segunda-feira - 28/07/2025 - 15:30h
SBU

Estão abertas as inscrições para a IV Jornada de Urologia do RN

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Estão abertas as inscrições para a IV Jornada de Urologia do RN e VII Jornada de Intervenção Multiprofissional na Bexiga Neurogênica. Os eventos são realizados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), seccional do RN (SBU-RN), e pelo Instituto Santos Dumont (ISD), respectivamente. As jornadas vão acontecer nos dias 12 e 13 de setembro, no Hotel Holiday Inn, em Natal-RN.

O evento é voltado para urologistas, residentes em urologia, fisioterapeutas,  enfermeiros, estudantes e profissionais da saúde relacionados com a área. Entre os palestrantes já confirmados estão o urologista Thiago Sato (PR), que vai falar sobre “Novas tecnologias de laser para litíase” e “Enucleação endoscópica de próstata – novos lasers e curva de aprendizado”; a fisioterapeuta pélvica Maria Luiza Veiga (BA), com os temas “Fisioterapia e DTUI: o que há de evidências” e “Fisioterapia na bexiga hiperativa refratária”; o urologista Adriano Calado (PE), que vai abordar sobre “Cirurgia robótica em pediatria”; e o urologista Jorge Mendes (PB), trazendo os temas “Prótese peniana inflável” e “Engrossamento peniano com ácido hialurônico”.

O encontro acadêmico vai trazer ainda temas relacionados com urologia feminina, uropediatria, cirurgia robótica, cirurgia reconstrutora, andrologia, litíase, disfunção miccional e Intervenção multiprofissional na bexiga neurogênica. A programação preliminar já está disponível no site do Sympla.

As inscrições vão ocorrer até o dia do evento em duas etapas de lotes promocionais, o primeiro lote estará disponível até o dia 21 de agosto. Os interessados podem garantir sua vaga pelo site do Sympla, digitando o nome do evento na área de busca, ou clicando neste link.

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Dúvidas e outras informações pelos números (84) 3201-7429 e (84) 99445-4752, ou no e-mail jornada_sburn@verboeventos.com.br. O evento tem patrocínio da Adium, EMS, Coloplast, Farmafórmula, Handle, Grupo Fleury, Medtronic e Vital Cirúrgica.

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segunda-feira - 28/07/2025 - 14:24h
História e vitórias

Casa Durval Paiva lança filme comemorativo “30 anos de Vidas”

Em celebração aos seus 30 anos de atuação, a Casa Durval Paiva lança o filme comemorativo “30 anos de Vidas”, uma produção sensível, emocionante e profundamente humana. O objetivo do filme é apresentar, com autenticidade e emoção, o impacto transformador do trabalho da Instituição por meio de histórias reais de crianças, famílias acolhidas e colaboradores, que fazem parte dessa trajetória.

A produção traz uma atmosfera especial, marcada por uma narrativa tocante e pela trilha sonora consagrada de Geraldo Azevedo e Renato Rocha, interpretada por Pedrinho Mendes, que contribui para intensificar a mensagem de solidariedade e esperança. O filme é, também, uma homenagem àqueles que caminharam junto com a Casa, construindo uma história de amor, acolhimento e superação.

Com roteiro de George Wild, direção de cena de Humberto Lopes e direção de fotografia de André Fofão e Humberto Lopes, a obra contou com uma equipe técnica comprometida em traduzir em imagem e som a essência da Casa Durval Paiva. A produção é assinada pela Dueto Produções, com produção geral de Fabiana Dantas e arte de Fernanda Maria, além de gravações realizadas em locações simbólicas como a sede da Casa, a escola Luminova e o Teatro Alberto Maranhão.

Mais do que um material institucional, o filme é uma verdadeira campanha de conscientização, que busca emocionar e mobilizar o público em prol da causa do câncer infantojuvenil.

Na biografia da Durval Paiva, centenas de histórias podem ser narradas: algumas de perda e outras tantas de cura, porém, o que predomina é a celebração pela vida enquanto ela existir!

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Profissionais envolvidos

Filme : 30 anos de Vidas
Roteiro: George Wild
Direção de cena: Humberto Lopes
Direção de Fotografia: André Fofão | Humberto Lopes
Câmera: André Fofão
Assistente de câmera: Júnior Firme
Produtora: Dueto Produções
Produção Geral Fabiana Dantas
Produção de Art: Fernanda Maria
Maquinista: David Gomes | Sérgio
Drone: Silvonei Pereira
Edição: Felipe Augusto
Color: Jormar de Paiva
Música: Geraldo Azevedo | Renato Rocha
Interpretação: Pedrinho Mendes
Produtora de Áudio: Sucesso
Locações: Casa Durval Paiva | Escola Luminova | Teatro Alberto Maranhão
Foto still: Humberto Lopes
Direção de art material gráfico on line e off line : Cortez Pereira
Making off: Caio Nascimento

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segunda-feira - 28/07/2025 - 12:28h
Tudo dominado

Como Pipa e outros paraísos caíram nas mãos de facções criminosas

"Sindicato" é dona do pedaço e tem normas próprias para deixar tudo em "ordem." (Foto: Getty Images)

“Sindicato” é dona do pedaço e tem normas próprias para deixar tudo em “ordem.” (Foto: Getty Images)

Por Vitor Tavares (BBC News Brasil)

Coqueiros, águas mornas, frutos do mar… Venda de drogas à luz do dia, “olheiros” monitorando as esquinas, assassinatos violentos e uma vida local dominada pelo poder paralelo das facções. Essa descrição hoje serve para três dos principais (e mais bonitos) destinos turísticos de praia do Nordeste brasileiro: Porto de Galinhas, em Pernambuco; Pipa, no Rio Grande do Norte; e Jericoacoara, no Ceará.

E as semelhanças não param por aí. Praias mais famosas de seus respectivos Estados, as três mantêm um certo clima de tranquilidade, com regras do crime organizado para coibir roubos contra aqueles que as visitam – uma forma de não afastar os turistas que movimentam a economia e o tráfico na região.

Para quem mora ali, porém, a presença e a crueldade das facções são bastante conhecidas, das ameaças a quem não cumprir ordens e decapitações, aos pontos de venda em espaços centrais das vilas, segundo moradores, autoridades e pesquisadores com quem a BBC News Brasil conversou nas últimas semanas.

Por trás do cenário de violência, está o processo de expansão das facções pelo Brasil, antes restritas às grandes cidades e fronteiras, e a alta circulação de dinheiro nessas vilas que concentram festas e turistas de alto poder aquisitivo.

Pipa

Na praia mais famosa do Rio Grande do Norte, Pipa, na cidade de Tibau do Sul, as tarefas do crime são cuidadosamente divididas.

“Só falta assinar a carteira, são organizados demais”, diz uma fonte da Polícia Civil do Estado à BBC News Brasil.

Entre os cargos, estão o “vapor”, que anda com bolsas carregadas de drogas para venda, e o “visão”, como são chamados os olheiros que ficam nas esquinas avaliando o movimento suspeito e identificando possíveis interessados.

Geralmente meninos muito jovens de regiões carentes, eles têm salário definido, trabalham em escalas de 12 horas por dia, sete dias corridos, com folgas nos dias seguintes. E também pagam uma mensalidade para serem membros do grupo criminoso.

“Você se sente observado por eles o tempo todo”, conta Cláudia, uma moradora local. Nos bares, o assunto costuma ser ignorado pelos moradores, e quem fala é aconselhado a silenciar.

Os jovens são membros do Sindicato do Crime, facção surgida no Rio Grande do Norte em 2013, dentro do Presídio de Alcaçuz, na Grande Natal – onde, cinco anos mais tarde, haveria um massacre com 27 mortos em um confronto do grupo com o PCC.

Após se expandir para fora da prisão, em Natal, o grupo seguiu o caminho da expansão pelo Estado, onde as forças de segurança são mais frágeis, explica a antropóloga Juliana Melo, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

“O Rio Grande do Norte é pequeno, mas estratégico porque tem fiscalização fraca nos portos e pouca inteligência policial, com foco de punir. O Estado é o ponto mais próximo da Europa e está do lado do Ceará, outro ponto importante”, ressalta Melo.

Há uma estimativa de que hoje haja 20 mil filiados ao Sindicato do Crime no Estado, segundo uma fonte policial com familiaridade com o assunto disse à BBC News Brasil.

Quando a facção nasceu, já havia um plano de chegar logo a Pipa. Isso porque, segundo relato dessa fonte, dois de seus fundadores eram da região.

“Então a dominância da praia tinha valor simbólico e político para a facção”, diz.

Mas a chegada à praia também era estratégica, por conta da alta circulação de turistas de alto poder aquisitivo.

Muito além de destino paradisíaco, nos últimos anos Pipa se consolidou como um dos grandes pontos de festas do litoral nordestino.

“Essa facção vive basicamente do tráfico, e aqui virou polo de gente em buscas de festas e com uma vibe liberal, de uso não só de maconha, mas de drogas sintéticas”, completa a fonte.

Em Pipa, o tráfico era tão escancarado que chegou a ter uma “lojinha” para venda de drogas em uma galeria no centro da vila – fechada recentemente numa operação da Polícia Civil. Alguns serviços da praia também seriam controlados pelo poder paralelo.

Tribunal próprio

Como em outras praias, o Sindicato do Crime tem seu próprio tribunal que “investiga, acusa, julga, pune e executa”, diz à BBC News Brasil um investigador.

Essa organização está prevista no próprio estatuto de criação do grupo, documento com 21 artigos ao qual a BBC News Brasil teve acesso.

O grupo estabelece um código de conduta rígido para manter “a ordem e o respeito dentro da comunidade” (ou “quebrada”). Entre as principais regras aos membros , estão proibições de agressões, traições afetivas (“talaricagem”), som alto à noite, vínculos com outros grupos e até uso de crack e do medicamento rivotril, “pelo efeito devastador que elas causam na vida de quem usa”. O remédio só é liberado por membros que demonstrem receita médica.

O documento estabelece que problemas devem ser resolvidos com os líderes locais e que os membros devem buscar sempre a “paz” na comunidade. Quem sai do grupo é proibido de seguir no crime.

“Às vezes, a gente é chamado para resolver algum problema como roubo, quando a gente chega no local, a facção já passou por lá e saiu”, conta a fonte policial.

Mas essa aparente tranquilidade é abalada quendo há rivalidade dentro da própria facção ou a chegada de um novo grupo.

“Antigamente, a gente sentia que a facção protegia a vida dos moradores aqui. Mas quando começa a disputa entre eles, tudo fica mais tenso”, diz Cláudia, moradora da região que acompanha de perto os casos.

O triplo homicídio de dezembro, em pleno centro da vila, ocorreu porque um novo grupo rival do Sindicato do Crime tentava se estabelecer na praia. Mas não conseguiu.

Recentes operações da Polícia prenderam líderes do grupo. Só em 2024, 97 pessoas foram presas. Segundo a Polícia, o prejuízo causado ao crime com apreensão de drogas foi de R$ 1,3 milhão – e o crime hoje estaria mais “desorganizado” na região.

Mas moradores e investigadores sabem que há uma facilidade de o grupo se reorganizar. “Quando a polícia desmantela, amanhã já tem outro líder”, diz Cláudia.

Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte disse que tem focado no combate a organizações criminosas, o que tem contribuído para a redução dos homicídios na região. No primeiro semestre, foram dois homicídios em Tibau do Sul.

“Generalizações que associem a localidade ao domínio de grupos criminosos devem ser rechaçadas”, diz a nota.

Veja matéria completa clicando AQUI.

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segunda-feira - 28/07/2025 - 11:28h
Grande perda

ProTurismoRN emite nota de pesar e homenagem a Doziteu Moreira

Doziteu faleceu de infarto no sábado passado em Mossoró (Foto: Reprodução do Relembrando Mossoró)

Doziteu faleceu de infarto no sábado passado em Mossoró (Foto: Reprodução do Relembrando Mossoró)

A ProTurismoRN, organização que reúne segmentos ligados à gastronomia e turismo no RN, emite Nota de Pesar e de Homenagem a Doziteu Ozanam Moreira, 70, falecido no sábado (26), de infarto fulminante, em Mossoró. Referência no setor em Mossoró e região, Moreira deixa legião de admiradores e amigos. Veja a nota abaixo:

Com imenso pesar, a ProTurismoRN manifesta sua solidariedade aos familiares, amigos e colegas pela partida de Doziteu Ozanam Moreira, um dos mais respeitados nomes da gastronomia e do turismo de Mossoró, falecido neste 26 de julho de 2025 (veja detalhes AQUI).

Natural de Mossoró, Doziteu construiu uma trajetória admirável e inesquecível como chefe de cozinha e gestor, marcando gerações com seu talento, carisma e profissionalismo. Sua atuação no tradicional Hotel Thermas foi um dos pilares que fortaleceram o turismo local, levando requinte e identidade regional à mesa dos hóspedes e visitantes.

Também se destacou na reabertura e gerência do novo Café Mossoró, resgatando com maestria a memória afetiva da cidade com um cardápio moderno e acolhedor, tornando o espaço um ponto de encontro cultural e gastronômico.

Já no restaurante O Caju, Doziteu soube valorizar os sabores potiguares com elegância e criatividade.

Mais recente, estando à frente do Lyon Bistrô, assumiu o desafio de oferecer uma gastronomia com um toque regional, conquistando paladares exigentes e transformando o ambiente em referência de sofisticação e acolhimento.

“Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.'” – João 11:25

Sua dedicação ao desenvolvimento da gastronomia esteve sempre alinhada à valorização do turismo e da cultura mossoroense, sendo reconhecido por sua paixão, carisma, competência e contribuição permanente para o fortalecimento do setor.

Em nome de toda a diretoria e cooperados da ProTurismoRN e do trade turístico mossoroense, deixamos nosso mais profundo agradecimento por tudo que Doziteu representou e pela singela parceria firmada em 2023 e 2024 com a ProTurismo.

Seu legado permanece vivo nas experiências que proporcionou, nos sabores que eternizou e nas pessoas que inspirou.

Descanse em paz, Doziteu.

Seu nome estará para sempre presente na história da gastronomia e do turismo de Mossoró.

O que é o ProTurismoRN – É um consórcio de profissionais, marcas, instituições e empresas que promovem o Turismo em suas variadas formas de atuação, produtos e serviços, tais como: Viagens e Gastronomia, Cultura e Eventos, Lazer e Entretenimento, Artesanato e Educação, Hospedagem e Transportes, Sustentabilidade e Impacto Social.

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segunda-feira - 28/07/2025 - 09:42h
Boa notícia

MEC autoriza curso de Psicologia para a Ufersa em Mossoró

Instituição vai ofertar novo curso já em 2026 (Foto da Ufersa: Eduardo Mendonça)

Instituição vai ofertar novo curso já em 2026 (Foto da Ufersa: Eduardo Mendonça)

Do Blog Saulo Vale

O Ministério da Educação (MEC) autorizou a criação do curso de graduação em Psicologia no campus central da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Está no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (28) e prevê a criação de 40 vagas.

De acordo com o reitor Rodrigo Codes, o próximo passo é a instituição receber códigos de vagas para a contratação de professores.

O objetivo é ofertar as vagas já no próximo Sisu e iniciar o curso em 2026.1.

20 anos da Ufersa

“Recebemos essa notícia com imensa alegria, mesmo na semana em que a Ufersa vai completar seus 20 anos”, comemorou o reitor.

Quanto à estrutura, Codes destacou que “temos estrutura para iniciar o curso de forma segura e confortável, mas reforçamos que estamos em processo de licitação para uma grande obra, pactuada com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê um novo prédio para comportar os futuros cursos de Psicologia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional”.

O curso de Psicologia na Ufersa será o primeiro em Mossoró ofertado em um instituição pública.

Confira a portaria de autorização AQUI.

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segunda-feira - 28/07/2025 - 08:34h
Brasileirão 2025

América se classifica em 1º lugar; ABC empata no fim de jogo

O América está classificado à fase de mata-mata da Série D do Campeonato Brasileiro de Futebol 2025. Ao vencer o Horizonte-CE na Arena das Dunas nesse domingo (27), por 2 x 0, conseguiu um feito suplementar importante: alcançou o primeiro lugar do Grupo C.

Giva e Hebert marcaram os gols do Mecão ainda no primeiro tempo, assegurando a vitória e o primeiro lugar.

O adversário do América na fase seguinte será a Juazeirense/BA, quarto colocado do grupo A. O jogo de ida será em Juazeiro e a partida de volta acontecerá em Natal, na Arena das Dunas. Data e horários dos dois confrontos ainda vão ser definidos.

ABC

Na tarde de sábado (26), pela Série C do Brasileirão 2025, o ABC empatou por 1 a 1 com o Floresta-CE, no Estádio Domingão, em Horizonte (CE), pela 14ª rodada da competição. O Alvinegro chegou aos 16 pontos e 13ª colocação, se distanciando da zona de rebaixamento.

Jeam fez o gol do time cearense aos 44 do primeiro tempo e o ABC foi buscar o empate aos 49 da etapa final, com Joãozinho.

O próximo compromisso do ABC vai ser no sábado (2), às 19h30, quando recebe o Figueirense-SC no Estádio Frasqueirão em Natal, pela 15ª rodada da Série C.

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segunda-feira - 28/07/2025 - 07:44h
Jogo duro

Trump fecha acordo com a União Europeia; tarifaço segue para o Brasil

Eduardo Bolsonaro quer acordo com anistia para o pai e se revolta contra governadores aliados
Ursula von der Leyen e Donald Trump: entendimento ou mal menor (Foto: Brendan Smialowski/AFP)

Ursula von der Leyen e Donald Trump: entendimento ou mal menor (Foto: Brendan Smialowski/AFP)

Do Canal Meio e outras fontes

Os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram neste domingo (27) um acordo comercial preliminar que impõe tarifa-base de 15% sobre a maioria dos produtos do bloco, em linha com o modelo já adotado por Donald Trump em negociações com Japão, Indonésia e Vietnã. O pacto foi fechado após reunião entre o presidente americano e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na Escócia, e inclui compromissos da UE de comprar US$ 750 bilhões em energia dos EUA, investir mais US$ 600 bilhões no país e adquirir grandes volumes de equipamentos militares americanos.

Trump comemorou o acerto como “o maior de todos os tempos”, enquanto a Europa vê o acordo como um mal menor diante da ameaça anterior de tarifas de até 30%. (Globo)

O Brasil, no entanto, segue fora dessa rodada de acordos. Também no domingo Trump garantiu que não vai adiar o início do tarifaço aos parceiros comerciais a partir de 1º de agosto, nesta sexta-feira. A informação já tinha sido dada pelo secretário de Comércio americano. Em entrevista à Fox News, Howard Lutnick disse que o presidente está disposto a negociar, mesmo depois do prazo. (UOL)

Faltando tão pouco para a entrada em vigor de tarifas americanas de até 50% sobre produtos brasileiros, o governo Lula ainda não conseguiu avançar nas negociações com Washington. Chanceler Mauro Vieira está em Nova York para um evento da ONU, mas não há sinais de que vá ser recebido pelo governo americano. Sem diálogo formal aberto, a equipe econômica prepara um plano emergencial para mitigar os impactos sobre setores mais vulneráveis, como frutas, pescados e pequenas empresas exportadoras. (Folha)

Segundo José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior (AEB), o Brasil tem pouco tempo e margem de manobra para evitar o impacto das medidas anunciadas por Trump. Para o especialista, os EUA não demonstram interesse em negociar no curto prazo, e o Brasil corre risco de prejuízos significativos.

Castro também considera que o governo brasileiro acabou dando algumas declarações “que não ajudaram muito”. “O fato de essas operações terem se tornado pessoais fez com que o Brasil, neste momento, não tenha condições de propor um acordo que seja aceito por Trump”, avalia. (Globo)

Eduardo Bolsonaro quer salvar o pai

Enquanto isso… Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Ratinho Júnior (PR) por tratarem das negociações contra o tarifaço imposto pelos EUA sem mencionarem a anistia aos, segundo ele, “presos políticos” ou a carta de Trump que cita Jair Bolsonaro. Em um post no X, o deputado federal acusou Tarcísio de enganar a população e “jogar para a plateia”, ao falar da tarifa de 50% sem abordar a crise institucional.

Também rebateu declaração de Ratinho Júnior, que afirmou que Bolsonaro “não é mais importante que a relação comercial” entre Brasil e EUA. Acrescentou que ignorar o apoio de Trump ao ex-presidente só prolonga o problema. (UOL)

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segunda-feira - 28/07/2025 - 02:56h

Pensando bem…

“Toda espiritualidade é sobre aliviar o sofrimento.”

Buda

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domingo - 27/07/2025 - 21:26h
Nordeste

Base de Lula tem impasses e o RN é um desses problemas

Capa da reportagem destaca governadora Fátima Bezerra (Reprodução)

Capa da reportagem destaca governadora Fátima Bezerra (Reprodução)

Base de Lula tem impasses nos estados do Nordeste para as eleições de 2026.

A manchete acima é de reportagem especial da Folha de São Paulo na edição deste domingo (27).

Em relação ao Rio Grande do Norte, a Folha diz  que o Blog Carlos Santos já assinalou (veja AQUI) algumas vezes: “Pesquisas de intenção de voto indicam o senador Capitão Styvenson (PSDB) na liderança e uma disputa pela segunda vaga entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e a senadora Zenaide Maia (PSD), vice-líder do governo Lula no Senado.”

E acrescenta: “Aliados de Zenaide acreditam que a segunda vaga está em disputa entre ela e Fátima. Com isso, não haveria sentido numa aliança. A senadora cogita se aliar ao prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), pré-candidato a governador, que não deverá apoiar Lula.”

Na mesma reportagem, é lembrado que “em 2022, a divisão da base do PT no estado facilitou a vitória ao Senado do bolsonarista Rogério Marinho (PL), atual líder da oposição no Senado.”

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domingo - 27/07/2025 - 11:34h

Desenvolvimento e moralidade

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa com  recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Como já dito aqui, um dos problemas mais belos e também mais intrincados da filosofia do direito é o da relação entre o direito e a moral. Ambos são normas disciplinadoras do trato social. E há até quem defenda – equivocadamente, frise-se –, segundo registrado por Miguel Reale em suas “Lições preliminares de direito” (Editora Saraiva, 1977), que “o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver” ou que “o Direito não é algo diverso da Moral, mas uma parte desta, armada de garantias específicas”.

Otimisticamente falando, seria destino do homem conscientemente praticar, tanto subjetivamente (a moral na consciência individual) como coletivamente (a moral em prol da sociedade), o que lhe parece ser o bem. Mas como, na qualidade de seres racionais e gregários, adquirimos e desenvolvemos essa consciência da moralidade? Como progressivamente adquirimos a capacidade de praticar o bem, não pela força, pela interferência de terceiros ou pela utilidade ou conveniência da nossa atitude, mas, sim, pelo que vale em si mesmo o ato praticado?

O desenvolvimento moral é um processo pelo qual, desde crianças, as pessoas passam no afã de desenvolver o senso do que é certo ou errado na vida em sociedade. Como anotam Emily Ralls e Tom Collins, em “Psicologia: 50 ideias essenciais” (Editora Pé da Letra, 2023), “muitos psicólogos investigaram o desenvolvimento da moralidade em crianças, mas talvez o primeiro a fazer isso de forma sistemática tenha sido Jean Piaget”.

Piaget relacionou o desenvolvimento moral ao desenvolvimento cognitivo das crianças. Pela teoria do desenvolvimento intelectual, os seres humanos possuem um cronograma geneticamente determinado que regula a emergência das variadas capacidades cognitivas. É certo que a forma como uma criança de 5 anos de idade vê o mundo é qualitativamente diferente da forma como uma de 12 anos o faz, que por sua vez é diferente da forma como um adulto entende essa “mesma” realidade. Acho que isso hoje é até intuitivo para nós. E Piaget percebeu que o crescimento moral era também um processo construtivista. À medida que crescemos, nossas ideias sobre julgamentos morais, regras e punições mudam. De par com os níveis de desenvolvimento intelectual, Piaget notou que havia níveis/estágios de maturidade moral.

Ademais, como lembra Jeremy Stangroom (em “Pequeno livro das grandes ideias – Filosofia”, Ciranda Cultural Editora, 2008), foi Lawrence Kohlberg quem “identificou três níveis de desenvolvimento moral, cada um, por sua vez, compreendendo duas etapas. No primeiro nível, ‘pré-convencional’, as noções de certo e errado são determinadas pela autoridade e pela possibilidade de punição; depois, na segunda etapa do nível, pelo fato de a ação ser ou não recompensada. (…). No ‘nível convencional’, que é alcançado pela maioria dos adolescentes e dos adultos, o raciocínio moral está intimamente ligado à participação em grupos sociais mais amplos. Na primeira etapa desse nível, considera-se boa ação aquilo que merece a aprovação dos outros; na segunda etapa, o que está de acordo com a lei e o bom comportamento. O terceiro nível do desenvolvimento moral, o nível ‘pós-convencional’, que na visão de Kolhberg só é alcançado por um quinto da população, é muito mais abstrato por natureza. Assim, o raciocínio moral na segunda etapa desse nível, quase nunca alcançado, envolve a referência a noções universais como justiça, dignidade humana, a santidade da vida humana, e assim por diante”.

Todavia, se Kohlberg sofisticadamente demonstrou de que “maneira o desenvolvimento moral está ligado ao desenvolvimento cognitivo”, por outro lado, ele “não acreditava que o desenvolvimento moral ocorria inevitavelmente em consequência de a pessoa crescer e ficar mais velha; os indivíduos precisam pensar em seus processos de raciocínio moral, discuti-los e se ocupar com eles”.

O desenvolvimento/sofisticação moral não é algo simplesmente transmitido pela autoridade, mas, sim, autorrealizado pela própria pessoa. É um processo construtivista em que ações e experiências próprias desenvolvem as crenças morais. E é necessário criar ambientes culturais nos quais as pessoas sejam assim engajadas no próprio desenvolvimento moral.

O problema é que alguns indivíduos, embora envelhecendo e mesmo participando de ambientes culturais adequados, fiéis à “Lei de Gerson” de “levar vantagem em tudo”, não saem do estágio “pré-convencional” da moralidade. Nem mesmo com a coação – que deveria ser implacável – do direito.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 27/07/2025 - 11:00h

Vai saber?

Por Bruno Ernesto

Amsterdam Tulip Museum Foto: do autor da crônica)

Amsterdam Tulip Museum (Foto: do autor da crônica)

Sempre tive a certeza de que a história pode ser muito irônica. Por vezes, parece até proposital. Não duvidemos. Todavia, embora não acredite muito em coincidências históricas, talvez possa acontecer.

Talvez isso aconteça de propósito para reforçar a célebre frase do filósofo George Santayana, de que “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”. Se bem que, por vezes, vale a pena. Pelo menos por um instante, afinal a vida é um fluxo e um refluxo.

Por tal razão, é imprescindível que a história registre os momentos cruciais da humanidade. Eis um dos grandes problemas de se compreender a história.

Não se deve estudá-la de modo isolado, como se tal ou qual evento histórico tenha se dado isoladamente, sem considerar o contexto de suas origens e seus desdobramentos, de maneira que é imprescindível que se tenha uma visão global e interconectada entre os fatos, ainda que se analise uma pequena porção e de forma particular.

Afinal, para se compreender a parte, é preciso compreender o todo. Por isso temos os museus, os monumentos históricos e toda sorte de registros históricos.

Quem tem familiaridade com os meus textos – ainda que não os valorize e os leia na surdina – pode perceber que sempre abordo experiências de fato vividas por mim. Ainda que num pequeno trecho deles.

A primeira vez que estive em Amsterdam, a caminho da casa de Anne Frank, na mesma rua Prinsengracht, por acaso avistei do outro lado do canal, o Museu das Tulipas de Amsterdã e, claro, imediatamente lembrei do famoso caso da Crise das Tulipas, considerado o primeiro caso de bolha especulativa da história.

Para quem não lembra, no tempo de Rembrandt, enquanto os holandeses ocupavam o Brasil, produzindo toneladas de açúcar para enviar para uma Europa sedenta dessa especiaria, não se sabe por que cargas d´água, alguém disse que as tulipas eram o novo ouro dos Países Baixos.

Bastou tal previsão mercadológica para, em 1634, iniciar uma descomunal corrida pelos bulbos de tulipa. A loucura foi tão significativa e sem precedentes, que teve quem vendesse todo o patrimônio para investir nesse novo mercado. Inclusive herança de gente viva.

O açúcar – especialmente o saído da região Nordeste brasileira – que outrora era considerado um símbolo de poder e status para quem podia consumi-lo regularmente, dado o seu alto valor de mercado, chegou a ponto de se criar uma horrorosa representação simbólica-social de que ter os dentes careados e pretos por consumir açúcar era o ápice da ostentação.

Todavia, no caso das tulipas, no ano de 1637, bastou um produtor de tulipas dizer que não poderia entregar a produção aos compradores daquele mercado futuro conforme combinado, que o mercado evaporou, causando a ruína imediata de todos os que acreditaram naquele sonho, sendo o impacto tão grande, e a lição tão duradoura, que até hoje os holandeses são vigilantes com as suas economias, embora seja um país economicamente estável, e são ultra céticos em relação a aventuras financeiras.

No nosso caso, após o estouro da bolha especulativa com cheiro de tulipa, o açúcar retomou o seu protagonismo, e, desde então, continua a adoçar nossas vidas.

Aliás, retomando a ironia histórica que suscitei acima, na última semana – de repente, quase como sem razão, sem motivo aparente, sem lógica, sem pé nem cabeça -, eis que o açúcar mostrou o seu lado especulativo, tal qual aconteceu com as tulipas no tempo de Rembrandt.

Tão brilhoso, açucarado, vermelho e saboroso que, tal qual o bulbo de uma tulipa, cabe confortavelmente na palma de nossa mão; e o frenesi em sua busca nas pâtisseries só é comparável ao da Crise das Tulipas.

Todavia, embora carregue no nome um sentimento totalmente intangível, desta vez, tornou-se tangível e real, pelo menos até que alguém diga que não poderá mais entregá-lo como prometido. Não o doce, porém o sentimento.

Se não o mesmo enredo, talvez a mesma história. Vai saber?

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 27/07/2025 - 10:24h

Traição, o maior crime possível numa nação democrática

Por Sylvio Costa

Radialista britânico William Joyce, mais conhecido como Lord Haw-Haw: a serviço do nazismo (Foto: Reprodução)

Radialista britânico William Joyce, mais conhecido como Lord Haw-Haw: a serviço do nazismo (Foto: Reprodução)

Bananinha, Bananão e seus bananas amestrados continuam insistindo em usar pressões ilegais e absolutamente injustificadas por parte do Laranjão para fugirem da lei brasileira. Sabemos como eles agem, né?

Planejam golpes de Estado. Fazem apologia da violência. Desrespeitam ordens judiciais. Usam dinheiro público para promover rachadinhas e outros expedientes indevidos. Perseguem jornalistas, professores e intelectuais. Empurram o povo para a ignorância e a morte, como vimos na pandemia. Inventam mentiras sobre tudo e todos. Militam, enfim, em favor das piores causas: em prol da ditadura, do rebaixamento de mulheres e negros, da opressão contra lgbts etc. etc. etc. Na hora de acertarem as contas com a Justiça, correm para debaixo da saia do Laranjão.

Declaram-se patriotas e há anos tentam tomar de nós — brasileiros e brasileiras decentes, de todos os credos e perfis — o verde-amarelo que nos orgulha. Mas vangloriam-se de terem contribuído para a chantagem que ora pesa sobre o Brasil. Acham razoável impor uma sobretaxa de 50% contra o seu próprio país para escaparem da prisão na qual, cedo ou tarde, certamente vão terminar.

Não tenho dúvidas de que Bananão, militar reformado, e Bananinha, policial de carreira, sabem muito bem o que estão fazendo. Chama-se TRAIÇÃO À PÁTRIA. É bom que os bananas amestrados entendam bem o que isso significa. Trata-se do único crime para o qual a Constituição democrática de 1988 prevê pena de morte (artigos 5º, inciso 47, e 84, inciso 19). É verdade que tal punição só se aplica em situação de guerra.

Nossa legislação é omissa quanto à forma de punir a traição em tempo de paz. Para situações de guerra, são muitos os crimes passíveis de guerra, segundo o Código Penal Militar. Entre eles, favorecer o inimigo com “informação ou auxílio que lhe possa facilitar a ação” (art. 359). Guerra comercial, mesmo deflagrada de modo repulsivo, não vale.

Vejam que punições severas contra o crime de traição são comuns a todas nações democráticas do mundo. Um caso célebre, disponível para consultas no site do Imperial War Museum, é o do radialista britânico William Joyce, mais conhecido como Lord Haw-Haw (ele aparece na foto que ilustra este post). De setembro de 1939 até 30 de abril de 1945, dia do suicídio de Hitler, William Jocye foi locutor de programas transmitidos pela rádio estatal alemã, então controlada pelos nazistas, para atingir a população do Reino Unido. Em janeiro de 1946, foi executado na cadeira elétrica após ser submetido a processo judicial.

Ao contrário dos neofascistas de hoje, sou contra a pena de morte. Mas deixo o alerta: traidores, tenham consciência do tamanho da violência que estão cometendo!

E não venham com desculpas esfarrapadas. “Ah, não gosto do Lula”. E daí? É o presidente eleito. A maior vítima do abusaço (a palavra me soa mais correta que tarifaço) não é ele, mas a sociedade brasileira. Estão em jogo a sobrevivência de empresas e empregos, o dinheiro das exportações e, sobretudo, a independência que conquistamos há mais de dois séculos. “Mas estar no Brics é cutucar a onça com vara curta”. Então, com todo respeito, cuidemos de aumentar o tamanho de nossa vara, pela via da unidade nacional, da solidariedade internacional e da revisão das nossas vulnerabilidades estratégicas. Estar junto com a China (nosso maior parceiro comercial), a Índia e as demais nações desse bloco econômico é vital para o nosso futuro. Não tem a ver com ideologia, mas com pragmatismo econômico e geopolítico.

O Brasil tem uma história de dois séculos de boas relações com o governo e o povo dos Estados Unidos. Estamos entre os países que mais geram resultados comerciais positivos para os EUA, comprando deles bem mais do que lhes vendemos. Cerca de 75% dos produtos estadunidenses que exportamos chegam aqui pagando tarifa zero. Como ousam aplicar contra nossa gente a maior tarifa hoje cobrada pelos EUA de outra nação? (Sim, a taxa de 50% é privilégio nosso).

Nem o Brasil, nem o governo brasileiro fizeram nada, absolutamente nada que justificasse as sanções e as ameaças cuspidas pelo Laranjão, ele próprio outro sério candidato a repousar algum dia atrás das grades. Um espanto que haja um só brasileiro ou brasileira que não se indigne com a chantagem! Mais espantoso é ver a conspiração montada à luz do dia pelos traidores.

Fundamental que a cidadania se levante contra essas aberrações! Como jornalista, sei muito bem o que é ser perseguido por um governo de extrema direita, como o do período 2019/22. Nos livramos, aleluia, do presidente que pretendia implantar uma ditadura para melhor servir aos ricos.

Falta enquadrar legalmente a família que só sabe fazer política plantando mentiras, chantagem e terror.

Lembrando sempre: quem está com Trump, está contra o Brasil!

Sylvio Costa é jornalista, com passagem pela Folha, IstoÉ, Correio Braziliense, Zero Hora e Gazeta Mercantil. Fundou e durante mais de 20 anos esteve à frente do site Congresso em Foco (Brasília)

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Categoria(s): Artigo / Opinião
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domingo - 27/07/2025 - 08:32h

O Efeito Casulo – Dia 9

Por Marcos Ferreira

Imagem gerada com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Imagem gerada com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Ontem, após refletir sobre meu findado e tóxico relacionamento com Ricardo Gurgel, indivíduo que nunca teve outro interesse no tocante a mim a não ser o da ambição financeira, hoje decidi convidá-lo para almoçar comigo. Isto porque fiquei sensibilizado quando ele me telefonou e disse estar na sarjeta; tornara-se um morador de rua. Por tudo o quanto já me aprontou, é lógico que aquele parasita não merecia a minha menor compaixão. Entretanto, por não conseguir vencer o fascínio que ainda sentia por ele, tive essa ideia de chamá-lo para almoçar e, sem rodeios, contar a história do meu câncer, dizer que tenho poucos meses de vida e expor meu intuito de torná-lo herdeiro desta casa e de tudo o mais; os últimos haveres que me restam.

Cedo, pouco antes das sete, cuidei de me barbear. A barba estava hirsuta, grisalha. Fiz isso com esmero, buscando melhorar a aparência com o propósito de exercer alguma atração sobre Ricardo. Com cuidado, pois não tenho habilidade com tesoura, aparei o excesso de cabelos a encobrir as minhas orelhas. Fui ao guarda-roupa, escolhi uma bermuda e uma camisa das mais novas (ou menos usadas), peças que eu poria depois de um banho e quando ele estivesse perto de chegar. Preparei-me assim, no capricho, para receber um cara decerto malcheiroso e barbudo.

Por volta das dez horas, então, pensando em ele contar com tempo hábil, de maneira que pudesse comparecer sem necessidade de se apressar demais, telefonei e não fui atendido. O celular tocou até a ligação ser direcionada para a caixa de mensagens. Decorridos uns trinta minutos, e não tendo ele retornado a minha chamada, liguei novamente. De novo não atendeu. Dei mais um tempo. Levei em conta alguns motivos pelos quais não estava me atendendo. Imaginei, entre outras situações, que se encontrava doente, ou o aparelho estivesse no silencioso e não notou meu contato. Considerei ainda a possibilidade de que houvesse ficado sem o telefone, vendido ou sido tomado por algum marginal. Assim mesmo telefonei pela terceira vez.

Entre novas suposições, falei de mim para comigo: está se fazendo de mouco, bancando o difícil, usando de astúcia, mas interessado em retornar o meu contato. Sim, estaria brincando de silêncio. Só que também sei brincar de silêncio, sei ignorar quando sou ignorado, não dar atenção a quem finge não me ver. Nesse ínterim, para não deixar tudo para o último instante, eu já tomara algumas providências em relação ao almoço. Requentara um feijão que preservara na geladeira há dois ou três dias, fiz arroz-agulha, preparei uma salada de frutas. Mantive-a sob refrigeração na esperança de o sacana dar um sinal de vida. Porém não deu. Estavam à espera duas latas de sardinha e uma de atum. Isto seria levado ao fogo no devido instante.

Bem-humorado, de temperamento agradável, simpático, Ricardo sempre foi um tipo bronco. Não quis saber de estudar, sequer avançou ao ensino médio, estacionando na sétima série do primeiro grau. Por simples ignorância, totalmente alheio a esse meu mundinho da literatura, da escrevinhação, jamais destinou o menor crédito para o fato de estar envolvido com um escritor, um homem de letras, um ficcionista de somenos importância, um literato de baixo relevo neste município.

Em momento algum demonstrou impulso, interesse em retirar, folhear um volume desta minha pequena estante de livros. Não. Livro é algo que em circunstância nenhuma exerceu curiosidade sobre ele. Ao longo de mais ou menos quinze meses sendo meu amante, não me recordo de que Ricardo Gurgel me fez uma única indagação a respeito de minha atividade enquanto escriba. Interessavam-lhe apenas as minguadas quantias, a pouca grana que eu dava a ele. Sobretudo no início do mês, ocasião em que eu recebia meu salário da loja de peças de automóveis.

Passava um pouco do meio-dia quando, vencido pela ansiedade, peguei o telefone e liguei pela quarta e última vez. Enfim, apesar da minha surpresa, a chamada foi atendida. Mas não foi a voz de Ricardo que ouvi na outra ponta da linha. Uma mulher, que depois me revelou ser irmã dele, falou um monossilábico “Alô”. Pronunciou as primeiras palavras de jeito embargado, com tristeza, pesar.

Daí a pouco, de jeito ainda mais solene, deu-me a terrível notícia: Ricardo Gurgel havia sido assassinado a altas horas com uma facada no peito por outro morador de rua, com o qual entrou em uma discussão por causa de pedaços de papelão, sobre os quais eles têm o hábito de dormir. Infelizmente, o bate-boca descambou para uma troca de socos e pontapés. Segundo outro sem-teto que também passava a noite ali, todos sobre a calçada do antigo Cine Pax, súbito o assassino puxou uma faca da cintura e cravou a lâmina no tórax do seu desafeto, e depressa se evadiu.

A irmã de Ricardo, cujo nome não disse nem eu perguntei, encerrou a conversa e desligou. Não liguei outra vez para colher nenhuma informação a mais. Por exemplo, se fosse do meu interesse, teria indagado a ela acerca do local do velório e sepultamento. A verdade, no entanto, é que não me importava.

Neste minuto, refeito do impacto da fatídica notícia, penso que a trágica morte de Ricardo Gurgel significou um alívio para mim. Exato! Como costumam dizer os católicos e os protestantes, foi um livramento. Porque, embora não desejasse nenhum mal para ele, senti que tirei um enorme peso das minhas costas, do meu espírito, espécie de algemas das quais talvez não me libertasse de outra maneira. Foi isso, livrei-me dessa paixão mórbida, doentia, que me dominava por absoluto. Torço que a alma dele (acaso exista vida além-túmulo) esteja em paz e num bom lugar.

Tendo assimilado o golpe, estando com os nervos equilibrados, como já mencionei, fui para a cozinha, aprontei o que faltava da comida e almocei o atum e a sardinha com um apetite que não mais encontrava desde que o doutor Epitácio Coelho me deu o diagnóstico do câncer. Além da doença, permanece o problema de encontrar um herdeiro para esta casa e outras coisas que possuo. Dois ou três amigos tentaram saber de mim através de mensagens e telefonemas, todavia não atendi a nenhum. Entendo que necessito contar a algum deles o que está se passando.

Estou sem a menor disposição para leituras. Todos os livros que eu pretendia ler, quiçá meia dúzia, súbito perderam a atratividade. Tenho prostituído meu intelecto com os assuntos varejistas das redes sociais e veículos de comunicação encontráveis na internet. Continuo sem frequentar o habitat dos literatos, dos intelectuais. Não faço ideia de quando terei novamente ânimo para receber alguém.

Preciso retomar o prazer de interagir com essas pessoas. Reaprender a desfrutar da saudável companhia desses que me têm estima e atenção. No fim da tarde, a propósito, enquanto mexia no celular, deparei-me com uma crônica do poeta mossoroense Júlio Rosado, publicada precisamente no dia 15 deste mês, no Jornal de Fato. Um trecho da referida crônica, cujo título é “O conhecimento também aflora nos intervalos”, representa um estímulo no que me diz respeito. Eis o fragmento: “O mestre aprende com o aluno tanto quanto um aluno aprende com outro, sem distinção, com respeito mútuo.” Pois é isso, a gente sempre pode aprender algo de onde e com quem menos esperamos, da mesma maneira como podemos ensinar algo de bom a outrem. Júlio Rosado, autor e leitor meritório, tem o que nos ensinar e também aprender. Ele reúne o talento e a humildade daqueles que vão longe nesta estrada da palavra escrita.

Encontro-me desta forma, reflexivo quanto propenso às interações sociais e humanas. Tenho consciência, apesar do meu estado de espírito de agora, que amanhã posso acordar (se acordar) com o pessimismo e mau humor que vêm dominando minha alma e meu coração. O penhasco em que estou produz uma barafunda de sentimentos em geral amargos e revoltados com Deus e o mundo.

Anteontem, após tomar meus remédios, entre os quais estão quetiapina e clonazepam, fui me deitar por volta das nove e meia. Quem disse que consegui dormir? Uma ova! Depois de muito rolar para um lado e outro, toquei no celular e a tela mostrava uma hora e cinquenta e cinco minutos da madrugada. A essa altura todo tipo de pensamentos já me havia sucedido. Especialmente pensamentos destrutivos. Tem sido assim há bastante tempo. Não raro me imagino cometendo toda natureza de violência, principalmente contra políticos de Mossoró, do Brasil e do mundo. Certos canalhas seriam eliminados com requintes de crueldade, devagarinho. Esquartejar ou amputar pernas e braços de pseudocidadãos de bem é coisa que almejo.

Essa libertinagem e promiscuidade com que são ofertados títulos de cidadania a vermes da política em âmbito nacional e até internacional, honrarias, comendas e medalhas disso e daquilo a uma récua de estrumes sociais, tudo isso me enche de fúria, de anseios de promover carnificinas a torto e a direito. De repente, por proposição de um sem-vergonha da Câmara desta urbe, aquele cancro (que ora usa tornozeleira eletrônica) se torna cidadão mossoroense. Filhos da puta!

Melhor ficar por aqui. Acho que novamente estou saindo dos trilhos. E isso é algo que, sendo meramente lúcido, só tem feito mal a mim mesmo. Se pudesse, no entanto, se Deus ou o Diabo me concedesse determinados poderes, aí podem ter completa certeza de que muitos prostitutos, ratazanas e sacripantas do meio político brasileiro e planetário sofreriam até a merda e o sangue escorrerem.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
domingo - 27/07/2025 - 07:44h

Cérebro e Celular – quando a extensão digital desafia o foco no volante

Por Luís Correia

Celular e volante, uma 'parceria' que não combina (Foto ilustrativa)

Celular e volante, uma ‘parceria’ de alto risco (Foto ilustrativa)

“Para ter o que chamamos de consciência básica é preciso ter sentimentos. Isto é, é preciso que o cérebro seja capaz de representar aquilo que se passa no corpo.”António Damásio

No cenário atual do trânsito, um dos perigos mais insidiosos e, paradoxalmente, mais aceitos, é o uso do telefone celular ao volante. Apesar das campanhas de conscientização e das penalidades legais, muitos motoristas ainda se arriscam a manusear seus aparelhos enquanto dirigem, seja para atender a uma ligação, responder a uma mensagem ou simplesmente verificar as redes sociais. As consequências são trágicas e bem documentadas: acidentes, feridos e mortes.

Mas o que leva a essa persistência em um comportamento tão arriscado? A resposta pode estar mais profunda do que imaginamos, enraizada na forma como nosso cérebro interage com essa tecnologia que se tornou uma extensão de nós mesmos. Este artigo explora a fascinante e perigosa correlação entre a neurociência e o uso do celular na condução veicular, revelando como a percepção neuronal do aparelho pode nos enganar e colocar vidas em risco.

O Cérebro e o Celular: Uma Nova Extensão Corporal?

A neuroplasticidade, ou plasticidade cerebral, é a notável capacidade do nosso sistema nervoso de se adaptar e reorganizar sua estrutura e função em resposta a novas experiências, aprendizados e até mesmo lesões [1]. É por meio dela que aprendemos novas habilidades, nos recuperamos de traumas e nos adaptamos a diferentes ambientes. No contexto da tecnologia, essa capacidade do cérebro assume um papel crucial na forma como interagimos com dispositivos como o smartphone.

Com o uso contínuo e onipresente do celular, nosso cérebro começa a incorporá-lo em nosso esquema corporal, tratando-o quase como uma parte de nós mesmos. Não é apenas uma ferramenta externa que usamos; ele se torna uma extensão de nossa mente e corpo, um repositório de memórias, contatos e informações que antes residiam exclusivamente em nosso cérebro [2]. Essa integração é tão profunda que, para muitos, a ausência do aparelho pode gerar uma sensação de desconforto ou até mesmo ansiedade, como se algo fundamental estivesse faltando. A neuroplasticidade permite que o cérebro crie novas conexões neurais que facilitam essa interação, tornando o ato de utilizar o celular um padrão comportamental “normal” e quase instintivo.

Essa percepção do celular como uma extensão do corpo não é apenas uma metáfora. Estudos e observações sugerem que o cérebro pode, de fato, recalibrar sua representação espacial para incluir ferramentas que usamos frequentemente. Pense em um músico que sente seu instrumento como parte de si, ou um cirurgião que manipula seus instrumentos com a mesma precisão e intuição com que usa as próprias mãos. O celular, para muitos, atingiu um nível semelhante de integração, tornando-se uma prótese digital que amplia nossas capacidades de comunicação e acesso à informação.

[1] Neuroplasticidade – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: //pt.wikipedia.org/wiki/Neuroplasticidade [2] Opinião – O Telefone Celular é uma extensão do corpo humano. Disponível em: //lacosfaesa.com.br/2024/05/06/opiniao-o-celular-e-uma-extensao-do-corpo-humano/

Membro Fantasma Digital: A Síndrome da Vibração Fantasma

O conceito de “membro fantasma” é um fenômeno neurológico fascinante e, por vezes, doloroso, no qual indivíduos que sofreram a amputação de um membro continuam a sentir sua presença, dor ou outras sensações, como se ele ainda estivesse lá [3]. Isso ocorre porque o cérebro mantém uma representação neural daquele membro, e a ausência física não apaga essa representação cerebral. Essa persistência da percepção sensorial, mesmo na ausência do estímulo físico, oferece uma poderosa analogia para entender nossa relação com o celular.

No contexto do uso de smartphones, um fenômeno análogo tem sido amplamente documentado: a “Síndrome da Vibração Fantasma” ou “Síndrome do Toque Fantasma”. Quantas vezes você já sentiu seu celular vibrar ou tocar no bolso, apenas para pegá-lo e descobrir que não havia notificação alguma? [4] Essa experiência, comum entre usuários assíduos de smartphones, é um exemplo claro de como nosso cérebro se adapta e, por vezes, se confunde, com a constante expectativa de interação com o aparelho. O cérebro, acostumado a receber estímulos do celular, passa a antecipá-los, criando sensações que não correspondem à realidade física.

Essa síndrome não é uma doença, mas um indicativo da profunda integração do celular em nossa percepção corporal. Assim como o cérebro de um amputado continua a “sentir” um membro que não existe mais, o cérebro de um usuário de smartphone pode “sentir” um aparelho que não está vibrando, porque ele se tornou uma extensão tão intrínseca de nossa experiência diária. Essa “integração” pode ter implicações significativas para o comportamento e a atenção, especialmente em situações que exigem foco total, como a condução veicular.

[3] A Síndrome Do Membro Fantasma: Os Olhos Não Enxergam, Mas O Cérebro Sente. Disponível em: //www.ibnd.com.br/blog/a-sindrome-do-membro-fantasma-os-olhos-nao-enxergam-mas-o-cerebro-sente.html [4] Utilizar celular o tempo todo pode causar “síndrome da vibração fantasma”. Disponível em: //www.tecmundo.com.br/medicina/92409-utilizar-celular-tempo-causar-sindrome-vibracao-fantasma.htm

Atenção ao Volante: Um Recurso Precioso e Escasso

A condução veicular é uma atividade complexa que exige a plena atenção do motorista. Essa atenção pode ser dividida em três tipos principais: visual (manter os olhos na estrada), manual (manter as mãos no volante) e cognitiva (manter a mente focada na tarefa de dirigir) [5]. O uso do celular ao volante compromete todas essas dimensões da atenção, transformando o ato de dirigir em uma roleta russa.

Quando um motorista interage com o celular, seja para digitar uma mensagem, verificar uma notificação ou até mesmo falar no viva-voz, sua atenção é fragmentada. O olhar desvia da via, as mãos se afastam do volante e, o mais perigoso, a mente se ocupa com a tarefa secundária, perdendo o foco na condução. Essa distração cognitiva é particularmente insidiosa, pois mesmo que o motorista pareça estar olhando para a estrada, sua capacidade de processar informações e reagir a imprevistos está severamente comprometida.

Estatísticas alarmantes corroboram o perigo. O uso do celular ao dirigir aumenta o tempo de reação do motorista em até 50%, e a probabilidade de acidentes pode crescer em até 400%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) [6]. A perda da visão panorâmica, a dificuldade em manter a faixa e a incapacidade de reagir a situações de emergência são consequências diretas dessa distração. No Brasil, a legislação de trânsito classifica o uso do celular ao volante como infração gravíssima, justamente pelos riscos que representa à segurança de todos [7].

A ilusão da multitarefa é um dos maiores vilões. Nosso cérebro não foi projetado para realizar múltiplas tarefas complexas simultaneamente com a mesma eficiência. O que percebemos como multitarefa é, na verdade, uma rápida alternância entre tarefas, o que gera uma perda de tempo e eficiência, além de aumentar a probabilidade de erros. Ao volante, essa alternância pode ser fatal. A cada vez que o motorista desvia a atenção para o celular, ele está, na prática, dirigindo às cegas por alguns segundos cruciais.

[5] Dirigir usando celular: entenda os perigos e consequências. Disponível em: //www.allianz.com.br/Blog/2024/dirigir-usando-celular–entenda-os-perigos-e-consequencias.html [6] Celular e direção: conheça os riscos dessa prática perigosa. Disponível em: //www.sjp.pr.gov.br/celular-e-direcao-conheca-os-riscos-dessa-pratica-perigosa/ [7] Celular no trânsito: quais os riscos e o que diz a lei?. Disponível em: //www.cobli.co/blog/celular-no-transito/

O Que Fazer? Desconecte-se para Conectar-se com a Segurança

Diante da profunda integração do celular em nossas vidas e da forma como nosso cérebro o percebe, a conscientização é o primeiro passo. Entender que o uso do celular ao volante não é apenas uma distração, mas uma desconexão perigosa com a realidade da estrada, é fundamental. Não se trata de uma simples infração, mas de um risco real à vida – a sua e a de outros.

Para combater essa epidemia de distração, algumas medidas simples e eficazes podem ser adotadas:

  • Ative o Modo “Não Perturbe” ou “Modo Carro”: Muitos smartphones oferecem essa funcionalidade, que silencia notificações e chamadas enquanto você está dirigindo. Configure-o para ativar automaticamente ao detectar movimento ou ao se conectar ao Bluetooth do veículo.
  • Guarde o Aparelho Longe do Alcance: Se a tentação for grande, coloque o celular no porta-luvas, no banco de trás ou em qualquer lugar onde não seja facilmente acessível. Longe da vista, longe da mente.
  • Avise que Está Dirigindo: Se estiver esperando uma ligação ou mensagem importante, avise a pessoa que você estará dirigindo e não poderá responder imediatamente. A maioria das pessoas entenderá.
  • Use Aplicativos de Bloqueio: Existem aplicativos que bloqueiam o uso do celular enquanto o veículo está em movimento, incentivando a direção segura.
  • Peça Ajuda: Se houver um passageiro, peça para que ele gerencie suas chamadas e mensagens. Delegar essa tarefa pode salvar vidas.

Lembre-se: nenhuma mensagem, ligação ou notificação é mais importante do que a sua vida e a vida das pessoas ao seu redor. A cada vez que você resiste à tentação de pegar o celular ao volante, você está fazendo uma escolha consciente pela segurança, pela vida e pela responsabilidade.

Conclusão

O telefone celular, uma ferramenta que revolucionou a comunicação e o acesso à informação, tornou-se, para muitos, uma extensão inseparável do corpo e da mente. A neuroplasticidade do nosso cérebro, que nos permite adaptar e integrar novas ferramentas em nossa percepção corporal, explica em parte a dificuldade de nos desvencilharmos do aparelho, mesmo em situações de risco. A “Síndrome da Vibração Fantasma” é um testemunho dessa profunda integração, onde o cérebro antecipa estímulos do celular, tratando-o como um membro fantasma digital.

No entanto, essa “normalização” do uso do celular se torna mortal quando combinada com a condução veicular. A atenção, um recurso precioso e escasso, é fragmentada em suas dimensões visual, manual e cognitiva, transformando o ato de dirigir em uma atividade de alto risco. As estatísticas são claras: o celular ao volante mata.

É hora de reconhecer que, embora nosso cérebro possa percebê-lo como uma extensão, o celular não pertence ao volante. A segurança no trânsito é uma responsabilidade coletiva, e cada motorista tem o poder de fazer a diferença. Desconecte-se do celular para se conectar com a segurança. Sua vida e a vida de outros dependem disso.

Luís Correia é agente de Trânsito, diretor de Mobilidade do Município de Mossoró, membro da Câmara Temática de Saúde para o Transito (CTST) do Contran e do Conselho Estadual de Trânsito

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 27/07/2025 - 06:38h
Negócios à parte

Relações entre Brasil e EUA têm pontos delicados além do tarifaço

No campo da diplomacia e da economia os dois países têm convivência rumorosa e casos tensos

Por Leonardo Pimentel (Canal Meio)

Arte ilustrativa do Canal Meio

Arte ilustrativa do Canal Meio

A partir da próxima sexta-feira, 1º de agosto, a menos que aconteça uma grande reviravolta, todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos sofrerão uma sobretaxa de 50%, anunciada no último dia 9 pelo presidente Donald Trump. Na carta em que justificava a tarifa, ele atacou o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, chamando a ação de “caça às bruxas”, e a regulamentação também pela Corte da atuação das redes sociais, pertencentes a big techs americanas. A única justificativa econômica, a de que os EUA eram prejudicados no comércio com o Brasil, é falsa, já que a balança comercial entre os dois países é superavitária para o lado americano.

Embora não conste da carta de Trump, analistas indicam que as tarifas seriam também uma resposta às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na conferência do BRICS defendendo que os países adotem outras moedas em vez do dólar no comércio internacional. E, para acrescentar mais um item à lista de interesses de Washington, o encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, disse que seu governo quer o acesso de empresas dos EUA aos minerais estratégicos e terras raras do Brasil. Como explicamos cá neste Meio em uma reportagem de Yan Boechat, esses insumos são fundamentais para novas tecnologias, de carros elétricos à inteligência artificial.

Seja qual for o motivo, o tarifaço de Trump empurra Brasil e Estados Unidos para o momento mais tenso de suas relações. Pelo menos nas relações às claras, não contando apoio de Washington a conspirações como o golpe de 1964. Mas, mesmo no campo legítimo da diplomacia e da economia, os dois países já se estranharam. Vamos relembrar os casos mais importantes, fazendo primeiro uma viagem ao início desse relacionamento.

Primeiro parceiro

Dizer que a relação entre Brasil e Estados Unidos é antiga se trata, no mínimo, de um eufemismo. Em agosto de 1824, menos de dois anos após o célebre grito de Pedro I, o presidente James Monroe reconheceu a independência do Brasil. No ano seguinte, já com John Quincy Adams morando na Casa Branca, os EUA abriram no Rio de Janeiro uma legação, que seria elevada a embaixada em 1905.

O reconhecimento do Brasil não se devia a nossa simpatia ou às belas suíças (aquele bigode-costeleta) do imperador. O movimento de Washington refletia o empenho de Monroe em aplicar a doutrina geopolítica que implementara e que levaria seu nome. Seu princípio fundamental era deixar as potências europeias de fora do Novo Mundo, apoiando a libertação das colônias existentes nas Américas e impedindo o estabelecimento de novas possessões coloniais. Também defendia o isolacionismo em relação a conflitos fora do continente. Embora fossem uma república independente e estável havia quase 50 anos, os Estados Unidos estavam longe do poder que viriam a deter. Tinham 24 estados e menos da metade de seu território atual. Manter longe os impérios europeus era uma questão de segurança.

Os registros mais detalhados das relações comerciais entre os dois países só começam de fato em 1901, mas elas vinham desde antes da independência. O império brasileiro via nos Estados Unidos uma alternativa à conturbada Europa como comprador de matérias primas e produtos agrícolas e fornecedor de manufaturados, especialmente a partir da segunda metade do século 19, com a forte industrialização americana. Em 1891, o Brasil, já republicano, assinou com os EUA um tratado de reciprocidade para reduzir tarifas e expandir o comércio.

A situação continuou mais ou menos a mesma até a crise de 1929 nos EUA e a revolução de 1930 no Brasil. Embora a relação comercial e política com Washington fosse predominante, o governo Vargas buscou diversificar a parceria, incluindo uma potência europeia (re)emergente, a Alemanha. Na década seguinte, o presidente Franklin Roosevelt usou muito soft power e dinheiro, incluindo o financiamento para construir a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a fim de manter o Brasil longe da esfera nazista e, mais tarde, levá-lo a entrar na Segunda Guerra com os Aliados.

O fim do conflito em 1945 e a Guerra Fria com a União Soviética fizeram o poder econômico e políticos dos EUA sobre a América Latina ser cada vez menos soft. Governos de inclinação esquerdista ou apenas nacionalista enfrentaram forte oposição e conspiração por parte do Washington, culminando com o apoio ao golpe que depôs o presidente João Goulart em 1964. Como revelou 13 anos depois o jornalista Marcos Sá Corrêa em reportagem no Jornal do Brasil, o presidente Lyndon Johnson chegou a enviar uma frota para dar suporte aos golpistas caso Jango resistisse, o que não ocorreu.

Pois foi justamente durante a ditadura militar que o primeiro entrevero grave entre Washington e Brasília se instalou.

O caipira, o alemão e os alemães

Com o Partido Republicano em frangalhos devido ao escândalo de Watergate, os americanos elegeram presidente em 1976 o democrata Jimmy Carter, um plantador de amendoins da Geórgia cuja política em relação à América Latina ia na contramão do que os Estados Unidos fizeram nas décadas anteriores. Carter era desde a campanha um crítico enfático às violações dos direitos humanos por parte das ditaduras militares que pululavam pelo continente, em particular no Chile, na Argentina e no Brasil. Ao mesmo tempo, prometia aprofundar a política de desarmamento nuclear iniciada por Richard Nixon. As duas posturas o puseram em rota de colisão com o Brasil.

O Palácio do Planalto era ocupado então por Ernesto Geisel, quarto general-presidente da ditadura de 1964. Filho de um imigrante alemão luterano, tinha uma vontade férrea e uma postura imperial que o levaram a enquadrar a linha-dura militar contrária a seu projeto de abertura “lenta, gradual e segura”. Havia exonerado o general Ednardo D’Ávila do comando do 2º Exército após os assassinatos sob tortura do jornalista Vladimir Herzog e do metalúrgico Manoel Fiel Filho e abortado um “golpe dentro do golpe” por parte do próprio ministro do Exército, o general Sylvio Frota.

Arte ilustrativa de balança comercial

Arte ilustrativa de balança comercial

Oficialmente, o Brasil negava as violações de direitos humanos, e Geisel tomou a postura de Carter como uma afronta dupla: uma interferência nos assuntos internos do país e um desrespeito a seu processo de abertura. O presidente americano, após criticar abertamente o Brasil no Congresso dos EUA, enviou a primeira-dama Rosalynn em visita oficial para apaziguar os ânimos. A emenda, porém, foi pior que o soneto. Não só Geisel antipatizou de primeira com a visitante, como o encontro dela com políticos de oposição, ativistas dos direitos humanos e vítimas de torturas azedou de vez o clima.

Mas os porões da ditadura não eram o único ponto de atrito. Em 1975, Geisel assinara um acordo com a Alemanha Ocidental (sim, havia duas Alemanhas) para a construção de oito usinas nucleares e a transferência de tecnologia para o ciclo completo de beneficiamento de urânio. Os militares brasileiros não escondiam o interesse em construir, não bombas atômicas, mas submarinos nucleares. O Estados Unidos, então presididos por Gerald Ford, eram contra e ficaram mais contra ainda sob Carter. Tão logo tomou posse, ele enviou seu vice, Walter Mondale, a Bonn com a missão de convencer os alemães a desistirem do acordo. Não conseguiu, embora até hoje apenas duas das oito usinas nucleares tenham saído do papel, ambas em Angra dos Reis (RJ).

A irritação de Geisel com a interferência foi tamanha que ele encerrou um acordo de cooperação militar entre Brasil e EUA firmado em 1952 para fornecimento de equipamento às Forças Armadas brasileiras. Carter ainda nos fez uma visita oficial em 1978, mas as relações entre os dois países só foram se normalizar na década de 1980, com Ronald Reagan na Casa Branca. Ou quase…

O chip é nosso

A ditadura militar brasileira era indiscutivelmente de direita e, fora o entrevero com Carter, alinhada aos Estados Unidos. Por outro lado, era nacional-desenvolvimentista e estatista como boa parte da esquerda, com a preocupação de não depender de tecnologia e empresas americanas. Por exemplo, ao buscar um padrão para a TV em cores no Brasil, os militares preferiram criar uma gambiarra do PAL alemão, o PAL-M, em vez de adotar o NTSC dos EUA. Uma das áreas que o regime considerava estratégica era a de computadores, acreditando que o país precisava de tecnologia própria e fabricação local. Em 1979, no governo de João Figueiredo, foi criada a Secretaria Especial de Informática (SEI) para ajudar a formular a política do setor.

Em outubro de 1984, no apagar das luzes da ditadura, o Congresso aprovou a Política Nacional de Informática, com validade de oito anos e dentro de um espírito protecionista que regia praticamente toda a produção industrial brasileira. A norma previa, entre outras medidas, o veto à importação de computadores e componentes e o incentivo a empresas 100% nacionais.

Acreditava-se que, sem a asfixia da concorrência com gigantes como a IBM, o Brasil poderia desenvolver uma indústria de informática (TI para quem tem menos de 40 anos) própria e sólida. Desnecessário dizer que não deu certo. Sem concorrência, a indústria nacional de fato cresceu, mas com produtos que não acompanhavam a velocidade de evolução do setor no mundo, afetando todo o resto da economia.

E, claro, como a maioria dos gigantes internacionais tinha sede nos EUA, Reagan partiu para a ofensiva. Não se tratava apenas de protecionismo; havia acusações de violação de patentes de hardware e softwares. Em 1985, o governo americano abriu uma investigação por práticas comerciais desleais e, em dois anos depois, Reagan impôs tarifas sobre uma série de produtos brasileiros, como couro, tubos de alumínio e autopeças e proibiu a venda para os EUA de equipamentos de informática brasileiros.

Em 1991, na esteira da abertura da economia brasileira promovida por Fernando Collor, a Lei de Informática foi alterada, permitindo que empresas estrangeiras se associassem a brasileiras para produzir aqui, mas a reserva de mercado de fato só caiu em outubro do ano seguinte, quando a legislação expirou.

Arapongagem made in USA

As encrencas entre Brasil e Estados Unidos não obedecem a limites ideológicos, tanto que a última delas, antes da atual, envolveu dois presidentes identificados com a esquerda, Barack Obama (ok, esquerda para os padrões dos EUA) e Dilma Rousseff. Em 2013, a ONG Wikileaks revelou um amplo esquema de espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) americana contra o Brasil, incluindo a presidente, mas sem entrar em detalhes. Espionar aliados é uma prática comum em qualquer país que tenha um serviço de inteligência minimamente desenvolvido, mas ser pego em flagrante é feio.

A arapongagem contra o Brasil, dizia a Wikileaks, havia acontecido em 2011, logo no início do governo Dilma. A Casa Branca procurou sair pela tangente. Não negou, mas pediu desculpas e disse que a operação envolvia combate ao terrorismo, sem qualquer interesse econômico ou tentativa de prejudicar o governo brasileiro. Com protestos explodindo nas principais cidades do país e a perspectiva de uma campanha eleitoral dura no ano seguinte, Dilma aceitou as desculpas e as explicações e, uma vez reeleita, fez em 2015 uma visita oficial cheia de sorrisos a Obama.

Nem bem a presidente havia voltado ao Brasil quando um pool de veículos de comunicação publicou os detalhes dos dados vazados — não o teor das conversas, mas a lista dos telefones espionados. Entre os números brasileiros grampeados estavam as linhas fixas do gabinete no Palácio do Planalto e do comitê de campanha de Dilma e os celulares de autoridades ligadas à presidente, como o ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci. Até mesmo a linha por satélite do avião presidencial, supostamente segura, estava grampeada.

Pior, a afirmação de que a operação não tinha viés econômico caiu por terra. A Petrobras e o Ministério de Minas e Energia foram espionados, e mais uma vez o governo americano disse que estava atrás somente de dados sobre eventuais financiamentos a atividades terroristas.

Ficou no ar, porém, a suspeita de que se buscavam informações estratégicas sobre exploração de petróleo no pré-sal, o que azedou as relações do Planalto com a Casa Branca. A deposição de Dilma em agosto do ano seguinte e, meses depois, a primeira eleição de Trump nos EUA, acabaram jogando no esquecimento o incidente.

Agora é aguardar a sexta-feira e ver se o presidente americano vai de fato avocar o título de causador da maior crise de seu país com o Brasil.

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Categoria(s): Reportagem Especial
domingo - 27/07/2025 - 04:02h

Sob o pé de seriguela

Por Odemirton Filho 

Foto ilustrativa - por Mário Franco

Foto ilustrativa – por Mário Franco

A casa onde eu morava quando era criança ficava na rua Tiradentes, no centro de Mossoró. Na rua por trás, José de Alencar, era a padaria do meu pai. Havia ligação entre a casa e a padaria. Eu passava o dia pra lá e pra cá.

A casa tinha um primeiro andar. No pavimento superior, ficavam os quartos, no inferior, sala e cozinha. No quintal existia uma simples e pequena piscina, onde eu, minhas irmãs, primos e amigos tomávamos banho. Ali, aprendi a nadar.

Havia, também, um frondoso pé de seriguela. Sob a árvore, ficávamos conversando e brincando. Nos finais de semana, juntava-se uma ruma de meninos para tomar banho de piscina e comer as seriguelas. Eu gostava das verdes, minhas irmãs, das maduras.

Às vezes, meu pai reunia alguns familiares e amigos para tomarem umas sob o pé de seriguela. Entre outras músicas, ouvíamos meu pai cantar Nelson Gonçalves, “boêmia, aqui me tens de regresso”, e o Calhambeque, de Roberto Carlos, sua preferida. Eu via emoção em seus olhos, talvez, por relembrar da Mossoró do seu tempo de rapaz.

Meu tio Albecir, da Banda Bárbaros, acompanhava com o violão. Tio Alcides cantava O Menino da Porteira. Tio Ezanildo, lá pra tantas, levantava-se e fazia um discurso. Preocupações da vida? Deveriam existir, é claro. No entanto, curtia-se a vida, como deve ser.

Quando era adolescente convidava um bocado de amigos lá pra casa. Como sabemos, para a juventude tudo é diversão; reunir-se com amigos, paquerar, os namoricos, os passeios sem a responsabilidade da vida adulta.

Certa vez, num comício da vitória de um candidato, tomei uns goles a mais de vodka com Fanta Laranja. Os meus amigos foram me levar em casa e, para não perder o costume, mergulharam na piscina, de madrugada.

Hoje, aqui ou acolá, lembro-me, com saudade, da casa da rua Tiradentes, na qual vivi os dias da minha infância e adolescência. Dos momentos ali vividos forjou-se o homem com inúmeros defeitos e, quem sabe, alguma virtude.

De vez em quando, vem à memória o quintal da minha infância. E eu ainda sinto o sabor das seriguelas.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM- Festa do Bode 2025
sábado - 26/07/2025 - 23:44h

Pensando bem…

“Nós não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar.”

Karl Groos

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 26/07/2025 - 21:50h
Livro

Paulo Linhares lança “Direitos fundamentais e qualidade de vida“

Livro está em sua segunda edição (Reprodução do BCS)

Livro está em sua segunda edição (Reprodução do BCS)

O professor-doutor Paulo Linhares relança um trabalho acadêmico de fôlego. Está à venda a segunda edição “Direitos fundamentais e qualidade de vida.”

A publicação tem prefácio do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A nova temática, relativa à qualidade de vida, inserida que está na área dos Direitos Fundamentais, recebe do autor uma abordagem nova, sob enfoque jurídico, que vem em muito colaborar para a sistematização dos estudos que estão a emergir,” esquadrinha Gilmar Mendes.

Sai pela Editora OWL e em capa dura.

O título pode ser adquirido pela Amazon nos formatos físico e virtual.

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Categoria(s): Cultura / Justiça/Direito/Ministério Público
  • San Valle Rodape GIF
sábado - 26/07/2025 - 20:44h
Que perda!

Infarto fulminante leva a óbito Doziteu Ozanam em Mossoró

Doziteu foi gerente do Hotel Thermas (Foto: redes sociais)

Doziteu foi gerente do Hotel Thermas (Foto: redes sociais)

Faleceu neste sábado (26), de infarto fulminante, o comerciante Doziteu Ozanam Moreira, 70. Aniversariou no último dia 29.

Ele estava no interior do Nordestão Supermercados (antigo Cidade), bairro Doze Anos, quando caiu de forma brusca. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, tentou reanimação, mas não obteve êxito.

Ex-gerente do Hotel Thermas, com negócios no ramo de gastronomia, ele por anos apostou no Bistrô Lyon com uma grife sua na Praça da Convivência do Corredor Cultural Gonzaga Chimbinho, Centro, em Mossoró.

Tinha largo círculo de amizades. Conhecíamo-nos há décadas.

Descanse em paz, meu caro.

Informação atualizada sobre velório e sepultamento: Velório a partir das 13h20 horas deste domingo (27), no Centro de Velório Sempre, Rua Melo Franco , 197, 12 Anos, em frente ao Tiro de Guerra 07/010,

O sepultamento será na segunda-feira (28), em Jaguaruana-CE, com saída de Mossoró às 7 horas.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 26/07/2025 - 10:28h
Estação das Artes

Shows impactam público numeroso na sexta do Mossoró Sal & Luz

Maria Marçal foi a terceira atração da noite (Foto: Lucas Bulcão)

Maria Marçal foi a terceira atração da noite (Foto: Lucas Bulcão)

A sexta-feira (25) foi marcada por shows emocionantes no “Mossoró Sal & Luz” 2025, na Estação das Artes Elizeu Ventania. Na penúltima noite de evento, o público vibrou com artistas regionais e nacionais como Elisac Régis, Cassiane, Maria Marçal e Bruna Karla que realizaram grandes apresentações.

Foram shows que impactaram público numeroso.

Elisac Régis, atração regional, abriu a série de shows na Estação das Artes Poeta Elizeu Ventania. O artista trouxe muita fé e louvor para o principal palco do evento.

“Graças a Deus estamos há 12 anos, aproximadamente, fazendo isso com muito amor, muito carinho e a gente tem visto a mão de Deus em tudo. No primeiro ano, estive aqui debaixo de chuva. Depois participando do segundo ano, terceiro ano, quarto ano, pra glória do Senhor servindo, abençoando através do louvor”, declarou Elisac Régis, cantor.

Na sequência, Cassiane trouxe um show repleto de sucessos do passado e presente que empolgaram o grande público. A cantora enalteceu a participação em mais um ano no maior festival gospel do Rio Grande do Norte.

“Nós declaramos hoje aqui que somos sal e luz para a glória do Senhor Jesus”, disse Cassiane.

Maria Marçal, terceira atração da noite, movimentou o palco do “Mossoró Sal & Luz” com um show que envolveu todo o público: das crianças aos idosos. Um repertório movido a canções que motivam e encorajam a caminhada cristã.

“Eu estou muito feliz de estar aqui em Mossoró e agradeço a Deus por poder estar louvando ao Senhor. Escolhi Mossoró para lançar a minha nova música chamada ‘Cura’. Essa cidade que é maravilhosa. Uma noite incrível com muitas surpresas”, evidenciou Maria Marçal, cantora.

Público numeroso participou de noite intensa na Estação das Artes (Fotomontagem da PMM)

Público numeroso participou de noite intensa na Estação das Artes (Fotomontagem da PMM)

A cantora Bruna Karla fechou a série de apresentações da noite. A artista trouxe muita música e adoração para o palco do festival.

Incêndio

Por volta de 21h30, o vazamento de botijão de gás provocou incêndio numa barraca de lanches e atingiu outra ao lado, do mesmo proprietário. Quatro pessoas se feriram. À chegada do Corpo de Bombeiros o fogo já havia sido controlado, mas foi preciso retirar botijão e fazer rescaldo. Das quatro pessoas atendidas, apenas uma ainda estava em observação no início da manhã deste sábado. As outras receberam alta.

A Prefeitura de Mossoró emitiu nota sobre o caso. Veja abaixo:

Nota

A respeito do fato ocorrido na noite desta sexta-feira (25), provocado por vazamento de gás em uma barraca em polo do Mossoró Sal e Luz, a Secretaria Municipal de Cultura informa que uma equipe de bombeiros foi acionado de imediato e atuou rapidamente controlando o fogo.

Informa também que as equipes de saúde e do SAMU, presentes durante todo o evento, também foram acionadas de imediato para atendimento as duas pessoas envolvidas no acidente. A Prefeitura acompanha o caso.

Mossoró-RN, 25 de julho de 2025 – Secretaria Municipal de Cultura

Incêndio foi rapidamente debelado; Bombeiros fizeram rescaldo e retirada de botijão de gás (Foto: Reprodução)

Incêndio foi rapidamente debelado; Bombeiros fizeram rescaldo e retirada de botijão de gás (Foto: Reprodução)

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Categoria(s): Gerais
  • Art&C - PMM- Festa do Bode 2025
sábado - 26/07/2025 - 08:48h
Aneel

“Bandeira Vermelha” sinaliza aumento na tarifa de energia elétrica

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou, nesta sexta-feira (25/07), que a bandeira tarifária que estará em vigor em agosto é a vermelha patamar 2.

Isso significa que as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 7,87 (sete reais e oitenta e centavos) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A decisão abrange todos os estados brasileiros e, segundo a Aneel, a medida foi adotada em razão da continuidade do risco hidrológico provocado pela diminuição do volume de chuvas nas áreas onde estão instaladas as hidrelétricas.

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Categoria(s): Economia / Gerais
sábado - 26/07/2025 - 07:56h
RN

Taxistas passam a não pagar taxa de verificação dos taxímetros

Prazo ampliação é outra vantagem adotada (Foto: divulgação)

Prazo de verificação tem ampliação, sendo outra vantagem adotada (Foto: divulgação)

Os taxistas têm o que comemorar. Após atos do Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Governo Federal, Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (IPEM/RN) e Governo do Estado, a classe que é de fundamental importância para a mobilidade, passou a não pagar taxa de verificação dos taxímetros, teve o prazo de verificação ampliado de um para dois anos e agora terá atendimento na nova Central do Cidadão Zona Oeste, localizada na Rodoviária de Natal, a partir da próxima semana.

A verificação do correto funcionamento dos taxímetros, realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte – IPEM – RN, passou por mudanças anunciadas há cerca de dez dias, pelo governo federal, por meio da Medida Provisória nº 1.305/2025, que isentou a cobrança das taxas de verificação inicial e subsequente de taxímetros e aumentou o período para a verificação periódica obrigatória de um para dois anos.

Os certificados de verificação emitidos em 2025 terão sua validade automaticamente estendida até completar dois anos, ou seja, permanecerão válidos até 2027. Da mesma forma, etiquetas com a inscrição “verificado até 2026” serão aceitas até 2027.

É importante alertar que os taxímetros que ainda não foram verificados em 2025 devem comparecer ao IPEM – RN para a vistoria. De acordo com o cronograma publicado no início do ano, os táxis de placa final 7, 8, 9 e 0 devem realizar a vistoria nos meses de julho, agosto, setembro e outubro, respectivamente.

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