domingo - 04/05/2025 - 11:04h

Lugares de ontem

Por Odemirton Filho

Imagem ilustrativa gerada com recursos de inteligência artificial do Grok para o BCS

Imagem ilustrativa gerada com recursos de inteligência artificial do Grok para o BCS

Nas noites da Mossoró da minha juventude era comum os moradores do grande Alto de São Manoel voltarem a pé depois das festas, pois não tínhamos a insegurança e violência dos tempos atuais. Era uma turma de amigos que retornava das festas da ACDP, da AABB, dos festejos de Santa Luzia ou, quem sabe, das festas do Imperial e do clube Realce.

Como hoje, logo após as farras, as pessoas faziam um lanche para voltarem as suas casas. Não existia o famoso “Sebosão”. Havia a lanchonete Big-Burg, em frente a atual Estação das Artes. No bairro Doze Anos, a lanchonete de Dedé do Sandubar, figuraça!

No Alto de São Manoel, em frente a atual loja da Olinda Pneus, existia a lanchonete de Zecão. Era ali, na maioria das vezes, que eu ia saborear um “completo”. Eu e alguns amigos aproveitávamos para resenhar, conversar sobre a noite que findava.

Não existia essa ruma de opções de hoje em dia, hamburguerias, pizzarias. Açaí? Ninguém conhecia por essas bandas.

Lembrei desses fatos, pois soube há alguns dias, por meio do meu querido amigo Marcos Ferreira, do falecimento de Zecão. Aliás, ele morava e ainda mantinha a lanchonete, quase vizinho a casa do nosso dileto escritor, no conjunto Walfredo Gurgel. De vez em quando eu ia por lá, e aproveitava para colocar o papo em dia com Marcos Ferreira.

Zecão fez parte da Mossoró das antigas, nos bons tempos de minha juventude. Fazia parte do rol de figuras, como Dedé do Sandubar, Alberto do Big-Burg, Zé Leão, entre outros.

A vida é passageira, e vamos construindo a nossa história com fatos e pessoas que, de alguma forma, ou em algum momento, dela fizeram parte. Sim, “quando se vê, já se passaram cinquenta anos”.

Lembro-me do Frango de Olinda; da churrascaria Kancela; Severino da Carne Assada; O Laçador; da lanchonete Tube; A Geladinha; Sorveteria do Juarez; Pizzaria Hut; lanchonete do Matú; do restaurante de Chico, no conjunto Walfredo Gurgel; do Bar do Gordo, no Paraíba.

E você, qual o lugar vem à memória?

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 04/05/2025 - 10:32h

A nossa insignificância

Por Marcelo Alves

Imagem ilustrativa gerada com recursos de inteligência artificial  do Grok para o BCS

Imagem ilustrativa gerada com recursos de inteligência artificial do Grok para o BCS

Carl Sagan (1934-1996) – astrônomo, físico, biólogo, escritor, ativista e outras coisas mais – foi um dos maiores divulgadores científicos do século XX. Autor de muitos livros, para lá de vinte, ganhou um prêmio Pulitzer com “Os Dragões do Éden” (“The Dragons of Eden”, 1977). Seu romance “Contato” (“Contact”, 1985) foi adaptado para o cinema, em 1997, com título homônimo, tendo a bela Jodie Foster (1962-) no papel da protagonista. Cuidando de um tema caro ao autor, o nosso contato com extraterrestres, o filme fez sucesso.

Mas acredito que Sagan é hoje especialmente conhecido, para além das suas contribuições para a ciência, pela série “Cosmos” (“Cosmos: a Personal Voyage”), de 1980, da qual ele é um dos roteiristas e o apresentador. A série deu ensejo a um livro que, confesso, ainda não li.

“Cosmos” segue o modelo das suas primas “Civilização” (“Civilisation”, 1969) e “A escalada do homem” (“The Ascent of Man”, 1973). Treze episódios de pouco menos de uma hora cada. E, como consta da apresentação que possuo, em DVDs, comprada em alguma livraria de Londres, ela “conta a fascinante história de como cerca de quinze bilhões de anos de evolução cósmica transformaram matéria e vida em consciência, de como ciência e civilização cresceram juntos e, ainda, das forças e indivíduos que ajudaram a formatar a ciência moderna”.

Estou agora revendo, encantado, a dita cuja, como havia feito, nos anos 1980, adolescente, com o meu pai. Até sugeri a ele (meu pai) fazer o mesmo. Mas recebi como resposta: “Não, ela está datada”. Não sei de onde ele tirou todo esse conhecimento de astrofísica e da estrutura do DNA para dizer que “Cosmos” está “datada”. Vá lá. Existem mais mistérios entre ele e eu do que ousa perguntar a minha vã valentia. De toda sorte, a minha versão de “Cosmos” é de 2009, restaurada e remasterizada digitalmente, com “science updates” de bônus.

Já consegui assistir a dois episódios. Foi o suficiente para tirar um par de conclusões: a nossa insignificância cósmica e a nossa fragilidade como espécie e como indivíduos. Nesses dois episódios, Sagan, na sua “Espaçonave da Imaginação”, nos mostra um Universo com trilhões de galáxias e viaja dos confins deste (se é que o infinito tem “confins”), explicando as origens das estrelas, dos planetas e de maravilhas mais, passando pelo Grupo Local de galáxias, onde estão a vizinha Andrômeda e a nossa Via Láctea, entrando no Sistema Solar e chegando à querida Terra. Somos um grão de areia na imensidão cósmica.

Ele também discute a criação da vida. Das moléculas da vida, especulando se “nasceram” aqui entre nós, na Terra, ou se vieram de mundos distantes. E a origem bioquímica comum de todos os organismos terrestres nos leva à história da seleção natural e da seleção artificial. Genética, replicação e mutação. Caminhamos, alguns ficando no meio do caminho (como os gigantes dinossauros), e chegamos, por sorte e por diferenças, com a nossa inteligência, aonde estamos. Ainda assim, no calendário cósmico, nós humanos ocupamos apenas uns poucos segundos. Somos também insignificantes no tempo. Origem dos mundos e origem da vida, sabemos tão pouco.

Doutra banda, mesmo as nossas mais valiosas conquistas são perecíveis, a longo prazo ou num piscar de olhos. A série fala da escola e da Biblioteca de Alexandria, a mais badalada da Antiguidade, onde estudaram, nos seus papiros, gênios como Eratóstenes (276-194a.C.), Euclides (circa 300a.C.), Arquimedes (287-212a.C.), Ptolomeu (90-168) e, mais adiante, Hipátia (351/370-415), a primeira filósofa e matemática da história. Mesmo guardiã de tanto saber, a biblioteca foi destruída, talvez incendiada. Tudo perece, fato. Embora eu também tenha visto que a história da famosa biblioteca volta no último capítulo da série. Ansioso por lá chegar, na esperança de um renascimento.

Por fim, a própria vida/morte de Carl Sagan nos dá um alerta. Ele morreu jovem. 62 anos. Uma neoplasia na medula. Uma pneumonia oportunista. Nem toda ciência, dele e da medicina, foi capaz de contornar os desígnios de Deus ou do Cosmos.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
domingo - 04/05/2025 - 09:24h

O que aprendemos com a prisão de Collor de Mello

Por Rafael Mafei (Especial para a revista Piauí)

Collor de Mello sofreu processo de impeachment (Foto: Paulo Fridman/Sygma via Getty Images)

Collor de Mello sofreu processo de impeachment (Foto: Paulo Fridman/Sygma via Getty Images)

“Eu vim para enterrar César, não para louvá-lo”, diz o general Marco Antonio na peça Júlio César, de Shakespeare. A famosa citação foi relembrada por Fernando Collor de Mello em 15 de março de 2007, quando ele assumiu o mandato de senador por Alagoas e pôs fim a quinze anos de ostracismo. No plenário do Senado, o ex-presidente discursou por três horas e meia, defendendo sua versão dos fatos que levaram ao processo de impeachment contra ele. Falou sobre “a tortura, a angústia e o sofrimento” que enfrentara. A citação a Shakespeare fechou o solilóquio. “Eu vim para sepultar, com a permissão de vossas excelências, essa dolorosa lembrança.”

Na sexta-feira (25 de abril), Collor deixou a superintendência da Polícia Federal em Maceió rumo ao presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira. Muito mais do que em 2007, parece que só agora foi sepultada a dolorosa lembrança de sua presidência e dos primeiros tropeços da Nova República, que, como sabemos, não foram poucos.

Collor foi um dos muitos políticos que souberam surfar habilmente a transição da ditadura para a democracia. Começou a carreira à sombra do pai, Arnon, que foi suplente de deputado federal, governador e senador por Alagoas. Em quase trinta anos de vida pública, Arnon acumulou não apenas influência política na Arena, partido de sustentação da ditadura pelo qual seu filho Collor militou a partir dos anos 1960, mas também outras vantagens que costumavam beneficiar políticos e empresários alinhados ao regime, como concessões públicas de rádio e televisão.

Arnon não viveu para testemunhar como os conflitos pelo controle dessas empresas de mídia levaram seu filho caçula, Pedro, a fazer denúncias públicas que desaguaram no processo de impeachment contra seu primogênito. Até esse dia chegar, Collor viveu uma ascensão veloz na política, disfarçando com jovialidade o atraso e o conservadorismo que representava. O ex-presidente fez o país acreditar que ele era em tudo diferente, e melhor, do que os políticos brasilienses – mesmo daqueles que, ao contrário dele, haviam lutado pela democracia e pagado o duro preço de ser oposição à ditadura.

Ulysses Guimarães, patrono da Constituição, cheirava a naftalina perto do presidente que fazia jogging e pilotava um veículo aquático chamado jet ski, que àquela altura a maioria dos brasileiros sequer conhecia. No primeiro turno da eleição de 1989, o candidato que chegara à corrida presidencial como um desconhecido ex-prefeito de Maceió e ex-governador de Alagoas teve quase sete vezes mais votos do que Ulysses. No segundo turno, com ajuda de uma cobertura de imprensa enviesada em seu favor, superou Lula por 4 milhões de votos.

Na presidência, Collor foi em alguns sentidos pioneiro. Muito antes de Donald Trump e Steve Bannon adotarem a estratégia de choque e espanto (shock and awe), que consiste em despejar um sem número de políticas que desorientam oposição e imprensa, o mandatário alagoano tomou posse prometendo medidas que deixariam “a esquerda perplexa e a direita indignada”. Promessa cumprida. No primeiro dia do mandato, em março de 1990, Collor editou 22 medidas provisórias e nove decretos, implementando, entre outras coisas, o mais radical plano econômico da história do Brasil. O fracasso retumbante desse plano colaborou depois para sua derrocada.

Mas o maior legado que Collor deixou para nós foi, com alguma ironia, seu impeachment. Tratava-se de um processo pioneiro não só no Brasil, mas na América Latina. Inaugurou-se ali um mecanismo político que, como apontou o cientista político argentino Aníbal Pérez-Liñán, se tornou a nova face da instabilidade política no continente. A interrupção de mandatos presidenciais por atos legislativos substituiu os métodos violentos de outrora, como assassinatos e golpes militares.

O processo contra Collor não foi conduzido sobre bases frágeis e falsos pretextos, como ocorreu com Dilma Rousseff. Tampouco foi um episódio que enfraqueceu um partido importante do sistema político brasileiro, nem deixou traumas e ressentimentos sociais duradouros. Sabendo que a condenação e o afastamento de Collor eram questão de tempo, as autoridades encarregadas, principalmente o Supremo Tribunal Federal – naquela época um tribunal contido, composto por ministros desconhecidos do grande público e unanimemente respeitados na comunidade jurídica –, definiram rapidamente os ritos do processo na Câmara e no Senado, conferindo clareza e segurança jurídica para o deslinde da ação. Com exceção de algumas pequenas alterações definidas muitos anos depois, o rito fixado no caso Collor ainda hoje rege os processos de impeachment presidencial no Brasil.

Entre essas regras está o que chamamos de independência de instâncias, segundo a qual o processo no Senado não se confunde, nem depende, de processos paralelos que corram em outros foros. Por essa razão, Collor pôde, sem contradição, sofrer impeachment e ser absolvido no processo criminal ao qual respondeu no Supremo.

O ex-presidente era acusado de usar contas fantasmas para receber milhões de dólares de Paulo César Farias, o PC, figura obscura que trabalhou como tesoureiro na campanha presidencial de Collor. Documentos e testemunhas apontavam que as tramoias de PC beneficiaram diretamente o ex-presidente, inclusive com pagamentos de despesas pessoais de sua casa. No julgamento político, no Senado, Collor foi condenado e perdeu o mandato: além das vantagens financeiras comprovadas (que, a bem da verdade, eram insignificantes comparadas à sua fortuna familiar), pesou contra o presidente a indignidade trazida para o cargo – não apenas por Collor ter feito de um trambiqueiro como PC Farias a figura central dos negócios da República, mas também por seu comportamento errático durante a crise.

A cada nova descoberta incriminadora, Collor fornecia explicações que eram logo desmentidas por documentos ou testemunhas, fazendo-se parecer dissimulado e indecoroso.

O escândalo, depois disso, teve desdobramentos criminais. Collor teve de responder no STF, com outros oito réus, a uma ação penal por três imputações de corrupção passiva. Numa época em que o Brasil sequer tinha uma legislação sobre interceptações telefônicas, parte das provas colhidas contra o ex-presidente foi anulada. O Supremo entendeu que a gravação de uma conversa usada contra Collor fora obtida ilegalmente, assim como os registros da memória de computadores.

Os ministros também concluíram não haver prova de que, por meio de um ato presidencial, Collor havia compensado as vantagens recebidas. Essas considerações, que resultaram na absolvição de Collor, dificilmente teriam lugar no STF atual, pois mudaram tanto as leis quanto a disposição do Judiciário para usar o direito penal contra próceres do sistema político.

A condenação que levou Collor à prisão na semana passada nada teve a ver com os fatos que levaram ao seu afastamento da presidência. Foi, em vez disso, um desdobramento das grandes operações de combate à corrupção, que atingiram em cheio o alto empresariado e a política brasileiro nos anos 2010. Esse capítulo da Nova República deve muito à Constituinte de 1985, que deu poderes e independência inéditos ao Ministério Público. Deve também ao desenvolvimento de outros órgãos de investigação e controle, sobretudo os que monitoram transações financeiras.

Quase nada disso existia quando Collor escapou de sua primeira acusação criminal por corrupção. Desta vez foi diferente. Provas documentais de repasses feitos ao ex-presidente foram encontrados em posse do doleiro Alberto Youssef. Comprovou-se, além disso, que o senador atuou para garantir contratos ilegais junto à BR Distribuidora. A condenação por lavagem de dinheiro, que ajudou a levar Collor à cadeia, foi embasada em uma lei que sequer existia nos tempos de PC Farias.

Outra diferença fundamental entre esses dois momentos históricos é que, de uns anos para cá, a Justiça brasileira conheceu as alegrias e tristezas de protagonizar grandes empreitadas anticorrupção. Um tribunal célebre pela maneira como se expõe publicamente, seja como instituição ou por iniciativa pessoal de seus ministros, percebeu que há louros a serem colhidos por uma performance pública de justiça – e poucas coisas geram tanto engajamento, para usar uma palavra da moda, quanto colocar na cadeia um político percebido por todos como um representante da linhagem “como pode esse cara nunca ter sido preso?”. O difícil, nessa arte, é saber equilibrar o espetáculo da comunicação pública com as exigências jurídicas de um processo criminal legítimo, conduzido em obediência às regras do devido processo.

Neste caso, infelizmente para Collor, é difícil contestar o julgamento. Por ter corrido do começo ao fim no STF – já que o ex-presidente exerceu cargo de senador entre 2007 e 2023 e tinha foro privilegiado –, a ação penal contra ele não sofreu as mesmas máculas que prejudicaram os inquéritos da Lava Jato vindos de instâncias inferiores. Em maio de 2023, oito dos onze ministros do Supremo concluíram haver indícios robustos contra Collor, que foi condenado então a 8 anos e 10 meses de prisão.

Semiaberto

Seguiu-se uma série de recursos que terminaram na semana passada, quando o ministro relator do processo, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do ex-presidente. A decisão foi referendada pelo plenário na segunda-feira (28). Nessa quinta-feira, 1º maio, Moraes concedeu o regime semiaberto em caráter humanitário a Collor.

Eis uma importante lição que essa condenação nos deixa: nas ações que correm no STF do começo ao fim, a margem para questionamentos de natureza processual é consideravelmente menor. Questões de incompetência territorial, como as que anularam as ações contra Michel Temer na Justiça Federal do Rio de Janeiro, simplesmente não existem em casos assim. Mas não só isso: nesses processos, a autoridade que pode eventualmente reconhecer uma nulidade processual é a mesma que a causou – isto é, o próprio Supremo. Não há outra instância à qual recorrer, sobretudo em casos como o de Collor, que foi julgado diretamente no órgão máximo do tribunal, o Pleno.

A impossibilidade de recorrer é uma mitigação do direito de defesa que, há muitos anos, rende reclamações justas. Isso poderia ser atenuado por meio de reformas legislativas e regimentais, mas nem Congresso nem Supremo dão sinais de que tomarão providências. Não é bom agouro para Jair Bolsonaro.

Rafael Mafei é advogado e professor de Direito na USP e na ESPM. Publicou Como Remover um Presidente: Teoria, História e Prática do Impeachment no Brasil (Zahar)

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Categoria(s): Artigo / Opinião
domingo - 04/05/2025 - 08:28h

Boi Café

Por Bruno Ernesto

Talhão de café, Fazenda Rio Grande (Foto do autor da crônica)

Talhão de café, Fazenda Rio Grande (Foto do autor da crônica)

Nos últimos meses o café tem sido o centro de muitas notícias, desde questões relacionadas aos benefícios de sua ingestão, estilo de vida, tradição e, em especial, as questões relacionadas ao declínio de sua produção, aumento da demanda e a consequente disparada nos preços desse elixir que o mundo inteiro aprecia.

Tudo, absolutamente tudo, gira em torno dele. Se não concorda, é melhor sentarmos e discutirmos a questão enquanto tomamos um cafezinho.

Abstraindo todas essas questões, aproveitando o feriado do Dia do Trabalhador, juntei minha família e fomos conhecer a Fazenda Rio Grande, onde fica o cafezal mais antigo e ainda ativo do estado do Rio Grande do Norte, e que está encravado a 670 metros de altitude no município de Jaçanã, bem no topo da serra do Cuité, na divisa com o estado da Paraíba.

Durante o trajeto, percorremos o estado de uma ponta a outra, subindo serras e rasgando o sertão, que está verdinho e exuberante.

Após a calorosa recepção, e já deliciando um saboroso café mais que especial, recém-torrado, moído e preparado ali mesmo na entrada, rumamos para o cafezal e fomos conhecer aquele paraíso.

Conhecendo um pouco da história da fazenda, o seu responsável, Diogo Jeremias, nos contou que o plantio do cafezal teve início em 1981, e que após mais de duas décadas, houve um período de letargia em sua produção, só tendo sido efetivamente retomada com a eclosão da pandemia da Covid-19, época que retraçou os planos de muitas pessoas no mundo inteiro e o local, além de refúgio para a família, serviu como recomeço da atividade cafeeira.

Enquanto caminhávamos no cafezal, Diogo falava todos os detalhes da produção do café, bem como as técnicas de manejo, detalhes com microclima, em especial a necessidade de sombreamento do cafezal para proporcionar uma produção de excelência e consistente do café arábica lá produzido.

Ele me mostrou a enorme diferença no desenvolvimento dos pés de café que crescem sombreados por enormes cajueiros e os que não são, ainda que a temperatura local se mantenha em agradáveis 25 ou 26 graus Célsius em pleno meio dia.

Também notei que alguns bois e vacas bem nutridos e vistosos, ao longe, descansavam calmamente debaixo das copas dos enormes cajueiros em meio ao cafezal.

Por um instante – talvez pelo adiantado da hora e a fome já dando notícias – fiquei curioso para saber se eles comiam os frutos doces de café ali fartamente disponíveis, o que seria interessante, pois – imaginei -, quem sabe, o café desse um sabor especial à carne deles, tal qual os famosos porcos ibéricos têm a carne com sabor das bolotas (frutos do carvalho) que eles comem em abundância e que produzem o famosíssimo Jamón Pata Negra.

Seguindo, ao nos mostrar um outro talhão de café, percebi que esse aparentava ser bem mais jovem que os demais, e, por curiosidade, perguntei a respeito da irrigação, manejo e adubação do solo do cafezal.

Ele nos falou da necessidade de investimentos frequentes para a manutenção, melhoria e ampliação do cafezal, o que representa um enorme um desafio para quem produz cafés especiais.

Enquanto olhávamos para esse talhão jovem, ele contou que, para viabilizá-lo, precisou rifar um boi de estimação da fazenda.

Como sou apaixonado e apegado aos animais – não considere tanto o episódio do Jamón Pata Negra -, e sei que quando alguém fala que é de estimação, ainda que se trate de um boi, imaginei o quão doloroso deve ter sido desfazer dele para poder dar seguimento ao cafezal.

– E o destino do boi, Diogo?

Ele sorriu um tanto sem graça e disse que o arrematante não tinha estima pelo boi e selou o seu destino como se fosse um qualquer.

Seguimos o passo e, por breves três ou quatro segundos, perguntei a ele qual era o nome do boi de estimação.

E ele olhou sério para mim e falou seco:

– Boi Café.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 04/05/2025 - 07:16h

Manicômio digital

Por Marcos Ferreira

Cabeça do palhaço maluco (Fonte: Freepik)

Cabeça do palhaço maluco (Fonte: Freepik)

Desapego, quiçá altruísmo, abnegação, fidelidade ao seu destino de agregador de pinéis. Pode ser tudo isso e muito mais. Só sei que dessa forma, desinteressado de aplausos e lucro financeiro, o diretor deste manicômio digital, o jornalista e escritor Carlos Santos, reúne em seu blogue todos os domingos um expressivo e polimático número de malucos informais. Pois é. Temos aqui amalucados para todos os gostos e atribuições. A começar pelo próprio timoneiro desta nau psiquiátrica, que obviamente tem a sua parcela de insanidade.

Creio que alguém que bate direitinho da cachola não abraçaria essa missão de confraternizar e apaziguar mentes alvoroçadas. “Loucura! Loucura!”, diria o galáctico Luciano Huck, ele também um louco de pedra.

Claro que nem todos que orbitam em torno deste blogue são pirados. Há exceções. Especialmente no tocante aos leitores. Já alguns articulistas padecem de elefantíase do ego. Como os pavonescos Euzébio Ramalho e Gustavo Noronha, intelectuais com renome e prestígio na praça. Exibem um inegável grau de deficiência cognitiva em seus próprios artigos indecifráveis. Digo, a bem da verdade, que esses cavalheiros são mais que meros tipos egocêntricos. Tanto o senhor Ramalho quanto o senhor Noronha são profundos estudiosos de objetos voadores não identificados.

Existem aqueles que fazem questão de deixar bem claro que são doidos. É o caso, por exemplo, do meu estimado xará e jurisconsulto Marcos Araújo, o mais ilustrado e apaixonante maluco que conheço. Araújo, além de cronista invulgar, é comentarista deste espaço, ele que de quando em vez me dá a honra de emitir uma opinião construtiva sobre meus escritos.

Antes que alguém o diga, declaro que não sou nenhum alicerce de equilíbrio mental. A diferença entre mim e os pavões Ramalho e Noronha (suponho) é que estou sempre medicado e não misturo meus antipsicóticos com álcool. Aliás, não conheço o gosto de bebida alcoólica nenhuma. Muito menos posso afirmar que o senhor Ramalho e o senhor Noronha tomam remédio controlado.

Estou sóbrio desde o dia 10 de abril de 1970, há cinquenta e cinco anos. Mais de meio século remando contra as convenções sociais. E isso não tem relação com igreja evangélica nem católica, budismo, espiritismo ou candomblé. A minha sobriedade etílica, portanto, não está vinculada a nenhuma religião.

Sou desconfiado por natureza. Não boto a minha mão no fogo por esses messias e mitos que pipocam em toda parte deste país e do mundo. Enxergo tanta honestidade nessa récua de sacripantas quanto em uma cédula de trinta reais. Penso, todavia, que não somos frutos do acaso. Mas voltemos ao que de fato interessa. O papo aqui não é sobre credulidade ou descrença. Desejo abordar apenas a questão dos que possuem parafusos frouxos ou até faltando. Situação na qual possivelmente me encaixo. Meu alienista é quem pode falar melhor sobre o meu caos psicológico.

Entre os alvoroçados estão os doidos mansos, elementos deveras tranquilos, moderados, com a serenidade de um peixinho de aquário. Desse naipe aponto escribas como Bruno Ernesto, Odemirton Filho, Jessé de Andrade Alexandria, Ayala Gurgel e o delegado da Polícia Civil Inácio Rodrigues Lima Neto, sujeito de fino trato e um ficcionista dos melhores desta terra de Santa Luzia.

Um tanto mais incisivo, combativo, há o poeta e escritor de responsa François Silvestre. Em meio a esses (acho que já estou cometendo o pecado do esquecimento) não posso deixar de incluir o amigo e memorialista Rocha Neto, verdadeiro arquivo ambulante desta aldeia.

Carlos Santos, então, com a sua fleuma de monge tibetano, consegue harmonizar e socializar todas essas categorias de discípulos do saudoso Paulo Doido, cujo nome de pia é Paulino Duarte Morais, que se encantou aos sete dias de junho de 2024. Deixou para todos nós, tantãs, um robusto legado de doidices ora meio afobadas, ora bem-comportadas. Sua biografia de maluco beleza está gravada na história desta província e jamais será esquecida. Os doutores psiquiatras Dirceu Lopes e Roncalli Guimarães, que também possuem as suas neuras, ficaram desolados com o passamento de Paulo Doido. Infelizmente, apesar dos esforços, nosso editor nunca conseguiu firmar um contrato com Paulino Duarte para participar do BCS — Blog Carlos Santos.

Como os demais cronistas deste hospício, Paulo Doido teria bastante o que contar sobre suas andanças pelas ruas de Mossoró. Segundo uma fonte porra-louca, corre à boca miúda a notícia de que o diretor deste malucódromo adquiriu o passe de outro doido para jogar em nosso time de birutas. Minha fonte diz que se trata de ninguém mais, ninguém menos do que o ponta-esquerda Adélio Bispo, esfaqueador de elite predestinado. Será muito bem-vindo ao nosso manicômio digital.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 04/05/2025 - 05:40h

Depoimento – XIV

Por Ayala Gurgel

Imagem ilustrativa com recursos de inteligência artificial para o BCS

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B.O: N° 12-7192/2021

NATUREZA: INQUÉRITO INVESTIGATIVO

DATA DA COMUNICAÇÃO: 08 DE FEVEREIRO DE 2021

COMUNICANTE: SANDRA MARIA DA CONCEIÇÃO SALDANHA

A senhora Sandra Maria da Conceição Saldanha, trinta e quatro anos, casada, enfermeira do SAMU e residente nesta freguesia, compareceu a esta delegacia e noticiou, na qualidade de testemunha, perante mim, escrivã de polícia, fatos de que tem conhecimento envolvendo a morte do senhor Bartolomeu Barbosa da Silva. A depoente disse que foi a primeira a chegar ao local e não estava de serviço naquele dia, mas aquele era seu caminho habitual para retornar ao domicílio alugado por ela e outras colegas de trabalho durante a pandemia, como forma de proteger seus familiares. Disse que passa pela rua onde se deu o acontecido três vezes por semana, e, naquele início de noite estava voltando quando ouviu três disparos, o que a deixou atenta e a fez diminuir a marcha do carro, pois não sabia de onde vinha o perigo. Que, mais adiante, avistou o corpo ensanguentado na parada de ônibus e reconheceu se tratar de uma emergência, talvez associada aos disparos ouvidos, o que a levou a ligar para a polícia e o SAMU. Que, na qualidade de profissional qualificada e tendo observado não haver sinais de perigo, parou o carro no local para prestar os primeiros socorros. Logo constatou que a vítima estava sem vida, alvejada com três disparos, todos na região torácica. Ainda no local, achou a vítima parecida com um autor que gosta de ler, desde os tempos da faculdade, e, para tirar essa dúvida e ajudar na identificação, procurou por documentação nos bolsos da vítima e não encontrou nada, o que a levou a julgar que se tratava de latrocínio. A vítima pode ter reagido a um assalto, o meliante não gostou da reação e o alvejou à queima-roupa. Indagada sobre o que podia informar sobre a vítima e o estilo de vida que ela levava, a depoente declarou que sabia pouco sobre a vida pessoal do escritor, apenas que era considerado um dos maiores autores do século XXI, tendo deixado vasta produção literária, embora apenas um livro venha fazendo sucesso. Sabe também que ele não tinha recursos, pois os lucros das vendas não ficavam com ele, mas com sua editora, que comprou os direitos patrimoniais da obra. Que ele escrevia para ajudar as pessoas, como ele mesmo declarou em entrevista, de que de sua caneta nunca sairia uma palavra sequer para denegrir ou colocar qualquer pessoa para baixo, fosse quem fosse. Com sua arte, enaltecia a alma ou não escreveria, pois seus olhos só viam o que há de melhor nas pessoas. A depoente disse que tem conhecimento de vários escritos dele, dedicados às mais diferentes categorias sociais, inclusive uma composição que enaltece o trabalho das enfermeiras, a quem ele chamou de “anjos da guarda”. Segundo a depoente, ele foi, em vida, aquilo que podemos chamar de pronóico. Indagada sobre o significado do termo, a depoente esclareceu que se trata de classificação psiquiátrica para o tipo de pessoa que tem uma visão de mundo na qual as coisas que acontecem, acontecem sempre para o seu melhor possível. Completou dizendo que pessoas pronóicas são o oposto de pessoas paranoicas e estão sempre falando que tudo vai ficar bem, que vai dar certo, pois alguém ou algo está olhando por você, cuidando para que tudo ocorra da melhor forma possível. Que ela conhece muitas pessoas pronóicas, mas como ele, nunca tinha visto. Em vida, ele foi o exemplo vivo de pessoa pronóica, e o meio que usou para expressar isso foi a escrita. Que ele estava muito empenhado com a ideia de que podia mesmo ajudar as pessoas por meio das palavras. Que foi com o objetivo de ajudar as pessoas que escreveu o seu mais famoso livro, cujo título é “Humanos Melhores Virão”. Disse que o autor acreditava e escreveu que depois da pandemia irá surgir uma nova humanidade, que está sendo gestacionada no plano quântico, com o advento do que chamou de homo quanticum. Esta será a nova espécie, que substituirá o homo sapiens e passará a viver em simbiose com a vida do planeta. Seu livro foi traduzido para vários idiomas, um best-seller, e há quem o considere o novo Capital, graças ao conceito de “economia quântica” que ele introduziu. Que ao autor não coube nenhuma participação nos lucros, apenas conviver com a fama de ver seu livro sendo vendido sob outro nome, pois a editora achou que Bartolomeu Barbosa da Silva não era comercial. Foi assim que o livro passou a ser publicado sob o pseudônimo Barth S. A vítima afirmou, certa vez, não se importar, que Barth S era seu “eu quântico”. Indagada como a depoente reconheceu a vítima, mesmo o senhor Bartolomeu estando sem seus documentos, disse que foi o local do crime que a ajudou. Que, ao lado da parada de ônibus onde a vítima foi alvejada, havia um outdoor imenso com a propaganda do livro “Humanos Melhores Virão” e uma foto dele ao lado. Era o que tinha a relatar.

Ayala Gurgel é escritor, professor da Ufersa, doutor em Políticas Públicas e Filosofia, além de especialista em saúde mental

*O texto faz parte do livro homônimo e tem como desafio transformar a escrita ordinária, informal, em literatura, tal como os clássicos fizeram com as cartas (criando a literatura epistolar). Veja abaixo, links para as postagens anteriores:

Leia tambémDepoimento (02/02/2025)

Leia tambémDepoimento II (09/02/2025)

Leia tambémDepoimento III (16/02/2025)

Leia tambémDepoimento IV (23/02/2025)

Leia tambémDepoimento V (02/03/2025)

Leia tambémDepoimento VI (09/03/2025)

Leia tambémDepoimento VII (16/03/2025)

Leia tambémDepoimento VIII (23/03/2025)

Leia tambémDepoimento IX (30/03/2025)

Leia tambémDepoimento X (06/04/2025)

Leia tambémDepoimento XI (13/04/2025)

Leia tambémDepoimento XII  (20/04/2025)

Leia também: Depoimento XIII (27/04/2025)

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Categoria(s): Conto/Romance
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 04/05/2025 - 04:20h

Otto e Nelson, por todos os séculos e séculos

Por Ailson Teodoro

Lara e Rodrigues, amigos da redação e de vida (Fotomontagem do BCS)

Otto Lara Resende e Nelson Rodrigues, amigos da redação e de vida (Fotomontagem do BCS)

Otto Lara Resende (1922-1992) e Nelson Rodrigues (1912-1980) construíram uma amizade que teve início em 1948, quando se conheceram na redação do jornal carioca O Globo. Eram diferentes, inclusive no apelido que um dedicava ao outro. Otto adesivava Nelson de “Idade Média”, e esse retroagia o amigo para mais perto no tempo, o tratando por “Século XIX.”

Otto, Mineiro de São João Del-rey, era brilhante jornalista, escritor, gramático e um memorialista de visibilidade nacional. Era afável e admirador de grandes intelectuais como Fernando Sabino e Rubem Braga.

Otto Lara Resende brilhou também como redator do Jornal Última Hora.

Por muitos anos, eles alimentaram uma amizade inabalável, mas que não teve fim pela prudência e razoabilidade de Otto, em especial diante da peça rodriguiana “Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária”, de 1962.

Ela ficou cinco meses em cartaz e causou desprazer a Otto, que afastou-se um tempo de Nelson. Mas não colocou um ponto final na amizade.

Nelson, Pernambucano do Recife, destacou-se com inteligência inclinada a encantar seus leitores.

Nos trabalhos e obras que coordenou como diretor, dramaturgo, no teatro, no jornalismo e, principalmente, escrevendo “A vida como ela é…, ou suas crônicas sobre futebol, ele conseguia aguçar seus fãs com a magia que rebentava da sua genialidade.

Quando o tema é dramaturgia, mesmo tendo falecido há quase meio século, Nelson ainda é visto como o maior nome da dessa produção artística, em nosso país.

O Nelson, tido em grande conta como um ser nocivo, cético e pessimista, carregava o gosto amargo da derrota.

Em momento algum ele acreditava que algo em sua vida ia dar certo. Reclamava da vida e falava que a morte era um presente que recebíamos por termos vividos.

Um dos diálogos mais conhecidos com seu amigo e companheiro de redação, Otto, foi no Amarelinho, depois de longa jornada de trabalho:

Otto diz: “Eu fico triste quando lembro que um dia vou morrer. A vida é ótima. Acho uma merda quando sei que vou morrer”.

Rodrigues, já embriagado, responde: “Não, Otto, a vida é uma merda porque a gente tem que viver”.

Tolerante e fino – até determinado limite -, para quem já conhecia as numerosas tragédias que atingiram sua família, ele era também um fanfarrão. E entrou para história do nosso país deixando cunhadas uma série de frases que ficaram marcadas na história:

“Sou Reacionário. Minha reação é contra tudo que não presta”.

“Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.

“Invejo a burrice. Porque é eterna”.

Em minha visão, só existia amizade por parte de Otto Lara. Nelson “sacaneava” qualquer um, com rótulos e termos depreciativos e ultrajantes como fizera várias vezes com com o amigo de redação e vida.

Em relação àqueles anos, não podemos deixar de falar sobre Ditadura Militar. Olvidar ninguém consegue, é o fato de Nelson Rodrigues ter apoiado o regime, bajulando-o e o endeusando; glorificando e louvando aquilo que depois prendeu e torturou seu filho Nelsinho.

Era visto por vários colegas como cupincha do presidente e general Garrastazu Médici. No final da vida, revisou suas posições e defendeu com devoção canina anistia aos presos políticos.

A genialidade de Nelson era tão assombrosa, que ele escrevia em um só dia três colunas sobre futebol, política e “A vida como ela é…

Bem, essa foi minha singela contribuição sobre esses dois grandes escritores da literatura, teatro e dramaturgia nacional.

Agora, encerro esse alinhavado texto, pois não sou “Sapateiro das Letras”, nem possuo habilidade e vocação no trato das palavras como outros colaboradores do Nosso Blog.

Ailson Teodoro é bacharel em direito e pós-graduado em Direito Constitucional

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Categoria(s): Crônica
sábado - 03/05/2025 - 23:52h

Pensando bem…

“A saudade é a única dor que me faz esquecer as outras dores.”

Mia Couto

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Categoria(s): Pensando bem...
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 03/05/2025 - 21:52h
No Frasqueirão

ABC perde de virada numa grande partida de futebol

Até que o ABC saiu na frente no placar, mas terminou sendo derrotado no Estádio Frasqueirão, neste sábado (03), pelo Ituano: 2 x 3.

O jogo emocionante foi pela quarta rodada da Série C do Campeonato Brasileiro 2025.

Ramon, Vinícius Popó e Neto Berola marcaram os gols do time paulista e Matheus Martins e Bruno Bispo fizeram os do alvinegro.

Com o resultado, o ABC se mantém na 15ª colocação e ainda sem vencer na competição. Enquanto isso, o Ituano assume a liderança isolada da competição.

O alvinegro volta a campo no próximo sábado (10), diante do Brusque, em Santa Catarina, às 19h30. Na segunda (12), o Ituano recebe a Ponte Preta.

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Categoria(s): Esporte
sábado - 03/05/2025 - 15:46h
Blog Carlos Santos

Dezoito anos depois

Imagem com recursos de Inteligência Artificial, em estilo aquarela, a partir de foto de 2020

Imagem com recursos de Inteligência Artificial, em estilo aquarela, a partir de foto de do dia 02 de abril de 2020

Há exatos 18 anos – 03 de maio de 2007 – o Blog Carlos Santos entrava no ar. De forma ainda precária, aos trancos e barrancos, deu as caras como um dos pioneiros da blogosfera, no papel de diário jornalístico virtual, sendo hoje um dos mais longevos do RN. Era uma época de supremacia absoluta de veículos tradicionais de mídia, quando não existiam redes sociais poderosas como o WhatsApp e Instagram, que hoje pontificam.

Esse domínio (endereço postal) foi antecedido por protótipo que ficou no ar de forma experimental por um ano, o Carlos Santos On-line (veja AQUI), página do Blogger – plataforma de blogs on-line gratuita adquirida pelo Google em 2003.

Em casa ‘própria’ estamos aqui há todo esse tempo e com números que nunca imaginamos atingir.

*São 216 meses em atividade sequencial;

*São 6.755 dias de produção (incluindo os anos bissextos de 2008, 2012, 2016, 2020 e 2024);

*São 65.591 postagens veiculadas, incluindo essa que você lê agora. Porém, mais de 450 se perderam devido ataques de hackers e outros incidentes;

*São mais de 172 mil comentários postados.

*Mais de 26,253 milhões de acessos cumulativos.

Grato à família e pela bênção da vida. Que bom ter um ofício que ainda empolga. Como faz bem o aprendizado incessante e a companhia fiel de milhares de webleitores.

Muito obrigado a tantos apoios do pessoal técnico, anônimos solidários e amigos jornalistas que chegaram a me substituir em momentos pontuais, sem que caíssem produção e qualidade.

Só gratidão pela convivência plural com os que se afinam, mas também com os discrepantes.

Meu agradecimento a dezenas de colaboradores que escrevem dominicalmente ou em situações excepcionais.

Minha reverência aos que me corrigem; gente colaborativa, interessada no bom conteúdo, zelando também pela produção final.

Chegar até aqui não tem um pingo de heroísmo. Não sou mártir nem vítima. O jornalismo não deve ser glamourizado. Isso é tarefa operária, mas que precisa ser feita com fervor, apetite e paixão.

O fim está próximo, creio. São quase 40 anos de profissão que batem à porta. Exaustão física, cansaço mental, limitações intelectuais e novas prioridades que chegam com a idade outonal, não apontam para muito mais tempo nessa missão. Contudo, até lá, sempre haverá entrega máxima.

Enquanto der, dará.

P.S – Provavelmente não é coincidência: hoje também seria aniversário de Dona Maura, minha mãe, falecida dia 4 de dezembro de 2009. Sempre tem a luz dela.

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Categoria(s): Comunicação / Comunicado do Blog / Política
  • San Valle Rodape GIF
sábado - 03/05/2025 - 11:30h
Brasília

Ministro da Previdência pede exoneração; Lula empossa substituto

Lula e Lupi têm nome amarrado de Carlos Eduardo (Fotos: Ricardo Stuckert/Renato Araujo/Agência Brasil)

Lula e Lupi se acertaram para tentar estancar crise (Fotos: Ricardo Stuckert/Renato Araujo/Agência Brasil/Arquivo)

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (02), 9 dias depois da Polícia Federal (PF) revelar investigações sobre um esquema de descontos em aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O prejuízo estimado da fraude é de R$ 6,5 bilhões no período de 2019 a 2024.

O ex-ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto pela tarde.

O encontro não constava na agenda oficial.

O presidente Lula tratou logo de botar um substituto em seu lugar, mas sem tirar o PDT da cadeira (veja mais abaixo).

O pedetista foi aconselhado por deputados a pedir demissão sob a condição de que firmasse o discurso de que as fraudes começaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as apurações ficaram a encargo do governo petista. Em seu perfil no X (ex-Twitter), o pedetista agradeceu ao chefe do Executivo pela confiança e pela oportunidade de comandar um ministério. Reiterou que seu nome não foi citado em nenhuma investigação em curso.

As atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) mostram que Lupi foi alertado sobre o aumento de descontos não autorizados em aposentadorias em junho de 2023, mas levou 10 meses para tomar alguma providência.

Substituto

O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, 52 anos, foi empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta 6ª feira (2.mai.2025). Filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), o ex-deputado federal assume o ministério depois do pedido de demissão de Carlos Lupi.

Secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Wolney Queiroz é da base aliada ao governo. Está filiado ao PDT desde 1992 e é o atual presidente estadual do partido em Pernambuco. Iniciou sua carreira política como vereador em Caruaru (PE), no ano seguinte.

Foi deputado federal por seis mandatos, mas não se reelegeu em 2022.

Wolney Queiroz teve seis mandatos de deputado federal (Foto: redes sociais)

Wolney Queiroz teve seis mandatos de deputado federal (Foto: redes sociais)

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Categoria(s): Política
sábado - 03/05/2025 - 10:32h
Apoio

Associação Amor recebe R$ 50 mil de emenda de Kleber Rodrigues

Petras intermediou emenda de Kleber Rodrigues (Foto: Arquivo)

Petras intermediou mais uma emenda importante de Kleber Rodrigues (Foto: Arquivo)

A Associação de Pais e Amigos dos Autistas e TDAH de Mossoró e Região (Associação AMOR) recebeu uma emenda parlamentar no valor de R$ 50 mil, destinada pelo deputado estadual Kleber Rodrigues (PSDB). A entrega simbólica do recurso foi feita pelo vereador Petras Vinícius (PSD), que articulou a solicitação junto ao parlamentar em nome da associação.

Petras destacou a importância do fortalecimento de entidades que atuam diretamente com o público autista. “Essa emenda representa o compromisso do deputado Kleber com a causa e com a AMOR. Eu tive a alegria de fazer esse elo entre a instituição e o mandato do deputado, por ser testemunha do trabalho sério e transformador das duas partes. Como vereador, meu papel é dar voz a essas demandas e buscar parcerias que ajudem a transformar a realidade dessas famílias”, assegurou.

O deputado Kleber Rodrigues, reafirma seu apoio ao trabalho da associação e parabenizou a iniciativa do vereador Petras. “Fico feliz em poder contribuir com o trabalho da AMOR, que é uma referência na região. Atendendo à solicitação do vereador Petras, meu amigo, destinamos essa emenda como reconhecimento da importância desse serviço prestado aos que precisam do nosso trabalho.”

A presidente da AMOR, Graça Nunes, agradeceu a iniciativa e ressaltou o impacto positivo que o recurso trará para as atividades da instituição.

A parceria entre o vereador Petras e o deputado Kleber Rodrigues já rendeu a associação quase R$ 100 mil em emendas e reforça o compromisso com políticas públicas inclusivas e o apoio a instituições que promovem cidadania e direitos para pessoas com deficiência.

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Categoria(s): Gerais / Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 03/05/2025 - 09:22h
Luto

Morre em Fortaleza o “Professor Coelho”, nome importante para a Uern

Professor Coelho ao lado da irmã Ruth Foto: arquivo de família)

Professor Coelho ao lado da irmã e médica Ruth, em Fortaleza (Foto: arquivo de família)

A família Coelho-Figueiredo perdeu um de seus membros. Da prole de 12 filhos do casal Luiz Nicomedes de Figueiredo e Nayde Coelho de Figueiredo, quem faleceu nessa sexta-feira (02), em Fortaleza-CE, aos 92 anos, foi o economista e professor aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC), Francisco Coelho de Figueiredo.

Seu velório ocorre na capital cearense até às 15 horas deste sábado (03), na Funerária Ternura (R. Padre Valdevino, 2255 – Aldeota), sala Gratidão. No local haverá missa de corpo presente. O sepultamento acontecerá no Cemitério São João Batista, na mesma cidade, às 16h30.

O professor Coelho foi bastante ligado a Mossoró por laços familiares e por missões importantes que cumpriu no campo acadêmico. Recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” da Universidade do Estado do RN (UERN), em 2002, por papel importante no reconhecimento do curso de Geografia. À época, ele integrava colegiado imprescindível no processo, o Conselho Federal de Educação (CFE). A Uern tinha o professor Walter Fonseca na reitoria.

Coelho também é irmão do empresário Rútilo Coelho, cearense de Milagres, como ele, mas radicado em Mossoró desde os anos 70. Outros irmãos migraram para o solo mossoroense, numa leva de Coelhos-Figueiredos, casos ainda de Rinaldo, Rubens, Ary, Graça e Fátima.

Nota do Blog – Que o Professor Coelho descanse em paz. A minha solidariedade a seus familiares e amigos.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 03/05/2025 - 06:48h
Conflito

Tibau e Icapuí brigam por espaço territorial que tem polêmica há séculos

Máquina botou no chão sinalização que Prefeitura de Icapuí fixou (Foto: reprodução)

Máquina botou no chão sinalização que Prefeitura de Icapuí fixou (Foto: reprodução)

A Prefeitura de Tibau (RN) removeu – com uso de máquina pesada – placa que demarcava a divisa entre os estados do Rio Grande do Norte e Ceará, nos limites com Icapuí, do lado cearense. Foi nessa sexta-feira (02). A prefeita Lidiane Marques (UB) veiculou vídeo em redes sociais em que mostra sua decisão, amparada por decreto municipal publicado no mesmo dia.

A placa foi fixada pela Prefeitura de Icapuí, gestão de Francisco Kleiton Pereira (PSD). A interpretação dele é de que a municipalidade potiguar, vizinha, apropria-se de território geográfico que não lhe pertence.

A polêmica quanto à territorialidade e divisa entre os estados, nessa faixa de litoral, não é nova. Por muitas décadas o “nem Ceará nem RN” tem imperado. Porém, o caso é muito mais antigo. Conte séculos.

A disputa remonta ao período colonial, envolvendo inicialmente a região das salinas do rio Mossoró e áreas limítrofes.  O conflito ficou conhecido como a “Questão de Grossos”, pois envolvia a posse e jurisdição sobre a localidade de Grossos e terras contíguas.

Duelo legal e Rui Barbosa

A controvérsia começou no século XVIII, quando a Coroa Portuguesa, por meio da Carta Régia de 1793, atendeu a um pedido cearense para ampliar seus limites. A demarcação não especificou claramente o ponto exato do rio que serviria de divisa, levando a interpretações divergentes entre as capitanias e, mais tarde, entre os estados.

O conflito reascendeu com força após a Constituição de 1891, que deu mais autonomia aos estados para gerir impostos, especialmente sobre o sal, um produto estratégico na região.

Em 1903, Rui Barbosa foi contratado como advogado do RN e atuou no processo que se arrastou até 1920. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em favor do RN. Porém, até hoje persiste o “nem nem” que tem em jogo, invisível, grandes interesses econômicos/tributários.

Veja AQUI vídeo com a prefeita de Tibau justificando derrubada.

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Categoria(s): Gerais / Política
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 02/05/2025 - 23:52h

Pensando bem…

“A coisa mais difícil de explicar é a evidência que todos decidiram não ver.”

Ayn Rand

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sexta-feira - 02/05/2025 - 20:24h
Avanço

Prefeito de Assú ganha alta de UTI em hospital de Natal

 

Cópia do Boletim Médico reproduzido pela Secretaria de Comunicação da PM de Assú

Cópia do Boletim Médico reproduzido pela Secretaria de Comunicação da PM de Assú

O prefeito de Assú, Lula Soares (Republicanos), ganhou alta nesta sexta-feira (02) da UTI do Hospital Unimed em Natal.

Ele passou cinco dias internados, sob diagnóstico de dengue hemorrágica.

Foi transferido para apartamento do mesmo hospital, mas com restrições à visita.

O comunicado é da Prefeitura de Assú

Leia tambémCom dengue, prefeito é transferido para outro hospital

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sexta-feira - 02/05/2025 - 09:44h
Governo do Estado

TRT-RN convoca credores que desejam aderir ao Acordo Direto

Arte do TRT/RN

Arte do TRT/RN

Foi publicado, no site do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN), o Edital de Convocação nº 001/2025 para a habilitação de credores interessados em conciliar precatórios trabalhistas devidos pelo Estado do Rio Grande do Norte (Administração Direta e Indireta). O prazo para adesão é de 30 dias úteis e o deságio máximo para o acordo é de 40% incidente sobre o valor atualizado do crédito de cada credor.

Segundo o Edital assinado pelo juiz auxiliar da Coordenadoria de Precatórios e Requisitórios do TRT-RN, Higor Sanches, somente serão considerados válidos os pedidos de acordo direto enviados à Coordenadoria no prazo e nas condições estabelecidas na publicação.

“O pedido de habilitação deve ser formulado, exclusivamente, por meio de procurador habilitado no PJe 1º grau e no precatório 2º grau e com a concordância expressa do credor às condições do acordo, por meio de peticionamento ao Precatório Requisitório autuado ou migrado ao PJe 2º grau, nominando o tipo de documento “Acordo” e a descrição “Manifestação ao Acordo Direto”, informa o Edital.

Manifestação

Segundo o documento, a manifestação de interesse, por si só, não garante à parte credora o direito de receber o seu crédito, não gerando qualquer direito subjetivo ao pagamento, pois constitui mera expectativa, bem como à disponibilidade de recursos financeiros disponíveis na conta judicial reservada aos acordos diretos.

Ainda, de acordo com a publicação, o credor inscrito e não contemplado permanecerá em sua posição original na lista de ordem cronológica do Ente Devedor ou na lista da prioridade eventualmente deferida.

Acordo Direto

Desde 2024, quando o TRT-RN firmou acordo de cooperação com a Procuradoria para regulamentar o Acordo Direto em precatórios do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, já foram pagos R$ 19.656.304,96 para 188 pessoas.

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sexta-feira - 02/05/2025 - 09:00h
Em Mossoró

Quadro de saúde de Elviro Rebouças é bastante promissor

Elviro segue intubado, mas consciente e respondendo a todos os comandos (Foto De Fato/Arquivo)

Elviro segue intubado, mas consciente e respondendo a todos os comandos (Foto De Fato/Arquivo)

Ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró, economista e empresário, Elviro do Carmo Rebouças segue internado no Hospital Wilson Rosado em Mossoró. Está internado desde a sexta-feira (25) com problemas de infecção pulmonar.

“Continua intubado porém acordado, respondendo todos os comandos solicitados e plenamente consciente”, informa sua família.

Veja abaixo novo boletim sobre seu quadro clínico:

Elviro continua evoluindo muito bem.

Infecção em franca melhora. Torcer para Não sermos surpreendidos com nova infecção, mantendo toda vigilância a respeito.

Função renal estável sem necessidade de diálise, pelo contrário. Impressão que está se afastando da necessidade até o momento.

Não está precisando de drogas para manter nível pressóricos. Pelo contrário, nessa sexta-feira (02) deve voltar medição habitual para baixar.

Continua intubado porém acordado, respondendo todos os comandos solicitados e plenamente consciente. Está acordado, respondendo a todos os comandos solicitados e entendendo tudo que é falado.

Parte infeciosa praticamente normalizada. Tendência é evoluir mais do ponto de visto respiratório assumir mais o controle da respiração para ser retirado, se Deus quiser, do ventilador mecânico.

Do ponto de viste respiratório, segue evoluindo, porém ainda no aguardo de assumir o controle da respiração para logo, se Deus quiser, poder ser extubado. É a meta para próximos dias, caso continue evoluindo.

No geral, boa notícias e uma evolução muito positiva.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 02/05/2025 - 08:22h
Luto

Brasil perde a voz única de Nana Caymmi

Nana Caymmi, nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, foi uma das maiores intérpretes da música popular brasileira, reconhecida por sua voz marcante e trajetória que atravessou gêneros como bolero, samba, jazz e a própria MPB. Ela faleceu nesse dia 1º de maio, aos 84 anos, após nove meses de internação devido a complicações cardíacas e outras comorbidades.

Com problemas de saúde nos últimos anos, incluindo um câncer de estômago em 2015 e, mais recentemente, complicações cardíacas que exigiram a implantação de um marcapasso, Nana foi afetada por disfunção de órgãos múltiplos, após longa internação na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro-RJ.

Filha do renomado compositor baiano Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Nana cresceu em um ambiente musical, ao lado dos irmãos Dori e Danilo Caymmi, ambos músicos de destaque. Sua estreia na música foi precoce: em 1960, ainda adolescente, gravou com o pai a canção “Acalanto”, composta por Dorival especialmente para ela.

Nana iniciou sua carreira solo em 1965, com o álbum “Nana”, e, ao longo das décadas, lançou mais de 30 discos de estúdio, além de projetos em DVD.

Considerada uma das melhores intérpretes do país, Nana recebeu o Troféu Villa-Lobos de Melhor Cantora do Ano em 1976 e foi indicada quatro vezes ao Grammy Latino, vencendo em 2004 com o álbum “Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo”

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quinta-feira - 01/05/2025 - 06:48h
Política e sindicalismo

Lula evita novo vexame público e se distancia de atos no 1º de Maio

Em 2024, houve fracasso em evento, o que irritou bastante Lula (Foto: reprodução)

Em 2024, houve fracasso em evento, o que irritou bastante Lula (Foto: reprodução)

Do Poder 360

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de participar dos atos deste 1º de Maio – data em que se comemora o Dia do Trabalho– organizados pelas centrais sindicais em São Paulo. O petista quer evitar um desgaste político de estar presente em um evento que provavelmente será esvaziado. Será no Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo-SP, a partir das 11 horas.

Em São Bernardo do Campo, berço político e sindical de Lula, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) resolveu fazer um ato público à parte, distante das outras entidades sindicais.

Desde que começou seu terceiro mandato presidencial em 2023, é a primeira vez que ele se esquiva de presença em comemoração do 1º de Maio.

A decisão, porém, ganhou maior peso depois da revelação de fraudes no INSS. Em 2024, o ato das centrais teve um público de pouco mais de 1.600 pessoas, de acordo com levantamento da USP (Universidade de São Paulo). O evento foi realizado no estacionamento da Neo Química Arena, do Corinthians, na zona leste de São Paulo-SP.

Na época, Lula reuniu centrais sindicais e 9 ministros. Diante de um público diminuto, deu uma bronca no ministro Márcio Macêdo, que comanda a Secretaria Geral da Presidência, órgão ligado aos movimentos.

Lula classificou o ato como “mal convocado”.

Desde então, outras manifestações convocadas pela esquerda também tiveram pouca participação popular.

Em 30 de março, o ato chamado pelo deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) em protesto à discussão do projeto de lei 2.858 de 2022 que anistia os condenados do 8 de Janeiro reuniu cerca de 5.500 pessoas na av. Paulista, em São Paulo. O público foi bem menor do que os cerca de 26.000 ativistas pró-Bolsonaro que defenderam o mesmo projeto de lei em um ato realizado duas semanas antes na praia de Copacabana, no Rio.

Saiba mais clicando AQUI.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
quarta-feira - 30/04/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“Quem é sábio, aprende muito com os seus inimigos.”

Aristófanes

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quarta-feira - 30/04/2025 - 22:24h
Programação

Festa de Sant’Ana 2025 em Caicó terá grandes atrações

Banner de divulgação

Banner de divulgação

A Prefeitura Municipal de Caicó, por meio da empresa Collab, divulgou oficialmente a programação artística que vai agitar o Complexo Turístico Ilha de Sant’Ana e no palco do coreto durante a tradicional Festa de Sant’Ana 2025. Este ano, a programação é considerada a maior de todos os tempos, reunindo grandes nomes da música nacional e talentos locais em cinco dias de celebração, cultura e turismo.

As apresentações acontecerão entre os dias 23 e 27 de julho, levando para Caicó artistas como Wesley Safadão, Xand, Natanzinho Lima, Henry, Seu Desejo, Jonas Esticado, Pablo, Zé Vaqueiro e a presença especial da Irmã Kelly Patrícia no encerramento.

Programação

Quarta-feira, 23/07 – Praça do Coreto

• Jonas Esticado
• Arnaldinho Netto

Quinta-feira, 24/07 – Ilha de Sant’ana

• Iguinho e Lulinha
• Natanzinho Lima
• Henry Freitas
• Kelvin Pablo
• Solange Silva

Sexta-feira, 25/07 – Ilha de Sant’ana

• Xand
• Wesley Safadão
• Kadu Martins
• Raynel Guedes
• Evan

Sábado, 26/07 – Ilha de Sant’ana

• Pablo
• Seu Desejo
• Zé Vaqueiro
• Mikael Santos
• Rodolfo Lopes

Domingo, 27/07 – Ilha de Sant’ana

• Irmã Kelly Patrícia

A gestão municipal reforça que toda a estrutura do Complexo Turístico Ilha de Sant’Ana será preparada para receber o público com segurança, conforto e qualidade, garantindo uma festa inesquecível para moradores, visitantes e turistas.

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