segunda-feira - 03/11/2025 - 10:40h
Apoio

Petras Vinícius anuncia emenda de Kleber Rodrigues à causa animal

Petras cita apoio instantâneo do deputado Kleber Rodrigues (Foto: divulgação/outubro 2025)

Petras cita apoio instantâneo do deputado Kleber Rodrigues (Foto: divulgação/outubro 2025)

O vereador Petras Vinícius (PSD) garantiu, junto ao deputado estadual Kleber Rodrigues (PSDB), a destinação de emenda parlamentar para a causa animal em Mossoró. Os recursos, que serão alocados nos próximos meses para o exercício de 2026, atendem uma reivindicação de protetores independentes, ativistas e instituições.

“Já há algum tempo que converso com algumas pessoas que me pedem esse apoio. Tenho escutado, buscado caminhos e já apresentei alguns projetos que tratam sobre a importância da causa animal em nossa cidade. Mas agora senti que era preciso ir além, fazer mais, e por isso solicitei ao deputado Kleber esse apoio, o que foi nos foi prontamente atendido”, destaca Petras Vinicíus.

O deputado Kleber Rodrigues ressaltou a parceria com o vereador Petras e com a cidade de Mossoró. “Petras tem sido um defensor incansável das Pessoas com Deficiência, e temos contribuído para que essa bandeira de luta ganhe cada vez mais visibilidade e conquistas. Agora, também abraçamos as reivindicações da causa animal, que são justas e merecem também o nosso total apoio”, frisou o parlamentar estadual.

“Buscarei cada vez mais contribuir com a causa animal, assim como já faço na defesa das Pessoas com Deficiência, que não é uma bandeira política, é uma missão que assumimos ao lado do povo de Mossoró. E assim continuará sendo, independentemente de qualquer cargo ou função”, finalizou Petras.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
segunda-feira - 03/11/2025 - 10:22h
OAB-RN/CAARN

Corrida da Advocacia acontece dia 29 de novembro em Natal

Banner de divulgação

Banner de divulgação

A Corrida da Advocacia vai acontecer dia 29 de novembro, a partir das 16h, com provas de 5 km e 10 km, além da Corrida Kids, voltada para o público infantil. A iniciativa em Natal é da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN) e da Caixa de Assistência dos Advogados do RN (CAARN), com um percurso que atravessa alguns dos principais pontos históricos e turísticos de Natal.

“Será um momento de integração e de promoção da saúde e do bem-estar entre advogados, advogadas e toda a comunidade. Todos os apaixonados por corrida estão convidados a participar”, destaca o presidente da OAB/RN, Carlos Kelsen.

O Museu da Rampa será o ponto de largada e chegada. O trajeto de 5 km segue até as proximidades do Forte dos Reis Magos, enquanto o percurso de 10 km inclui a travessia da Ponte Newton Navarro, com retorno próximo ao Mercado da Redinha.

“A Corrida da Advocacia representa a retomada de um projeto que incentiva a qualidade de vida e o bem-estar não apenas da advocacia, mas de toda a sociedade. A iniciativa consolida a CAARN e a OAB/RN no circuito esportivo do estado, e tenho certeza de que será um sucesso”, afirma a presidente da CAARN, Úrsula Bezerra.

Estrutura e benefícios 

Os inscritos receberão camisa personalizada, medalha exclusiva e brindes, além de uma ampla estrutura de apoio com pontos de hidratação, segurança, sinalização e ambulância de prontidão.

O evento também contará com atividades de marca, espaços instagramáveis e ações interativas, garantindo momentos de lazer e descontração para atletas, familiares e o público presente.

*As inscrições podem ser feitas no site oficial do evento:* //l1nq.com/JMpgA

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
  • San Valle Rodape GIF
segunda-feira - 03/11/2025 - 09:48h
Nova disputa

Lembranças da vitória ao Senado em 2014 puxam Fátima para 2026

Fátima, em 2014, vitória expressiva e difícil; Wilma ficou em segundo lugar (Fotos: Felipe Gilson/g1 e Wilson Dias/Agência Brasil - Fotomontagem do BCS)

Fátima, em 2014, vitória expressiva; Wilma em 2º lular (Fotos: Felipe Gibson/G1 e Wilson Dias/Agência Brasil – Fotomontagem do BCS)

Nas eleições de 2014, quando foi eleita ao Senado com 808.055 (54,84%), superando a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), que totalizou 636.896 (43,23%) votos, Fátima Bezerra (PT) venceu em 115 municípios. Existia apenas uma vaga nessa corrida eleitoral.

Sua adversária levou a melhor em 52.

Para 2026, a atual governadora do RN vai disputar uma das duas vagas disponíveis ao Senado, com chances de eleição.

Seus principais adversários são os senadores Styvenson Valentim (PSDB) e Zenaide Maia (PSD).

O duelo nos 167 municípios potiguares promete ser bastante frenético e tenso. Batalha de guerrilha.

Alguém vai sobrar.

No atual cenário, há forte tendência dela ser segunda colocada, atrás de Valentim.

Veremos.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
segunda-feira - 03/11/2025 - 09:00h
Dobradinha 2026

Um federal para chamar de meu

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Em marcha para sua terceira tentativa de eleição à Assembleia Legislativa do RN, o empresário Jorge do Rosário (PL) estuda dobradinha com um nome à Câmara dos Deputados para ajudá-lo a chegar a patamar de maior competitividade em Mossoró mesmo, sua principal base eleitoral.

Já botou olhar na Câmara Municipal local.

Pode sair de lá um nome e diferencial para apostar em dobradinha no próximo ano. Essa é uma das hipóteses à mesa.

Nas eleições de 2022, Rosário empalmou 28.337 votos no RN. Em Mossoró, somou 6.861 votos, obtendo quarta colocação.

Foi mais votado que três dos 24 eleitos no estado: Ivanilson Oliveira (UB), 27.426; Taveira Júnior (UB), 26.714; e Neilton Diógenes (PL), 25.143.

Agora, ou vai ou racha.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
  • San Valle Rodape GIF
segunda-feira - 03/11/2025 - 08:28h
Excelência

Guia da Faculdade do Estadão dá 5 estrelas para três cursos da Uern

Arte de divulgação da Uern

Arte de divulgação da Uern

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) teve três cursos de graduação avaliados com excelência pelo Guia da Faculdade do Estadão 2025, obtendo cinco estrelas: Filosofia e Educação Física Bacharelado do Campus Mossoró, e Ciências da Religião, do Campus Natal.

Esse ranking é uma avaliação anual do ensino superior brasileiro realizada pelo jornal Estadão em parceria com a Quero Educação, uma das principais startups da área educacional do país.

O Guia da Faculdade utiliza uma metodologia conhecida como “avaliação por pares”, e analisa o projeto pedagógico do curso, o corpo docente e sua infraestrutura.

Além dos cursos com índice máximo, a Uern teve outros 42 bem avaliados em 2025, sendo 38 com 4 estrelas e quatro cursos com 3 estrelas – uma evolução significativa em relação ao ano anterior, quando foram avaliados 36 cursos, com três e quatro estrelas.

Somados aos recentes resultados das avaliações externas do Conselho Estadual de Educação, que atestaram excelência e conceito máximo em diversos cursos, esses dados reforçam que todos os cursos da Uern estão devidamente reconhecidos, garantindo à sociedade uma oferta de ensino público de qualidade, socialmente referenciado e comprometido com a formação cidadã.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Educação
segunda-feira - 03/11/2025 - 07:46h
Um passo atrás

Ação da polícia contra o Comando Vermelho faz Lula voltar à defensiva

Presidente Lula teve exaustão para se pronunciar sobre assunto (Foto: Arif Kartono/AFP)

Presidente Lula teve exaustão para se pronunciar sobre assunto (Foto: Arif Kartono/AFP)

Do Canal Meio e outras fontes

Após uma sequência de boas notícias que freou e reverteu a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo voltou a ficar na defensiva diante da ação policial contra o Comando Vermelho que deixou 121 mortos — incluindo quatro agentes — nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. A operação policial e o apoio popular a ela reunificaram o discurso da direita em torno do governador Cláudio Castro (PL) e tiraram dos holofotes temas como a relação com os Estados Unidos e a isenção do Imposto de Renda para os mais pobres, nos quais o governo federal vinha surfando.

Na contramão do discurso tradicional da esquerda, Lula evitou criticar abertamente a ação e não usou expressões como “chacina” ou “massacre”. O cuidado foi tanto que, como conta Lauro Jardim, declaração de 138 palavras do presidente na noite de quarta-feira levou horas para ser concluída e teve diversas versões. (Folha e Globo)

Operação apoiada

A cautela do Planalto encontra explicação nas pesquisas que mostram o apoio à ação policial no Rio, a despeito do morticínio. Segundo dados do Datafolha divulgados no sábado, 57% dos moradores do Rio concordam com a declaração de Castro segundo a qual a operação “foi um sucesso” (38% concordam totalmente e 18% concordam em parte), enquanto 27% discordaram totalmente do governador e 12% discordaram parcialmente.

No domingo, pesquisa Genial/Quaest (íntegra) mostrou que 64% dos fluminenses aprovam a ação da polícia, contra 27% que desaprovam. Segundo a mesma pesquisa, a aprovação de Cláudio Castro saltou de 43% em agosto para 53% em outubro. A reprovação variou de 41% para 40%, dentro da margem de erro. Já a desaprovação do governo Lula no Estado do Rio foi de 62% para 64%, também dentro da margem. (g1)

Buscando mostrar ação na segurança, Lula assinou na sexta-feira o projeto que altera o combate ao crime organizado. O texto, que será enviado ao Congresso, prevê prisão de 30 anos para integrantes de facções e permite a infiltração de policiais em empresas suspeitas de lavar dinheiro do crime. (UOL)

Enquanto isso… O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu ordem para que o governo do Rio preserve toda a documentação sobre a operação, incluindo perícias, e dê aceso à Defensoria Pública. Moraes vai ao Rio hoje para se reunir com Castro e a cúpula da segurança do estado para avaliar a operação. (Poder360)

As grandes vítimas

As comunidades sob domínio do Comando Vermelho no Rio deixaram de ser simplesmente bases para, a exemplo do que acontece nas áreas de milícia, tornarem-se fontes de renda. Moradores são extorquidos com taxas sobre gás, transporte, internet e diversos outros. Sob ameaça, comerciantes são forçados a fazer “doações” de cestas básicas que, em seguida, os criminosos vendem à população. (Estadão)

Mariliz Pereira Jorge: “Parte de quem aplaudiu não está vibrando por ideologia, está gritando por desespero. Foi uma chacina, sim. Mas, se queremos mudar o resultado, precisa entender por que tanta gente enxerga naquele tipo de barbárie um alívio momentâneo”. Confira a coluna De Tédio a Gente Não Morre. (Meio)

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 02/11/2025 - 23:44h

Pensando bem…

“Quando os homens não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.”

Nicolau Maquiavel

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
domingo - 02/11/2025 - 08:30h

Pau dos Ferros

Por Honório de Medeiros

Imagem de Pau dos Ferros em sua área central (Foto: PMPF)

Imagem de Pau dos Ferros em sua área central (Foto: PMPF)

Quando os europeus chegaram no Rio Grande do Norte, lá por 1500, encontraram a grande nação tupi-guarani no litoral representada pelos Potiguares, e, no Sertão, Cariris, que significa “os tristonhos, calados, silenciosos”[1], ramo do povo Tapuia.

Diz uma lenda recolhida por missionários, conta-nos Tarcísio Medeiros, terem os Tapuias vindos de um lago encantado do setentrião continental, tal e qual sugeriu Capistrano de Abreu, descendo a costa e fixando-se no interior depois de acossados pelos tupis.

Os Tapuia/Cariris estiveram em evidência durante a “guerra dos bárbaros”, iniciada com a resistência à penetração da pecuária que se adensara nas ribeiras dos rios, áreas essenciais à sobrevivência dos animais, mas também à dos índios, que durou sessenta e cinco anos (1685-1750), terminando com a completa vitória do homem branco.[2]

No Sertão nordestino, especificamente no Sertão potiguar, existiram vários ramos dos Cariris, dentre eles os Pacajus ou Paiacus, habitantes de Portalegre, Francisco Dantas, Viçosa, Riacho da Cruz e Encanto, assim como os Panatis, habitantes de Pau dos Ferros, Encanto, Dr. Severiano, São Miguel e Rafael Fernandes.[3]

No início do século XVIII, bandeirantes paulistas, missionários, senhores de engenho de Pernambuco, Paraíba, Bahia e Rio Grande, além de oficiais de alta patente que combateram os indígenas, passaram a disputar as terras do Sertão norte-rio-grandense.

Denise Matos Monteiro[4] nos relata uma dessas disputas entre grandes senhores de terras e escravos de Pernambuco e Bahia e colonos potiguares:

Dentre os sesmeiros de outras capitanias interessados nas terras do Rio Grande, estava, por exemplo, Antônio da Rocha Pita, da Bahia, que através de quarenta dos seus vaqueiros tentou expulsar da ribeira do Assú colonos que lá procuravam estabelecer fazendas de gado. Objetivando atender às reclamações desses colonos, o rei de Portugal mandou demarcar e medir as terras desses sesmeiros em 1701. Anos mais tarde, em 1733, seus descendentes receberam uma larga faixa de terra que se estendia, dessa vez, entre os atuais municípios de Pau dos Ferros e São Miguel, na ribeira do Apodi.[5] 

É certo que a primeira sesmaria que se tem conhecimento, alusiva à região, foi requerida por Manoel Negrão em 1717, e dizia respeito ao lugar denominado “Podi dos Encantos”, presumindo-se que se trate da Data da Conceição.[6] Negrão declarava ser morador da ribeira do Apodi e ter descoberto o terreno em companhia de Domingos Borges de Abreu.

Entretanto, foi somente em 1733 que a Data da Sesmaria de Pau dos Ferros foi concedida a Luiz da Rocha Pita Deusdará, Francisco da Rocha Pita, Simão da Fonseca Pita, Dona Maria Joana Pita, todos filhos e herdeiros do Coronel Antônio da Rocha Pita.

Como lembra Câmara Cascudo, os “Rocha Pita” eram baianos e foram grandes latifundiários no Rio Grande do Norte.

Manoel Jácome de Lima observou:

Diz Ferreira Nobre que em 1733 Francisco Marçal fundou uma fazenda de gado no local em que se achava a vila. Em 1738, afirma o Monsenhor Francisco Severiano no seu livro “A Diocese na Paraíba”, foi iniciada a construção de uma capela que em 1756 foi elevada à categoria de matriz com a criação da freguesia, a 19 de dezembro daquele ano.

Começava Pau dos Ferros.

A paróquia de Pau dos Ferros é a mais antiga da zona Oeste do Estado e, na época, abrangia quase todo o território da atual Diocese de Mossoró.

O nome da cidade surgiu quando do início do seu povoamento. José Edmilson de Holanda[7] assevera ter o nome da Fazenda de Francisco Marçal, fundada próxima a uma pequena lagoa, onde existia uma frondosa oiticica, repassado ao povoado:

O nome inicial da fazenda passou ao povoado, pois desde a sua fundação era conhecida por Pau dos Ferros, em face dos vaqueiros gravarem, à ponta da faca, no tronco de frondosa oiticica existente à margem da lagoa, os ferros das reses tresmalhadas que por lá apareciam, com a finalidade de identificar o proprietário e a origem das mesmas. A oiticica servia de pouso para os comboieiros, boiadeiros e vaqueiros das fazendas que por lá passavam. 

Em 1761 o município de Portalegre foi criado englobando o povoado de Pau dos Ferros mas, já no fim do século XVIII, a povoação era maior que sua sede e a cidade de Apodi.

Em julho de 1841 os pau-ferrenses fizeram uma representação à Assembleia Provincial, assinada por 492 pessoas de todas as classes sociais, pedindo a criação do município.

A Comissão de Estatística e Justiça, em parecer assinado por João Valentim Dantas Pinagé e Elias Antônio Cavalcanti de Albuquerque, foi favorável ao pleito, mas na sessão do dia 4 de novembro de 1841 o requerimento não foi aprovado.

Em 1847 o deputado provincial João Inácio de Loiola Barros apresentou um projeto transferindo a sede da Vila de Portalegre para a povoação de Pau dos Ferros, pedido também rejeitado.

Seis anos depois, em 12 de abril de 1853, os deputados Luiz Gonzaga de Brito Guerra, futuro Barão de Assú, e Elias Antônio Cavalcanti de Albuquerque (novamente), apresentaram um projeto para elevar a povoação de Pau dos Ferros ao status de Vila, com a denominação de Vila Cristina, tampouco lograram êxito.

Finalmente, em 23 de agosto de 1856, projeto apresentado pelo Deputado Benvenuto Vicente Fialho, criando o município de Pau dos Ferros, foi aprovado, e em 4 de setembro de 1856 o Presidente da Província, Dr. Antônio Bernardo Passos, sancionou a Lei nº 344, elevando à categoria de Vila o povoado de Pau dos Ferros, determinando os limites do novo município.

Hoje, Pau dos Ferros, com 259,959 km², limita-se, ao Norte, com São Francisco do Oeste e Francisco Dantas, ao Sul, com Rafael Fernandes e Marcelino Vieira, ao Leste, com Serrinha dos Pintos, Antônio Martins e Francisco Dantas e, ao Oeste, com Encanto e Ereré (CE).

É uma cidade com mais de 30.000 habitantes fixos, segundo dados do IBGE/2017, muito embora nela circulem, em decorrência de sua posição de Polo Regional, cerca de cinquenta mil pessoas por dia.

Cidade pujante, centro comercial e administrativo da região, centraliza a prestação dos serviços estaduais e federais, e sedia a Escola de Enfermagem Catarina de Siena, a Faculdade do Oeste do Rio Grande do Norte, a Faculdade Evolução do Alto Oeste Potiguar, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte, a Universidade Anhanguera Educacional, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Ressalte-se, do ponto de vista cultural, a importância de sua Feira Intermunicipal de Educação, Cultura, Turismo e Negócios do Alto Oeste Potiguar (FINECAP), realizada anualmente e congregando toda a região.

Não por outra razão, a cidade também é conhecida como “Capital do Alto Oeste” e “Princesinha do Oeste”, embora muitos a chamem de “Terra dos Vaqueiros”, ou, ainda, “Terra da Imaculada Conceição”, em homenagem a sua santa padroeira.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

(Originalmente publicado na Revista do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte de nº 97)

Pau dos Ferros em sua zona urbana (Fotomontagem da Wikipedia)

Pau dos Ferros em sua zona urbana (Fotomontagem da Wikipedia)

[1] MEDEIROS, Tarcísio; “Proto-História do Rio Grande do Norte”; Rio de Janeiro: Presença Edições; Fundação José Augusto; 1985.

[2] LOPES, Fátima Martins: “Índios, Colonos e Missionários na Colonização da Capitania do Rio Grande do Norte”; Mossoró: Fundação Vingt-un Rosado e Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; 2003.

[3] MEDEIROS FILHO, Olavo; “Índios do Açu e Seridó”; Natal: Sebo Vermelho; 2011.

[4] MONTEIRO, Denise Mattos; “Introdução à História do Rio Grande do Norte”; Natal: Flor do Sal; 4ª edição; 2015.

[5] Pág. 59.

[6] LIMA, Manoel Jácome de; in “Revista Comemorativa do Bicentenário da Paróquia e Centenário do Município de Pau dos Ferros (1756-1856-1956)”; Natal: Sebo Vermelho; Edição Fac-similar; 2015.

[7] HOLANDA, José Edmilson de; “Pau dos Ferros: Crônicas, Fatos e Pessoas”; Natal: Gráfica Vital; 2011.

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 02/11/2025 - 08:10h
Reportagem especial

Venda de sentença judicial, um lucrativo negócio de família

Por Breno Pires (Revista Piauí)

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

No Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), o gabinete do desembargador José James Gomes Pereira funcionava como uma empresa de família. Em cima da mesa de madeira escura, um notebook permanecia conectado ao sistema eletrônico do tribunal, o PJe, com o nome do magistrado visível no canto da tela. Mas quem redigia as decisões, despachava ofícios e determinava sentenças não era o desembargador. Era sua filha, Lia Rachel, advogada.

Com o token digital do pai plugado à porta USB, Lia assinava decisões e ordens judiciais como se fosse o próprio desembargador. Segundo a Polícia Federal, ela escolhia quais causas priorizar, quais partes favorecer, quais pedidos ignorar. O gabinete era o coração de um esquema de venda de sentenças. Até que, no dia 2 de outubro, o desembargador foi alvo de busca e apreensão, por autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A investigação teve início de forma acidental. Em 2024, uma apuração sobre invasões ao sistema do TJPI revelou que e-mails falsos haviam sido criados e vinculados a perfis internos do tribunal. A manipulação permitia inserir minutas fraudulentas de decisões e induzir magistrados ao erro. Ao examinar as mensagens, os agentes encontraram um arquivo intitulado Esquema-TJPI.pdf, enviado por um assessor do próprio desembargador para si mesmo.

O assessor era João Gabriel Costa Cardoso, um jovem de 26 anos que havia trabalhado no gabinete de Gomes Pereira. O arquivo continha capturas de tela, conversas de WhatsApp e bilhetes manuscritos. Nele, Cardoso descrevia, com a minúcia de quem documenta crimes para se proteger, o funcionamento da engrenagem: Lia Rachel determinava o conteúdo das decisões, e o assessor as assinava usando o token do pai dela. O arquivo valeria como um seguro de vida, já que ele se considerava o “elo mais fraco” do esquema. O cargo era da Lia e tudo o que ela determinasse deveria ser feito, orientou o desembargador, segundo o depoimento de Cardoso à PF.

De acordo com o inquérito, o gabinete de Gomes Pereira tinha uma dinâmica própria. A primeira reunião do servidor Cardoso foi na própria casa do desembargador. Em reuniões semanais, Lia Rachel entregava papéis manuscritos com números de processos e ordens diretas: “falar c/ Des.”, “pautar urgente”, “dar provimento”, “deixar parado”. O assessor executava. O token — que, pelas regras do tribunal, deveria ser guardado pelo magistrado — ficava nas mãos do assessor.

Antes dele, o dispositivo era controlado por Jailson, sobrinho da esposa do desembargador. Mesmo depois de passar em concurso para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jailson continuava a frequentar o gabinete, assinando decisões “nos fins de semana”, segundo o depoente. A cada semana, Lia Rachel enviava novas instruções. Quando havia muito dinheiro envolvido, dizia Cardoso, ela pedia para avisar o pai antes de assinar. “Trate comigo e com o desembargador apenas nesses casos grandes”, ela disse, segundo relato do ex-assessor, na primeira reunião que tiveram.

Em meio a casos suspeitos na primeira vasculhada da polícia, um específico trouxe a prova que os investigadores queriam: o Relatório de Inteligência Financeira nº 118.426, do Coaf. O documento revelou uma transferência de 200 mil reais da conta do advogado Juarez Chaves de Azevedo Júnior para a filha do desembargador. A PF rastreou a operação e descobriu que, dias depois da transação, o magistrado concedeu uma liminar favorável a um cliente de Juarez — a empresa Sundeck Holding, que pedia a posse de uma fazenda de 22 mil hectares. O recurso, distribuído “por prevenção” ao gabinete do desembargador, foi decidido em menos de 48 horas. A petição da PF fala em “transferências bancárias a título de pagamento de propina”.

Várias situações suspeitas

Ampliando a apuração, a Polícia Federal (PF) viu indícios de que o empresário João Antônio Franciosi, sócio do Grupo Franciosi, corrompeu a Justiça para garantir a posse de um imóvel rural de 22.545 hectares. Não é a primeira vez, pois João Antônio Franciosi figura como réu no âmbito da Operação Faroeste, que investiga venda de sentenças e grilagem de terras na Bahia.

No Piauí, segundo Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do Coaf, detalhados em documentos da PF, Franciosi transferiu 106 milhões de reais à empresa Villa Bella das Furnas Participações, que pertence ao advogado Paulo Augusto Ramos dos Santos. A Villa Bella, em seguida, repassou um total de 26.206.460 reais para os escritórios de advogados intermediários — sendo 16.984.480 reais ao advogado Juarez Chaves e 9.221.980 reais ao advogado Germano Coelho. Essas transferências ocorreram entre setembro de 2023 e agosto de 2024, período que coincidiu com a decisão de mérito final favorável à parte interessada (Sundeck Holding, direitos foram adquiridos pelo Grupo Franciosi) proferida pelo desembargador Gomes Pereira no Agravo de Instrumento nº 0750602-73.2023.8.18.0000 em 07/11/2023, e é considerado, pelas investigações, o pagamento final pela aquisição fraudulenta da propriedade.

No dia seguinte à publicação da reportagem, a assessoria de imprensa de Paulo Augusto Ramos Santos enviou uma nota na qual afirma que “a movimentação financeira de sua empresa é lícita e integralmente declarada ao fisco” e que “as transferências feitas a advogados investigados ocorreram após os fatos sob apuração e se referem a outros serviços sem relação com a investigação”.

Um outro episódio descrito no inquérito é uma ação da empresa de ônibus Transcol, que resultou na liberação de uma quantia entre 5 e 6 milhões de reais bloqueados em primeira instância, segundo depoimento de João Gabriel. O dinheiro foi pago pela Caixa Econômica Federal em menos de 24 horas, segundo ele. A decisão contrariava determinação expressa de outro desembargador, Ricardo Gentil, que havia proibido Gomes Pereira de atuar no caso. Mesmo assim, o despacho foi assinado — e, de acordo com o ex-assessor, “a ordem veio de Lia Rachel”.

Quando a liminar saiu, houve tumulto dentro da corte. Colegas repreenderam o magistrado. Lia Rachel, a filha do magistrado, recebia valores por decisões previamente alinhadas com os advogados, segundo os investigadores. A investigação aponta que ela quitou uma casa de 2,1 milhões no Condomínio Aldebaran com 800 mil reais em propina paga pelo advogado Juarez Chaves. O pagamento foi dissimulado por transferências diretas aos vendedores, coincidindo com a distribuição viciada de processo para relatoria do pai e liminar favorável à Sundeck.

O desembargador Gomes Pereira tinha o hábito de atrair processos por “prevenção” — um expediente que pode ser legítimo quando um magistrado reivindica para si casos que têm conexões com outros que está julgando, mas que em suas mãos tinha outro objetivo.

Nem tudo era dinheiro. Algumas decisões atendiam a pedidos políticos. Num bilhete, Lia Rachel ordenou: “Segurar o caso do Edilson Sérvulo até março. Foi pedido do deputado Georgiano [Georgiano Fernandes Lima Neto, do MDB].” Era uma referência ao prefeito de Barras, Edilson Capote (PSD), alvo de ação que poderia cassar seu mandato. Lia pediu para “deixar parado”. O assessor obedeceu. Quando a PF confrontou Cardoso sobre o bilhete, ele confirmou: “Ela disse que era um pedido de deputado. Eu só cumpri.” Em outro manuscrito, Lia escreveu ao lado do número de um processo: “Aplicar multa de 5%. Parte contrária está enchendo de embargos.” No canto inferior, a anotação: “Falar com Des.” — uma forma discreta de confirmar que o pai sabia.

Apurações apontam que gabinete do desembargador José James Gomes Pereira era um balcão de negócios escusos (Foto: Reprodução)

Apurações apontam que gabinete do desembargador José James Gomes Pereira era um balcão de negócios escusos (Foto: Reprodução)

O depoimento de Cardoso oferece um retrato completo da inversão de autoridade. O assessor trabalhava sob ordens diretas da filha do desembargador. Ela, por sua vez, reportava-se ao pai apenas quando havia risco e dizia que estava ali para blindar o desembargador. As ordens se repetiam com naturalidade de rotina administrativa: “dar provimento”, “analisar embargos”, “ver possibilidade de conceder liminar”. Lia fornecia até a fundamentação jurídica das decisões. O assessor digitava, assinava, e a Justiça do Piauí seguia em movimento — com o nome de Gomes Pereira na assinatura digital e a vontade da filha no conteúdo.

Entre os itens apreendidos no quarto do desembargador, está o manual de uma máquina de contar cédulas e um caderno de capa amarela com as inscrições “Operação Paraíba”, recheado com “comprovantes, manuscritos e documentos”.

Procurado pela piauí, o escritório Almeida Castro, Castro e Turbay Advogados, que defende Gomes Pereira e Lia, enviou uma nota na qual afirma que os dois são inocentes.

Em razão das notícias veiculadas na imprensa sobre a investigação envolvendo o nome do Desembargador José James Gomes Pereira, faz-se necessário esclarecer que o Desembargador nunca solicitou, autorizou ou compactuou com qualquer prática que violasse os princípios da legalidade, moralidade e ética que sempre nortearam sua trajetória na magistratura. A defesa técnica do Desembargador e de sua filha, a advogada Lia Raquel, refuta qualquer juízo precipitado sobre os fatos. Como o processo está em segredo de justiça, neste momento, a defesa não poderá aprofundar qualquer análise técnica.

Os defensores dizem também que o manual não pertencia ao desembargador.

A Polícia Federal enquadrou os envolvidos nos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude processual, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A representação afirma que o desembargador “tinha plena ciência e anuía às práticas ilícitas de sua filha”. Em setembro de 2025, a PF pediu a prisão preventiva de Gomes Pereira e Lia Rachel, além de buscas e apreensões em endereços ligados ao magistrado, à filha e aos advogados Juarez Chaves e Germano Barbosa. O pedido foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, no bojo da Cautelar Inominada Criminal 176/DF (2025/0342130-3).

O pedido de prisão se baseava na gravidade dos fatos e na dimensão institucional do esquema de venda de sentenças, apontado como uma estrutura criminosa que teria operado de forma reiterada dentro do Tribunal de Justiça do Piauí. A PF sustentou que as prisões eram necessárias para garantir a ordem pública e a instrução criminal, diante da possibilidade de interferência dos investigados em processos e servidores ainda vinculados ao tribunal.

O ministro Sebastião Reis Júnior, relator do caso no STJ, negou o pedido de prisão. Em sua decisão, escreveu que “a suposta atuação ilícita encontra-se adstrita à possibilidade de o magistrado representado proferir decisões” e que não havia nos autos indícios concretos de que qualquer dos alvos tivesse ameaçado, intimidado testemunhas ou atuado para dificultar a investigação. Entendeu que as medidas já em vigor — como o afastamento do cargo por um ano e as restrições de contato entre os investigados — eram suficientes para resguardar o andamento do inquérito.

O ministro, porém, concordou com o afastamento de Gomes Pereira do cargo, sob o argumento de que havia indícios robustos de uso criminoso da função pública. No despacho, registrou:

“Consoante já assinalado, existem fundadas suspeitas de que o Desembargador José James Gomes Pereira utiliza sua função pública para a prática de crimes, o que justifica o afastamento cautelar do cargo. Os supostos crimes imputados ao magistrado estão diretamente ligados ao exercício funcional, trazendo efeito deletério à reputação, imagem e credibilidade do Poder Judiciário, justificando, assim, o seu afastamento do cargo.”

Estranho

Ao fim de sua manifestação, o Ministério Público Federal pediu ao STJ a suspensão das decisões assinadas por Gomes Pereira que beneficiaram as empresas Sundeck Holding, Vila Bella das Furnas e o Grupo Franciosi, sob o argumento de que havia indícios de tratativas e possível venda de sentenças. O ministro Sebastião Reis Júnior reconheceu a gravidade dos indícios, mas negou o pedido, afirmando que o MPF não apresentou fundamentação suficiente nem indicou os processos afetados.

“Desse modo, por ora, indefiro o pedido”, decidiu Sebastião Reis.

O curioso caso em que o julgador acusado de vender sentenças é afastado, mas as sentenças suspeitas, não.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Reportagem Especial
domingo - 02/11/2025 - 07:16h

Conversas nas calçadas

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Um dia desses, estando no centro da cidade de Mossoró, naquele calor que conhecemos e sentimos, passei em frente ao prédio onde funcionava a Rádio Rural, o qual se encontra em reforma. Veio-me à lembrança uma história que escuto desde que “era criança pequena lá em Barbacena”.

Conta-se que padre Mota, que residiu no referido imóvel, costumava receber na calçada da casa, pessoas das mais variadas classes sociais, as quais vinham para conversar sobre os mais diversos assuntos. Como sempre havia muita gente, cada um tinha a obrigação de buscar e deixar no mesmo lugar a cadeira que iria se sentar; das pessoas mais humildes até políticos, comerciantes, profissionais liberais, todos tinham esse dever.

Bom, não sei se a história é verdade, tô vendendo a mercadoria do preço que comprei. O fato é que é costume nas cidades do interior as pessoas se sentarem nas calçadas, reunindo familiares, vizinhos e amigos para jogar conversa fora. Muitas das vezes, é claro, serve-se um cafezinho coado para acompanhar a prosa.

Lembro que Paulo Lúcio, meu vizinho no centro da cidade, tinha o hábito de reunir alguns amigos na praça que ficava em frente a sua casa. Lá, a conversa rolava até altas horas, principalmente sobre política.

Nos bairros mais afastados do centro da cidade, e nos municípios de menor porte, acho que o costume ainda persiste. Hoje, entretanto, ninguém pode enxergar duas pessoas vindo numa motocicleta que já fica com medo de ser vítima dum “assalto”.

As calçadas, de igual modo, serviam (ou ainda servem?) para os namorados, ambos sentados em cadeiras de frente uma para outra, sob o olhar atento da genitora da menina-moça. Existiam as mães que, enquanto “pastoravam”, rezavam o terço, às vezes tiravam um cochilo, mas não deixavam os namorados sozinhos; pra o casal se beijar era um aperreio medonho.

Em outros tempos, também era comum que algumas pessoas varassem a madrugada sentados nas calçadas das casas, às vésperas do dia das eleições, esperando receber algum “agrado” dos candidatos. Eu só não sei se atualmente acontece.

E neste dia, no qual lembramos os nossos falecidos, talvez, venha à lembrança algumas pessoas queridas, que sempre estavam presentes nas conversas das calçadas, no finalzinho da tarde, adentrando a noite, onde se desenrolava um bom bate-papo e muitos, muitos sorrisos. Bons tempos.

Enfim, as conversas nas calçadas, sem dúvida, fazem parte do cotidiano do nosso povo. No entanto, infelizmente, tornou-se um lazer perigoso, diante da insegurança e da violência que assolam o nosso país.

Que Deus proteja a todos que ainda preservam esse costume.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 02/11/2025 - 06:30h

O Efeito Casulo – Dia 23

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Passei o dia quase todo no fundo de uma rede armada lá no quarto. Às vezes não me sinto muito confortável na cama e faço uso dessa opção. Sobretudo no período da manhã e da tarde. O quarto não é quente, embora forrado com gesso. Ligo o ventilador e coloco uma cadeira perto de mim. Em cima da cadeira, ao alcance do meu braço, ponho os óculos e o telefone. Vez em quando (quase que um vício) dou uma olhada no celular e confiro um monte de questões e polêmicas que transbordam da internet. Vi, por exemplo, que a famigerada “PEC da bandidagem” foi enterrada no Senado. Uma vez na vida e outra na morte, felizmente, os políticos brasileiros nos surpreendem de forma positiva. Pois é, jogaram uma pá de cal naquela proposição mais que vergonhosa. O povo saiu às ruas em todo o Brasil, e a manifestação surtiu efeito.

Mudando de assunto, agora me encontro a tocar esta narrativa tão pífia quanto mal-alinhavada. Saí da rede por volta das quinze horas, deixei a cafeteira processando o moca e fui tomar um banho. Depois, enquanto o café terminava de pingar na jarra, liguei a torneira do quintal, desenrolei a mangueira e comecei a aguar aquele pedaço de terra onde plantei algumas sementes de jacarandá.

Parentes, salvo exceções, às vezes só nos trazem problemas, dor de cabeça. Hoje, ironicamente, sinto falta de ao menos um familiar; um tio, tia ou primos. Sozinho no mundo, sem um herdeiro consanguíneo, vejo-me nesta situação de não ter a quem deixar o pouco que adquiri no decorrer de vários anos; à custa de muito trabalho. Compreendo que o tempo é curto para conquistar alguém, arrumar uma pessoa com a qual eu consiga estabelecer um relacionamento amoroso. Devo, entre os bons amigos que possuo, providenciar os papéis e deixar meu espólio a algum deles. Seria uma forma de viabilizar a publicação dos meus livros ainda inéditos.

Posso, pensando melhor, dividir a herança entre o causídico Marcos Araújo, o engenheiro Clauder Arcanjo e o jornalista Carlos Santos, editor do blogue onde venho publicando aos domingos, pedaço por pedaço, esta narrativa agônica, nua e crua. Trabalhando em equipe, esses três confrades terão meios de lançar minhas obras, em especial os romances e o meu único livro de contos.

Os originais de poesia (cinco ao todo) podem esperar um pouco mais. Tenho preferência pelo lançamento dos quatro romances e os contos. Isto sem incluir este relato ao qual talvez eu não consiga fornecer um desfecho. Minha poesia é o gênero em que tive uma única obra publicada há mais de vinte anos em virtude de ela haver conquistado um prêmio em São Paulo. Uma grande parte foi exposta no Facebook e no Instagram.

Nos últimos dias fiz um apanhado desses textos avulsos, dividi em cinco volumes com títulos pretensamente atrativos e salvei os arquivos no meu e-mail. Com antecedência, claro, revelarei a senha aos meus prováveis editores. Se não estou equivocado, já se passaram quase duas semanas que não falo com esses três, ignorando os telefonemas e as mensagens que me têm enviado pelo WhatsApp.

Meu contato se limita ao editor do blogue, o qual persiste em puxar conversa, sempre tentando obter alguma notícia, entretanto eu o deixo sem respostas, sem informação alguma. Limito-me tão somente a destinar os capítulos desta história de saúde debilitada assim como eu próprio. Saio tão somente para fazer algumas compras inevitáveis. Sobretudo itens com os quais abasteço a geladeira. Não faço “comida de verdade”, a exemplo de feijão, arroz, cuscuz ou legumes. Quando a preguiça permite, preparo um macarrão com molho de tomate e sardinhas enlatadas. Aqui e acolá faço carne assada no air fryer. Afora isto, conforme tenho revelado diversas vezes, há o café. Consumo algumas frutas, a exemplo de abacate, banana e mamão, que passo no liquidificador com leite. Ia me esquecendo: também faço ovos mexidos.

Quanto a este silêncio, tenho absoluta consciência que terei que quebrá-lo. Preciso dar notícias aos hipotéticos editores, discutir o assunto das publicações póstumas de meus trabalhos literários e (repito) informar a senha do e-mail. Certa feita, há mais ou menos dez dias, um desses cavalheiros bateu no portão e me chamou umas três ou quatro vezes. Reconheci a voz um pouco rouquenha: era o prezado Marcos Araújo. Nesse domingo (recordo bem a data) ele já havia telefonado e enviado algumas mensagens de áudio pelo WhatsApp. Fiquei calado e ele foi-se embora.

Senti um certo arrependimento por não tê-lo recebido. Seria uma oportunidade de, enfim, revelar a minha condição de enfermo com um câncer inoperável. Essa ideia de torná-los meus herdeiros, o que financeiramente poderá cobrir com sobras os custos de publicação de minhas narrativas, está se fortalecendo aqui no meu bestunto. A menos que, por mais incerto que pareça, eu descubra alguém que se afeiçoe a mim e com quem me relacione; um indivíduo que apresente um bom caráter e que esteja disposto, livre para uma relação homoafetiva.

O que não sei, entretanto, é se disponho de tempo hábil para me deparar, conhecer e me envolver com sincera reciprocidade. A cada dia que se passa bate um grande desânimo, uma angústia e desesperança de encontrar, assim às pressas, um tipo no qual valha a pena investir, dedicar os poucos meses que me restam. Sei perfeitamente que agora o relógio está contra mim.

De qualquer jeito, bem lá no fundo do meu coração, existe uma fagulha de otimismo que sugere um improvável final feliz. Isto ocorrendo, espero estar com a saúde um tanto quanto estabilizada. Porque nenhum homem, por mais sensível e bem-intencionado que seja, não vai querer um morto-vivo.

Marcos Ferreira é escritor

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 1

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 2

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 3

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 4

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 5

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 6

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 7

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 8

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 9

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 10

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 11

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 12

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 13

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 14

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 15

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 16

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 17

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 18

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 19

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 20

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 21

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 22

Compartilhe:
Categoria(s): Conto/Romance
domingo - 02/11/2025 - 06:02h

Eliete Amaral – a elegância da alma

Por Vicente Neto

Eliete Amaral, falecida na última sexta-feira (Foto: Waltemberg)

Eliete Amaral, falecida na última sexta-feira (Foto: Waltemberg)

Há pessoas que passam pela vida como brisa suave, e há as que a atravessam como vendaval de propósitos. Não uma força destrutiva, mas uma presença que reorganiza tudo ao seu redor, com determinação, firmeza, sofisticação, e uma elegância que nascia com ela todos os dias.

Inimiga dos feriados, Eliete não se rendia ao ócio. O trabalho era sua devoção cotidiana, sua forma de honrar a vida. Até na hora da partida ela o fez num fim-de-semana, para não atrapalhar o nosso dia de trabalho.

Vulneráveis, invisíveis, esquecidos: ela os acolhia com a delicadeza de quem sabe que o amor não precisa de plateia.

Mas foi naquele momento ao me apresentar a Jacqueline, que ela revelou a sua estatura de gente de verdade ao advertir a sua filha: “Não vá magoar o meu amigo.”

Sublime declaração de amor.

Não ao amor romântico, mas o amor que protege, que cuida, que reconhece o valor do outro e exige respeito. Foi ali que entendi: eu seria parte dela para sempre.

Curvada apenas diante de Deus,“Pela vida e pela fé” era o seu mantra. E ela o viveu com a consciência do dever cumprido. Não como quem coleciona méritos, mas como quem sabe que amar é o único legado que resiste a tudo.

Zezito foi seu primeiro e único verdadeiro amor. E isso diz tudo. Porque Eliete não era feita para amores passageiros. Foi feita para o eterno.

Hoje o mundo está menos:
Menos resoluto.
Menos pragmático.
Menos alegre.
Menos elegante.
Menos Eliete.

Mas quem foi filho do seu coração (como ela se referia a mim) sabe que ela não partiu, ela se perpetuou. E permanecerá em cada gesto de coragem, em cada prato bem feito, em cada ato de fé que resistirá ao tempo.

Eliete Amaral (veja AQUI) não será lembrada. Será sentida. Sentida como se sente o perfume de uma flor que já não está na roseira, mas sua essência permanecerá no ar nos inebriando para todo o sempre.

Beijo do seu filho do coração.

Vicente Neto é advogado

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 02/11/2025 - 05:26h

Sinalagma

Por Bruno Ernesto

Bodega no Mercado Central, Governador Dix-Sept Rosado (Foto: Bruno Ernesto, 10/2025)

Bodega no Mercado Central, Governador Dix-Sept Rosado (Foto: Bruno Ernesto, 10/2025)

Quem algum dia imaginaria que comprar um simples sabonete Senador ou Alma de Flores viraria sinônimo de burocracia?

Desde que me entendo por gente, ouço a famigerada palavra burocracia reinar no nosso dia a dia. Aquele poder que, originalmente, emanava de um tampo de madeira, uma cara sisuda, uma caneta com tinta perpetua e um carimbo chancelador.

Quando falamos em produção, interpretação e aplicação da lei, o Brasil é uma aberração sem precedentes. A iniciar pela incalculável quantidade de leis. Talvez não seja exagero dizer que Franz Kafka seria um escritor amador e passaria vergonha se fosse brasileiro, levando em conta a teratologia jurídica tipicamente nacional.

Há quem diga que essa nossa burocracia se dá exclusivamente em virtude de termos uma infinidade de leis. Assim, no final dos anos 1970 e meados dos 1980, como ninguém aguentava mais tanta burocracia por aqui, criaram o Programa Nacional de Desburocratização.

Para não fugir à tradição, criou-se um Ministério da Desburocratização. Pura ingenuidade; brasileiro adora burocracia. A burocracia é patrimônio imaterial nacional, que já impregnou nosso ácido desoxirribonucleico.

Só quem tem a infelicidade de dominar a interpretação das leis brasileiras, sabe que é pouco provável que essa burocracia finde. Muito pelo contrário. Ela é indispensável à manutenção de uma elite, se não intelectual, funcional.

O livro “Burocracia e sociedade no Brasil colonial”, de autoria do professor e pesquisador da Universidade de Yale, o americano STUART B. SCHWARTZ, é um livro que reputo indispensável para entendermos o quão intrincado tornou-se tudo no Brasil quando o assunto é processo e procedimento formal, pois é o poder e controle de um sistema de falsa qualidade e mérito.

Se houve uma evolução? Sim, claro! Saímos do papel e migramos para o meio eletrônico. Só.

Até o comércio, uma atividade estritamente sinalagmática, cujo negócio é um dos poucos que pode se concretizar sem que o comprador e o vendedor falem alguma coisa um para o outro, ou até mesmo nem olhem para si estando frente a frente, não é mais o mesmo.

Se você for comprar qualquer coisa hoje, lhe pedem, no mínimo, número do CPF, inscrição no programa PIS/PASEP, número de identidade, número do cartão fidelidade, e-mail, número do telefone.

Se quiser aproveitar a oferta do dia do setor de frios, material de limpeza ou da padaria, precisa ativar a promoção no aplicativo do estabelecimento comercial – por código, item e setor – não sem antes ter que fazer um cadastro bioeletromecânico, enquanto o operador do caixa aguarda o sinal da internet voltar, e lhe manda digitar o número do CPF, código de fidelidade, dia, mês e ano de nascimento.

Se quiser participar do sorteio do prêmio no final do mês, precisa fazer tudo novamente e, assim, receber diminutas cartelas para preencher manualmente e depositar numa urna que é inlocalizável.

Além disso, há um fato novo: você só consegue efetuar a próxima compra se avaliar a compra anterior.

Hoje não se pode mais entrar mudo e sair calado de um estabelecimento comercial, pois exige-se tanta informação e passos para comprar ou ter desconto, que é mais fácil sair sem pagar e ter que se explicar à autoridade policial na delegacia mais próxima. Qualquer dia vou testar.

Toda vez que me deparo com essas burocracias no comércio local, lembro de Jalles Costa, meu saudoso professor de Sociologia do Direito, que já era um senhor com idade avançada naquela época, e que, certa vez, nos contou um episódio um tanto curioso.

Após passar as compras no caixa de um determinado supermercado em Natal, lhe falaram que para concluir aquela compra era necessário fazer um cadastro.

Lá para as tantas, a operadora do caixa perguntou o atual endereço dos pais dele. Muito espirituoso, disse que se ela reparasse bem nele – um idoso -, não haveria necessidade dessa informação. Todavia, a operadora insistiu que a informação era indispensável para concluir o cadastro.

Não insistiu e concordou em fornecer o atual endereço dos seus pais, e quando a operadora do caixa pediu novamente tal informação, disparou: Rua 13 com 14, do cemitério do Alecrim.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 02/11/2025 - 04:44h

Caso Rolling Stone x Google expõe ameaças ao jornalismo e à criação

Por Alexandre Salvatore

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Uma ação judicial movida pela Penske Media, responsável por títulos como Rolling Stone, Billboard e Variety, colocou novamente em evidência a tensão entre gigantes da tecnologia e a indústria de mídia. A editora acusa o Google de utilizar trechos de suas reportagens para alimentar resumos automáticos de inteligência artificial exibidos diretamente nos resultados de busca, sem autorização ou remuneração. O caso foi protocolado em um tribunal federal em Washington e pode se tornar um divisor de águas no debate sobre propriedade intelectual no ambiente digital.

A Penske afirma que perdeu mais de um terço do faturamento proveniente de buscas em 2025, já que os usuários muitas vezes consomem a informação no resumo do Google e deixam de acessar os sites originais. Este cenário alarmante levanta a questão: se até grandes veículos estão sendo drenados dessa forma, o que sobra para a imensa economia de criadores, que hoje vive de visibilidade, autoria e conexão direta com o público?

A disputa vai muito além de cliques ou receita publicitária e nos coloca frente a frente a um dilema de mercado: como manter vivo o incentivo de quem cria, investiga e apura, quando a IA avança sobre direitos de propriedade intelectual e transforma conteúdo em insumo gratuito para suas próprias plataformas? O Google argumenta que os resumos de IA ampliam o acesso à informação. Mas a pergunta é: como essas informações estão sendo extraídas e dispostas? Só porque uma Big Tech diz que “é avanço” vamos ignorar os marcos regulatórios conquistados até aqui, da proteção autoral às regras de concorrência leal?

Essa tensão não é apenas um embate jurídico. Ela desnuda um desequilíbrio estrutural que atinge diretamente publishers e criadores, os verdadeiros alvos desse processo de apropriação. Embora estejam posicionadas na outra ponta da cadeira produtiva, as marcas também devem sentir as consequências, uma vez que se o conteúdo de qualidade e credibilidade desaparece, o ambiente onde campanhas prosperam também perde força.

Mas, diferentemente dos publishers, elas ainda têm alternativas: migram para criadores, buscam novos canais, reconfiguram suas estratégias. Já para quem produz jornalismo e conteúdo autoral, o buraco é muito mais embaixo.

No Brasil, o alerta já deixou de ser apenas uma possibilidade e virou disputa judicial. Não muito tempo atrás, a Folha de S.Paulo processou a OpenAI, acusando a empresa de coletar e utilizar seus conteúdos sem autorização, tanto para treinar modelos quanto para exibi-los diretamente a usuários, em uma prática que o jornal classifica como concorrência desleal e violação de direitos autorais.

Quando até veículos de referência recorrem à Justiça para tentar frear o avanço de gigantes globais da tecnologia, fica evidente que estamos diante de uma era de inflexão: o consumo de informações passa a ser mediado por plataformas que concentram poder, ditam a forma de acesso e ainda operam em um cenário de regulação nebulosa. O resultado é um desequilíbrio que ameaça não só o jornalismo, mas toda a economia criativa que depende de diversidade, autoria e legitimidade para prosperar.

Há ainda uma questão de confiança. Uma investigação da BBC aponta que resumos automatizados de IA podem apresentar erros factuais em até 50% dos casos. Em outras palavras: tentam reproduzir, de forma truncada, o trabalho de jornalistas e criadores, entregando fragmentos sem contexto e com alto risco de distorção. Esse é o tipo de ambiente tóxico para qualquer forma de comunicação séria, do jornalismo às campanhas de marcas que dependem de autoridade.

O processo da Penske contra o Google, portanto, não é apenas mais uma rixa isolada contra a big tech. É um sinal de que a inteligência artificial precisa coexistir com modelos de licenciamento e remuneração que façam justiça a quem cria. Caso contrário, estaremos aceitando que os avanços da tecnologia ocorram às custas do enfraquecimento de quem sustenta o fluxo de informação e dá legitimidade à cadeia de comunicação como um todo.

A questão que fica é: vamos assistir passivamente à erosão das bases da economia da criação só porque algumas Big Techs decidiram chamar isso de “inovação”?

Alexandre Salvatore é sócio-fundador e CEO da Myhood, startup especializada no licenciamento de vídeos virais e conteúdos gerados por usuários (user-generated content – UGC)

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 31/10/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“Aquele que se recusa a obedecer não pode comandar.”

Andrew Carnegie

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 31/10/2025 - 21:28h
Boletim de Empregabilidade

RN tem saldo de 3.231 empregos formais no mês de setembro

Comércio voltou a ter destaque (Foto: Raiane Miranda)

Comércio voltou a ter bom destaque (Foto: Raiane Miranda)

O Rio Grande do Norte encerrou o mês de setembro de 2025 com 3.231 novos empregos formais, resultado de 21.201 admissões e 17.970 desligamentos, segundo o mais recente Boletim de Empregabilidade divulgado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC/RN).

Com isso, o resultado é o acumulado de mais de 18 mil novos empregos entre janeiro e setembro.

Serviços e Comércio 

O setor de Serviços foi o principal responsável pelo desempenho de setembro, com 984 novas vagas, impulsionado pelas áreas de Informação, Comunicação, Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, além de Educação, Saúde e Administração Pública.

Na sequência, o Comércio registrou saldo de 814 empregos, com destaque para o Comércio Varejista, que concentrou a maior parte das admissões. A Agropecuária também teve bom desempenho, com +718 postos de trabalho, seguida pela Indústria (+412) e pela Construção Civil (+303).

Entre os municípios, Natal se manteve como o maior gerador de empregos no mês (+1.395 vagas), seguido por Parnamirim (+282), Mossoró (+231) e Lajes (+158).

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Economia
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 31/10/2025 - 19:46h
Luto

Mossoró perde a presença de dona Eliete Amaral

Eliete Amaral faleceu nesta sexta-feira (Foto: redes sociais)

Eliete Amaral faleceu nesta sexta-feira (Foto: redes sociais)

Registramos – e lamentamos – o falecimento de dona Francisca Eliete de Souza Amaral, 86, nesta sexta-feira (31), em Mossoró.

Viúva do contabilista Zezito Amaral, mãe de Jacqueline e Jeannine Amaral, ela estava internada há vários dias com delicado problema de saúde, não superado.

Velório e sepultamento

Velório acontece a partir de 7 horas deste sábado (1º), no Memorial Jardim das Palmeiras, Sala de Velório 1.

Sepultamento nesse mesmo dia, às 15h30, também no Memorial Jardim das Palmeiras.

Nota do Blog – Memórias de dona Elite Amaral remontam à minha infância. Que ela descanse em paz.

À sua família, o conforto de quem já conhece essa dor.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 31/10/2025 - 19:18h
Alves e Alves

Walter Alves ainda não disse “sim” ou “não” para o primo

Ilustração da Freepik

Ilustração da Freepik

Por Vicente Serejo (Cena Urbana, Tribuna do Norte)

O vice-governador Walter Alves (MDB) apoia a candidatura de Carlos Eduardo Alves (PSD) para a Câmara Federal?

O assunto está em sua mesa política mas, até agora, Walter não disse sim ou não.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 31/10/2025 - 17:50h
Luta renhida

Escolas privadas disputam preferência nas matrículas para 2026

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Está renhida a disputa entre escolas privadas de Mossoró para a conquista e manutenção de alunos para o próximo ano.

Tradição, didática, conceito, estrutura, equipe docente, gestão, custo e outros fatores estão nas avaliações de pais e responsáveis à escolha em 2026.

Não contam apenas as contas.

Muitos outros fatores acabam pesando à definição.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Educação / Gerais
sexta-feira - 31/10/2025 - 17:02h
Inscrições abertas

Igarn e Funcern farão seleção de pesquisadores bolsistas

Banner de divulgação

Banner de divulgação

O Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN), em parceria com a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (FUNCERN), torna pública a abertura das inscrições para o Processo Seletivo Simplificado destinado à formação de cadastro de reserva de pesquisadores-bolsistas.

O processo ocorre no âmbito do Termo de Fomento nº 01/2024 – Processo SEI nº 10110027.002029/2023-57, e visa selecionar egressos de cursos de nível superior para atuarem em projetos de pesquisa aplicada e inovação, conforme as normas e condições estabelecidas no edital.

As inscrições são gratuitas e estarão abertas a partir desta sexta-feira, 31 de outubro, exclusivamente no site da Funcern (www.funcern.br).

O objetivo do Processo Seletivo é formar cadastro de reserva de profissionais interessados em atuar, em caráter temporário, como pesquisadores-bolsistas no projeto “Pesquisa Aplicada para o Fortalecimento da Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte”, financiado pelo Governo do Estado, por meio do IGARN, em parceria com a FUNCERN.

Serão disponibilizadas 23 vagas para formação do cadastro de reserva. As bolsas terão vigência inicial de 12 meses, podendo ser prorrogadas até 3 de junho de 2027, ou por período superior, conforme critérios da administração pública.

Cada pesquisador-bolsista receberá bolsa mensal de R$ 3.000,00, com carga horária presencial de 30 horas semanais.

Todas as informações e comunicados referentes ao Processo Seletivo estarão disponíveis no site www.funcern.br e por meio do e-mail psigarn2025@funcern.br.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 31/10/2025 - 16:26h
Futebol

Galvão Bueno vai narrar Copa do Mundo pelo SBT

Bueno passou décadas na Globo (Foto: Reprodução)

Bueno passou décadas na Globo (Foto: Reprodução)

O SBT e a N Sports confirmaram parceria para transmitir a Copa do Mundo da FIFA 2026™, que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá. As emissoras exibirão 32 jogos, incluindo todas as partidas da Seleção Brasileira, em um modelo de simulcast, com a mesma equipe na TV aberta e na TV por assinatura.

O narrador Galvão Bueno estará de volta para comandar os jogos do Brasil, marcando sua 14ª Copa consecutiva. Ele comemorou o retorno, após décadas na Rede Globo:

“É uma emoção que se renova a cada Copa. Estar novamente com a Seleção e agora ao lado da N Sports e do SBT é um privilégio e uma responsabilidade imensa.”

O projeto também contará com Tiago Leifert, que dividirá a cobertura do maior evento esportivo do planeta.

Essa será a quinta Copa transmitida pelo SBT — as anteriores foram em 1986, 1990, 1994 e 1998. O retorno acontece 28 anos depois da última exibição.

A presidente do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, destacou o simbolismo do momento:

“Ter a Copa no SBT em 2026, narrada por Galvão Bueno e Tiago Leifert, é histórico. Vamos oferecer uma cobertura leve, emocionante e com o DNA da nossa emissora.”

Com informações de SBT

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Comunicação
sexta-feira - 31/10/2025 - 15:28h
5 de novembro

Coletiva vai marcar lançamento de livro sobre o Albergue de Mossoró

Material de divulgação do lançamento

Material de divulgação do lançamento

No dia 5 de novembro, o Albergue de Mossoró Edson Oliveira (ALBEM) realizará uma coletiva de imprensa, a partir das 9h, em sua sede, para anunciar o início da pré-venda do livro “Albem — O Albergue de Mossoró: trajetória de uma conquista”, de autoria de Edson Oliveira (in memoriam), fundador da instituição.

Organizada por Canindé Silva, com colaboração de Elizabeth Duarte, Mikaelly Oliveira e Rondinelli Carlos, a obra cita o apoio de várias pessoas que foram essenciais para o incentivo da trajetória do Centro Social Francisco Dantas, ONG mantenedora da UEI Júlio Galdino Neto, do Albem e do Projeto Konstelação.

O livro, editado pela editora Sarau das Letras, tem mais de 450 páginas com histórias contadas pela visão de Edson Oliveira, sobre como foram os primeiros anos da UEI Júlio Galdino Neto, bem como do processo de construção e consolidação do Albergue de Mossoró e os primeiros passos do Projeto Konstelação, sendo vinculado ao Centro Social e beneficiando dezenas de crianças da comunidade.

Durante o lançamento da pré-venda, serão apresentados os detalhes sobre o processo de organização do livro, bem como as formas de adquirir a versão física da obra. A pré-venda e o lançamento oficial do livro marcam as celebrações de 9 anos do Albem, cujas comemorações acontecem no mês de dezembro. Os recursos provenientes da venda desse livro serão direcionados para as manutenções e para as despesas da própria instituição.

Acesse nosso Instagram AQUI.

Acesse nosso Threads AQUI.

Acesse nosso X (antigo Twitter) AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2025. Todos os Direitos Reservados.