o poema. Hoje desejo apenas que minhas janelas e portas continuem fechadas.

Posso dizer que estou no meu momento vampiresco. Nada de sol, portanto. Não quero ver nem ouvir ninguém; celular no modo avião. Que nenhuma tranca ou ferrolho seja liberado. Que estas frias e negras cortinas continuem intocadas.

Penso em retirar da minha vista este impassível e burocrático relógio de parede. Como seria bom se pudéssemos imobilizar o tempo, de modo que as sete horas e quinze minutos desta manhã agradavelmente fria e penumbrosa perdurasse indefinidamente. Não me disponho a encarar o domingo lá fora, topar com vizinhos, dar-lhes um bom-dia meio que a contragosto e desonesto.

Repito, minhas senhoras e meus senhores, que este não é um bom ensejo para amenidades, palavras edificantes, mensagens positivas. Não da minha parte. Então me dou ao luxo de expressar fielmente o meu estado de espírito. Sem máscaras, sem disfarce algum.

Minha alma é este poço escuro, charco emocional que se estampa sobre minha face. Aqui usufruo da penumbra e do silêncio, do ócio e da quietude. Não escrevo para agradar nem desagradar ninguém.

Esta manhã encarcerou a minha veia bem-humorada, o meu sorriso fácil, continental. Reacende frustações e velhas mágoas, desaponta a musa e rompe as cordas da minha lira. Traz-me à memória recortes de sonhos mortos, projetos e planos frustrados. Contudo não enveredo para o campo da autopiedade, ainda menos descambo para a literatura de autoajuda. Mas admito que estou cheio, farto da concretude da vida. Que se danem o lítio, a quetiapina e o divalproato!

Embora o céu esteja carregado, detalhe este que me agrada sobremaneira, eu sei que os pássaros continuam cantando seus madrigais e as flores (perfumosas e concupiscentes) sorriem para os lindos colibris e borboletas que frequentam o meu quintal. Isso, no entanto, é poesia bucólica que não me seduz ou inspira. Deixo essas lindezas para os mágicos pincéis de Laércio Eugênio. Quero o frio monólogo da chuva, que chega devagarinho, e o pigarro inequívoco do trovão.

— Escreva coisas bonitas!

Desculpem. Hoje não será possível. Que o caro leitor e a distinta leitora se contentem com esta crônica melancólica, entretanto pacífica, livre de rusgas e mal-estares. Escrever é isto: um dia estamos para cima, noutro estamos plantando bananeira. “Sugiro que encontre um meio-termo”, aconselhara-me Natália. Quem sabe da próxima vez em que eu me coloque diante do teclado.

Meu mal e meu bem é este vício que me desfalece e me aviva, este sacerdócio que amaldiçoa e santifica, que me golpeia e me revigora: a literatura. Estou a dispor das suas vontades e caprichos. Torço que esta manhã seja duradoura quanto serena. Que o sol não se atreva além daquela réstia langorosa.

Quero não mais que o canto dos passarinhos, o ribombar dos trovões e este colóquio em que nossas almas, prezados leitores, comunicam-se telepática e silenciosamente como os olhos daquela tosca Mona Lisa ali suspensa na parede da minha sala.

Enfim a chuva desaba, ruidosa, diluviana. Teimo em não romper o véu da penumbra, em não abandonar o desalinho dos travesseiros e lençóis, enquanto meu hídrico e fértil pensamento fabrica esta visão cinematográfica: a água encharcando a terra, descendo pelas calhas, desembestando ao longo das sarjetas. Isso é música aos meus ouvidos, é carícia na minha alma agreste.

Adivinho a glória dos sapos e rãs pelos bueiros e regatos do subúrbio, enquanto aqui dentro tudo é remanso e bocejo. Suponho ouvir a boca numérica do relógio mastigando as horas, minutos e segundos.

Noite passada, a propósito, quando expunha suas fundamentadas e categóricas previsões para hoje, a moça do tempo anunciou para estas bandas um dia ensolarado e quente. Mas a chuva prossegue firme e abundante, levando as previsões meteorológicas no curso das sarjetas, pela enxurrada.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 15/05/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“É sempre a sua vez de fazer a próxima jogada.”

Napoleon Hill

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Categoria(s): Pensando bem...
  • Repet
sábado - 15/05/2021 - 23:44h
Câncer

Morre em São Paulo a atriz Eva Wilma

Eva Wilma tinha 87 anos (Foto: arquivo pessoal)

Eva Wilma tinha 87 anos (Foto: arquivo pessoal)

Do G1

A atriz Eva Wilma morreu neste sábado (15) aos 87 anos. Ela tratava um câncer de ovário e estava internada no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa.

Eva Wilma Riefle Buckup nasceu em 14 de dezembro de 1933, na cidade de São Paulo.

Ela iniciou a carreira artística aos 19 anos, no Ballet do IV Centenário de São Paulo, abandonando a dança pouco depois, quando recebeu os convites para integrar o Teatro de Arena e, o programa “Alô Doçura”, da TV Tupi.

Saiba mais AQUI.

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Categoria(s): Cultura / Gerais
sábado - 15/05/2021 - 19:28h
Política

Walter admite Garibaldi ao Senado; Henrique veste “esperança”

Garibaldi e Henrique: mais de 50 anos de campanhas Foto: arquivo)

Garibaldi e Henrique: mais de 50 anos de campanhas (Foto: arquivo)

Em entrevista ao jornal Agora RN, o deputado federal Walter Alves (MDB) levantou hipótese de que seu pai e ex-senador Garibaldi Alves (MDB) volte a concorrer ao Senado.

“Sinto nas bases, com quem eu converso, um desejo sim que Garibaldi se candidate ao Senado. Porém, a candidatura depende muito da vontade do candidato para leva-la à frente”, disse Walter.

Na rede social Twitter, em endereço próprio, o primo e ex-deputado federal Henrique Alves acenou positivamente:

– Li que Garibaldi poderá ser candidato ao Senado! Na torcida! Temos 51 anos de lutas no MDB, tantos desafios nessa construção! Estaremos juntos, Gari, e será o meu voto mais feliz! Irmandade, lealdade e coerência que o RN conhece! E a camisa verde, Esperança, já está pronta.

Nota do Blog – Há alguns meses o nome de Garibaldi era ventilado como possível candidato a deputado estadual. Mas, é nítido que há um vácuo ao Senado e nenhum nome até aqui se apresenta sequer como razoável em termos de potencial de votos. O ex-senador pode e deve sonhar em ir à disputa.

Mas, vale ser dito: as relações entre Henrique e Walter são as piores possíveis, política e familiarmente.

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Categoria(s): Política
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