O jornal está sendo trocado pela internet.
Nesse período, o tempo diante da tela do computador pulou de 2 para mais de 3 horas diárias.
Em 2009, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) registrou uma retração de 3.5% na circulação diária total no país, em relação ao ano anterior: a soma de jornais caiu de 8,5 milhões para 8,2 milhões de exemplares. É a segunda queda de circulação desde 2003, a primeira consecutiva.
O Rio de Janeiro é o melhor exemplo dessa preocupante retração.
Nos anos 1950, quando ainda era a capital, a cidade de 3 milhões de habitantes tinha 18 jornais diários, com tiragem diária de 1,2 milhão de exemplares. Hoje, com o dobro da população, o Rio tem apenas dois grandes jornais e 500 mil exemplares/dia.
Duas décadas atrás, a Folha de S.Paulo se gabava de ser "o 3° maior jornal do Ocidente", com uma edição dominical de 1 milhão de exemplares.
Em 2010, a tiragem média despencou para 294 mil exemplares e a Folha ainda perdeu o primeiro lugar no ranking nacional para o Supernotícia, um jornal popular de Belo Horizonte, vendido a 25 centavos para as classes C e D e que atrai leitores com prêmios como panelas, faqueiros e bugigangas.
No sábado, 30 de abril, dia seguinte ao casamento real em Londres, a manchete do maior jornal do Brasil tinha outro tema: "Tarado causa pânico em Sabará".
Luiz Cláudio Cunha, jornalista gaúcho
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