domingo - 21/12/2025 - 11:04h

Os limites éticos do ‘poder moderador’ da República

Por  Christian Lynch

Sede do STF em Brasília (Foto: EBC)

Sede do STF em Brasília (Foto: EBC)

O Supremo Tribunal Federal (STF) não se tornou o centro do sistema político brasileiro por acaso, nem por voluntarismo de seus ministros. Esse deslocamento é resultado de um longo processo iniciado com a Constituição de 1988, aprofundado pela fragmentação do sistema partidário, acelerado pela crise de governabilidade do presidencialismo de coalizão e consolidado após 2013, quando a política passou a transferir sistematicamente seus impasses para o Judiciário. Desde então, o STF deixou de ser apenas uma corte constitucional para se tornar instância arbitral permanente de conflitos estruturais — eleitorais, federativos, econômicos e culturais — que a política já não consegue resolver por si mesma.

Essa centralidade produziu efeitos ambivalentes. Em momentos críticos, como durante a erosão democrática do ciclo bolsonarista, o Supremo funcionou como dique de contenção institucional. Ao mesmo tempo, acumulou um poder simbólico e decisório inédito na história republicana, aproximando-se, na prática, de um papel moderador informal. Não foi apenas entre os militares que prosperou, desde a instauração da República, o imaginário de herdeiros do quarto poder imperial. Ele também se difundiu entre atores jurídicos, com a diferença de que, nesse caso, o papel foi atribuído ao Supremo. Na discussão relativa à criação dessa função na Constituinte de 1890, enquanto o ministro da Justiça do governo provisório enunciava as atribuições da nova corte, o deputado Gonçalves Chaves não hesitou em intervir em aparte: “É o poder moderador da República”.

Quanto mais concentrado o poder, mais estreita se torna a margem para ambiguidades

É precisamente aí que surge o problema: instituições que ocupam posições excepcionais não podem operar segundo padrões éticos ordinários. Quanto mais concentrado o poder, mais estreita se torna a margem para ambiguidades. Como titular do Poder Moderador do Império, Dom Pedro II teve decisões frequentemente contestadas no plano político, mas nunca se colocou em dúvida, de modo sério, sua imparcialidade ou sua honestidade pessoal. Ao contrário: entrou para a história republicana como uma figura paradoxalmente celebrada — a do “imperador republicano”. O próprio Rui Barbosa, que participou do golpe republicano, o reconheceria em discurso de 1914: “No outro regime, o homem que tivesse certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre —

as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade gerais”.

Em chave distinta, foi também em nome de uma missão regeneradora que o chamado judiciarismo, ao longo da República, atribuiu ao Supremo Tribunal papel de velar — e às vezes de garantir — contra as tendências oligárquicas, autoritárias e patrimoniais do novo regime os princípios democráticos, liberais e republicanos inscritos em suas constituições. Não foi outro o sentido da pregação do próprio Rui Barbosa e de outros juristas liberais, alguns dos quais vieram a ocupar cadeiras no Supremo Tribunal Federal: Pedro Lessa, João Mangabeira, Levi Carneiro, Aliomar Baleeiro. A frustração dessas expectativas marcou a posição de outros, como Afonso Arinos de Mello Franco, que preferiu apostar no parlamentarismo.

Desde 1988, porém, afastado o Exército como concorrente, o Supremo passou aparentemente a corresponder às expectativas do judiciarismo, chegando mesmo ao exagero de oferecer, na década passada, pleno respaldo institucional ao chamado “tenentismo togado” da Lava Jato. Juízes e promotores de Curitiba e seus aliados — a começar pelo então procurador-geral da República — apresentaram esse movimento como esforço indispensável para “passar o país a limpo”. Foi também o período em que o ministro Luís Roberto Barroso sustentava ser função da Corte exercer um papel “contramajoritário, representativo e iluminista”, capaz de “atender demandas sociais que não foram satisfeitas a tempo pelo Legislativo” e de atuar em “conjunturas nas quais é preciso empurrar a História”.

O problema é que esse discurso republicano do atual “poder moderador” da República vem sendo, nos últimos anos, comprometido pela opacidade da atuação de alguns de seus próprios membros.

O debate recente sobre a atuação profissional de familiares de ministros do STF — em especial no campo da advocacia — deve ser compreendido nesse registro. Não se trata, ao menos em sua formulação séria, de imputar ilegalidade ou de insinuar corrupção. O próprio Supremo, em julgamento anterior, entendeu não haver impedimento jurídico para que cônjuges ou parentes próximos mantenham escritórios de advocacia, inclusive com atuação perante a Corte, desde que o ministro diretamente relacionado se declare impedido. Essa solução pode ser defensável à luz de uma leitura estritamente processual das regras de impedimento. O que ela ignora é a transformação institucional do próprio Supremo.

A distinção clássica entre conflito de interesses real e aparente deixa de ser um detalhe técnico para se tornar questão de legitimidade

O STF contemporâneo não é mais um tribunal de cúpula discreto, voltado predominantemente à guarda abstrata da Constituição. É um ator que interfere diretamente na economia política do país, produz efeitos regulatórios profundos e afeta expectativas de mercados, governos e agentes privados. Nesse contexto, a distinção clássica entre conflito de interesses real e aparente deixa de ser um detalhe técnico para se tornar questão de legitimidade.

Cortes constitucionais não sobrevivem apenas da correção formal de suas decisões, mas da confiança difusa de que elas não estão atravessadas por vínculos privados, ainda que lícitos.

É aqui que o precedente do próprio Supremo revela sua fragilidade. Ao tratar a questão como se estivesse diante de um juiz comum, o Tribunal aplicou a si mesmo um padrão ético pensado para instituições que não concentram tamanho poder. O resultado foi a abertura de uma zona cinzenta que não gera necessariamente ilegalidades, mas produz ruído institucional permanente — ruído que corrói a autoridade da Corte e alimenta, paradoxalmente, campanhas de deslegitimação conduzidas tanto por adversários de má-fé quanto por críticos sinceros do hipertrofismo judicial.

Não é irrelevante que essa controvérsia emerja num país cuja história é marcada pela confusão persistente entre o público e o privado. O Supremo não opera no vácuo institucional de democracias consolidadas; atua num ambiente social profundamente desconfiado, no qual a percepção de privilégios costuma preceder — e muitas vezes substituir — a prova de abusos. Ignorar esse dado é subestimar o contexto no qual a Corte exerce sua autoridade.

Segurança sanitária é uma das prioridades do ministro Barroso na condução do pleito (Foto: arquivo)

Luís Roberto vê papel da Corte como poder “contramajoritário” (Foto: arquivo)

Por isso, a adoção de um código de ética claro, público e vinculante para os ministros do STF não deveria ser vista como concessão a pressões externas nem como gesto moralista. Trata-se de um movimento de autorrestrição institucional, compatível com o novo lugar ocupado pelo Tribunal no sistema político. Códigos desse tipo não existem para punir desvios, mas para reduzir ambiguidades antes que elas se convertam em crises de legitimidade.

Mais do que isso, é preciso reconhecer que o Supremo pode — e talvez deva — revisar o entendimento que autorizou a atuação de escritórios de advocacia de familiares junto à própria Corte. A revisão de precedentes não é sinal de instabilidade; é parte da adaptação institucional a novas circunstâncias. O STF já revisou entendimentos sobre prisão, execução penal, financiamento de campanhas e competências federativas. Não há razão para tratar a própria ética institucional como tema imune à revisão.

Ao impor limites mais rigorosos a si mesmo, o Supremo não estaria enfraquecendo sua autoridade, mas tentando preservá-la num ambiente político cada vez mais hostil às mediações institucionais. A alternativa é manter o arranjo atual e aceitar que, a cada decisão sensível, a Corte pague o preço da suspeita — não necessariamente justa, mas socialmente eficaz.

O problema, em suma, não é jurídico em sentido estrito. É político-institucional. Um tribunal que se tornou central demais para errar precisa ser também central na construção de seus próprios freios. Caso contrário, continuará a exercer poder em condições de legitimidade decrescente, sustentado menos pela confiança pública do que pela ausência de alternativas institucionais. E esse é, historicamente, um terreno instável para qualquer corte constitucional.

Christian Lynch é cientista político, editor da revista Insight Inteligência e professor do IESP-UERJ

*Publicado originalmente no Canal Meio

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Categoria(s): Artigo / Política
domingo - 21/12/2025 - 10:18h

Romances de formação

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Os romances de formação são um tipo de ficção (alguns até chamam de “gênero literário”), muito comum na literatura alemã, cujo enredo está centrado na evolução moral e psicológica de um protagonista, geralmente desde a sua juventude até a idade adulta. Uma jornada cheia de descobertas (para além do seu ambiente familiar ou zona de conforto), experiências (com muitos erros) e desafios que, de maneira evolutiva, às vezes sob a orientação de mentores ou guias, faz o protagonista confrontar a mundo e, ao final, encontrar/conhecer/aceitar, entre obrigações e desejos, o seu lugar nele.

O gênero tomou a forma convencionada no século XVIII, sendo “Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister” (1795-1796), obra seminal de Goethe (1749-1832), o seu marco referencial, ao mesmo um tempo ponto de chegada e de partida, que exerceu enorme influência sobre a subsequente literatura ficcional no estilo. É universalmente designado pela expressão alemã “bildungsroman”, que, “desconstruída” para o português, nos dá “romance de formação” ou “romance de educação”.

Vou citar três exemplos de “bildungsromane” que foram marcantes na “minha formação”.

Começo pelo já mencionado “Anos de aprendizado”, originalmente estruturado por Goethe em oito livros, que é considerado o protótipo do “bildungsroman”. O seu protagonista, o jovem Wilhelm Meister, para escapar do que ele considera a vida vazia de um futuro comerciante burguês, embarca em uma jornada em busca de significados e de autodescoberta. Amor carnal. Amor fracassado pela arte/teatro. Ironias. E Wilhelm, que Goethe chegou a afirmar, em carta a Schiller, ser um “pobre diabo”, se vê lutando, com seu caráter inacabado, o “jogo inconstante da vida”, com suas exigências e suas desilusões, para até se dedicar a uma misteriosa “Sociedade da Torre”. E se “todas as verdades são meias verdades”, pode até ser esse o caso se apontarmos a obra seminal de Goethe como um completo “bildungsroman”.

Como lembrado por João Barrento na edição portuguesa que possuo (Relógio D’Água Editores, 1998), “nem Goethe usou o termo (que só surge em 1810) nem este romance chega realmente a encenar de forma cabal a ‘formação’ do seu problemático protagonista – deixa-o no limiar desse processo”. Ainda mais porque Goethe, mais tarde, nos apresenta “Os anos de Peregrinação [do mesmo] Wilhelm Meister” (1821 e 1829).

Aponto aqui também “A montanha mágica” (1924), que considero a opus magnum de Thomas Mann (1875-1955). Mann nos presenteia com um “bildungsroman” ao discutir as tendências do pensamento e, sobretudo, os conflitos morais, psicológicos, políticos e sociais pelos quais, se suficientemente aculturados, todos nós um dia passaremos. Formatado logo após a 1ª Guerra Mundial, o romance é a representação de uma Europa enferma e dividida, espiritual e socialmente.

Como consta da edição que possuo (Nova Fronteira, 1980), a ação se dá “na aldeia suíça de Davos-Platz, no sanatório Berghof. Aí se veem reunidos pela doença elementos de todas as raças e credos humanos. Aí se entrelaçam problemas, inquietações, sofrimentos, ilusões dos mais diversos matizes psicológicos. Aí, ainda que isolados do mundo da ‘planície’, os personagens, conscientemente ou não, padecem a influência dos acontecimentos de um continente dilacerado. Hans Castorp, o herói, chega a Berghof em visita a seu primo. Ao seguir o conselho médico de que nada perderia se passasse alguns dias cumprindo o mesmo regime de vida dali, descobre, quase por acaso, que também está doente. Inicia-se assim seu período de adaptação. (…). Entra em contato com diferentes personalidades, dedica-se ao exame das ideias de cada uma delas, ao mesmo tempo que se põe a aprofundar os grandes temas da Fé, da Morte, da Ciência, da Filosofia, do Amor e do Tempo”.

Ao fim, o livro é a história de uma vida, de Hans Castorp ou de qualquer um de nós, à procura de um sentido.

Por derradeiro, cito o livro de maior repercussão de Hermann Hesse (1877-1962): “Demian” (1919). Como registra Otto Maria Carpeaux (1900-1978), em “A história concisa da literatura alemã” (Faro Editorial, 2013), ele “foi durante anos o breviário da juventude alemã. Teve repercussão profunda”. Mas para entender “Demian” é necessário conhecer a vida do seu autor, marcada por rebeliões e fugas. E a primeira delas, ainda em casa, foi contra a educação protestante imposta pelos pais, que haviam sido até missionários na Índia. Em “Demian”, Hesse poetiza essa rebelião. Emil Sinclair, o narrador da estória, é um menino criado em uma família de classe média, num ambiente de luz e ilusão. Sua existência é uma luta entre dois mundos, um ilusório (representado pela mãe) e o mundo real. A amizade com Demian, seu aliciante colega de classe, estimula-o a revoltar-se contra o mundo das aparências e a buscar, em si mesmo, perigosamente, a própria identidade.

As personagens Emil Sinclair, Demian e Pistórius (também mentor de Sinclair) são todas projeções ou sínteses das vivências do próprio Hesse, que foi um dos precursores do uso, na literatura, da psicanálise, das teorias de Freud e de Jung, já emergentes à época, mas ainda não badaladas nos EUA e mundo afora. Acredito haver Hesse com isso deseducado e reeducado, tirando o entulho do puritanismo educacional e replantando as armas contra a hostilidade do mundo real, muitos dos seus leitores.

Bom, comigo, todos esses livros citados deseducaram educando.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 21/12/2025 - 09:24h

Um conto de Natal

Por Odemirton FilhoImagem natalina, natal, festa de natal, luzes, brilho - 5

O clássico livro do escritor inglês, Charles Dickens, que tem o título desta crônica, inspirou-me a escrever o presente texto. O romance tem como personagem principal o senhor Scrooge, um velho rabugento que odeia o Natal e tudo que o envolve. Ele trabalha em um escritório em Londres com o seu empregado, Bob Cratchit.

No entanto, o fantasma de um falecido sócio de Scrooge aparece para ele, dizendo-lhe que três fantasmas irão acompanhá-lo em uma viagem ao passado, presente e futuro, a fim de que o velho repense a sua vida e seus valores.

Eis, em breves palavras, o resumo do mencionado livro.

De fato, a época do Natal é momento de inúmeras confraternizações, trazendo lembranças e saudades. Muitas famílias e amigos se reúnem nesse período para trocarem presentes e degustarem uma deliciosa ceia, além de sorrisos, abraços e discursos com palavras bonitas e reflexivas.

Por outro lado, entretanto, celebrar o Natal não é a realidade de milhões de pessoas. Para quem não tem o que comer, um teto para se abrigar e um lençol para se cobrir, a Noite do Natal é somente mais uma. Há, também, quem ache essas confraternizações uma verdadeira hipocrisia, pois no ambiente de trabalho, e até mesmo no seio das famílias, existem aqueles que adoram “puxar o nosso tapete”.

De toda forma, a época do Natal, para quem acredita no “clima natalino”, é a oportunidade de repensar atitudes e valores. O que fizemos? Em que posso melhorar enquanto pessoa? Talvez, fazer mea-culpa seja fundamental para se tentar uma mudança na forma de pensar e, sobretudo, de agir.

Certa vez, o escritor José Lins do Rego disse que “não há mais ninguém, neste mundo de Deus, que acredite em sentimentos humanos, em grandeza de alma, em boas intenções”. Eu, todavia, creio que não devemos deixar de acreditar na criatura, porque se assim for, deixaremos de acreditar no Criador.

Enfim, caro leitor, eu não sei se você credita no espírito do Natal. Porém, desejo-lhe muita saúde, sossego e uma ruma de coisas boas.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 21/12/2025 - 08:40h

A questão é moral

Por Honório de Medeiros

Arte ilustrativa do ip.usp.br

Arte ilustrativa do ip.usp.br

Imagine que você precise de uma segunda via do documento do seu carro, e dirige-se ao Órgão apropriado para tirá-lo.

Em lá chegando recebe uma ficha que indica sua vez de ser atendido: pelo número da ficha você percebe que não adiantou chegar cedo e seu atendimento, se acontecer, ocorrerá no final da manhã, começo da tarde, e olhe lá.

No dia seguinte, comentando o episódio com um amigo, escuta: “mas por que você não pagou um Despachante para fazer isso?”. “Ele resolveria tudo na mesma hora e lhe entregaria a segunda via em casa”. “Você não teria incômodo algum”.

O Despachante é aquela figura nebulosa que abre todas as portas, em qualquer momento, das repartições públicas, providenciando soluções para quem não quer se submeter a filas e tem dinheiro suficiente para contratá-lo.

A questão é a seguinte: e quanto aos que não têm dinheiro para contratar um Despachante, acordaram cedo, pegaram a fila, esperaram, mas foram ultrapassados, às vezes sem saber, pelas artes e ofícios de quem abre, na hora que deseja, todas as portas?

Como se percebe facilmente, trata-se de uma questão cujo cerne é constituído por moral e dinheiro.

Moral, aqui, para além de como deve agir o Estado que, conforme a Constituição Federal, deve, por intermédio de seus servidores, agir com absoluto respeito à igualdade entre os cidadãos.

É esse o tema do livro de Michel J. Sandel, O Que O Dinheiro Não Compra, professor em Harvard, professor-visitante na Sorbonne.

Sandel ficou midiático desde que seu curso Justice, no qual interagia com seus alunos lhes propondo questões de natureza moral, apareceu na internet e ganhou o mundo.

Em 2010, a edição chinesa do “Newsweek” o considerou a personalidade estrangeira mais influente no País.

Sandel elenca muitos exemplos de “coisas” que hoje estão à venda, graças à onipresença e influência do mercado. Trocando em miúdos: graças ao afã do lucro.

Alguns até mesmo cômicos, se não fossem trágicos: “upgrade” em cela do sistema carcerário; barriga de aluguel; direito de abater um rinoceronte negro ameaçado de extinção; direito de consultar imediatamente um médico a qualquer hora do dia ou da noite…

Nos EUA, segundo Sandel, é florescente o negócio de comprar apólices de seguro de pessoas idosas ou doentes, pagar as mensalidades enquanto ela está viva, e receber a indenização enquanto morrer.

Ou seja: quanto mais cedo o segurado morrer, mais o comprador ganha.

O professor considera que “hoje, a lógica da compra e venda não se aplica mais apenas a bens materiais: governa crescentemente a vida como um todo”.

Ele não aceita a teoria dos que atribuem à ganância essa falha moral, pois, no seu entender, o que está por trás é algo maior, qual seja a “extensão do mercado, dos valores do mercado, às esferas da vida com as quais nada têm a ver”.

Eu compreendo esse salto que o professor dá desde a ganância até o mercado, mas não concordo.

Para o professor, o mercado deixa o Homem ganancioso; eu, pelo meu lado, penso que foi a ganância que criou o mercado.

Se lá na aurora da história do Homem o primeiro ganancioso tivesse sido silenciado pelo “meio ambiente”, seu “gen” não teria sobrevivido. Ou será que era para ser assim mesmo, caso contrário não existiria a nossa espécie?

Antes que imputem a mim uma percepção simplista da questão, saliento logo que ela é mais profunda: diz respeito a uma discussão de natureza ontológica acerca da realidade social: em última instância, no que concerne a seu surgimento, está o Homem ou a Sociedade?

Por outra: a Sociedade é gananciosa porque o Homem o é, ou o Homem o é porque a Sociedade é gananciosa?

Aceita a premissa de que a Sociedade é gananciosa porque o Homem o é, cabe então perguntar: por que o Homem é ganancioso?

Essa questão, a verdadeira questão, não é enfrentada como deveria ser, hoje em dia, por que virou moda escamotear o óbvio atribuindo, ao “sistema”, ao “meio”, a uma “realidade exterior a nós”, aquilo que somos individualmente.

Fica mais fácil, em assim sendo, fugir da nossa responsabilidade individual, da moral, do caráter, e nos excluir da culpa por nossas decisões e atitudes.

Exemplo patente dessa perspectiva vil e equivocada, mas compreensível e eficaz, foi o escândalo do Mensalão, uma nódoa permanente e intransferível na história da nossa elite política.

Ao invés do mea culpamea maxima culpa, ao qual têm direito nós outros, os cidadãos inocentes deste País de bandalheiras que sustentamos passivamente ao longo dos anos, assim como à escumalha dirigente e sua soturna vocação para a ladroagem, lemos e escutamos cretinices tais quais as que pretendem imputar a responsabilidade pelos malfeitos acontecidos ao sistema eleitoral e de financiamento de campanhas eleitorais, enfim, ao sistema político e legal.

Querem nos fazer crer que quando um deputado foi flagrado escondendo dinheiro enlameado na cueca, em um dos mais grotescos episódios da crônica política tupiniquim, assim agia porque o sistema político/legal não prestava.

Faz parte da própria lógica do aparato intelectual que sustenta uma teoria como essa – a de que o meio cria o Homem (o determinismo social) -, a falta de capacidade técnica para compreender aquilo que está em jogo em termos científicos. Os defensores de teorias como essas pululam nas redes sociais, por razões óbvias.

Mas Charles Darwin está aí, basta lê-lo.

Aliás, como a grande, a imensa maioria dos nossos cientistas sociais é herdeira de uma tradição marxista que eles não compreendem em seus fundamentos por lhes faltar preparo, ou então são devedores de um funcionalismo anêmico de tradição norte-americana para o qual a realidade social é um carro que funciona sem a estrada e quem as produz (positivismo), estão atrasados gerações em relação ao que se discute, em termos científicos, nos centros de pesquisa das grandes universidades do mundo.

Não compreendem, mas usam, porque se aproveitam da situação.

É mais fácil botar a culpa no Sistema. Como se fosse responsabilidade apenas do meio o fato de sermos como somos, nivelando todos por baixo, inclusive aqueles que, ao longo da história, tornaram-se as nossas referências quando, em alguns momentos, fizeram avançar o processo civilizatório.

Mas que se há de fazer?

Talvez responder como a Baronesa Thatcher: “não, você se enganou, a ganância não é um bem; o altruísmo, sim, é um bem”.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 21/12/2025 - 07:30h

A “Igrejinha do fundo redondo”

Por Jânio Rêgo

Igreja de São Vicente, no Centro de Mossoró (Foto: do autor)

Igreja de São Vicente, no Centro de Mossoró (Foto: do autor)

“Igrejinha do fundo redondo” de onde partiram os principais disparos da peleja do povo da cidade do Mossoró com o bando de Lampião.

Essa história é contada em prosa e verso e em espetáculo teatral exibido no patamar defronte à porta principal, todo mês de junho, exatamente dia 13, dia do Santo Antônio que por conta disso praticamente se tornou a entidade mais reverenciada no templo do que o próprio padroeiro, São Vicente de Paula, com direito a novenário e nicho especial no altar.

Foi ele o protetor, o que guiou a mira do fuzil do atirador que acertou Colchete e logo em seguida Jararaca que foi conferir o corpo do colega.

Colchete morreu na hora. Jararaca, preso, foi executado à beira da cova.

Seu túmulo, no Cemitério São Sebastião, é hoje motivo de curiosidade e adoração mística nos dias de finados.

Tínhamos orgulho dos nossos antepassados mossoroenses que se organizaram para defender a cidade. O atirador da torre ainda era vivo quando minha geração jogava “pelada” no patamar. Era um velho silencioso e sistemático que todas as noites sentava-se na calçada de sua casa para tomar a fresca do vento Nordeste, como faziam todos naquele tempo.

Mas, também admirávamos, confesso, o cangaço, os cangaceiros, como todo nordestino influenciado pela “cultura da valentia” que nada mais é que um brutal instinto telúrico de violência que infelizmente ainda paira sobre o Brasil.

Jânio Rêgo é jornalista

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Categoria(s): Crônica
domingo - 21/12/2025 - 06:32h

Talvegue, vau

Por Bruno Ernesto

Rio Ponta da Serra, BR-304 (Foto: autor da crônica)

Rio Ponta da Serra, BR-304 (Foto: autor da crônica)

O ano de 2025 vai expirando e vamos fechando as janelas, desligando as luzes, selando as portas, empilhando papeis, separando livros, escapando de confraternizações de amigos de uma data só, e o que ficou por fazer vamos cobrindo com um lençol para a poeira não assentar, e fica classificado contabilmente como “Para o ano”. Lembre-se da rinite.

A boca da noite do reveilão se aproxima como um felino pronto para dar o bote, e muitos – talvez até você – já dedilham suas mensagens de congratulações, tal qual uma salva de Katiucha.

Sim, claro! Esses últimos dias é a janela crucial para avaliarmos o que o ano findouro nos proporcionou, tanto de bom, quanto de ruim. Lembre-se que o costume de deixar tudo para última hora também é válido para essa reflexão.

Outra coisa muito importante: promessas são feitas para serem descumpridas. Descumpri muitas.

Algumas tinham esse objetivo mesmo; outras foi o jeito. Não me arrependo de nada. Aliás, poderia ter dito coisa muito pior. Fica “Para o ano”.

Se o que você prometeu no ano passado para si foi custoso demais, é sinal de que é preciso mudar de ritmo, adequar os limites, os alcances imediato e mediato; jamais os objetivos.

Esse rio caudaloso que é nossa a vida continua a correr para, um dia, enfim, alcançar a foz. Mas atravessar um rio seco nem sempre é uma vantagem.

Convenhamos. O velho ditado popular de que a água que desce o rio não retorna, nunca fez tanto sentido.

A diferença é que, ora atravessamos o rio pelo talvegue, ora pelo vau.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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domingo - 21/12/2025 - 05:24h

Quando o amor vai embora

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Tudo se reveste de fascinação e magia quando ele nos aparece (homem ou mulher) e uma voz diz assim bem no fundo do nosso coração: “Essa aí é a pessoa certa para você, é o grande amor que você sempre buscou. Agarre, cuide e ame com todas as suas forças! O resto foi apenas experiências, etapas do seu amadurecimento. Essa, no entanto, é aquela companhia para o fim dos seus dias, vai estar ao seu lado nos momentos alegres e também nos mais difíceis que vierem. Pode crer, sua cara-metade chegou. É sua alma gêmea, seu porto seguro”, diz a voz dentro da gente.

Ficamos de quatro, bobos, arriados. Enfim a felicidade bateu à nossa porta. As coisas mais triviais, mais simplórias, comuns, esses momentos se enchem de significado e satisfação. Qualquer lugar ou instante se torna memorável, precioso, pois o fato de estarmos juntinhos de quem amamos, geralmente de mãos dadas, é aquilo que de fato importa, conta. Compromissos outros nos separam momentaneamente, todavia contamos as horas para estamos com nossa bem-amada. Ou bem-amado. Enfim chega a noite e nos vemos na cama com esse ser maravilhoso, absoluta e insubstituível razão de nosso contentamento. Dormimos e acordamos colados com tal criatura cheia de virtudes e amor recíproco; os dias ficam cheios de encanto.

Fazemos planos em comunhão, gozamos de um relacionamento sem estresse, desgaste. A concórdia é completa. Uma vez ou outra nos ocorre beliscarmos a nós mesmos para descobrirmos se não estamos apenas sonhando. Mas não, nenhum delírio, nenhuma fantasia. A verdade e inegável e cristalina.

Então aquela mulher, ou aquele homem, torna-se nosso prumo, o centro de equilíbrio. Sentimo-nos firmes diante dos desafios que surgem. O cotidiano, por mais adversidades que nos traga, está sob controle. A saúde se fortalece. Não existe um problema para o qual não encontremos uma solução. Só porque sabemos que não mais nos encontramos sozinhos no mundo. A gente irradia felicidade, transborda bem-estar e otimismo. Cuidamos, além do espírito, do corpo; frequentamos uma academia de musculação; queremos estar bonitos para o outro ou outra.

Um dia, entretanto, somos pegos de surpresa. Uma profunda angústia tem início, o caos nos abocanha, o desespero nos domina. A cara-metade se põe diante de nós e, sem dó nem piedade, diz com frieza que não dá, que aquele amor abundante e inabalável simplesmente acabou, morreu, chegou ao fim. Pois é. E realmente nos abandona. Aí desabamos a chorar, ficamos sem chão. Nossa alma, há pouco radiante, cheia de certezas e confiança, planos e sonhos, agora está de joelhos; daí começa a rastejar, humilhar-se, implorar. Em vão, assim como um náufrago que se afoga nas próprias lágrimas, tentamos nos agarrar a frágeis argumentos, insistimos que ela (ou ele) pense melhor, que nos dê uma chance, que não se precipite, que não vá embora, que não nos vire as costas pelo amor de Deus! É inútil. A outra pessoa está decidida.

Não tem conserto. Nosso lindo castelo de amor e ternura tornou-se escombros. Aquele ser encantador, que superestimamos e divinizamos além da conta, talvez já tenha encontrado um outro alguém e não podemos fazer coisa alguma quanto a isso. De repente, então, tudo perde completamente a graça. O prazer e a importância de um monte de coisas súbito se anulam. Não existe uma só mensagem de ânimo, conselho de amigos, o carinho de familiares, nenhum tipo de reza que nos alegre ou conforte o espírito devastado. Afundamos num abismo existencial de onde não temos forças para sair. Fomos arrastados pelo caos violento de nossa mente e coração.

Nenhuma comida nos dá apetite. Perdemos inteiramente o gosto de saborear certos pratos. Sentimos vergonha de reencontrar determinados indivíduos e nos perguntarem por quem se foi. Há aqueles que se entregam à bebida, enchem a cara todo dia. Outros vão a psicólogos ou psiquiatras. As noites são um tormento. A insônia prevalece. Então vêm os remédios para dormir um sono ruim.

Após um longo tempo, contudo, nosso instinto de sobrevivência começa a reagir. Saímos da penumbra do quarto e fazemos as pazes com a luz do sol. Até que em uma inesperada saída (para um supermercado ou shopping center, por exemplo) nosso olhar esbarra em outro olhar. Então, embora com natural receio, começa tudo de novo. Agora é torcer que dessa vez seja para sempre.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 20/12/2025 - 23:46h

Pensando bem…

“Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir.”

Paul Valéry

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sábado - 20/12/2025 - 07:28h
Sindsaúde/RN

Justiça determina que Estado pague 13º ainda este mês

Arte ilustrativa

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Na tarde dessa sexta-feira (19), a Justiça do RN emitiu uma decisão favorável ao pleito do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (SINDSAÚDE/RN), que trata sobre ação coletiva protocolada na última quinta-feira (18). A entidade solicitou e obteve do Judiciário, liminar com determinação para que o Governo do Estado do Rio Grande do Norte o pagamento do 13º salário dos trabalhadores da saúde, ainda dentro do mês de dezembro.

Vale reforçar que essa Governo do Estado ainda pode recorrer.

“A ação cobra o cumprimento do direito de todos os servidores e servidoras da saúde (ativos, aposentados e pensionistas) diante do anúncio do governo de que pretende pagar o décimo terceiro de forma fatiada, o que viola a lei e o princípio da isonomia”, salienta o sindicato.

Em vídeo veiculado em suas redes sociais, o Sindsaúde destaca que o décimo terceiro salário tem caráter alimentar e é essencial para a subsistência dos trabalhadores (as) e de suas famílias. O pagamento fora do prazo legal representa prejuízos financeiros e atinge diretamente a dignidade da categoria.

Governo anunciou e a própria governadora ressaltou, que somente por volta do dia 10 de janeiro de 2026 será completado o pagamento do 13º (veja AQUI). O  Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do RN (SINSP-RN) protocolou mandado de segurança na quinta-feira (11), no Tribunal de Justiça do RN (TJRN). Pede liminar que imponha ao Governo Fátima Bezerra (PT) o pagamento do 13º salário ainda este mês, beneficiando servidores ativos e inativos (veja AQUI).

Em anos anteriores, entidades sindicais obtiveram decisões favoráveis em primeiro grau e monocráticas em segundo grau, mas posteriormente derrubadas pelo governo.

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sábado - 20/12/2025 - 07:00h
Alexandre de Moraes

Bolsonaro passará por cirurgia, mas não terá prisão domiciliar

Ex-presidente tem mais sete aliados sob o crivo do STF (Foto: Sérgio Lima/Poder 360/Fevereiro de 2024)

Ex-presidente teve laudo prévio favorável para decisão de Moraes (Foto: Sérgio Lima/Poder 360/Fevereiro de 2024)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja submetido a cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral. A decisão veio após laudo da Polícia Federal indicar a necessidade do reparo, mas ressaltou que o procedimento não tem caráter de urgência e deve ser agendado previamente pela defesa.

O laudo da PF apontou que a cirurgia é necessária devido à piora do sono e da alimentação, à resistência aos tratamentos anteriores e ao risco de complicações causadas pela pressão intra-abdominal. Apesar disso, Moraes manteve que o procedimento é eletivo, ou seja, pode ser realizado sem urgência.

Na mesma decisão, o ministro negou o pedido da defesa para que Bolsonaro cumpra a pena em regime domiciliar. Moraes lembrou que a legislação prevê prisão domiciliar apenas para condenados em regime aberto, enquanto o ex-presidente cumpre pena em regime fechado na Superintendência da PF, em Brasília, por condenação de 27 anos e 3 meses no processo da chamada trama golpista.

Moraes também rejeitou o pedido para alterar o horário das sessões de fisioterapia de Bolsonaro. Segundo o ministro, o atendimento deve seguir as regras administrativas da PF, e o profissional de saúde precisa se adequar aos horários da unidade.

A decisão reforça que Bolsonaro tem autorização judicial para receber atendimento médico e fisioterapêutico, desde que respeitadas as normas de segurança da Superintendência.

Com informações da CNN, UOL, G1

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sábado - 20/12/2025 - 06:22h
Tampinha da inclusão

Petras viabiliza entrega de mais 12 cadeiras especiais neste semestre

Já são 35 cadeiras entregues este ano, relata Petras (Foto: cedida)

Já são 35 cadeiras entregues neste semestre, relata Petras (Foto: cedida)

O vereador Petras Vinícius (PSD) realizou, nesta quinta-feira (19), a entrega de mais 12 cadeiras de banho e 5 cadeiras de rodas, fruto do projeto “Tampinha da Inclusão”, iniciativa que une preservação ambiental e inclusão social em Mossoró.

Com essa nova entrega, o projeto já soma 35 cadeiras doadas apenas neste semestre, resultado da arrecadação de tampinhas plásticas com o apoio da comunidade, escolas, instituições e entidades parceiras. As cadeiras estão sendo destinadas a equipamentos públicos de saúde, instituições sociais e famílias em situação de vulnerabilidade.

Nesta etapa, as entregas contemplam as três UPAs do município, a Liga de Mossoró, o Abrigo Amantino Câmara, além de famílias previamente cadastradas, que passaram por avaliação social para comprovação da necessidade.

Critérios

Segundo o vereador, o processo segue critérios técnicos e sociais. “As pessoas se cadastram no nosso gabinete e, a partir disso, é feita uma visita por assistente social, que verifica a real necessidade. Esse cuidado garante que as cadeiras cheguem a quem realmente precisa”, destacou Petras Vinícius.

O parlamentar ressaltou ainda que os resultados alcançados refletem o engajamento coletivo da população mossoroense. “É gratificante ver como um gesto simples pode gerar tanto impacto social”, afirmou.

O projeto “Tampinha da Inclusão” segue em andamento, com diversos pontos de coleta espalhados pela cidade, incentivando a participação popular e ampliando o alcance da iniciativa.

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sexta-feira - 19/12/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“Se você acender uma lamparina para uma outra pessoa, iluminarás também o seu próprio caminho.”

Nitiren Daishonin

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sexta-feira - 19/12/2025 - 19:28h
Política do RN

Secretário do MDB diz que sigla faz consulta sobre relação com governo

Alan Silveira participou de evento do Sindivarejo em Mossoró Foto: Célio Duarte/Sindivarejo)

Alan Silveira participou de evento do Sindivarejo em Mossoró (Foto: Célio Duarte/Sindivarejo)

Titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do RN (SEDEC), o ex-prefeito apodiense Alan Silveira (MDB) deduz que “parece irreversível” a posição do vice-governador Walter Alves (MDB), de não aceitar assumir o governo estadual em março. “Pelo o que falei com ele, mesmo com pressões em Brasília, não existe a vontade de ser governador,” assinalou

Em conversa com o Blog Carlos Santos à noite dessa quinta-feira (18), em Mossoró, Silveira afirmou que o partido começa a discutir essa e outras questões internamente.

Em Apodi, “nosso grupo conversa e claro que estamos com Waltinho. E não poderia ser diferente”, comentou.

Segundo o secretário, tudo é ainda muito incipiente. Inclusive, uma hipotética candidatura de Waltinho à Assembleia Legislativa, o que refletiria também em sua base, haja vista o alinhamento para apoio à reeleição do deputado Neilton Diógenes (PP).

O secretário participou de evento do Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (Sindivarejo Mossoró), no Thermas Hall, representando a governadora Fátima Bezerra (PT). Em seu discurso, falou que as portas estão abertas para a atividade produtiva local e regional, um dos propósitos do governo.

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sexta-feira - 19/12/2025 - 13:50h
Imprensa

TV Assembleia vence de novo o Prêmio Fecomércio de Jornalismo

Equipe vencedora repete feito (Foto: ALRN)

Equipe vencedora repete feito (Foto: ALRN)

A TV Assembleia do Rio Grande do Norte conquistou mais uma vez o Prêmio Fecomércio de Jornalismo. A cerimônia de entrega aconteceu na noite desta quarta-feira (17), na Casa do Comércio, em Natal. O jornalista Lamonier Araújo venceu pelo quarto ano consecutivo – segundo pela TV legislativa – na categoria Telejornalismo, com a reportagem especial “Fecomércio: A fé move a economia”.

Exibida no Jornal da Assembleia 1ª edição, no dia 30 de outubro de 2025, a reportagem mostra como a fé do povo potiguar se conecta ao empreendedorismo e contribui para movimentar a economia do estado, a partir de iniciativas apoiadas pelo Sistema Fecomércio. Este é o segundo ano em que Lamonier recebe o prêmio representando a TV Assembleia.

Durante a solenidade, integrantes da equipe da emissora legislativa acompanharam a premiação, entre eles o gerente de Rádio e TV da Assembleia Legislativa do RN, Gerson de Castro. “Fico muito feliz com esse resultado, que é fruto do trabalho de toda uma equipe. Esse prêmio é o reconhecimento pelas produções que a TV realiza ao longo do ano e mostra a preocupação da emissora com a qualidade do conteúdo entregue à população”, afirmou Lamonier Araújo.

A reportagem percorre diferentes regiões do Rio Grande do Norte para mostrar como a fé impulsiona pequenos negócios, desde o comércio tradicional do Alecrim, em Natal, até o artesanato religioso e os eventos ligados ao turismo de fé no interior do estado, como em Santa Cruz. O trabalho também destaca a importância da qualificação profissional oferecida pelo Senac como apoio ao desenvolvimento econômico local.

Para o diretor da TV Assembleia, Bruno Giovanni, a premiação consolida a trajetória de excelência da emissora. “O prêmio vencido pela TV Assembleia consagra mais um ano o trabalho de excelência do nosso jornalismo. Desde o início da gestão, a TV Assembleia é a maior vencedora de prêmios de jornalismo, com mais de 15 conquistas nos últimos oito anos, em áreas como reportagem, produção e roteirização. Isso mostra não só a qualidade do nosso trabalho, mas a competência dos nossos profissionais. Esse prêmio de Lamonier nos enche de alegria, porque foi a equipe da TV Assembleia que buscou e trouxe esse grande profissional para a emissora. É a coroação de um trabalho coletivo, feito por toda a equipe, porque ninguém vence nada sozinho”, destacou.

Para Gerson de Castro, a conquista reforça o papel da comunicação pública e das emissoras legislativas. “Prêmios como este demonstram que as TVs públicas não buscam audiência, mas relevância. Eles confirmam a capacidade técnica da equipe e o compromisso com conteúdos que dialogam diretamente com os interesses da sociedade”, destacou.

A matéria contou com produção de Alysson Bala, imagens de Cristiano Bezerra, edição de texto de Sérgio Farias e edição e finalização de Arison Silvino.

A reportagem vencedora está disponível no canal oficial da TV Assembleia no YouTube: //www.youtube.com/watch?v=wJFjKaf0BEU 

Créditos da reportagem
Reportagem: Fecomércio: A fé move a economia
Programa: Jornal da Assembleia 1ª edição
Repórter: Lamonier Araújo
Produção: Alysson Bala
Imagens: Cristiano Bezerra
Edição de texto: Sergio Farias
Edição e finalização: Arison Silvino

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Categoria(s): Comunicação
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sexta-feira - 19/12/2025 - 11:15h
Desvio do INSS

Escândalo bate à porta do Planalto e da família de Lula

Polícia Federal participa de apuração de fatos e realizou várias buscas e apreensões (Foto ilustrativa/Agência Brasil)

Polícia Federal cumpriu 16 mandados  de prisão preventiva e 56 de busca e apreensão  (Foto ilustrativa/Agência Brasil)

O escândalo de corrupção bilionária no INSS está se aproximando do Palácio do Planalto de forma mais acelerada do que o governo previa. Nessa quinta-feira (18), a Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Sem Desconto, cumprindo 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão em sete estados e no Distrito Federal. Um dos principais alvos foi o senador Weverton Rocha (PDT-MA), que teve buscas em sua residência. Ele é suspeito de ser “sócio oculto” do esquema.

A operação prendeu o número dois do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, apontado pela PF como um dos envolvidos no caso. Adroaldo foi exonerado no fim da tarde desta quinta-feira. A operação foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do STF. (Estadão)

Mendonça afirmou ter encontrado “fortes indícios” de envolvimento do senador em fraudes no INSS, mas negou o pedido de prisão apresentado pela Polícia Federal. O ministro autorizou as medidas de busca e apreensão, mas considerou a prisão excessivamente drástica, seguindo em parte o entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR). (Globo)

A base governista na CPMI do INSS atuou para barrar a convocação e a quebra de sigilos de alvos das investigações da PF, incluindo Adroaldo Portal e empresária Roberta Luchsinger, apontada como integrante do “núcleo político” e ligada ao empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. (CNN Brasil)

Filho de Lula

Luchsinger, aliás, tornou-se uma personagem tóxica no Planalto por sua ligação direta com Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente. De acordo com a PF, o “Careca do INSS” transferiu R$ 1,5 milhão para Roberta. Em uma das mensagens apreendidas, ele indicou que parte dos recursos seria destinada ao “filho do rapaz”, expressão que, para os investigadores, pode se referir a Lulinha.

Em uma das mensagens apreendidas, Roberta tenta tranquilizar o “Careca do INSS”, fazendo referência a Lulinha. “Na época do Fábio, falaram de Friboi, de um monte de coisa, o (sic) maior… igual agora com você”, afirmou, em áudio. Lulinha não é alvo da operação. (Metrópoles)

"Careca do INSS" é nome estratégico no esquema bilionário (Fotomontagem do G1)

“Careca do INSS” é nome-chave no esquema bilionário (Fotomontagem do G1)

Lula se pronuncia

Em conversa com jornalistas, Lula fez referência às investigações da PF e ao fato de o nome de seu filho estar citado nos inquéritos. “Se tiver filho meu metido nisso, vai ser investigado”, afirmou Lula.

O presidente explicou que a apuração levou tempo porque o governo optou por investigar os fatos com profundidade, e não de forma precipitada. (Globo)

Com informações da CNN, Estadão, Globo e Metrópoles

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 19/12/2025 - 10:48h
Brasília

PF apreende cerca de R$ 400 mil em flat usado por líder do PL

Saco para coleta de lixo estava com dinheiro em espécie (Foto: Reprodução)

Saco para coleta de lixo estava com dinheiro em espécie (Foto: Reprodução)

Do G1

Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 400 mil em espécie em um endereço ligado ao deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em Brasília, segundo informações obtidas pela TV Globo.

Sóstenes Silva Cavalcante está em seu terceiro mandato e nasceu em Maceió (AL), em 16 de janeiro de 1975. No perfil publicado em sua página, afirma “ter raízes na Baixada Fluminense”, em Duque de Caxias, “de onde origina sua família”. O deputado é pastor evangélico, membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, e declarou formação em Teologia pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil (Faceten). É casado com Isleia Cavalcante e tem 2 filhos, Junior e Jennifer (saiba mais AQUI).

Segundo investigadores, o valor em espécie estava dentro de um saco preto, em um armário no flat usado pelo deputado, na capital federal (veja nas imagem mais acima).

Sóstenes foi alvo de mandados durante a ação policial que investiga suposto desvio de cotas parlamentares por meio de contratos falsos com uma locadora de veículos. A operação também mira o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

Em dezembro do ano passado, a PF deflagrou uma operação semelhante, que mirou assessores dos parlamentares. Segundo informações do blog da Camila Bomfim, no g1o material apreendido deu embasamento para a operação desta sexta, mirando os próprios deputados.

A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo as investigações, os deputados são suspeitos de desviar verba pública para empresas de fachada, entre elas, uma locadora de veículos.

O outro lado

“No dia de hoje, endereços ligados a mim e ao líder do meu partido, deputado Sóstenes Cavalcante, foram alvo de buscas da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro Flávio Dino.

As diligências são um desdobramento de buscas realizadas em dezembro do ano passado e teriam como foco supostas irregularidades no aluguel de veículos do meu gabinete. Uma das alegações é que a empresa contratada — da qual sou cliente desde 2019 — possuiria apenas cinco veículos. Se o contrato existe há anos, o que a operação anterior não encontrou para justificar nova ação agora?

Não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como sempre fiz.

É inadmissível, em uma democracia, que a Polícia Federal seja usada para intimidar parlamentares da oposição. Buscas contra deputados exigem indícios concretos de crimes graves e a atuação de autoridades imparciais.

Causa estranheza que eu e o deputado Sóstenes, justamente quando investigamos o roubo de bilhões do INSS, tenhamos endereços violados e documentos apreendidos enquanto exercemos nosso dever constitucional de fiscalização.

Seguirei firme na oposição e na CPMI do INSS. Essas ações não irão me intimidar nem interromper meu trabalho em defesa dos aposentados”.

Deputado federal Carlos Jordy

Sóstenes está em seu terceiro mandato (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Sóstenes está em seu terceiro mandato (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sexta-feira - 19/12/2025 - 10:20h
Fazenda Estadual

Governo do RN publica edital para concurso de Auditor Fiscal

Remuneração inicial é de R$ 13.283,64, para uma jornada de 40 horas semanais, com 50 vagas
Concurso público terá R$ 200,00 como taxa de inscrição (Foto ilustrativa)

Concurso público terá R$ 200,00 como taxa de inscrição (Foto ilustrativa)

O Governo do Rio Grande do Norte publicou, nesta sexta-feira (19), no Diário Oficial do Estado (DOE), o edital do concurso público para o cargo de Auditor Fiscal de Receitas Estaduais, da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ). O certame é coordenado pela Secretaria de Estado da Administração (SEAD).

Ao todo, estão sendo ofertadas 50 vagas, além da formação de cadastro de reserva. Do total, 35 vagas são destinadas à ampla concorrência, cinco para pessoas com deficiência e 10 para candidatos negros, conforme a legislação vigente. A organização e execução do concurso ficarão sob responsabilidade do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE).

O novo certame marca a retomada dos concursos para a carreira de Auditor Fiscal no Estado. O último concurso foi realizado em 2005, com convocações até 2009, e a última nomeação ocorreu há 16 anos, reforçando a importância da seleção para o fortalecimento da administração tributária estadual.

As inscrições deverão ser feitas exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico do Cebraspe, conforme indicado no edital, no período de 26 de dezembro de 2025, a partir das 10h, até 16 de janeiro de 2026, às 18h (horário de Brasília). A taxa de inscrição é de R$ 200,00.

Para concorrer ao cargo, é exigido diploma de curso superior em qualquer área de formação, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

O processo seletivo será composto por provas objetivas de caráter eliminatório e classificatório, que serão aplicadas em Natal, nos dias 21 e 22 de março de 2026, distribuídas em três turnos, com quatro horas de duração cada.

A primeira prova (P1), de conhecimentos gerais abrangerá disciplinas como Língua Portuguesa, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Penal, Direito Financeiro, Economia e Contabilidade Geral. A segunda prova (P2), de conhecimentos complementares, incluirá conteúdos de História e aspectos geoeconômicos do Rio Grande do Norte, Auditoria, Matemática Financeira e Estatística, além de Tecnologia da Informação. Já a terceira prova (P3), de conhecimentos específicos, contemplará Direito Tributário, Reforma Tributária, Contabilidade Avançada e de Custos, Legislação Tributária Estadual e Processo Administrativo Tributário.

O Auditor Fiscal de Receitas Estaduais exerce, com exclusividade, atividades de fiscalização e aplicação da legislação tributária estadual, lançamento e arrecadação de tributos, realização de auditorias fiscais, gestão de informações tributárias e atuação no combate à sonegação e fraudes, além de apoiar a formulação e a execução da política tributária do Estado.

A remuneração inicial é de R$ 13.283,64, para uma jornada de 40 horas semanais.

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sexta-feira - 19/12/2025 - 08:16h
Eleições 2026

Cínthia Raquel anuncia que será candidata à Assembleia Legislativa

“O que começou em Mossoró pode transformar a vida de muito mais gente.”

“Eu sou Cínthia e agora me apresento a vocês como pré-candidata a deputada estadual.”

As duas frases são da pedagoga e primeira-dama de Mossoró, Cínthia Raquel Pinheiro (UB), veiculadas em vídeo em suas redes sociais à noite  dessa quinta-feira (18).

Ela anunciou que concorrerá a uma vaga à Assembleia Legislativa do RN no próximo ano.

“Meu amor, estamos juntos nessa caminhada que será vitoriosa com as bençãos de Deus, apoio dos nossos amigos e confiança do nosso povo”, comentou na mesma postagem o prefeito Allyson Bezerra (UB), nome que se projeta à disputa ao Governo do RN.

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sexta-feira - 19/12/2025 - 07:18h
Decisão

Juiz não acolhe AIJE que tentava cassar prefeito e vice-prefeito

César e Gileno também tiveram parecer favorável do MPE (Foto: divulgação)

César e Gileno também tiveram parecer favorável do MPE (Foto: divulgação)

A Justiça Eleitoral da 38ª Zona, com sede em Martins/RN, julgou improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que pedia a cassação dos mandatos do prefeito Paulo César Galdino (PSB), o “César Móveis,” e do vice-prefeito Gileno Oliveira Carvalho, eleitos nas eleições municipais de 2024.

A ação havia sido proposta pela coligação adversária, sob a alegação de suposta captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico, com base no artigo 41-A da Lei nº 9.504/97. Entre os argumentos apresentados estavam a suposta transferência de valores via Pix a eleitor, a existência de mensagens e áudio em aplicativo de conversa e a alegada distribuição de combustível durante eventos de campanha.

Após ampla instrução processual, com oitiva de testemunhas, análise de documentos, mídias, perícias indiretas e manifestação do Ministério Público Eleitoral, a Justiça concluiu que não houve comprovação robusta dos ilícitos apontados.

MP opina em favor de eleitos

Na sentença, o juiz eleitoral Rúsio Lima de Melo destacou que as provas apresentadas não foram suficientes para caracterizar a prática de compra de votos ou abuso de poder. Um dos principais pontos observados foi a contradição nas versões apresentadas pelo eleitor citado como beneficiário, que, inclusive, negou os fatos narrados na inicial e declarou ter sido coagido a participar da denúncia. O caso, inclusive, deu origem a uma investigação no Ministério Público para apurar possível falso testemunho.

Além disso, a Justiça indeferiu pedidos de quebra de sigilo bancário dos investigados, entendendo que não estavam presentes os requisitos legais para a adoção de medida tão invasiva, decisão que foi mantida ao longo do processo.

O Ministério Público Eleitoral, ao final, também opinou pela improcedência da ação.

Com isso, o juiz eleitoral julgou improcedentes todos os pedidos da AIJE, mantendo íntegros os mandatos do prefeito e do vice-prefeito de Martins, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.

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sexta-feira - 19/12/2025 - 07:00h
Política

Motta cassa mandatos de Eduardo Bolsonaro e Ramagem

Eduardo Bolsonaro, Alexandre Ramagem - (Fotos: Celal Gunes Anadolu via AFP e Mauro Pimentel/AFP

Eduardo Bolsonaro, Alexandre Ramagem – (Fotos: Celal Gunes/Anadolu via AFP e Mauro Pimentel/AFP

Do Canal Meio e outras fontes

Disposto a evitar outro conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF), como o ocorrido com a ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decretou nesta quinta-feira a perda dos mandatos dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). A medida, tomada por meio da Mesa Diretora da Casa, impediu que a oposição se organizasse para tentar barrar em plenário as cassações.

Eduardo perdeu o mandato por ter faltado a mais de um terço das sessões deliberativas de 2025. Morando nos Estados Unidos desde o início do ano, ele acumulou 63 ausências em 78 sessões. Já Ramagem teve a cassação decretada após condenação pelo STF a 16 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. O ex-diretor da Abin está foragido nos EUA, e o Ministério da Justiça deve iniciar um pedido de extradição. A decisão marca uma inflexão da Câmara após tensões recentes com o Judiciário. (g1)

Motta disse à jornalista Andréia Sadi que decidiu cumprir seu dever institucional ao confirmar a cassação dos mandatos de Bolsonaro e Ramagem, apesar de apelos para adiar a medida até depois do recesso parlamentar. “Eu fiz o que tinha que fazer”, disse, acrescentando que conversou com integrantes do PL na véspera e comunicou previamente aliados dos dois parlamentares sobre a decisão. (g1)

Enquanto Motta procurava se explicar, os principais líderes do PL partiram para o ataque contra o presidente da Câmara. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a decisão foi um erro e representa “perseguição política”. Nas redes sociais, escreveu: “Força, Eduardo e Ramagem”. Já o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que o partido vai judicializar a questão.

“É uma decisão lamentável, em que um mandato conquistado pelo voto popular é cassado sem que o plenário da Câmara delibere sobre isso”, afirmou. Mas ao menos um deputado do PL apoiou a cassação. O primeiro suplente da Mesa Diretora da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), assinou os atos que declararam a perda dos mandatos. (Metrópoles)

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Categoria(s): Política
  • Repet
sexta-feira - 19/12/2025 - 06:30h
Primeiro grau

Prefeita e vice mantêm mandatos em decisão judicial

Vice-prefeito Gilberto Oliveira e Dra.Lays: decisão favorável Foto: Arquivo)

Vice-prefeito Gilberto Oliveira e Dra.Lays: decisão favorável (Foto: Arquivo)

A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte julgou improcedente nessa quinta-feira (18) a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela oposição de Pendências contra a prefeita Lays Helena Cabral de Queiroz (MDB), a “Dra. Lays”, e do vice-prefeito Gilberto de Oliveira Fonseca (MDB). A decisão foi proferida pelo juiz eleitoral Nilberto Cavalcanti de Souza Neto, titular da 47ª Zona Eleitoral.

O magistrado entendeu a inexistência de qualquer prática de compra de votos ou abuso de poder econômico na eleição municipal de 2024.

Na decisão assinada pelo juiz Nilberto Cavalcanti de Souza Neto, o magistrado destaca a fragilidade das acusações, a ausência de provas bancárias confiáveis, a inexistência de comprovação de transferências financeiras e a total falta de nexo entre os fatos narrados e a atuação da prefeita Dra. Lays.

A sentença também aponta contradições nos depoimentos apresentados pela acusação e aplica o princípio do in dubio pro sufrágio, reafirmando que não se pode cassar um mandato legitimamente conquistado com base em dúvidas ou narrativas frágeis.

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sexta-feira - 19/12/2025 - 05:50h
Água

Com colapso em abastecimento, Caern suspende cobrança

Consumidor é duplamente penalizado pela empresa pública (Foto ilustrativa)

Escassez de chuvas e baixa crítica em manancial levam empresa à decisão (Foto ilustrativa)

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) informa que, devido à escassez de chuvas e a consequente redução crítica do nível do manancial que atende a cidade, o sistema de abastecimento de São João do Sabugi entrou em colapso. Por conta disso, o fornecimento de água será suspenso a partir desta sexta-feira (19).

A medida é necessária porque o volume de água restante no reservatório não oferece mais condições técnicas de captação e tratamento com a qualidade exigida para o consumo humano.

Suspensão

Por conta disso, a Caern determinou a suspensão total da cobrança pelas faturas de água na cidade.

•     Como vai funcionar: A suspensão do faturamento já vale para a referência 12/2025 (que corresponde ao consumo do mês de novembro de 2025).
•     Duração: A cobrança permanecerá suspensa por tempo indeterminado, até que o manancial recupere seu nível e o abastecimento possa ser normalizado.
•     Atenção aos débitos anteriores: A Caern esclarece que a suspensão se aplica às contas futuras (a partir da referência citada). Débitos anteriores, parcelamentos ou negociações já firmadas continuam válidos e devem ser mantidos em dia.

A Caern segue monitorando a situação do manancial. Assim que houver recarga hídrica suficiente para garantir a captação segura e a distribuição de água com qualidade, o sistema será reativado e a população será comunicada imediatamente sobre o retorno do abastecimento e do faturamento.

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