• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 15/09/2024 - 23:52h

Pensando bem…

“A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura.”

Lya Luft

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domingo - 15/09/2024 - 11:46h

Devagar e sempre

Por Bruno Ernesto

Foto do autor

Foto do autor da crônica

Mais que escrever, saber ler e interpretar um texto, talvez seja o elo crucial entre o escritor e o seu público. Não digo apenas leitores, mas também os ouvintes.

Sim, um belo texto, necessariamente, não precisa ser lido pelos seus destinatários.

Embora saibamos que a leitura profunda é crucial para que possamos internalizar um texto, inclusive, propiciando até mesmo uma alteração nas ligações cerebrais com o passar dos anos, há textos que só se completam com uma boa interpretação. E, para mim, Antônio Abujamra foi um desses intérpretes.

Lembro que passei a admirá-lo como intérprete do personagem Ravengar, da novela Que Rei Sou Eu?, que foi ao ar no ano de 1989.

Apesar de ser só uma criança naquela época, e não ligar muito para nada na vida, além de brincar, aquela voz firme, forte e de uma dicção peculiar, chamou muito minha atenção.

Tempos depois, fui conhecendo sua face mais interessante, como jornalista, filósofo, apresentador e, sobretudo, seu humor cítrico que, à frente do programa Provocações, se mostrou um provocador nato.

Abujamra sempre encerrava o programa interpretando um poema ou textos literários, e o fazia de uma forma inigualável.

Me desculpem os demais intérpretes. Até hoje, não vi melhor.

Tempo desses, assistindo aos vídeos do programa Provocações, me deparei com Abujamra interpretando uma crônica de autoria da escritora Martha Medeiros, que me chamou bastante a atenção. Foi como um sincretismo religioso, a união daquele belíssimo texto com a leitura feita por Abujamra.

Foi, em verdade, uma espécie de transliteração; talvez, uma transmutação; quem sabe uma apostasia, ao escutá-lo interpretando a crônica que Martha Medeiros publicou no jornal Zero Hora, na véspera do Dia de Finados do ano 2000 – dia de muita reflexão para poucos -. intitulada “A morte devagar”, na íntegra a seguir transcrita:

“Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições. 

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece. 

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida. 

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. 

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. 

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo. 

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar. 

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população. 

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar”.

A despeito do provérbio latino “Nemine parco” (Ninguém escapa), vez ou outra, derrapamos em atitudes que aceleram o processo. Ainda que inconscientemente levadas a cabo.

Claro que não se pode viver à margem dos problemas diários, das incongruências e do ocaso dos pensamentos positivos. Infelizmente não dá.

Também não podemos, evidentemente, viver numa letargia, inação ou introspecção que beire ao conformismo. Nem tanto, nem quanto; com dizem. Mas, sempre que possível, nem sempre, diria.

Talvez, inconscientemente, caiamos no Paradoxo de Salomão, quando podemos dar bons conselhos e, nós mesmos, sermos um desastre tomando nossas próprias decisões. 

Talvez devêssemos, vez ou outra, não seguir certos conselhos, fugir da congruência e ortodoxia, e mandar às favas a coerência. Quem sabe, falar dez vezes antes de pensar.

A iniciar por nós mesmos. Porque a vida está aí, devagar e sempre.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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domingo - 15/09/2024 - 10:42h

Zero à anotação

Por Marcelo Alves

Foto ilustrativa da Mundo boa forma

Foto ilustrativa da Mundo boa forma

Na Europa, em especial na França, já de algum tempo, há quem denuncie aquilo que eles chamam de abuso das “notações” – leia-se a prática de se classificar ou dar nota a tudo –, por consumidores/clientes, em sites de diversas empresas (a Uber, por exemplo) ou mesmo em plataformas virtuais para tanto direcionadas (a exemplo do TripAdvisor).

Alega-se que esse tipo de notação tem “infernizado” a vida dos trabalhadores das empresas avaliadas. As notas dadas, marcadamente subjetivas, têm ensejado reduções de salários, suspensões de contrato de trabalho ou mesmo demissões com justa causa, entre outras penalidades. “Boicotem esse sistema abjeto”, é o que já pedem as organizações em prol dos trabalhadores.

Ademais, na selva virtual de hoje, as inúmeras plataformas especificamente direcionadas para a notação têm sido um inferno não só para os trabalhadores. Basta irmos ao Google e encontraremos profissionais liberais – médicos, por exemplo – bem ou muito mal “notados”. E especificamente quanto ao Golias da Web TripAdvisor, muito em razão dos chamados “serial-noteurs” (de boa ou má-fé), este tem se tornado uma ameaça “insuportável” às empresas/profissionais de hotelaria e de restaurantes, na França, mas também no mundo inteiro.

Novamente estudando na Aliança Francesa de Natal, por intermédio do nosso livro/método de francês “Défi 5”, tive acesso a um texto do Concierge Masqué da revista Vanity Fair francesa, em que se grita “Morte ao TripAdvisor”, uma plataforma que, veiculando as “chantagens mesquinhas” dos clientes de restaurantes e hotéis – muitas vezes em busca de um jantar ou um pernoite como recompensa –, transformou-se numa “ditadura de Jecas Tatu”. Texto forte.

A moda da notação/classificação está se espalhando perigosamente. O tal Concierge Masqué até especula sobre uma exigência do governo chinês de uma notação recíproca entre seus concidadãos, algo que “não iria desagradar a todos neste minúsculo mundo”. Nessa toada, aliás, é interessantíssimo o episódio “Nosedive” da badalada série de ficção científica britânica “Black Mirror”. Na estória, as pessoas são reciprocamente notadas/classificadas em um aplicativo do tipo Instagram, com avaliações de 0 a 5. Graças às notas/classificações de outrem, a pessoa pode conseguir tudo na vida… ou nada. E aí temos a confirmação da máxima de Jean-Paul Sartre (1905-1980) – “O inferno são os outros”.

Embora isso ainda possa ser tido como um tipo de distopia, acho que não estamos muito longe desse “abominável mundo novo”. Por exemplo, na Internet, outro dia, dei de cara com mais de um quiz que prometia apontar a minha “real” posição política, se “de esquerda ou de direita”. No geral, fui classificado como “de centro”, mas, por ser a favor da proteção do meio ambiente, “com ideias de esquerda”. Ainda acho que proteger o meio ambiente é um dever universal, cósmico.

Para os mais diversos fins, até de amizade ou relacionamento, as pessoas já estão hoje notando/classificando os outros como de “direita” ou de “esquerda”. E laços são completamente rompidos. Aliás, tenho um amigo querido, já fanático por natureza, que pedestremente nota/classifica a tudo e a todos com base na posição dos assentos da Assembleia Revolucionária Francesa, fato histórico que ele desconhece por completo.

Sentado num já imaginário “Muro de Berlim”, esgoela delírios destros e canhotos. Em meio a qualquer assunto, sai com “esse cara é um esquerdista fdp”, “isso é coisa da esquerda”, “na direita não tem isso não” e por aí vai. Outro dia, curioso, eu perguntei a ele se “quem toma suco de maracujá é de direita ou de esquerda”. Gostaria de saber, sob esse critério, de que lado da sua revolução imaginária eu estaria.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 15/09/2024 - 10:00h

A corrida para o cinza

Por Honório de Medeiros

Foto do próprio autor da crônica

Foto do próprio autor da crônica

O sertanejo nordestino raiz não é muito chegado a que lhe peçam favores. Faz parte de sua cultura que cada um cuide de si, pois Deus cuida de todos.

Entretanto, gosta de ser solidário sem que lhe peçam, pois tal gesto nasce de uma decisão sua, depois de ponderação cuidadosa, na qual o passado do vivente é muito levado em conta.

É claro que isso está desaparecendo na torrente destrambelhada dos tempos:  o rio da vida e suas correntezas estão sendo amoldados pelo chicote castrador das modernidades tecnológicas, que desfaz o que tem substância, transformando-o em farinha rala.

Então é essa corrida para o cinza, onde tudo é igual, e quando aparece um vermelho, amarelo ou verde, com seus matizes, um avalanche de insipidez os desmancha e as cores vivas e belas desaparecem lentamente para que tudo afunde em ordem sem progresso.

Tudo isso me veio à cabeça dia desses, quando de visita ao Serrame do Sertão do Norte de Baixo, mais precisamente na Serra do Camará, lá no Sítio Feijão, quando de uma conversa desapegada, tipo miolo-de-quartinha, que rebentam em qualquer calçada onde tenha mais de um desocupado.

Pois Seu Antônio de Luzia saiu com uma daquelas que até os sabiás cantores,  dos cajueiros que ficam defronte, espiando a conversa, emudeceram. Não é exagero, não. Pode até ser que eles tenham calado o bico espantadas por seu Antônio ter falado.

Ele começou uma das suas raras conversas, no fim da tarde, quase na hora coalhada, dizendo assim: “Outrora…” Todo mundo parou para escutar, mas eu notei que João de Cota ficou mais cismarento que os outros.

Depois do dito, quando saímos caminhando no rumo das ventas, que é como chamamos esse descambo para o centro, João de Cota me perguntou: “Homem de Deus, o que danado é esse ‘outrora'” que Seu Antônio falou?

Fiquei macambúzio um pedaço. Como dizer para ele que essa palavra, mais que uma palavra, é uma era que estava desaparecendo?

Uma era encoivarada por uma atualidade despida daquela magia que as coisas arcaicas possuem e exalam, como uma água-de-cheiro antiga, uma toada de viola perdida no ontem, o sabor de uma comida da nossa meninice, preparada na banha de porco, que se foi sem deixar rastro, o sorriso gaiato de uma bela mocinha que passa para a missa dominical sustentando um olhar e um meio sorriso a dizer tudo, sem prometer coisa alguma?

É difícil. Muito. Sei que respondi secamente: é o mesmo que “antigamente”, ele até se assustou, e não é do meu feitio, mas eu estava mentindo, pois não era somente isso.

Tanto não era tal qual, que amanhã, um por de sol nunca vai ser igual àquele que eu via naquele instante, enquanto caminhava na roça, os sabiás cantando, a noite se indo, enquanto e uma ou outra estrela despontava, ainda tímida, e nos fazia companhia, a zombar de nossa ignorância…

Ô Deus, que saudade.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

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domingo - 15/09/2024 - 09:26h

O que somos?

Por Odemirton Filho

Lembranças (Foto: Getty Images)

Lembranças (Foto: Getty Images)

Afinal, somos aquilo que pensamos, amamos, realizamos. E eu acrescentaria: somos aquilo que lembramos”.

A frase foi dita pelo filósofo Noberto Bobbio, no seu livro O Tempo da Memória. Somos, decerto, uma construção de tudo isso; uma construção inacabada, diga-se. Passamos tão rapidamente pela vida que não conseguimos concluir os nossos planos. Pensamos mais do que realizamos, pois ficamos presos as amarras dos nossos medos.

Sair da zona de conforto ficou para poucos, nem todos conseguem abrir as grades que aprisionam os sonhos; o novo sempre causa receio. Vislumbramos o horizonte, mas, muitas vezes, não conseguimos navegar até lá. Parece distante. E, por diversas vezes, o é.

Vez ou outra converso com alguém que vive a lamuriar, sempre colocando a culpa no destino. Todavia, não faz uma autorreflexão. Conquanto, saibamos que nem todos têm as mesmas oportunidades no decorrer da vida. Por que estou nessa situação? Às vezes, você tem a resposta. Continuar a fazer tudo do mesmo jeito não modificará coisa alguma. Pensar e sonhar, sim. Entretanto, é preciso “colocar a mão na massa”.

Até o amor precisa ser alimentado para não morrer de inanição. Os relacionamentos, de qualquer tipo, precisam de um sopro na brasa que ainda arde. Do contrário, o fogo se apaga lentamente. Doutro lado, como sabemos, o homem também nutre sentimentos deletérios, não somente semeia o amor. Cultiva o ódio, a inveja, a ganância, a arrogância. Infelizmente.

Sobre sonho e realidade, deixo consignado as palavras do bruxo do Cosme Velho:

– “a realidade não será sempre tal qual a sonhamos. Mas isto mesmo é uma harmonia na vida, é uma grande perfeição do homem. Se víssemos logo a realidade como ela há de ser, quem daria um passo para ser feliz?

E mais: aqui ou acolá eu encontro um dos muitos leitores deste Blog, e alguns me indagam por qual motivo escrevo sobre fatos pretéritos. Respondo-lhes que, ao escrever sobre tempos idos, procuro revisitar bons momentos. Os ruins? Tento esquecer, pois somos aquilo que lembramos, diz Bobbio.

O que somos? Quem dera saber.

“Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter”.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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domingo - 15/09/2024 - 08:44h

As mulheres no palco da memória

Por Marcos Araújo

Mulheres (Getty Images)

Mulheres (Getty Images)

A história não tem sido justa com as mulheres. Em grande parte, elas foram colocadas a lattere, dessignificadas. A historiadora francesa Michelle Perrot denunciou isto em um livro (As mulheres ou os silêncios da história).

Já que estamos em período eleitoral, cabe lembrar sobre a importância da participação da mulher na política. O cenário nacional segue desfavorável à participação feminina na política: as mulheres somam 52% dos votantes, mas representam apenas 15% dos parlamentares do Congresso. Na prática, a política no Brasil tem sido conduzida por homens.

Algum misógino poderia até dizer que a política é ambiência masculina. Até esbarrar no exemplo de Golda Meir, Margareth Thatcher, Indira Gandhi, Angela Merkel, Madeleine Albright, Kamala Harris…

Nos Estados Unidos, dizem que Rosa Parks se sentou para que Martin Luther King pudesse marchar, e que King marchou para que Barack Obama pudesse correr, numa referência à expressão em inglês “run for office”, usada para se referirem à disputa pela Casa Branca.

Por justiça, deve ser destacada a contribuição das mulheres potiguares na história política brasileira: a cidade de Mossoró/RN teve a primeira eleitora alistada – a professora Celina Guimarães em 1927; em Lajes, em 1929 foi eleita a primeira prefeita – Alzira Soriano. Desde o início da República, em 1889, o país teve uma única presidente, Dilma Rousseff, e apenas oito governadoras foram eleitas para o cargo, sendo três delas no Rio Grande do Norte.

Os “apagões” da participação feminina são visíveis em todos os setores sociais, e em todos os recantos do planeta.  Alguns exemplos na ciência: Esther Lederberg não teve permitido o registro de sua pesquisa. A Universidade de Stanford, onde lecionava, atribuiu aleatoriamente ao seu esposo, Joshua Lederberg, que levou o crédito — e o Nobel de Medicina em 1958. Outro caso: Jocelyn Bell descobriu os pulsares da eletromagnética. Em 1974, sua pesquisa venceu o prêmio Nobel de Física, mas seu nome nem sequer foi mencionado — os homenageados foram Antony Hewish e Martin Ryle, coadjuvantes na descoberta. Hedy Lamarr desenvolveu um sistema para lançamento de torpedos, mas teve o seu uso tomado indevidamente pela Marinha Americana e somente em 2014 entrou para o Hall da Fama Nacional de inventores, ficando conhecida como “a mãe do wi-fi”.

Poderia ir além, citando mulheres em todas as áreas do saber humano que tiveram seus nomes sonegados a registro da história.

Por aqui (no RN), devemos exaltar a biografia das mulheres na política e suas relevâncias na construção social. Não se olvide nunca a importância intelectual e política de Nísia Floresta, Auta de Souza, Alzira Floriano, Celina Guimarães Viana, Maria do Céu Pereira Fernandes, Lindalva Torquato Fernandes, Ana Floriano, entre outras.

É preciso resgatar o protagonismo feminino no palco da história. E incentivar a participação da mulher em todos os espaços da vida pública brasileira.

Marcos Araújo é advogado, escritor e professor da Uern

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domingo - 15/09/2024 - 07:48h

Sexta-feira 13

Por Marcos Ferreira

Imagem do Adobe Stock

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É sexta-feira, 13 de setembro, dezenove horas e trinta e quatro minutos. Este é o momento em que, após uma semana bastante desconfortável, dou início a esta página com a expectativa de que ela vingue e se transforme em uma narrativa ao menos medíocre. Aqui eu emprego medíocre (acaso valha a pena ressaltar) no sentido de mediano, de modesto. Nem as ostras produzem somente pérolas.

Muito bem. Lá vamos nós. O primeiro parágrafo já foi. O segundo, como percebem, está em construção. Também este, a exemplo do primeiro, há de se salvar. Assunto para mais ou menos uma página e meia é o que não falta nesse tempo de disputa (palmo a palmo) pelo voto dos eleitores. Sim, é época de eleições municipais, coisa que não preciso dizer. Todas as pesquisas têm mostrado que Allyson Bezerra, atual prefeito e candidato à reeleição, disparou na dianteira com cento e treze por cento dos votos válidos. Os outros, decerto indivíduos de semelhante competência e bem-intencionados, estão comendo poeira na corrida pela Prefeitura. Terão que operar um milagre se quiserem superar Bezerra a essa altura do campeonato. Não desejo, entretanto, discorrer sobre política. Deixo com os expertos. Que vença o melhor.

Raciocino aqui com os meus botões (perdoem o lugar-comum) e acho que os demais colaboradores do Canal BCS — Blog Carlos Santos já enviaram seus textos. Especialmente Odemirton Filho e Bruno Ernesto, dois hábeis garimpeiros de reminiscências. Outro com cadeira cativa no blogue é o doutor Marcelo Alves Dias de Souza, de vasto cabedal, especialmente no que se refere a literatura nacional quanto estrangeira. Aqui e acolá, para dar mais brilho ao blogue, surgem o escritor e professor Marcos Araújo e o não menos ilustrado Honório de Medeiros.

Como veem, decerto sou o retardatário. Destaco, no entanto, se isto atenua a minha barra, que padeci alguns dias com enxaqueca, velha e indesejável visita que volta e meia ocupa a minha sinagoga por tempo demasiado longo. Em dias assim, mal-acompanhado pela cefaleia, o manejo da escrita fica difícil.

Além dos já citados articulistas, nós da confraria do cafezinho sabemos que temos um precioso observador neste blogue (falou-se nisso recentemente) que está nos devendo a publicação de um livro com suas ricas e cristalinas memórias. Estou me referindo ao nosso fraterno amigo Rocha Neto. Pois é. O homem é um baú da história mossoroense e adjacências. Torço que Rocha abrace o desafio.

Seguindo minha lista de talentos, não posso deixar de fora o delegado e contista Inácio Rodrigues Lima Neto. Esse mesmo! Inácio Rodrigues, de quem já me tornei um fã, escreve ficção como gente grande. O conto dele intitulado “Memórias em cacos”, publicado neste blogue, é uma pequena joia. Espero que Inácio retome a produção. É um desperdício um autor assim ficar no anonimato.

Por falar em ficção, eu soube que o também professor e escritor David de Medeiros Leite está se preparando para lançar um livro de contos. David é um literato prolífero, autor de diversos livros, entre os quais o romance “2020”. O nome da obra, segundo foi divulgado nos últimos dias, é “Contos do Tirol”.

Hoje, portanto, em plena sexta-feira 13, vou me dando bem na construção e na trama de mais uma crônica, embora um tanto quanto digressiva. Tenho um especial gosto por essa data. Estou ciente de que o leitor espera (desde a escolha do título) que eu diga qualquer coisa acerca desse dia mítico, místico e emblemático. Já enrolei demais. O que não se pode perdoar é não escrever uma vírgula a respeito. O 13, como para outras pessoas, é meu número favorito. Só não sei o porquê.

Dizem que se trata de um dia de azar. A verdade é que as superstições em torno da sexta-feira 13 são numerosas e algumas beiram a bobice. São tantas que até mudei de ideia e não vou mais relacioná-las. Melhor o próprio leitor fazer uma busca no Google e verificar as crendices a respeito de tal assunto. A aura sombria que envolve o tema em foco é explorada, sobretudo, até pelo cinema.

Não me ative à data, conforme se vê, todavia lhes ofereço uma sopa de letrinhas. Ou eu deva dizer salada de palavras? Bem! O que importa, ao menos para mim, é que dou por concluída mais crônica para este blogue.

Marcos Ferreira é escritor

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domingo - 15/09/2024 - 04:44h

Qual o peso de Lula e Bolsonaro nas eleições de Mossoró ?

Por William Robson

Lula e Bolsonaro polarizam sem adversários a luta política no país (Foto: Web)

Lula e Bolsonaro são reforços para candidatos que seguem muito desnutridos (Foto: Web)

Lula e Bolsonaro decidem entrar na campanha de Mossoró e colocar na balança o poder de influência sobre os seus eleitores. Deixam claro quem são os seus candidatos e declaram seus votos. A disputa entre os dois líderes ganha contornos locais, porém a repercussão destas participações ainda é indefinida. O que se sabe é que Lawrence Amorim (PSDB) e Genivan Vale (PL) deram suas cartadas.

Ambos querem contabilizar a popularidade que os padrinhos mais famosos desempenharam na cidade em 2022. Lula (PT) foi o candidato mais votado com 95.281 votos, o equivalente a 63,31% do total. Já Jair Bolsonaro (PL) teve 36,69% dos eleitores e recebeu 55.207 votos. Genivan e Lawrence fazem o cálculo de como esta performance pode ajudá-los.

Se há uma rivalidade a nível nacional, em Mossoró a relação é chamada de “bolsopetista”. Lula e Bolsonaro se cooperam na campanha local, a partir de algumas manifestações inusitadas, como o “collab” de Nayara Gadêlha (PL), vice de Genivan Vale (PL), e Carmem Júlia (MDB), vice de Lawrence Amorim (PSDB), no Instagram na última sexta-feira (6), um dia depois do debate da TCM. As duas “adversárias” cumpriram agendas juntas (veja AQUI).

Mesmo assim, ambas as campanhas esperam trazer para si o peso dos presidentes. O primeiro a se manifestar foi Bolsonaro, que abriu a campanha de Genivan no dia 16 de agosto e prometeu voltar. O candidato mossoroense do PL “desceu” a avenida Presidente Dutra ao lado do seus maiores cabos eleitorais: o ex-presidente, o senador Rogério Marinho, os deputados federais General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL), deputado estadual Coronel Azevedo (PL) e a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Lula, por sua vez, já aparece no horário eleitoral de Lawrence Amorim. O presidente gravou vídeo, declarando voto e afirmando que “a gente sabe que ninguém governa sozinho”. Lawrence, por sua vez, nunca foi de esquerda e jamais cogitou fazer a afirmação constrangedora que fez no debate da TCM, quando se colocou como o candidato da governadora Fátima Bezerra (PT) e do presidente Lula.

Precisou calibrar o discurso e fazer aceno para o campo da esquerda, para o qual nunca teve qualquer ligação. Jogou para debaixo do tapete seu empenho na campanha à reeleição do ex-presidente Bolsonaro em 2022 e a declaração de que os governos petistas humilhavam os prefeitos.

Neste contexto, há uma tarefa que os cabos eleitorais Lula e Bolsonaro têm adiante: melhorar o desempenho de seus candidatos nesta campanha. As sondagens mais recentes colocam Genivan e Lawrence em empate técnico e ligeira vantagem para o primeiro. Correndo por fora, o candidato Victor Hugo (UP), o único representante da esquerda. Ele cresce com adesão de quem não sentiu firmeza na relação de Lawrence com o petismo.

Lula foi acionado para evitar vexame possível. Na mais recente pesquisa divulgada na cidade, Lawrence aparece empatado tecnicamente com Irmã Ceição (PRTB) e Victor Hugo, além de ser o mais rejeitado.

Genivan, por sua vez, assiste a boca do jacaré abrir lentamente a seu favor quando considerado o agregador de todas as pesquisas realizadas em Mossoró e divulgado pelo Blog do Carlos Santos (veja AQUI). Ele se descola de Lawrence (7% contra 3%), enquanto o candidato do PSDB/PT se aproxima dos últimos colocados (Ceição com 1% e Hugo com 0,5%) – veja AQUI.

Este é o cenário do segundo pelotão. Isolado, o prefeito Allyson Bezerra (UB) mantém fosso gigantesco em relação aos seus oponentes. A última cartada dos adversários foi dada com vistas a alguma reação. Bolsonaro promete voltar no final da campanha de Genivan. Lawrence aguarda que o pedido de Lula no horário eleitoral surta algum efeito.

William Robson é jornalista e professor. Doutor em Jornalismo (UFSC) e mestre em Estudos da Mídia (UFRN)

*Texto originalmente publicado no portal e jornal Agora RN.

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sábado - 14/09/2024 - 23:52h

Pensando bem…

“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus.”

Eduardo Galeano

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sábado - 14/09/2024 - 23:30h
Pesquisa 96 FM/Consult

Prefeito Álvaro, governadora Fátima e presidente Lula são reprovados

reprovadoA pesquisa 96 FM/Instituto Consult que divulgou números da corrida eleitoral à Prefeitura de Natal (veja AQUI), neste sábado (14), também traz avaliação dos governos municipal, estadual e federal. Veja abaixo:

Governo Municipal

Conforme os números do Consult, 35,4% dos ouvidos aprovam a administração do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), contra 53,3% que desaprovam. O levantamento ainda aponta que 11,3% não sabem dizer.

Governo Estadual 

Segundo a pesquisa, 22,2% dos entrevistados aprova o Governo Fátima Bezerra (PT). Por outro lado, 72% disseram desaprovar. Outros 5,8% não responderam, afirmando que não sabem dizer.

Governo Federal

A gestão do presidente Lula (PT) tem aprovação de 44,5% dos entrevistados, contra 49,1% que desaprovam. Segundo a Consult, 6,4% disseram não saber responder a questão.

Dados da pesquisa

O levantamento feito pela Consult Pesquisa ouviu 1.000 eleitores, nas quatro regiões de Natal, entre os dias 6 e 8 de setembro. A margem de erro é de 3,1% para mais ou para menos e confiabilidade de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo RN 06986/2024.

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sábado - 14/09/2024 - 22:50h
Pesquisa 96 FM/Consult

Números apontam encaminhamento de segundo turno

Carlos segue na dianteira, mas Paulinho encosta; Natália e Rafael somam para 2º turno (Fotomontagem da 96 FM)

Carlos segue na dianteira, mas Paulinho encosta; Natália e Rafael somam para 2º turno (Fotomontagem da 96 FM)

O levantamento da Consult Pesquisa, divulgado exclusivamente pelo Portal 96 FM, apontou novos números da disputa pela Prefeitura de Natal. No cenário da pergunta Estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados ao entrevistado, o segundo turno fica muito mais próximo.

Isso porque o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), lidera a disputa com 35,7% das intenções de voto. Paulinho Freire (União Brasil), aparece em segundo, com 27,9%. Natalia Bonavides (PT) está em terceiro, com 14,1%.

Rafael Motta (Avante) aparece logo em seguida, com 3,5%. Nando Poeta (Psol) e Heró (PRTB) não pontuaram na pesquisa. Segundo a pesquisa, 12,5% disseram não votar em nenhum desses nomes e 6,3% responderam não saber.

Com isso, a soma dos adversários é de 45,5%, cerca de 10 pontos percentuais acima do número apresentado pelo ex-prefeito Carlos Eduardo, de 35,7%.

Rejeição

No aspecto da Rejeição, a candidata do PT, Natalia Bonavides, é a mais rejeitada. Ela teve 31,5% dos entrevistados. Paulinho Freire (20,6%) e Carlos Eduardo (19,4%) ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente.

Rafael Motta aparece em quarto, com 7,9%. Nando Poeta 2,4% e Heró, 1,8%, completam a lista. Segundo a Consult, 8,2% disseram não rejeitar nenhum, 15,7% não souberam dizer e 13,1% rejeitam todos.

Dados da pesquisa

O levantamento feito pela Consult Pesquisa ouviu 1.000 eleitores, nas quatro regiões de Natal, entre os dias 6 e 8 de setembro. A margem de erro é de 3,1% para mais ou para menos e confiabilidade de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo RN 06986/2024.

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Categoria(s): Política
sábado - 14/09/2024 - 11:22h
Indústria

Usibras recebe representantes da Potigás e Desenvolvimento do RN

Sílvio, Dennis, Otávio, Édson, Guilherme e Assis: Indústria tem expansão internacional  (Foto: divulgação)

Sílvio, Dennis, Otávio, Édson, Guilherme e Assis: Indústria tem expansão internacional (Foto: divulgação)

O secretário de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC), do RN, Sílvio Torquato, e o diretor Técnico da Companhia Potiguar de Gás (POTIGÁS), Dennis Falcon, foram recebidos pelo empresário Francisco de Assis Neto, “Assis, da Usibras.” Fizeram visita às instalações da empresa em Mossoró nesse sábado (14)

O empresário estava acompanhado dos filhos Guilherme e Otávio Ferreira, bem como do diretor Industrial, Édson Bezerra.

A Usibras confirmou os planos de contar com o fornecimento de gás natural para ampliar o processamento de castanha na unidade industrial.

Sílvio Torquato destacou a importância de um empreendimento deste porte estar em ampliação no Rio Grande Norte, o que é particularmente significativo por se tratar de um empresa que é potiguar e hoje tem uma presença global.

Ele lembrou que se trata de uma grupo empresarial fundado no RN, há mais de quarenta anos. Atualmente, possui unidades industriais em Mossoró, Aquiraz-CE, Camden (New Jersey, EUA) e Dawhenya (Gana), com liderança mundial no mercado de processamento de castanha de caju.

Saiba mais sobre a Usibras (Dunorte) clicando AQUI.

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  • MOGE 2024 - Opa -
sábado - 14/09/2024 - 08:48h
História

Livro tem novos fatos que enriquecem invasão de Lampião e seu bando

Alendes aprofunda pesquisa com base científica, como fontes primárias à sua obra (Foto: divulgação)

Alendes aprofunda pesquisa com base científica, como fontes primárias à sua obra (Foto: divulgação)

Após o sucesso de vendas da primeira edição, lançada em 2021, o historiador, professor e servidor público estadual, Luan Alendes Ferreira Batista, acrescentou novas informações e lançou a 2ª Edição do livro “Lampião em Boa Esperança.” O topônimo é o atual município de Antônio Martins, no Oeste do RN.

O livro é um trabalho de pesquisa historiográfica que traz à tona mais uma vez os acontecimentos da ocupação de Boa Esperança por Lampião e seu bando sanguinário.

“Na marcha de Lampião para chegar em Mossoró (alvo principal), nenhum lugarejo sofreu mais do que Boa Esperança, literalmente saqueado, com cangaceiros se apossando de tudo e de todos, fatos que essa obra imortaliza em letras garrafais e transmite agora de geração para geração”, destaca o advogado César Carlos de Amorim, que escreveu apresentação na contracapa da 2ª edição da obra.

Lampião em Boa Esperança trata-se de pesquisa séria, que vem contribuir significativamente com a história local e regional, trazendo novas e ricas informações. Detalha a sequência dos fatos ocorridos em 11 de junho de 1927, dois dias antes dos cangaceiros invadirem Mossoró.

A obra desnuda fatos extremamente interessantes de personagens de Boa Esperança no trato com os bandidos, dentre eles, a coragem da Dona Rosina Novaes, que em determinado momento fez parar o ataque à vila; a astúcia de seu esposo, Augusto Nunes, a capacidade de diálogo de Justino Ferreira e a facada de Jararaca em pessoa por nome de Vicente Lira, personagens reais que sentiram na pele o terrível ataque do bando.

Reservas da obra podem ser feitas pelo telefone / WhatsApp (84) 99942-7195

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Categoria(s): Cultura
sábado - 14/09/2024 - 07:30h
Campanhas fartas

Principais candidatos a prefeito já receberam R$ 17,3 milhões

Paulinho, Carlos e Natália estão distantes dos demais adversários em termos de recursos (Fotomontagem da 96 FM)

Paulinho, Carlos e Natália estão distantes dos demais adversários em termos de recursos (Fotomontagem da 96 FM)

Da 96 FM

Nunca antes na história recente da disputa pela Prefeitura de Natal, os candidatos tiveram tanto dinheiro para gastar. Com as doações recentes feitas as campanhas de Paulinho Freire (União Brasil) e Natalia Bonavides (PT), as três candidaturas que lideram as pesquisas já somam mais de R$ 17 milhões.

A campanha que arrecadou mais foi de Paulinho Freire. Foram dois repasses: um no dia 22 de agosto, no valor de R$ 2,8 milhões; outro no dia 6 de setembro, de R$ 2,7 milhões. Com isso, só do Diretório Nacional do partido, já foram R$ 5,5 milhões. Contando os R$ 789 mil repassados pelo Republicanos, partido da vice Joanna Guerra e outras doações de pessoas físicas, já são R$ 6,4 milhões.

Natalia Bonavides vem atrás, com R$ 5,5 milhões de receita. No caso dela, foram três transferências do Diretório Nacional do PT. Uma no dia 21 de agosto, no valor de R$ 1 milhão. Outra no dia 4 de setembro, no valor de R$ 3 milhões. E uma quarta agora no último dia 9, no valor de R$ 1,5 milhões.

Antes de setembro, vale lembrar que a campanha que tinha mais receita era a do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), que somava R$ 5 milhões. Tudo transferido de uma vez só, pelo Diretório Nacional do PSD.

Diferença

As três candidatos que lideram as pesquisas contrastam com as receitas dos outros que disputam o pleito. Rafael Motta recebeu “apenas” R$ 300 mil do Avante. Nando Poeta, do PSTU, R$ 59 mil.

Heró Bezerra, do PRTB, nada.

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Categoria(s): Política
  • Repet
sábado - 14/09/2024 - 06:50h
Pesquisa

Seis em cada dez Municípios enfrentam falta de vacinas

Trabalho é orientado pelo Ministério da Saúde (Foto: Wilson Moreno)

Vacinação é imprescindível, mas passou a ser sério problema a cobertura (Foto: Wilson Moreno/Arquivo)

A falta de insumos essenciais para garantir a cobertura vacinal plena tem sido enfrentada por seis em cada dez Municípios. Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que em 64,7% dos Municípios há falta de vacinas para imunizar a população, principalmente as crianças. O levantamento foi produzido entre os dias 2 e 11 de setembro e contou com a participação de 2.415 Municípios.

A entidade explica que o Ministério da Saúde é o responsável por fazer a aquisição e a distribuição de todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para os Municípios, e os Estados de prover seringas e agulhas para que os Entes locais possam realizar a vacinação na população. “É importante lembrar que a vacinação foi um dos eixos do desfile de 7 de setembro deste ano. Apesar disso, o que verificamos, infelizmente, foi a falta de imunizantes essenciais há mais de 30 dias na maioria das cidades pesquisadas e ainda o risco de retorno de doenças graves, como a paralisia infantil”, destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Para ele, a dissonância entre o discurso oficial do Governo Federal e a realidade municipal gera frustração e pressão sobre os gestores, que, além de lidarem com as expectativas da sociedade, enfrentam a falta de vacinas e insumos essenciais para garantir uma cobertura vacinal eficaz. “Estamos cobrando do Ministério da Saúde que disponibilize os imunizantes para vacinar as crianças e suas famílias o mais rapidamente possível”, completa Ziulkoski.

A pesquisa da CNM aponta que os Municípios sinalizaram a falta de vacinas há mais de 30 dias, e outros há mais de 90 dias. O estudo da CNM questionou os Municípios sobre quais as vacinas que estavam em falta e o imunizante Varicela foi a de maior predominância, não chegando a 1.210 Municípios. A CNM destaca que esta vacina é utilizada para fazer o reforço das crianças de 4 anos contra a catapora.

A vacina para proteger as crianças contra o vírus da Covid-19 é a segunda mais em falta. O imunizante apresentou falta em 770 Municípios, com uma média de 30 dias de atraso. A vacina Meningocócica C está em falta em 546 Municípios, com uma média de 90 dias sem o imunizante. Esta última protege as crianças contra bactéria que pode causar infecções graves e fatais, como a meningite.

Também foram apontadas como em falta nos Municípios: a Tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba e a rubéola, em 447 Municípios; a Hepatite A, em 307 Municípios; e a DTP,  que combate a difteria, tétano e coqueluche, em 288 Municípios.

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sexta-feira - 13/09/2024 - 23:54h

Pensando bem…

“Os sábios são os que mais buscam a sabedoria. Os tolos pensam tê-la encontrado.”

Napoleão Bonaparte

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sexta-feira - 13/09/2024 - 21:52h
Eleições

Sinte Mossoró promoverá debate com candidatos à prefeitura

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

A Regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE Mossoró) formalizou convite para participação em debate, aos três candidatos à Prefeitura de Areia Branca. A organização quer promover o debate na terça-feira, 24 de setembro, na sede da Câmara Municipal da cidade, às 19h.

Foram convidados os três candidatos que concorrem às eleições de 2024: Dr Bruno Filho (PSDB), Pedro do Atum (Republicanos), e Souza (União Brasil). Os coordenadores de campanha dos candidatos confirmaram presença à reunião na segunda-feira, (16), às 15h, na sede do Sinte, em Mossoró.

Serão apresentadas as regras que vão reger o debate.

Será a primeira vez que o Sinte promove iniciativa dessa natureza em Areia Branca, município da Costa Branca.

A organização vai permitir a presença de público no plenário da Câmara Municipal, além de montar um telão em frente a esse poder.

A transmissão do debate será pelo canal da TV Sinte Mossoró, no youtube: //www.youtube.com/@tvsintemossoro

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sexta-feira - 13/09/2024 - 21:02h
Mossoró

FM 95 fará entrevistas com candidatos a prefeito e vice

arte ilustrativa

arte ilustrativa

A Rádio 95FM realizará entrevistas com os candidatos a prefeito e vice de Mossoró, a partir da próxima segunda (16). A programação irá ao ar a partir das 12h10, logo após o horário eleitoral gratuito, se estendendo até 12h55, com um intervalo de 5 minutos.

A ordem das entrevistas foi definida por sorteio realizado nesta sexta-feira (13), dentro do programa Meio-dia TCM.

De 16 a 20 de setembro, serão realizadas entrevistas com candidatos a vice-prefeito de Mossoró.  Na segunda-feira (16) será com Marcos Medeiros (PSD); terça (17), Edson Lobão (PRTB); quarta (18), com Renan Marrocos (UP); quinta (19), Nayara Gadelha (PL) e sexta (20), com Carmem Júlia (MDB).

Já entre os dias 23 e 27, os candidatos à Prefeitura de Mossoró serão entrevistados, de acordo com a seguinte ordem: segunda (23), Victor Hugo (UP); terça (24), Allyson Bezerra (União Brasil); quarta (25), Irmã Ceição (PRTB); quinta (26), Genivan Vale (PL); e sexta (27), Lawrence Amorim (PSDB).

Os apresentadores Vonúvio Praxedes e Tárcio Araújo conduzirão as entrevistas, onde também serão feitas perguntas gravadas pela repórter Elizângela Moura.

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sexta-feira - 13/09/2024 - 20:30h
Circuito cultural

Sesi Big Band e Bia Gurgel convidam Vê Barreto e Anderson Lima

Mossoroense Bia Gurgel é uma das atrações (Foto: Oberdan Medeiros)

Mossoroense Bia Gurgel é uma das atrações (Foto: Oberdan Medeiros)

O Sesi Circuito Cultural tem programação especial para o próximo dia 27. O show “Sesi Big Band e Bia Gurgel convidam Vê Barreto e Anderson Lima” será realizado às 19h. Acontecerá no Sesi Escola de Mossoró. A entrada é gratuita, mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível. Os interessados já podem fazer a reserva do ingresso pelo Sympla no //www.sympla.com.br/produtor/sesirncultura

O Concerto faz parte de uma circulação de eventos envolvendo os vencedores do Festival do Industriário 2024, de cada região participante, junto a Sesi Big Band e a cantora Bia Gurgel. Já passou por Natal, agora desembarca em Mossoró e, por fim, em outubro, Caicó.

No repertório, grandes canções brasileiras ganham novas interpretações nas performances da cantora Bia Gurgel e, desta vez, de Vê Barreto e Anderson Lima, sendo esses dois últimos, trabalhadores da indústria que participaram do Festival do Industriário – SESI Entoando Canções, realizado neste ano.

Vê Barreto é da empresa Vipetro do município de Alto do Rodrigues e conquistou o primeiro lugar na categoria Interpretação, na final do Festival. Já Anderson é da Mamsal, de Mossoró e, na final alcançou o segundo lugar na categoria Autoral.

O Sesi Circuito Cultural é uma das frentes do projeto inovador, o SESI Cultura, fruto do SESI/RN, que tem como parceiro o SESI Nacional. Conta com direção e produção cultural de Diana Fontes.

Mais informações, siga e acompanhe no Instagram @sesirn

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sexta-feira - 13/09/2024 - 19:50h
Campanha municipal

PL promoverá carreata com presença de Rogério Marinho

Arte com percurso de carreata (PL de Mossoró)

Arte com percurso de carreata (PL de Mossoró)

O senador licenciado Rogério Marinho, presidente estadual do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte, estará em Mossoró neste sábado (14) para participar da grande carreata do 22.

O evento marca mais uma importante mobilização da campanha de Genivan Vale, candidato a prefeito pelo PL, e sua vice Nayara Gadelha (PL), além dos candidatos a vereador da coligação “Mossoró de Verdade”.

A concentração está marcada para às 16h no Posto Olinda, na Avenida Coelho Neto, de onde a carreata percorrerá diversas ruas e avenidas da cidade, encerrando na Praça do Promorar.

A carreata é anunciada como um dos maiores atos de campanha até agora, reunindo apoiadores da direita na cidade.

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sexta-feira - 13/09/2024 - 07:04h
Pesquisa

Prefeito reassume liderança; Boulos é segundo e Marçal tem queda

Boulos, Nunes e Marçal: pesquisa faz simulação de segundo turno (Foto: Fábio Tito/G1)

Boulos está numericamente atrás de Nunes e Marçal perdeu fôlego (Foto: Fábio Tito/G1)

Do Canal Meio e outras fontes

Com o efeito da propaganda eleitoral, Ricardo Nunes (MDB) reassumiu a liderança das intenções de voto na eleição para a prefeitura de São Paulo, aparecendo com 27%, segundo nova pesquisa Datafolha.

Ele está empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL), que tem 25%. Já Pablo Marçal (PRTB) ficou para trás, marcando 19%.

A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos.

Tabata Amaral (PSB) caiu de 9% para 8%.

José Luiz Datena (PSDB), de 7% para 6%.

A influência dos apoios dos padrinhos políticos também se movimentou. Entre os eleitores que afirmam terem votado em Lula, 48% declaram voto em Boulos — eram 44% há uma semana. E 19% desse eleitorado declaram voto em Nunes.

Já os eleitores de Bolsonaro migraram de Marçal, que tinha 48% dessa fatia e caiu para 42%, para Nunes, agora com 39% do voto dos bolsonaristas ante 31% da última sondagem.

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sexta-feira - 13/09/2024 - 06:44h
Sábado, 14

“Boteco da Aduern” marca 44 anos de entidade sindical

Arte de divulgação do evento (Reprodução)

Arte de divulgação do evento (Reprodução)

No próximo sábado (14), a Associação dos Docentes da Uern (ADUERN) dá continuidade à  programação alusiva ao seu aniversário de 44 anos.  O sindicato realiza o “Boteco da Aduern”, evento que vai reunir a categoria para cantar e dançar ao som de André da Mata e Nataly Vox em sua sede.

Podem participar do “Boteco da Aduern”  todos os associados à entidade, e seus acompanhantes.

A festa terá início a partir  das 17h  e a lista de convidados  está sendo montada a partir de um formulário virtual.

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