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quarta-feira - 19/02/2014 - 07:38h
Eleições suplementares

Uma nova realidade para um novo pleito

Ministério Público Eleitoral (MPE) e juízes José Herval Sampaio Júnior (33ª Zona Eleitoral) e Ana Clarisse Arruda Pereira (34ª Zona Eleitoral) vão atuar em novo pleito municipal mossoroense extremamente fortalecidos, pelo papel que desempenham.

Decisões que estão saindo no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reforçam o trabalho do MPE e da Justiça Eleitoral em primeiro grau, representados por eles, além das promotoras Ana Ximenes e Karine Crispim.

As máquinas públicas, Prefeitura e Estado, depois de usadas em escala industrial nas eleições municipais, estarão bem mais vigiadas para nova eleição suplementar a prefeito e vice.

É pouco provável que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) pouse 56 vezes num único mês no Aeroporto Dix-sept Rosado, utilizando avião do Estado, para fazer campanha de seu candidato (a).

O prefeito provisório Francisco José Júnior (PSD) vai se arriscar utilizar pessoal e outros meios da prefeitura para aliciar eleitores – sobretudo na periferia da cidade?

As estruturas milionárias (de campanhas) e a utilização do bem público devem sofrer enormes limitações.

Um dos principais financiadores privados da campanha 2012 em Mossoró foi o setor salineiro. Hoje, está em grande crise e asfixiado em crescente passivo. Quem topa investir nesse saco sem fundo?

Novo pleito ocorrerá sob ambiente incomum e completamente diferente de 2012.

Novos atores, surradas lideranças e final imprevisível até aqui.

Vão continuar existindo utilização da máquina pública, compra de votos e tentativas de fraudes da vontade popular, mas certamente os personagens envolvidos nesse novo enredo têm motivos para temer a lei.

Enfim, ao que tudo indica, Mossoró saiu daquele index de frases exaltadoras da impunidade e do cinismo, do tipo: “Em Mossoró pode tudo!”

Talvez, não.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog

Comentários

  1. Carlos André diz:

    Fico aqui a refletir com meus botões, se um determinado gestor publico ELEITO, não tivesse a perspectiva de uma reeleição será que o mesmo faria as estripulias que vemos nós dias de hj?

    E se um parlamentar só tivesse a perspectiva de no máximo uma reeleição, será que ainda veríamos profissionais políticos que se perpetuam em seus assentos no legislativos e que se acomodam por motivo de estarem confiantes em suas reeleições “compradas”.

    São perguntas, essas e outras que não querem calar!

    Talvez seja por isso que os nobres legisladores não queiram saber de reforma politico-eleitoral!

    • Carlos André diz:

      Esses gatunos devem saber que as vagas para os eleitos não tem dono, e mais, a alternância dos eleitos é pressuposto para uma democracia, se não for assim passa a ser uma argirocracia.

  2. naide maria rosado de souza diz:

    “Novos atores, surradas lideranças e final imprevisível até aqui.” Muito bem. O final só será previsível quando o povo estiver suficientemente instruído, educado, apto, de fato, a votar. Aí sim, teremos um país. Enquanto não surgir um líder, um Presidente da República que se envolva dramaticamente com a Educação, que se empenhe de corpo e alma por ela, teremos quadro capenga em todas as esferas, municipal, estadual e federal.
    Enquanto esse líder, esse homem, ou essa mulher não aparecerem não estarei viva para assistir o surgimento do Brasil que almejo. Desse modo, até que cheguemos nesse estágio educacional, será bem-vinda a atenção da justiça, pelo menos para, se todos os candidatos forem ruins, fracos, vencer o melhor, ou menos ruim, coibidas as manobras ilícitas.
    Quanto ao Judiciário, vale lembrar que, no momento em que ele se faz presente de tal modo a repercutir em mudanças no Executivo e no Legislativo, é preciso também vir, digamos assim, mais equipado. Noutras palavras : é necessário que a par de sentenças absolutamente corretas, haja, igualmente, celeridade no andamento dos processos para ninguém ser eleito em final de gestão.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Sra. Naide Maria Rosado de Souza
      “é necessário que a par de sentenças absolutamente corretas, haja, igualmente, celeridade no andamento dos processos para ninguém ser eleito em final de gestão.”
      Recado oportuno, porque se Mossoró cometer uma loucura nesta eleição suplementar, vai começar tudo de novo.
      E teremos que assistir a um VALE A PENA VER DE NOVO.
      O processo está instaurado.
      Captei vossa mensagem, brilhante analista política.
      Zé Buchudinho faz um muxoxo para demonstrar que também compreendeu o seu recado.
      Mas pode ficar certa, Sra. Naide, que tem gente metida a sabida que não vai entender.
      Ora se tem…
      Para de rir, Zé Ruela.
      /////
      DEUS ESCUTA COM O CORAÇÃO.
      Inácio Augusto de Almeida

      ////

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