segunda-feira - 06/03/2023 - 09:34h
Agora vai

Boca artificial permite beijo ‘físico’, apesar da distância

Reprodução de postagem de Martha Gabriel em suas plataformas digitais

Reprodução de postagem de Martha Gabriel em suas plataformas digitais

Se até recentemente, beijar alguém a distância era algo etéreo, agora, graças à tecnologia, isso está se tornando literal!

Um dispositivo desenvolvido na China imita um beijo real, replicando a pressão, o movimento e a temperatura dos lábios.

Quem publica a novidade é Martha Gabriel, consultora nas áreas de inovação em negócios e transformação digital.

Agora vai!

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segunda-feira - 06/03/2023 - 08:46h
Piso do Magistério

Vereadora Marleide Cunha diz estar com a verdade

Vereadora e dirigente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), Marleide Cunha (PT) grava vídeo dando versão sobre controvérsias relativas ao pagamento do Piso Nacional do Magistério. “Não gastamos dinheiro público para espalhar mentiras através das mídias. Nós falamos e lutamos pela verdade. A luta de nós, professoras e professores, é pelos nossos direitos, os direitos das crianças e pela educação de qualidade”, esbraveja.

Semana passada, em reunião com o sindicato, informações na imprensa e veiculação de material de divulgação, o município mostrou que já paga acima do piso. Acrescentou que não tem como cobrir o aspirado pela categoria, sem atrasar salário de todo funcionalismo e outros compromissos, pois convive também com um déficit de R$ 18.576.487,40 do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).

A equipe econômica e financeira da Prefeitura mostrou que em março de 2023 o piso dos professores para 40h em Mossoró chega a R$ R$ 4.916,65, enquanto o piso nacional é R$ 4.420,55. Em novembro deste ano, o valor do piso na rede municipal de ensino chegará a R$ 5.338,87 (veja AQUI).

A vereadora retruca. Segundo ela, existe na realidade um “achatamento salarial”. Na verdade, estariam acontecendo perdas.

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segunda-feira - 06/03/2023 - 08:00h
Futebol

Potiguar conhece adversários da Série D do Brasileirão 2023

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou no fim de semana, a tabela básica da Série D do Campeonato Brasileiro e o Potiguar estreará na competição contra o Nacional-PB no dia 6 ou 7 de maio, em Patos-PB. Na primeira fase, o Alvirrubro jogará 14 partidas pelo Grupo A3, sendo sete jogos em casa e sete fora.

Time alvirrubro volta à competição nacional e próximo ano já está garantido também (Foto: Marcelo Diaz)

Time alvirrubro volta à competição nacional e próximo ano já está garantido também (Foto: Marcelo Diaz)

A estreia em casa, no Estádio Nogueirão, ocorrerá contra o Santa Cruz-PE, no dia 13 ou 14 de maio. O Grupo A3 ainda conta com Campinense-PB, Globo-RN, Iguatu-CE, Pacajus-CE e Sousa-PB.

TURNO
01ª – 06/05 ou 07/05 Nacional-PB x Potiguar
02ª – 13/05 ou 14/05 Potiguar x Santa Cruz-PE
03ª – 20/05 ou 21/05 Globo-RN x Potiguar
04ª – 27/05 ou 28/05 Potiguar x Iguatu-CE
05ª – 03/06 ou 04/06 Pacajus-CE x Potiguar
06ª – 07/06 ou 08/06 Potiguar x Sousa-PB
07ª – 10/06 ou 11/06 Campinense-PB x Potiguar

RETURNO
08ª – 14/06 ou 15/06 Potiguar x Campinense-PB
09ª – 17/06 ou 18/06 Sousa-PB x Potiguar
10ª – 24/06 ou 25/06 Potiguar x Pacajus-CE
11ª – 01/07 ou 02/07 Iguatu-CE x Potiguar
12ª – 08/07 ou 09/07 Potiguar x Globo-RN
13ª – 15/07 ou 16/07 Santa Cruz-PE x Potiguar
14ª – 22/07 ou 23/07 Potiguar x Nacional-PB.

Pela classificação ao quadrangular decisivo deste ano do Campeonato Estadual 2023, o alvirrubro mossoroense também já assegurou presença na Série D.

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segunda-feira - 06/03/2023 - 07:24h
Grandes perdas

O adeus de Márcio Guedes e Paulo Caruso

Fim de semana foi de grandes baixas no universo da imprensa do país. Duas, pelo menos. O jornalista Márcio Guedes e o caricaturista/chargista Paulo Caruso.

Márcio Guedes atuou em diversos e importantes veículos de mídia (Foto: Reprodução)

Márcio Guedes atuou em diversos e importantes veículos de mídia (Foto: Reprodução)

Paulo Caruso, um traço único durante muitas décadas (Foto: reprodução)

Paulo Caruso, um traço único durante muitas décadas (Foto: reprodução)

O jornalista esportivo Márcio Guedes morreu na madrugada de sábado (4), aos 76 anos, vítima de um câncer. Ele estava internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Em cinco décadas de carreira, o jornalista passou pelas redações do Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Jornal da Tarde/ Estado de São Paulo. Foi colunista e comentarista no jornal O Dia, na Band, na TV Manchete, na TV Globo, na Record, na ESPN e desde 2001 trabalhava na TV Brasil.

O cartunista Paulo Caruso morreu na manhã deste sábado (4) em um hospital em São Paulo, onde estava internado. O artista tinha 73 anos de idade. A causa da morte não foi informada.

Caricaturista, ilustrador, chargista e músico, Paulo José Hespanha Caruso, o Paulo Caruso, nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949. Era irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista.

Ele passou por diversos veículos onde deixou sua marca e consolidou sua carreira. Ele iniciou na profissão trabalhando para o Diário Popular na década de 1960, passando pela Folha de S.Paulo e pelo O Pasquim, onde trabalhou com Ziraldo e Millôr Fernandes, e pela revista IstoÉ.

Caruso esteve no Roda Viva desde 1987, emprestando seu talento às milhares de entrevistas no programa da TV Cultura. Com suas caricaturas e charges, Caruso faz parte da história política e social do Brasil.

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segunda-feira - 06/03/2023 - 06:20h
Paulo Teixeira

Ministro tem compromissos no RN e será recebido por governadora

Depois de uma semana de agenda em Portugal, a governadora Fátima Bezerra (PT) está de volta ao país e à gestão. Para esta segunda-feira (6), entre os compromissos, recebe o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Ele ficará dois dias no estado. Teixeira é deputado federal pelo PT-SP licenciado.

Paulo Teixeira ficará segunda e terça-feira com agenda no RN (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Paulo Teixeira ficará segunda e terça-feira com agenda no RN (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

No início da tarde, o ministro terá um encontro com a governadora, no Centro Administrativo. Logo depois, os dois seguirão para a comunidade Passagem Comprida, no município de Bom Jesus (a 52 km de Natal), onde visitam unidades produtivas, inauguram um poço tubular movido a energia solar e participam da solenidade de concessão de microcrédito para mulheres da comunidade.

Na terça-feira, dia 07, a partir das 8h, a governadora e o ministro cumprem agenda no Mercado da Agricultura Familiar. Em seguida, às 10h30, Paulo Teixeira participa da reunião da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste.

A agenda traz a apresentação e discussão das propostas da Câmara Temática da Agricultura Familiar, junto aos secretários e representantes dos nove estados do Nordeste, para promover o fortalecimento da agricultura familiar na região.

SERVIÇO

Evento: Visita do ministro Paulo Teixeira ao RN

Dia 06

12h20 – Encontro com a governadora Fátima Bezerra

Local: Governadoria

15h30 – Visita à comunidade Passagem Comprida – Bom Jesus

Dia 07

08h00 – Café da manhã e inauguração

Local: Mercado da Agricultura Familiar, Rua Jaguarari, esquina com Mor Gouveia, Lagoa nova, Natal/RN

10h30 – Reunião da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste

Local: Auditório da Governadoria, Centro Administrativo.

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domingo - 05/03/2023 - 23:59h

Pensando bem…

“A verdade é que as pessoas não permanecem as mesmas. As pessoas ficam melhores ou pioram.”

Richard Blander

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 05/03/2023 - 18:28h
Eleição suplementar

Oposição tem vitória apertada

Com duas chapas na disputa das eleições suplementares a prefeito e vice em Ipanguaçu, Vale do Açu, neste domingo (5), saiu o resultado final. Vitória da oposição por poucos votos IMG_20230305_183324

Venceu a disputa a chapa de oposição com Remo Fonseca (PP) e Sílvio Nobre (Solidariedade), da Coligação Resistência do Povo (PP/Solidariedade), por apenas 29 votos de maioria.

O ex-prefeito interino Jefferson Santos (PL) e o seu vice Thales Cosme Marinho (PSDB), da Coligação Ipanguaçu do Bem (PL e Federação PSDB/Cidadania), foram os derrotados.

Jefferson e Thales obtiveram 5.249, enquanto os vitoriosos Remo Fonseca e Sílvio Nobre somaram 5.278 votos.

Foram computados 10.527 votos válidos, além de 94 nulos (0,88%) e 68 em branco (0,64%).

Em 2020, Remo e Sílvio ficaram em segundo lugar, derrotados pelos eleitos e cassados posteriormente – Valderedo Bertoldo (PL) e Mara Carmelita (PSB).

O prefeito interino é o vereador Doel Soares (PL).

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domingo - 05/03/2023 - 12:12h
História

A heroica mulher que salvou a vida de diplomata brasileiro sequestrado

Por Euler de França Belém (Jornal Opinião)

Livro mostra saga de uma mulher de muita fibra e fé (Foto: Reprodução)

Livro mostra saga de uma mulher de muita fibra e fé (Foto: Reprodução)

“Um Diplomata no Cativeiro — O Sequestro do Cônsul Aloysio Gomide Pela Guerrilha Tupamara em 1970, no Uruguai, e a Luta de Sua Mulher Para Libertá-lo” (Bella Editora, 199 páginas), da jornalista Ana Paula Alfano, ex-“Folha de S. Paulo”, é um excelente livro. A autora relata uma história que aconteceu há quase 53 anos, mas mantém a tensão, como se estivesse escrevendo uma reportagem sobre fatos que ocorreram ontem, digamos.

Lembro-me, no início da década de 1970, de ir à banca de revista, que ficava na rodoviária antiga de Porangatu, cidade do Norte de Goiás, para comprar publicações com notícias sobre o sequestro de Aloysio Marés Dias Gomide, cônsul brasileiro no Uruguai. Eu tinha 9 anos e meu pai, Raul Belém, lia tudo sobre o assunto, o que acabou despertando minha atenção. Tanto que me lembrei de uma reportagem que dizia: “Por quem chora Ana Maria”. Trata-se de uma lembrança falha. Porque o nome da mulher do diplomata era Maria Apparecida Gomide. Ana Maria era sua cunhada.

Aloysio Gomide foi sequestrado pelo Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros (MLN-T) no dia 31 de julho de 1970, em Montevidéu, capital do Uruguai.

Quatro homens e uma mulher — entre eles Adolfo “Nepo” Wasen e Luis Heber Correa Díaz — sequestraram o cônsul em sua casa. Articulada pelos tupamara Alicia Rey Morales, entre outros, a ação foi bem-sucedida.

Apparecida decidiu questionar os guerrilheiros: “Meu marido é apenas um cônsul nada tem a ver com o governo uruguaio. Por que ele?” Um dos sequestradores disse que os tupamaros estavam sequestrando Aloysio Gomide com o objetivo de forçar o presidente do Uruguai, Jorge Pacheco Areco, a ouvi-los.

Gomide e Apparecida em destaque na revista O Cruzeiro (Foto: Reprodução)

Gomide e Apparecida em destaque na revista O Cruzeiro (Foto: Reprodução)

Em poucos minutos, os membros da Coluna 15 do MLN-T levaram Aloysio Gomide, que não conseguiu nem mesmo levar seus óculos (era míope). Saíram com o diplomata vestido de pijama. O cônsul e Apparecida eram pais de seis filhos (tiveram o sétimo em 1972).

Assustada, mas decidida, Apparecida avisou a embaixada que o marido — homem de direita, católico tradicional, mas sem militância política — havia sido sequestrado.

Policiais mostraram álbuns com fotografias de tupamaros e pediu que Apparecida dissesse se algum havia participado do sequestro. Ela reconheceu dois, mas não disse à polícia, pois os tupamaros a alertaram que, se identificasse algum deles, matariam Aloysio Gomide.

O irmão de Apparecida, Marcos Penna, sua então mulher, Ana Maria, e Erycina Dias Gomide, mãe do cônsul, foram para Montevidéu para ajudar a mulher do diplomata.

Além de Aloysio Gomide, havia sido sequestrado Dan Mitrione, especialista em segurança dos Estados Unidos. A polícia confirmou que Raúl Bidegain Greising e Fernando Garin, importantes membros do MLN-T, eram alguns dos orquestradores da ação.

Num comunicado, os tupamaros informaram que libertariam Aloysio Gomide e Dan Mitrione se o governo uruguaio libertasse os guerrilheiros presos (cerca de 150, trinta eram mulheres).

Gomide escreve carta em tom desesperador (Foto: Reprodução)

Gomide escreve carta em tom desesperador (Foto: Reprodução)

O primeiro cativeiro de Aloysio Gomide foi na casa do tupamaro Juan Espinosa, enfermeiro do Hospital das Clínicas. O cônsul foi levado para o local sedado. Ferido, Dan Mitrione estava na mesma residência. Os guerrilheiros queriam saber o nome dos policiais uruguaios que haviam sido treinados nos Estados Unidos. Os captores da dupla disseram que o americano trabalhava para a Agency for International Development (AID) numa parceria com a polícia uruguaia. “Dan Mitrione estava no Uruguai para auxiliar o governo uruguaio no combate ao MLN-T e a outros movimentos considerados subversivos”, assinala Ana Paula Alfano. O americano teria ligação com a CIA, de acordo com Manuel Hevia Cosculluela, cubano infiltrado na agência americana.

Os sequestros de Aloysio Gomide e Dan Mitrione eram parte do Plano Satã, formulado pelo dirigente guerrilheiro Eleuterio Fernández Huidobro. Os tupamaros planejaram sequestrar personalidades estrangeiros e uruguaias — como o juiz Daniel Pereyra Manelli — com o objetivo de forçar o governo de Jorge Pacheco Areco a libertar presos.

Os tupamaros tentaram sequestrar Michael Gordon Jones e Nathan Rosenfeld, ambos da embaixada americana, e, como não conseguiram, sequestraram Claude Fly, técnico agrícola americano.

O governo uruguaio apertou o cerco contra os tupamaros, que, vistos como Robin Hood dos trópicos, eram admirados pelo povão.

O presidente Emilio Garrastazu Médici, alertado pelo embaixador brasileiro no Uruguai, Luiz Leivas Bastian Pinto, deu ordens para que “ninguém da embaixada dialogasse com os tupamaros. Caberia ao governo uruguaio, disse um telegrama do governo brasileiro, ‘tomar todas as providências para a solução do caso e a recuperação do representante brasileiro’”. O presidente do país radicalizou: não aceitava negociar com a guerrilha.

Os tupamaros divulgaram uma carta incisiva, exigindo a libertação de “todos os presos processados ou condenados por delitos políticos ou conexão com delitos políticos”. Informaram que Aloysio Gomide estava bem de saúde e que Dan Mitrione estava se recuperando.

Mujica foi do grupo guerrilheiro, chegando a ser preso (Foto: Reprodução)

Mujica foi do grupo guerrilheiro, chegando a ser preso (Foto: Reprodução)

Na sua primeira carta para Apparecida, Aloysio Gomide disse: “Estou bem, no sentido de que não me golpearam ou feriram”. E contou que havia tomado várias injeções, para ficar entorpecido.

O governo uruguaio resistia a negociar, por isso Apparecida decidiu que precisava agir para salvar o marido.

O cônsul, transferido para outro esconderijo, acreditou que seria assassinado. Um jovem apontou uma arma para Aloysio Gomide e ameaçou atirar. Porém, um guerrilheiro mais velho segurou sua mão. “A atitude mais calma e prudente do mais velho me salvou.” A partir de então, o diplomata passou a questionar menos os tupamaros. Ele era vigiado “quase sempre” por universitários.

O MLN-T conseguiu reunir entre 4 mil e 5 mil membros. Um dos guerrilheiros era José “Pepe” Mujica, que, mais tarde, se tornou presidente do Uruguai.

O que dava forças a Aloysio Gomide e a Apparecida era “a infinita confiança em Deus e em Nossa Senhora de Aparecida” (palavras da mulher do cônsul).

Hospedada na embaixada do Brasil em Montevidéu, Apparecida ia ao jardim sozinha, relatando ao irmão e à cunhada que precisava tomar ar. “Eu saía para ver se acharia o corpo do meu marido morto na grama”, anotou em suas memórias.

“Assim que as conversas com os sequestradores começaram e eu vi que o governo uruguaio nada faria, e que o brasileiro não poderia ajudar, percebi que teria de ser eu a libertá-lo. (…) Eu nunca planejei fazer tudo o que fiz, uma coisa foi levando à outra”, relata Apparecida.

Os tupamaros mataram Dan Mitrione no dia 10 de agosto de 1970. A família acreditou que o cônsul poderia ser a próxima vítima. Os tupamaros permitiram que Aloysio se inteirasse do assassinato pelo rádio. Ele ficou aterrorizado. “Tive uma sensação de medo brutal. Vi-me empurrado para a posição de próximo na fila.”

Após o sequestro de Claude Fly, a polícia uruguaia prendeu os tupamaros Edith Moraes, Asdrúbal Pereira Cabrera, Graciela Jorge, Alberto Jorge Candán Grajales, Raúl Sendic, Alicia Rey Morales, Efraín Martinez Platero, Diego Picardo e Raúl Bidegain Greising. Lucas Mansilla, o único da cúpula a escapar, refez “a direção tupamara em menos de 24 horas”.

Ante a intransigência do governo, que não negociava com os tupamaros, aumentou a tensão. Com receio de que matassem Aloysio Gomide, Apparecida entrou em contato com o presidente Médici e sua mulher, Scylla: “Depositamos nas mãos de Vossa Excelência o destino do meu marido”. Para manter alguma tranquilidade, tomava Valium.

Médici, no dia 7 de agosto de 1970, pressionou o presidente Pacheco Areco. Na mesma data, os tupamaros divulgaram um comunicado informando que matariam “os reféns caso” os guerrilheiros que haviam sido “presos fossem torturados”.

Apparecida decidiu ir à prisão para “falar com os sequestradores” de Aloysio Gomide. A embaixada brasileira tentou dissuadi-la. Mas ela não recuou: “Vou me plantar na porta [da penitenciária] até me receberem”. Ao perceber sua obstinação, registra Ana Paula Alfano, “a embaixada conseguiu a autorização judicial para a visita ao Presídio Central de Montevidéu”.

Apparecida faz apelo em programa de televisão de Flávio Cavalcanti (Foto: Reprodução)

Apparecida faz apelo em programa de televisão de Flávio Cavalcanti (Foto: Reprodução)

Na companhia da embaixatriz Célia Bastian Pinto e dos coronéis Leuzinger Marques Lima e Miguel Cunha Lanna, Apparecida dirigiu-se para a prisão. Recebida pela cúpula dos tupamaros, entre eles Raúl Sendic, ela disse: “Somente quero pedir-lhes que cumpram com sua palavra. Quando em minha casa, prometeram-me que nada de ruim aconteceria a meu marido. Confio em vocês”. Os guerrilheiros nada falaram.

A coragem e o posicionamento firme de Apparecida levaram os tupamaros a confiar no que dizia. “Daquele dia em diante os tupamaros exigiam falar apenas com a mulher do cônsul, mais ninguém”, escreve Ana Paula Alfano.

Numa conversa com Médici, Apparecida disse, aos prantos: “Pelo amor de Deus, presidente, mataram o Mitrione e vão fazer o mesmo com o Aloysio”. O general-presidente respondeu: “Calma, minha senhora, calma, não vai acontecer nada a seu marido”.

Um dos sequestradores ligou para Apparecida: “A vida do seu marido está em suas mãos, faça exatamente o que eu lhe disser. Vá às rádios e faça um apelo ao presidente Areco pela vida do seu marido. A vida dele está em suas mãos”.

Numa rádio, Apparecida fez um apelo ao presidente Areco: “Por amor a Deus, tenha pena do meu marido e meus filhos, atenda aos apelos dos tupamaros”. Para se acalmar, fazia tricô. O dirigente uruguaio permaneceu intransigente.

O governo brasileiro, depois de uma reunião entre Médici e o ministro das Relações Exteriores, Gibson Barboza, enviou uma mensagem ao chanceler uruguaio Jorge Peirano Facio: “Cresce o perigo de ser igualmente assassinado o cônsul Aloysio Gomide”. Pacheco Areco continuava resistindo às pressões brasileiras. No lugar de negociar, o presidente mandou intensificar as buscas aos guerrilheiros que mantinham Gomide e Claude Fly no cárcere.

Entra em cena o advogado uruguaio Victor Della Valle Bataille, casado com Marilia López, funcionária do consulado brasileiro.

Ao entrar em contato com pessoas ligadas aos tupamaros, Victor Bataille colheu a informação de que, cientes de que Pacheco Areco não libertaria os presos, os guerrilheiros agora “exigiam um resgate de 1 milhão de dólares”. O ministro Gibson Barboza disse a Apparecida que o governo brasileiro pagaria o resgate desde que os guerrilheiros doassem o dinheiro para “alguma entidade internacional, como a Cruz Vermelha”. Os esquerdistas não aceitaram a proposta.

Ao receber uma nova carta de Aloysio, Apparecida ficou ainda mais desesperada. Ele escreveu: “Na verdade, do que eu percebi, pressinto a proximidade de minha morte”.

Uma jornalista, aparentemente francesa, entrevistou Aloysio Gomide e Claude Fly. Suas palavras e fotografias chegaram à revista argentina “Panorama”, que repassou o material para a “Veja”. Em novembro de 1970, a revista publicou uma reportagem de capa com a história, sob o título de “Gomide na prisão do terror”.

No cárcere a “companhia” frequente de Aloysio Gomide era uma bíblia, em espanhol, da qual não se desgrudava. Lia a bíblia católica, mas, como estava sem óculos, com dificuldade.

Arrojada, Apparecida prometeu que repassaria 1 milhão de dólares aos tupamaros. Ela criou uma campanha para arrecadar dinheiro com o nome de “Só o amor constrói”, lançada em 13 de dezembro de 1970 durante uma entrevista no programa do apresentador Flávio Cavalcanti, na TV Tupi. “Consegui uma brecha para liberar meu marido. Peço ao povo brasileiro que me ajude a salvá-lo.”

Jornal noticiou execução de norte-americano nas mãos de guerrilheiros (Reprodução)

Jornal noticiou execução de norte-americano nas mãos de guerrilheiros (Reprodução)

Autorizada pelo governo da ditadura civil-militar, Apparecida também apareceu nos programas de Chacrinha e de Cidinha Campos. Ela esteve com o arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns. “Além das contas correntes abertas pelo Brasil, empresas e grupos se uniam para ajudar no resgate. Funcionários da Cervejaria Ouro Preto, em Belo Horizonte, doaram um dia de salário. O Jóquei Clube de Santos ofereceu a renda de uma corrida. Um circo no Rio de Janeiro deu toda a receita de um fim de semana”, reporta Ana Paula Alfano.

Apparecida ligou para o jogador Pelé, o craque do Santos e da Seleção Brasileira de futebol: “É você, Pelé? Aqui é Maria Apparecida Gomide. Você sabe da minha tragédia?” O jogador respondeu: “Soube sim, senhora. (…) Vou ajudar na sua campanha. Farei o depósito”.

As contas para receber o dinheiro do resgate foram abertas no Banco Nacional, dirigido por José Magalhaes Pinto, que ajudou na campanha. O presidente do Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro, Theóphilo de Azeredo Santos, primo de Bebela Ziemmer e Celeste Loureiro, amigas de Apparecida, ajudou nos “trâmites burocráticos”. O banqueiro chegou a ser levado ao Dops.

O país se mobilizou para ajudar Apparecida e Aloygio Gomide. Ao perceberem a envergadura da campanha, os tupamaros não gostaram, pois passava-se a impressão de que eram mercenários.

O ministro Gibson Barboza “concedeu ‘todo o seu apoio’” à campanha. “No Brasil, a luta de Apparecida a transformou em uma quase celebridade”. Se era reconhecida, os taxistas se recusavam a cobrar pela corrida.

Com roupas rasgadas e a bíblia como única “propriedade”, Aloysio Gomide foi transferido para um cativeiro na casa do tupamaro David “Chichi” Câmpora. Ele e Claude Fly dividiram o porão da residência. Aí pôde ler “Anna Kariênina”, romance de Liev Tolstói, e contos policiais.

Os sequestradores, por avaliarem Aloysio Gomide como “reacionário”, não gostavam dele. Assim como o cônsul não apreciava os tupamaros, “por considerá-los um bando de criminosos idealistas”.

Apparecida continuava com a campanha para obter dinheiro e tentou falar com Pacheco Areco, que não quis recebê-la.

Em 1971, no dia 8 de janeiro, os tupamaros sequestraram o embaixador inglês no Uruguai, Geoffrey Jackson. As garantias individuas foram suspensas por Pacheco Areco por 40 dias.

No início de janeiro de 1971, Apparecida decidiu suspender a campanha “Só o amor constrói”. Era hora de levar o dinheiro para o Uruguai. Detalhe: a mulher do cônsul só havia conseguido reunir 250 mil dólares.

Marcos Ribeiro de Azevedo e Inácia Almeida foram contatados para levar o dinheiro do resgate de Aloysio Gomide até Rivera, no Uruguai. “Os dois aguardariam um tupamaro pegar o resgate. A senha seria: ‘Nossa Senhora Aparecida nos proteja’. E Inácia responderia: ‘Estamos protegidos’.”

Jorge Pacheco Areco: presidente do Uruguai em 1970 (Foto: Reprodução)

Jorge Pacheco Areco: presidente do Uruguai em 1970 (Foto: Reprodução)

De acordo com Gibson Barboza, o governo brasileiro fez “vista grossa a uma travessia à fronteira por um portador com a soma recolhida”.

Inácia Almeida e Marcos Ribeiro de Azevedo dirigiram-se para o local do encontro combinado com os tupamaros. Lá, na porta da loja Cairo, no Chuí — do lado brasileiro —, no dia 3 de fevereiro, um jovem apareceu, disse a senha e levou o dinheiro. Ao contrário do previsto, não era um tupamaro.

O diplomata brasileiro Quintino Symphoroso Deseta decidiu buscar o dinheiro, num automóvel da embaixada, com receio de que fosse apreendido pela polícia uruguaia, que estava à espreita.

Deseta levou o dinheiro para Montevidéu e não foi incomodado pela polícia. Apparecida avisou Victor Bataille que já estava com as notas em cruzeiro, a moeda brasileira, pesos argentinos e uruguaios. Havia também joias. “Entre as muitas que chegaram até nós para ajudar no resgate, duas eu não tive coragem de entregar aos tupamaros: um anel doado por dom Paulo Evaristo Arns e um pequeno terço de pérolas e ouro. Ofertei essas duas peças a Nossa Senhora, na igreja que frequentávamos no Rio de Janeiro”.

Cassado pela ditadura, o presidente Juscelino Kubitschek orientou Apparecida a revelar que não havia conseguido juntar 1 milhão de dólares só no último minuto. “Recomendou que eu não desse tempo para os tupamaros exigirem outra coisa no lugar do dinheiro que faltava, que os pegasse de surpresa”, relatou Apparecida.

Os tupamaros ficaram “danados da vida. No fim deram o ok, acho que queriam libertar Aloysio de qualquer maneira”, anota Apparecida. Porém, para não ficarem desmoralizados, o valor real do resgate não deveria ser explicitado.

Os tupamaros libertaram Aloysio Gomide no dia 21 de fevereiro de 1971, num domingo. Ele ficou 205 dias no cativeiro. Um sequestrador disse para o diplomata: “Su mujer es muy buena”. De fato, graças a Apparecida, à sua luta diária, o marido foi libertado. “Sem ela não sei qual teria sido o destino de Aloysio”, disse o advogado Victor Bataille. “Apparecida foi muito importante para o destino de Aloysio.”

A mãe do cônsul, Erycina, disse: “Quero destacar a força de vontade de minha nora, que lutou com todo seu vigor para liberar o marido”. O ministro Gibson Barbosa disse que Apparecida era uma mulher “admirável”. Nas suas memórias, o diplomata acrescentou que ela foi “a grande responsável pela libertação do marido. (…) Quem realmente salvou” a vida de Aloysio Gomide “foi Maria Apparecida”.

Ana Paula Alfano: jornalista, autora de um livro sensacional (Foto: Reprodução)

Ana Paula Alfano: jornalista, autora de um livro sensacional (Foto: Reprodução)

O presidente Emilio Médici perguntou a Aloysio Gomide: “Como é, você está estranhando a liberdade?” Apparecida respondeu pelo marido: “Não, presidente, ele está amando a liberdade”.

Aloysio Gomide se aposentou da carreira diplomática, em 1989. Ele serviu no Canadá e, como embaixador, no Haiti. Nunca mais voltou ao Uruguai.

Aloysio Gomide morreu em 2 de dezembro de 2015, aos 86 anos, e Maria Apparecida faleceu em 2 de setembro de 2019, aos 88 anos. Foram casados durante 61 anos e tiveram sete filhos.

O livro de Ana Paula Alfano, resultado de uma pesquisa bem-sucedida, contém documentos e informações originais, como cartas e fotografias. Era o livro que faltava a respeito dos turbulentos anos 1970 no Brasil e no Uruguai, notadamente sobre o sequestro do cônsul Aloysio Gomide, um homem de bem.

A jornalista relata, com mestria, a saga intimorata de Maria Apparecida para libertar o marido. Eis uma grande história — dolorosa mas bela — que valoriza uma mulher admirável, praticamente um exército de uma só pessoa.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 05/03/2023 - 11:34h

As joias apreendidas de Michelle Bolsonaro

Por Ney Lopes

Bolsonaro e o príncipe Mohammed bin Salman em Osaka, no Japão (Foto: Web)

Bolsonaro e o príncipe Mohammed bin Salman em Osaka, no Japão (Foto: Web)

O princípio ético do editor desse blog se resume na expressão: “informação com opinião”.

Procura-se a verdade dos fatos e o que diz a lei.

O exemplo é que, no atual momento de radicalização política no país, são comuns as reclamações (algumas violentas) de bolsonaristas e lulistas. inconformados com certas análises publicadas.

A tarefa do jornalismo independente gera essas incompreensões e mal-entendidos.

Porém, é um ônus necessário à cidadania.

O tema polêmico de hoje são as joias apreendidas de Michelle Bolsonaro.

A mídia estampa em manchetes terem sido apreendidas pela RF joias da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, no valor de R$ 16.5 milhões e que o então presidente Bolsonaro tentou várias vezes reavê-las.

A impressão que dá à primeira vista é que foi uma tentativa recente de contrabando, evitada pela Receita Federal.

Independente de acusar ou defender o ex-presidente é preciso dizer, que não foi isto que aconteceu, “salvo elementos novos conhecidos, após essa análise”.

O fato ocorreu há mais de três anos

Ao saber que as joias haviam sido apreendidas, a presidência da República tornou o caso público.

Vejamos.

Em 26 de outubro de 2020, um funcionário da presidência da República, em missão oficial procedente da Arábia Saudita, teve a sua bagagem revistada pela alfandega, que constatou as joias citadas.

O servidor declarou que era um presente do governo da Arábia Saudita ao presidente brasileiro e esposa.

A RF não aceitou a explicação e reteve os bens.

Iniciou-se um processo administrativo fiscal (2020), tendo como objeto o material apreendido.

A presidência da República não se omitiu e informou à alfândega, alegando que se tratava de um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro.

Mesmo assim, a Receita não liberou.

Vê-se que não se trata de joias contrabandeadas e agora pilhadas pelo atual governo, mas – como explicado desde o início –, presentes do governo da Arábia Saudita.

A Presidência tentou reaver publicamente o material, em pelo menos quatro ou mais ocasiões.

Próximo ao término do mandato, em 28 de dezembro de 2021, o presidente Bolsonaro enviou novo ofício ao gabinete da Receita Federal para solicitar que as pedras preciosas fossem destinadas à Presidência da República, em atendimento ao ofício 736/2022, da “Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República”.

Não houve resposta.

Não é a primeira vez, que dúvidas desse mesmo tipo são levantadas pela imprensa.

Aconteceu nos governos FHC, Lula e Dilma.

Cabe uma “análise jurídica” sucinta e isenta do tema relativo a propriedade de documentos e presentes, recebidos pelos ex-presidentes da República e acompanhantes.

A Resolução nº 3 da Comissão de Ética Pública (CEP) tem por objetivo dar efetividade ao artigo 9º do Código de Conduta da Alta Administração Federal que veda à autoridade pública por ele abrangida, como regra geral, a aceitação de presentes.

O Tribunal de Contas da União já apreciou a matéria e determinou que fossem incorporados ao patrimônio da União todos os documentos e presentes recebidos pelos ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a partir da publicação do Decreto 4.344/2002

Ficou claro que o recebimento de presente só é permitido em duas hipóteses:

a) quando o ofertante for autoridade estrangeira, nos casos protocolares, ou em razão do exercício de funções diplomáticas (item 2, inciso II);

b) por motivo de parentesco ou amizade (item 2, inciso I), desde que o respectivo custo seja coberto pelo próprio parente ou amigo, e não por pessoa física ou entidade que tenha interesse em decisão da autoridade.

Nota-se não ser demasia considerar, que o ofertante do presente a Michelle Bolsonaro foi uma autoridade estrangeira e ela estava numa viagem protocolar, aplicando-se o item 2, inciso II transcrito, que permite o recebimento de presentes.

Sabe-se que o acervo de Fernando Henrique está guardado na sede do Instituto FHC, em SP.

Em relação ao período presidencial, há cerca de 1.500 objetos, incluindo presentes dados ao tucano por cidadãos e autoridades nacionais e estrangeiras.

Em função da decisão do TCU, Lula e Dilma devolveram presentes recebidos, porém não sua na totalidade.

Entre os presentes oferecidos à Lula, quando presidente, incluem-se   artefatos de joalheria de alto valor, como uma adaga em ouro amarelo e branco – cravejada com pedras preciosas -presenteado pelo ex-presidente líbio Muammar Kadaffi.

Também há um punhal  de ouro cravejado com pedras preciosas recebido do rei Mohammed, de Marrocos.

Estátua de Camelos em ouro maciço e cristal dos Emirados Árabes, um Jade (réplica da coroa) em ouro do presidente da Coréia do Sul, um conjunto de taças de prata doado pela Rainha Elizabeth da Inglaterra.

A verdade é que o episódio envolvendo o casal Bolsonaro na RF deverá provocar uma regulamentação mais objetiva, do que pode e do que não pode, em relação a presentes ofertados a autoridades, em atos oficiais.

Em fidelidade a verdade e aos fatos, não houve neste caso de Michelle Bolsonaro tentativa de trazer ilegalmente para o país o conjunto de joias no valor de R$ 16.5 mi, que, até prova em contrário,  lhe foi presenteado pela Arábia Saudita.

Como já dito, salvo fato novo, ainda não conhecido, trata-se de um ato administrativo fiscal, que está sendo questionado em processo já instaurado, ou seja, se o “presente” saudita será ou não tributado.

Desde a apreensão das joias pela RF em 2020, existe um contraditório escrito e público, aguardando a decisão final.

Passaram-se mais de três anos, como já dito.

Portanto, não houve má fé, ou ocultação dolosa da apreensão feita pela alfandega.

O presidente Lula sofreu essa acusação no passado, até porque em seus dois mandatos como presidente, de 2003 a 2010, recebeu centenas de presentes.

A presidente Dilma também.

Uma comissão identificou, segundo o “Poder 360”, 176 itens na posse de Lula, dos quais 21 foram levados à Brasília para o acervo público.

O fato que envolve a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, realmente deve ser esclarecido, ninguém se opõe.

Porém,  para caracterizá-lo como crime, são necessárias provas e indícios concretos, que contrariem a versão oficial do presente ofertado pelos árabes.

Até o momento, o que existe é um procedimento administrativo fiscal instaurado para decidir se os bens serão ou não taxados.

Sem a existência de uma base fática e legal consistentes, criminalizar por antecipação significa negativa ao devido processo legal, o único meio de fixar responsabilidades, se houver.

Assim recomendam o direito e a justiça.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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domingo - 05/03/2023 - 10:30h

Essa insegurança, de quem é a culpa?

Por Marcelo Alves

Volto aqui para discutir a recentíssima decisão do Supremo Tribunal Federal, deste ano de 2023, nos recursos extraordinários com repercussão geral RE 955227 (Tema 885) e RE 949297 (Tema 881), que, à unanimidade, “retirou privilégio de contribuintes que não pagavam o tributo baseados em decisões [de outros órgãos jurisdicionais e até transitadas em julgado] que, equivocadamente, consideraram inconstitucional a cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)”. Como sabido, o STF deixou mais que patente que, “desde 2007, quando o Tribunal então validou esse tributo”, a CSLL, todos os contribuintes já deveriam pagar o danado.culpa, culpado, acusação, denúncia,

Há por parte do setor empresarial a reclamação – até certo ponto justificável – de que essa novel decisão do STF fomenta o que chamamos de insegurança jurídica. Porque muitos achavam ou ao menos apostavam, até baseados em decisões judiciais, que esse tributo não era devido. E, em especial, não era devido desde 2007.

Mas se há essa insegurança – ou, pelo menos, um novo custo para os empresários, que terão de pagar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) desde o ano de 2007 – de quem é a culpa?

Entendo que só não é do Supremo Tribunal Federal. Essa culpa deve recair muito mais nos órgãos jurisdicionais país afora que, mesmo depois da decisão de 2007 do STF afirmando ser o tributo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) constitucional e devido, continuaram considerando-o, e assim decidindo a pedido dos interessados, como inconstitucional.

Ora, ora. Em um sistema jurídico como o nosso, em que a justiça constitucional é confiada a um conjunto difuso de órgãos jurisdicionais, mas também a uma Corte Suprema e Constitucional, aqui de forma concentrada via ação direta ou mesmo via recurso com repercussão geral, Corte esta que é nomeada pela própria Constituição como a sua guardiã, não é dado a quem quer que seja desobedecer às decisões dessa Corte (Suprema, repita-se). Sobretudo não é dado aos demais órgãos jurisdicionais do país, por mais respeitáveis que sejam, mas que são hierarquicamente inferiores ao STF para os fins da própria logicidade do sistema jurídico.

O objetivo primordial, com a concentração dessa atribuição/poder em um tribunal supremo, foi afastar o risco de se ver determinada lei tida por constitucional por alguns juízes e tribunais e por outros, não; algo que, em inexistindo essa concentração/atribuição, seria bastante corriqueiro – e, infelizmente, no Brasil, ainda o é, vide o caso em apreço.

Como certa vez disse o grande Hans Kelsen (1881-1973), citado por Oscar Vilhena Vieira (em “Supremo Tribunal Federal: jurisprudência política”, RT, 1994), no fundo, isso implicaria – ou implica, já que acontece – descumprir a própria autoridade da Constituição.

Se, segundo o princípio da supremacia da Constituição, o restante do corpo normativo de um país deve respeitar, formal e materialmente, o que é prescrito ou consagrado em sua Carta Magna, isso deve valer para todos. Trata-se de uma consequência lógica, e ferir essa isonomia seria ferir o que está disposto na própria Constituição. Para que tenha operacionalidade esse efeito erga omnes, um instrumento necessário é o efeito vinculante das decisões do STF. Em outras palavras, se o poder de dizer se as leis estão ou não de conformidade com a Constituição está concentrado num órgão jurisdicional de cúpula, nada mais natural – e necessário – que suas decisões sejam de seguimento obrigatório para os demais órgãos do Judiciário e do Estado como um todo.

Voltando ao caso concreto, também não é dado aos jurisdicionados se fiarem em decisões que desobedecem precedentes do STF. Como bem lembrou o ministro Luís Roberto Barroso, um dos relatores da querela, “a partir do momento em que o Supremo diz que o tributo é devido [e disse isso já em 2007, repita-se], quem não pagou ou provisionou fez uma aposta”. E quem faz uma aposta pode perder. Sobretudo se o faz confiando em conversa fiada de outrem. Ora, ora.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 05/03/2023 - 08:52h

Uma nova Casa Branca

Por Marcos Ferreira

Imóvel que foi demolido para que pudesse nascer um lugar habitável...

Imóvel que foi demolido para que pudesse nascer um lugar habitável…

... e decente à vida modesta, mas digna (Fotos: Marcos Ferreira)

… e decente à vida modesta, mas digna (Fotos: Marcos Ferreira)

Tudo começou com o escritor David de Medeiros Leite. Àquela época David estava presidente da Companhia de Habitação do Rio Grande do Norte (Cohab/RN). O filho da saudosa senhora Hilda foi quem me apontou a disponibilidade do imóvel situado no Conjunto Walfredo Gurgel, no Alto de São Manoel.

Eu contava com um cargo miúdo na Prefeitura de Mossoró, e fomos (eu, David Leite e o também escritor Clauder Arcanjo) dar uma olhada na casa, que encontramos em escombros. Assim mesmo, com o apoio de David e Clauder, conseguimos tornar aquelas ruínas em algo habitável. Esse, portanto, foi o início.

Depois de vários anos, sempre entremeados de incontáveis apuros, não pude mais realizar nenhum benefício na residência, e esta foi estiolando-se rapidamente. Decorridos cerca de quinze anos, portanto, a situação se agravou. A ponto de eu colocar uma placa de venda, buscando assim adquirir outro imóvel noutro subúrbio mais distante deste município. Ressalto que o Walfredo Gurgel, exceto por alguns problemas estruturais, ainda é um bairro bem familiar, de cadeiras nas calçadas.

Ao saber da placa de venda, meu amigo petroleiro Elias Epaminondas bateu os coturnos e se opôs com veemência à venda de meu endereço. Sim. Eu costumava dizer que não tinha uma casa, mas somente um endereço. A placa de venda foi retirada. Miriam Ferreira, esposa de Elias, elaborou um simples e belo projeto para minha nova habitação e Elias deu início a um mutirão entre nossos amigos.

Agora, extremamente grato, eu me sinto na obrigação de relacionar aqui os nomes daqueles que se sensibilizaram e contribuíram, de maneira relevante, para tornar meu sonho e o projeto de Miriam Ferreira em realidade.

De largada, cito o amigo Clauder Arcanjo, que prontamente se comprometeu em adquirir todas as telhas. A seguir, embora sempre discretos, vêm Túlio Ratto e José Antero dos Santos, responsáveis por grande parte do cimento. Na sequência, em ordem aleatória, vou citando o restante dos nomes. Torço que isso não lhes pareça maçante ou enjoativo, tendo em vista que o nobre leitor sempre espera encontrar neste espaço o mínimo possível de literatura, sobretudo no gênero crônica.

Mas, repito, eis os bons samaritanos em ordem aleatória: Luiza Maria Freire de Medeiros, Raimundo Antonio, Fabrício Caymon, Raimundo César Barbosa, Odemirton Filho, Zilene Medeiros, Dr. Dirceu Lopes, João Bezerra de Castro, Aluísio Barros, Francisco Wanderley, Cristiane Reis, Marconi Amorim.

Acho que isto, com perdão do leitor, não se trata de prestação de contas ou cabotinismo imobiliário. Não é isso. Também não é subserviência, servilismo púbico. Quero apenas, no breve espaço de uma crônica, quiçá duas páginas, exibir, de maneira honesta, minha gratidão a essas pessoas que venho citando. Porque a gente não tem rédeas no instante de fazer determinadas críticas a terceiros, todavia se omite no momento de tornar notório aquilo de bom que lhe foi feito. Aqui eu falo de gratidão. E gratidão não está nem nunca esteve fora de moda. É algo bom a se praticar.

Contei, entre outros, com figuras como Rogério Dias, Flávio Quadrado, Ranniere Ferreira, Sandro Jorge, Jessé de Andrade Alexandria, Alexsandro Lopes Pinto, Laélio Ferreira, André Luís, Carlos Silva, Antonio Alvino, Dr. Lúcio Leopoldino, Francisco Nolasco, Francisco Amaral Campina, Gildemar Condados, Elder Nolasco, Anchieta Albuquerque, além do meu culto Editor Carlos Santos.

Não paramos por aqui. O mutirão prossegue. A velha choupana foi inteiramente demolida e uma nova casa branca (que não é a dos americanos) ergueu-se bela e majestosa sob as mãos dos pedreiros Jailson Batista, Rogério Cordeiro e Wellington Azevedo. “Agora não tem mais volta”, falei comigo mesmo.

Vamos aos demais: Francinaldo Rafael, Honório de Medeiros, Cid Augusto, Elisabete Stradiotto, Valdemar Siqueira, Ênio Souza, Luzia Praxedes Arcanjo, João Helder Alves Arcanjo, José Anchieta de Oliveira, Afrânio Melo, João Maria Souza da Silva, Antônio Railton, Marquinhos Rebouças, Nilson Rebouças, Jorge Alves, Vanda Maia, Arlete Jácome, Dr. Diego Dantas e Alexandre Miranda. Creio que não esqueci ninguém, isto graças a Natália Maia e às suas planilhas cheias de nomes e números. Também agradeço àqueles que, por um motivo ou outro, não puderam ajudar. Sei que muitos torceram pelo êxito desta empreitada construída graças a várias doações.

Não tenho, pois, o menor embaraço em escrever expondo meu agradecimento a todos esses amigos de primeira e de última hora. Porque a gratidão, repito, faz parte do meu DNA, da minha constituição e personalidade.

Todos são bem-vindos para um cafezinho.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 04/03/2023 - 23:54h

Pensando bem…

“Seus objetivos são os roteiros que o orientam e mostram o que é possível para sua vida.”

Les Brown

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sábado - 04/03/2023 - 23:50h
Copa do Nordeste

ABC chega à liderança com vitória contra o Atlético-BA

O ABC venceu o Atlético-BA por 3 a 0 na noite deste sábado (4), pela sexta rodada da Copa do Nordeste. Com o resultado, é o líder do Grupo B.

Os gols da vitória foram marcados por Raphael Luz, Daniel e Jailson ainda no primeiro tempo.

O time de Natal, jogando em seu campo, o Estádio Frasqueirão, somou 11 pontos e passou o Ceará, no Grupo B.

Nesse domingo (5), haverá o clássico cearense Fortaleza x Ceará. Se o Ceará não somar pontos, o alvinegro natalense seguirá na liderança.

Na próxima terça-feira (7), o ABC vai a Maceió-AL pegar o CRB às 21h30, no Estádio Rei Pelé.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sábado - 04/03/2023 - 23:20h
Nota de Repúdio

Cumprir direitos de trabalhadores em educação não inviabiliza Estado

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE/RN) reage com uma Nota de Repúdio, às manifestações de dois auxiliares da governadora Fátima Bezerra (PT), que através da imprensa e redes sociais, deixaram claro – sem rodeios ou qualquer subterfúgio – que a administração do Governo do RN tem chance “Zero” para pagar o Piso Nacional do Magistério 2023 e retroativos 2022,

Professores tiveram assembleia geral na sexta-feira (Foto: Sinte/RN)

Professores tiveram assembleia geral na sexta-feira (Foto: Sinte/RN)

“É necessário que a educação seja considerada prioridade sem colocar sobre seus profissionais o peso da quebra do Estado”, assinala o Sinte/RN, em reagindo ao pronunciamento da professora Socorro Batista, titular da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), e do economista Aldemir Freire, secretário do Planejamento e das Finanças (SEPLAN) – veja AQUI.

Cumprir direitos de trabalhadores em educação não inviabiliza Estado

É inaceitável que o governo de uma professora use a imprensa para dizer à população que o investimento nas/os profissionais da educação vai inviabilizar o funcionamento do Estado. As trabalhadoras e trabalhadores da educação não são e nunca foram responsáveis pela falência do Estado, A responsabilidade pela gestão é do governo! Também não é verdadeiro construir um discurso de que essas/esses trabalhadoras/es são inflexíveis na negociação.

No ano passado, a nossa categoria negociou e aceitou uma proposta parcelada, que trouxe perdas à categoria, com a implantação em 12 vezes do retroativo programado para iniciar em janeiro deste ano. Ocorre que o governo não cumpriu com o pagamento em janeiro, conforme prometeu, adiando-o para março. A nova proposta do governo, mais uma vez, aponta para a implantação do retroativo no ano seguinte, em pelo menos 8 parcelas a partir de maio de 2024.

Além de ser uma proposta para a qual não há garantia do cumprimento (vide o que aconteceu este ano), posterga a implementação do piso para o ano seguinte, renovando a discussão e possível descumprimento com a perspectiva de reajuste de 2024 e a sobra do reajuste de 2022, que passou de 12 para 14 parcelas, O reajuste do ano anterior já está sendo utilizado para justificar a inviabilidade do pagamento de piso este ano, e não podemos aceitar que esse seja o argumento do governo no ano de 2024, Queremos refutar a fala do secretário Aldemir Freire de que o piso consumirá 92% da previsão de receitas do Estado.

O secretário tenta confundir a sociedade, quando sabe que na verdade esse percentual por ele alegado corresponde não ao piso de 2023, mas a soma do piso de 2023 com a divida deixada pelo governo no ano anterior (o retroativo de 2022), divida que o governo deveria ter quitado dentro do ano passado e que a categoria, dentro da sua capacidade de dialogo, aceitou deixar para este ano

Essa responsabilidade não pode ser colocada nas e nos trabalhadores/as e sim na organização financeira da gestão. Ao iniciar o ano de 2023, o governo já sabia que haveria um retroativo a pagar bem como um novo reajuste para o piso salarial do magistério. É necessário que o governo aponte para uma proposta que contemple a categoria resgatando o pagamento do piso para o ano de sua aplicação. E necessário que a educação seja considerada prioridade sem colocar sobre seus profissionais o peso da quebra do Estado.

Seguimos abertos negociação e com a convicção de que a valorização profissional não é um peso e sim un direito que deve ser cumprido pela gestão estadual

Sinte/RN

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sábado - 04/03/2023 - 10:44h
Sem dinheiro

Estado tem chance “Zero” de pagar Piso Nacional do Magistério

Governo do RN chega a pedir a sindicato uma "contraproposta aplicável" sem estourar contas

A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) do RN emitiu nota sobre decisão (veja AQUI) de greve dos professores estaduais, tomada nessa sexta-feira (3). Lamenta a posição sindicato e da categoria, além de pedir que entidade “apresente contrapropostas aplicáveis” ao pagamento do Piso Nacional do Magistério, além de retroativos ainda de 2022.Cofre, porquinho, cofrinho de dinheiro, dinheiro, poupança, economia, sem dinheiro, pobreza

Paralelamente, o secretário de Planejamento e Finanças (SEPLAN), Aldemir Freire, mostra que é impossível o pagamento do Piso Nacional do Magistério em face da realidade fiscal do Estado do RN. Ele expôs sua opinião pessoal e cálculos próprios, em seu endereço no Twitter, uma plataforma de rede social. A chance é ZERO!

Veja abaixo a nota da SEEC:

A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer, considerando as várias propostas apresentadas para o sindicato dos professores, observando os danos na aprendizagem dos estudantes que uma greve provoca e valendo-se do compromisso em pagar a implantação do piso, lamenta a decisão da categoria pela deflagração da greve.

Aguardamos que o sindicato apresente contrapropostas aplicáveis, tendo em vista o equilíbrio fiscal do Estado. Destaca-se que o RN é um dos poucos estados brasileiros que consegue apresentar uma proposta executável levando em consideração toda a tabela salarial e a paridade entre ativos e aposentados.

Natal (RN), 3 de março de 2023
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO ESPORTE E DO LAZER
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Veja o que diz e mostra em quadro gráfico o secretário Aldemir Freire:

“Se o governo do estado atender aos professores na forma como eles querem vai inviabilizar a prestação dos serviços públicos, os investimentos e atrasar salários (inclusive dos professores). Pelos meus cálculos, os custos do piso para esse ano consumiria 92% do espaço fiscal.”

Segue: “Ou seja, do aumento de receitas projetado para esse ano, 92% seria consumido pelos professores (ativos e inativos) e apenas 8% para o crescimento de TODAS as demais despesas (inclusive o custeio e o investimento da própria educação). Isso é ou não inviável?

Receitas do Estado e impacto do piso pretendido (Reprodução do Canal BCS)

Receitas do Estado e impacto do piso pretendido (Reprodução do Canal BCS)

Número bilionário

“Impacto do “Piso” de 2023 no formato implantado pelo RN = R$ 580 milhões (dois terço desse valor vai para inativos). Valor do pagamento do retroativo de 2022: R$ 430 milhões. Custo total R$ 1 bilhão”, totaliza.

Conclusão clara, sem rodeios: “Possibilidade das finanças do RN acomodar em 2023 um aumento de folha com a educação da ordem de R$ 1 bilhão, sem as contas do Estado entrarem em colapso: ZERO.”

Leia também: Entenda por que Fátima não paga o piso e o papel de uma greve adiada.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
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sábado - 04/03/2023 - 09:28h
Mossoró

Sindicato vai ao ataque com reforço de ‘Allyson’ para fortalecer greve

"Rosa de Hiroshima", com título de "perseguidora", voltou à cena e teve companhia de um "Elvis" Foto: reprodução)

“Rosa de Hiroshima”, com título de “perseguidora”, voltou à cena e teve companhia de um “Elvis” (Foto: arquivo)

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) organiza ataque maciço à imagem do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) à próxima semana.

Aposta na desconstrução da alta aceitação popular do governante, na luta para tentar tracionar a greve – que não teve ainda grande adesão – pelo Piso Nacional do Magistério.

Duelo de táticas, versões e interesses diversos estão em jogo.

Uma das armas dessa guerra será o uso de um boneco gigante (símbolo do Carnaval de Olinda-PE), tendo Allyson como figura retratada.

A crítica lúdica não é novidade por essas bandas.

Em 2018, o sindicalismo e Partido dos Trabalhadores (PT) fizeram pressão contra a então prefeita Rosalba Ciarlini (PP), levando às ruas uma boneca resgatada da luta político-sindical e partidária estadual, período em que ela governou o RN, o que se repetira com o sucessor Robinson Faria (PSD, hoje no PL) – veja AQUI.

Portanto, a “Rosa de Hiroshima” (nome da boneca – veja AQUI e AQUI) deverá ganhar a companhia de Allyson na política paroquial, nas ruas de Mossoró, em frente ao Palácio da Resistência e com certeza desfilará no Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2023.

Seja bem-vindo!

Leia também: Sindicalistas usam quadrilha como crítica e cercam prefeito.

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sábado - 04/03/2023 - 07:48h
Nas redes

O choro dos fariseus

vista-frontal-do-jovem-macho-na-camisa-preta-posando-e-choro-falso_140725-19470Redes sociais viraram muro das lamentações de pessoas que fazem ‘merda’, sofrem pressão e se veem obrigadas à manifestação de pedido de desculpas.

É muito choro, é muito arrependimento.

Todos adultos, muitos com cargos públicos ou posições sociais relevantes.

Fariseus.

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sexta-feira - 03/03/2023 - 23:56h

Pensando bem…

“A forma como as pessoas nos tratam é o karma delas. A forma como reagimos é o nosso.”

Trulshik Rinpoche

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sexta-feira - 03/03/2023 - 21:44h
Domingo, 5

Prefeito e vice serão eleitos em disputa suplementar

Ipanguaçu – município do Vale do Açu – tem eleições suplementares para o próximo domingo (5). Pleito a prefeito e vice, com duas chapas concorrentes. Estão aptos ao voto 12.540 eleitores.

Eleições vão ocorrer entre 8 e 17 horas (Foto ilustrativa)

Eleições vão ocorrer entre 8 e 17 horas (Foto ilustrativa)

Duas chapas estão na disputa, em face da cassação do prefeito e vice eleitos em 2020, Valderedo Bertoldo (PL) e Mara Carmelita (PSB). Foram denunciados e punidos por captação ilícita de votos.

Concorrem à municipalidade o vereador e ex-prefeito interino Jefferson Santos (PL) e o vice Thales Cosme Marinho (PSDB) da Coligação Ipanguaçu do Bem (PL e Federação PSDB/Cidadania) pelo governismo.

Na oposição Remo Fonseca (PP) e Sílvio Nobre (Solidariedade), da Coligação Resistência do Povo (PP/Solidariedade).

Essa chapa ficou em segundo lugar em 2020 para Valderedo e Mara, prefeito e vice cassados.

As eleições vão acontecer entre 8 e 17h.

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sexta-feira - 03/03/2023 - 20:38h
Energias renováveis

Voltalia assina acordo para novos investimentos no RN

O Governo do RN assinou na manhã desta sexta-feira (03) Memorando de Entendimento com a Voltalia Energia do Brasil para o desenvolvimento de novos projetos de produção de hidrogênio verde, amônia verde e e-metanol.

Assinatura aconteceu nesta sexta-feira em Porto-Portugal (Foto: Guia Dantas)

Assinatura aconteceu nesta sexta-feira em Porto-Portugal (Foto: Guia Dantas)

O memorando também prevê investimentos no Porto Indústria Verde que será instalado no município de Caiçara do Norte para fomento e apoio à produção de energias renováveis offshore (no mar) e sua comercialização por meio portuário e terrestre.

Na cidade do Porto, em Portugal, na sede da Voltalia naquele país, Fátima lembrou que a empresa é a maior produtora de energias renováveis (eólica e solar) no Rio Grande do Norte e tem o seu centro mundial de operações para o setor no município de Mossoró. O centro é responsável por controlar a operação de usinas do grupo em mais de 20 países.

“Com a assinatura do memorando, hoje, acordamos ampliar os investimentos para produção de hidrogênio verde e participação no Porto Indústria Verde. A Voltalia é muito importante para o desenvolvimento do RN, onde responde por grande produção de energia e apoio às atividades na área das energias renováveis”, destacou a governadora.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 03/03/2023 - 18:54h
Protesto

Servidores do Itep estão há mais de 90 dias sem salários

Do G1RN

Servidores do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) que tomaram posse dos cargos entre o fim de 2022 e o início de 2023 protestaram na quinta-feira (2), por estarem com salários atrasados. Alguns já calculam mais de 90 dias de atraso.

Novos servidores fazem protesto silencioso, mas incisivo (Foto: divulgação)

Novos servidores fazem protesto silencioso, mas incisivo (Foto: divulgação)

O problema foi confirmado pelo próprio órgão estadual, que informou que está realizando uma “força-tarefa” com a Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (SEPLAN) “para implementação dos processos de pagamento o mais célere possível”.

Ao todo, 290 servidores foram nomeados após o concurso público do Itep, no dia 9 de novembro do ano passado. Os servidores tomaram posse do cargo e entraram em exercícios nos dias seguintes, o que causa diferença no tempo de espera pelo salário de cada um.

O número de trabalhadores que está com os salários atrasados não foi informado. Em uma foto enviada pelos manifestantes, um deles afirma que está trabalhando há 93 dias sem receber salário. Outra servidora diz que já trabalhou 53 dias sem ter previsão de quando vai receber o salário.

Segundo o Itep, uma parcela dos novos servidores recebeu seus salários, inclusive de forma retroativa, no mês de fevereiro.

Ainda de acordo com a direção do órgão, a previsão é que novos servidores já recebam seus salários no dia 15 de março, dia de pagamento dos vencimentos de março, no caso dos servidores da área de Segurança Pública.

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Categoria(s): Administração Pública / Segurança Pública/Polícia
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