Por Marcos Ferreira
Decido contar esta história na terceira pessoa. Ao menos do segundo capítulo em diante. Presumindo-se, claro, que haja um segundo capítulo. Isto equivale para o narrador a uma espécie de colete à prova de balas. Assim procedo por uma questão de autodefesa e de mínima isenção. Também não posso me expor tanto.
Há perigos demais nesta vida para quem tem opinião própria Pois testemunhei a uma curta distância boa parte dos eventos que descreverei a seguir. Vamos logo, porém, para a terceira pessoa, à qual almejo me ater. Juro que tentarei. Advirto-lhes, ademais, que qualquer coisa que lhes recorde fatos e personagens verídicos terá sido mera realidade.
Hoje à noite, com a nítida impressão de que estava sendo seguido, Jaime Peçanha andava a passos largos subindo a Presidente Dutra. Volta e meia olhava por cima do ombro para certificar-se de que ninguém se aproximara excessivamente dele. Ajustava os óculos de grau no topo do nariz e apertava sob o braço direito o embrulho de aproximadamente trezentas páginas, envolto em papel-madeira e acondicionado dentro de uma sacola plástica.
Quase sempre na pindaíba, sem grana para pagar um mototáxi, rumava a pé em direção à sua casa no Conjunto Walfredo Gurgel, nas imediações de uma concessionária de veículos, no grande Alto de São Manoel.
Com pouco mais de trezentos mil habitantes, uma vasta quantidade de miseráveis e uma pequena e presunçosa parcela de novos-ricos, este município de Mondrongo é uma terra sui generis. Talvez eu devesse dizer bizarra.
Com fumos de capital brasileira da cultura (candidatou-se uma única vez a tal distinção) e notória enquanto cemitério de livrarias, Mondrongo tem a maior parte de sua receita oriunda do ramo salineiro, do petróleo (este agora em queda livre) e do agronegócio. Contudo é uma cidade totalmente inimiga da literatura.
O jovem e midiático prefeito Wallace Batista, a exemplo de seus antecessores, destina rios de dinheiro para os shows pirotécnicos no adro da igreja de São Vicente e na fuzarca da Estação das Artes Irineu Vendaval, cuja arte de fato é mera peça publicitária.
As pessoas daqui, sobretudo a classe abastada, recordando-se que há exceções, têm o estranho, o inusitado hábito de comprar um livro a cada dois ou três anos e não ler. O dito-cujo ou a dita-cuja bate uma fotinha para postar nas redes sociais, sepulta a obra numa estante e, em alguns casos, a revende a um dos dois sebos de Mondrongo.
Essa é uma prática peculiar aos novos-ricos, da classe rastaquera, e de certo extrato de uma intelectualidade mondronguense que aprecia fazer pose de intelectual nos cafés e nas raras livrarias que ainda sobrevivem neste município.
Mondrongo, pasmem, possui até uma boa feira do livros anual que já dura algo em torno de duas décadas, curiosamente financiada por firmas, pelos governos municipal e estadual. Todavia o “público leitor”, que de fato lança mão das melhores peças do seu guarda-roupa e vai lá prestigiar o evento, possui uma arraigada e quase insuperável aversão ao exercício da leitura. E isto não é à toa.
Desde sempre os velhos caciques da política mondronguense, sob a concepção de que povo ignorante é mais facilmente dominado e manipulado, de tudo fizeram para que as pessoas mais humildes desta urbe, o proletariado, enxergasse o acesso a livros como algo fútil ou de somenos importância. Durante um século, então, essa mentalidade predominou.
Insisto em frisar que há exceções. Pois tem sempre um gaiato de plantão para dizer que generalizamos em determinados temas delicados ou polêmicos. Nem todo mundo em Mondrongo tem ojeriza à leitura. Existem indivíduos, alguns às ocultas, como se praticassem um delito, uma infração, um crime, gente de boa índole e amante da cultura, que se põem a ler, apreciam e cultivam as belas-letras.
Então, enquanto subia a Presidente Dutra, Jaime pressionava sob o braço aquelas trezentas páginas do original do seu primeiro romance, um livro cujo conteúdo ia de encontro à política midiática e prafrentex do astucioso prefeito Wallace Batista do Nascimento e denunciava justamente à bizarra característica dos mondronguenses, o fastio colossal dos munícipes no tocante ao exercício da leitura de, mormente, livros literários: romances, contos, novelas, poesias, crônicas.
Jaime conseguira imprimir uma cópia de seu original, após incontáveis revisões no computador, na impressora do escritório do amigo advogado Luciano Aires, sujeito lido e sensível à causa literária em Mondrongo. Jaime tencionava entregar o impresso para um último crivo do experto revisor Benjamim Albuquerque. Não teve tempo para mais nada.
Logo que entrou no Conjunto Walfredo Gurgel, Jaime Peçanha foi interceptado por uma picape grande de cor cinza. Dois elementos encapuzados desceram, exigiram que ele entregasse o embrulho, ordem esta que foi obedecida, e um dos sujeitos disparou três vezes, à queima-roupa, contra o peito de Jaime, que tombou sobre o paralelepípedo. Os agressores fugiram. Dentro do veículo, o atirador comentou:
— Está aqui. É mesmo o livro que o prefeito queria.
— Qual o nome disso? — perguntou o motorista.
— A Cidade que Nunca leu um Livro — respondeu.
— Vamos entregar essa merda. Missão cumprida.
Marcos Ferreira é escritor
Oi meu amigo Marcos, muito bacana e emocionante o texto, fiquei com uma certa tristeza com disfeijo final esperava algo diferente.Mas quanto ao hábito da leitura amigo meu amigo,cada vez mais as pessoas estão deixando de lê.O celular está cada vez mais induzindo o afastamento, principalmente as crianças e adolescentes.Espero em breve e tenho esperança que tempos melhores venham.Mas como esperar que as pessoas gostem da leitura,criem o hábito de lê se não há um incentivo, começando pela qualidade do nosso ensino.Isso não quer dizer que a culpa seja dia nossos guerreiros professores.enfim gosto da leitura e espero continuar.bom dia grande abraço meu amigo Marcos.
Você foi no ponto certo, amigo Alcides.
O principal problema do desinteresse pelo livro de um modo geral está na falta de políticas públicas para estimular a leitura.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Cibernético Amigo não compareci a sua casa pois, ainda não sei o endereço.
Quando aos novos ricos, mormente na minha aérea , pagam um alto preço na vida.
Não irei, nem nuca irei , ao meu ver, a este espetáculo grotesco, onde os “ricos” ficam jogando latas de cima dos camarotes e caindo na gargalhada, além da ostentação.
Um abraçaço.
PS. Acho que tem um dica; vou procurar.
Fiz lá no W G, rodei rodei e me informaram que lá no Bar do Gilberto era o ponto de encontro, onde todos sabiam de tudo.
Tava fechado.
Um abraçaço não desisto.
Prezado Amorim,
Anote meu WHATSAPP:
(84) 9.9817-1690.
Assim facilita.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
O gosto pela leitura tem que ser estimulado logo nas primeiras letras, hoje chamado letramento.
Recentemente fiz uma crônica sugerindo a criação de concurso literário nas escolas de mossoró. Minha sugestão passou despercebida.
Fico feliz por Marcos bater na mesma tecla.
Nada mais fácil de dominar do que um povo que não lê. Até porque se não lê, não pensa.
Tudo é feito de forma pensada pelos que estão no topo da pirâmide.
Daí destinarem milhões a festejos e nem um só centavo despertar nos nos jovens e nas crianças o gosto pela leitura. Sabem que o senso crítico é aguçado pela leitura.
Qiuem lê, pensa. Quem pensa questiona. E tudo que o grupelho quer é não questionamento.
Parabéns ao ESCRITOR Marcos Ferreira pela brilhante crõnica.
Prezado Inácio Augusto de Almeida,
Você é o meu Malvado Favorito. Especialmente quando fala sobre as verduras e legumes adquiridos a preços astronômicos pela Câmara Municipal de Mossoró. Tem também suas crônicas, que são uma deliciosa mistura com contos. Obrigado pelo estímulo e carinho de sempre.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Eu não sou cronistá nem contista.
Talvez um retratista do cotidiano, se muito eu for.
Falta-me o seu talento.
Em mim só sobra TÁ LENTO.
Não ria que o caso é sério.
Lendo estou A HORA AZUL DO SILÊNCIO.
Parabéns.
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VÃO DESARQUIVAR AS INVESTIGAÇÕES DE ARRASTÕES EM MOSSORÓ? VERDADE?
Bom dia, caro poeta Ferreira. Digo poeta, porque a poesia é a chave passaporte para todo grande escritor como você.
Ainda lembrando o brega chique, Bartô Galeno, essa cidade é uma selva sem você. Sem a sua crônica dominical a gente não respira um pouco de Literatura.
E voltando ao assunto principal, o nosso país de Mossoró nunca teve nem tem um apoio voltado para as artes literárias.
E vê alguém lendo um livro é coisa rara por essas bandas.
Caro poeta Francisco Nolasco,
Você disse uma verdade antiga é perversa: os políticos de Mossoró nunca tiveram compromisso com a literatura desta cidade. Exceto uma sinecura ou pedaço de cartolina oferecidos a um ou outro apaniguado da cultura local.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Bom dia, MF. Pobre Jaime, que triste fim. Oxalá que o Walace não cometa a asneira de assumir a autoria do romance. Seria descoberto, pois sim. O estilo do Peçanha nao se mede em qualquer um.
Pois é. Pobre Mondrongo que não cultua os seus escritores. Sobra até para o seu consagrado filho, que veste o fardão da Casa de Machado de Assis, a Academia Brasileira de Letras. Soube até que acaba de lançar obra romanesca que se inspira no famigerado filme de Woody Allen, “A Rosa Púrpura do Cairo”. Imagina que o João Almino faz com que o Conselheiro Aires (sem ypsilon) salte das páginas machadianas de “Esaú e Jacó” e “Memorial de Ayres” para conversas e passeios sem fim pelas ruas da Brasília contemporanea. Almino troca Flora por uma Flor que assim como a personagem amadiana também estará dividida entre dois amores. “Homem de Papel” (Record) é o livro novo do escritor e diplomata João Almino. Creio q ainda dá pra adquirir exemplar novinho da silva, em algum dos sebos que ainda resistem. Li emprestado e sem ter o direito de riscá-lo “e nem arreganhar” (o mocinho pediu). Mas quero ter um exemplar comigo. Besteira minha essa de juntar livros. Uma vez morto, deverá servir aos sebos.
Ficarei atento. Talvez capte algo sobre o destino de “A Cidade Que Nunca Leu um Livro”. O Batista do Nascimento nao haverá de resistir a uma selfie gloriosa.
Esse sol tá de lascar. Que suba, né?
Ps.: Que Benjamin não se impressione, mas esse App costuma alterar a grafia das palavras. Oxxi.
Caro poeta Aluísio Barros,
Bom dia.
Fique atento. Pois ainda virão muitos desdobramentos e selfies oficialescas do senhor prefeito Wallae Batista. Deixe estar. Acompanhe os próximos capítulos deste romance puramente mondronguense. Esta Mondrongo, como você diz a canção, ainda há de cumprir seu ideial.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Prezado escritor,
Muito interessante esse primeiro capítulo de “A cidade que nunca leu um livro”.
Assim como o personagem levou chumbo, na vida real também corre-se esse risco quando os poderosos ( quase sempre ignorantes, não apenas intelectualmente) são incomodados.
Meus elogios sinceros!
Prezado Gilmar,
Bom dia.
Fico feliz que você, a exemplo de outros amigos leitores, logo identificaram o gênero desta história. Ou seja, um comance folhetim. Espero dar conta do recado daqui por diante. Forte abraço e até a próxima.
Marcos Ferreira.
Belíssima crônica. Marcos Ferreira, como sempre, brinda-nos com um instigante texto.
Abraços, amigo.
Caro Odermirton,
É sempre uma honra tê-lo aqui entre os “comentaristas” do Canal BCS – Blog Carlos Santos. Forte abraço e vamos ver se consigo sustenar a peteca deste comance romance fohetim aqui no blogue.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Muito bom o primeiro capítulo de “A cidade que nunca leu um livro”, romance do escritor Marcos Ferreira. Mondrongo lembra o retrato de Dorian Gray, em que a aparência, ao tomar o lugar da essência, surge como um lugar que busca o esplendor, a estética rasa e fugaz, e esconde a verdadeira face horrenda e decrépita, que só piora pelos abusos das personagens que fazem do ódio aos livros, e assassinato da cultura, profissão de fé. A máxima de que a ignorância é a mãe de todos os vícios e ausência de virtudes surge, de forma brilhante, como algo a ser buscado a qualquer custo, sob pena de Mondrongo não enquadrar-se na superficiadade normal de um país desconhecido em que pensar é algo por demais doloroso e repleto de perigos inimagináveis. Mondrongo, como tudo que é humano, foi obra, construção de seres humanos, e mantida por eles, e poderá mudar a qualquer tempo. Resta ver se o vazio da aparência sem essência e a fútil , e nada salutar, pretensão do não ser no lugar do ser, carente da lógica hegeliana, serão capazes de, para fugir do desespero gerado pela ausência total de sentido e significado das coisas do mundo, ressuscitar aos sebos e livrarias. Como otimista incorrigível que sou, creio, e é mera crença, que toda a Mondrongo poderá se transformar em potência, em uma Paideia, afinal, somos nós que escolhemos, e concretizamos, uma ou outra, não é mesmo? Grande abraço.
Prezado Evandro Agnoletto,
Bom dia.
Fico felicíssimo que tenha gostado do primeiro capítulo de “A cidade que nunca leu um livro”. Mondrongo, nesse especto ficcional, ainda é uma cidade primitiva, uma pedra bruta a ser polida. Mas vamos ver no que isso vai dar. Ficarei contente com o seu acompanhamento desta narrativa. Um forte abraço e até o Capítulo 2.
Marcos Ferreira.
Bom dia!!! Amei o primeiro capítulo do romance “A cidade que nunca leu um livro”. Salvei no meu e-mail pra voltar a lê-lo!!! Gostaria que me enviasse os capítulos seguintes à medida que forem sendo publicados! Parabéns, mais uma vez, ao Marcos Ferreira!!! 👏👏👏👏
Cara Bernadete Lino,
Bom dia.
Que coisa boa saber do seu interresse pela continuidade e desdobramentos do meu romance folhetim. Meu plano (sobremodo ambicioso) é publicar um capítulo aqui no Blog Carlos Santos todos os domingos. Assim você poderá acompanhar num curto espaço de tempo o desenrolar da história. Forte abraço e até o Capítulo 2, que já está pronto e em pode de meu editor Carlos Santos.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Gostei muito do primeiro capítulo do romance de Marcos Ferreira.
Fiquei com uma imensa vontade de saber o que vem em seguida.
A citação da Presidente Dutra no cenário, logo no capítulo inicial, foi para mim uma surpresa que muito me agradou.
Marcos Ferreira é um escritor de muito talento, tanto na poesia quanto na prosa.
Esse romance, A cidade que nunca leu um livro, tem tudo para ser um sucesso, pois envolve o leitor com suspense, por meio de um crime encomendado por quem deveria proteger a cultura.
Demonstra o autor a sua inteligência quando teve o cuidado de não generalizar, visto que há gente que procura um descuido do autor na narrativa para fazer críticas negativas.
Além disso, e com razão, em qualquer lugar há gente que gosta de ler.
A prática política no Brasil de desprezar a cultura ocorre em toda parte, não só em Mossoró. Mas também há raríssimas exceções.
Por fim, amei o termo usado para substituir o nome Mossoró.
Bosco Costa
Recife-PE
Caro Bosco Costa,
Bom dia.
Suas palavras, além de certeiras, abordando pontos relevantes da narrativa e da escritura deste autor, muito me honram e estimulam a continuar nesse arriscado projeto de romance folhetim. Isto porque a literatura é cheia de vontades próprias e nem sempre o autor está no comando dos acontecimentos. Seja como for, amigo, espero sustentar a peteca e não decepcionar. Um grande abraço para você, saúde e paz.
Marcos Ferreira.
Agora no gênero romance, em substituição às famosas crônicas, temos os capítulos dominicais, no formato folhetinesco, que comporão o livro A CIDADE QUE NUNCA LEU UM LIVRO, do talentoso escritor mossoroense Marcos Ferreira.
Desejo que a nova modalidade sirva para avivar o interesse dos leitores do Blog Carlos Santos nos assuntos literários e culturais.
João Bezerra de Castro
Parnamirim-RN
Meu caro Joao Bezerra de Castro,
Bom dia.
Espero encontrá-lo com saúde, firme e forte. Você, com sua inteligência e argúcia, de pronto identificou o perfil desta narrativa que planjo publicar aqui no Blog Carlos Santos, possivelmente com periodicidade semanal. Pois é, você matou logo a questão de que se trata de um romance folhetim. Torço que desta forma ele prossiga, a depender dos recursos criativos deste autor de baixo coturno. Forte abraço e até breve.
Marcos Ferreira.
O conteúdo do primeiro capítulo do futuro livro de Marcos Ferreira é verdadeiro.
Concordo plenamente com o autor.
Com o avanço da tecnologia a tendência é diminuir o número de adeptos da leitura, não só em Mossoró, mas em todo o país.
Muito bom o texto.
Parabéns! 👍👍👏👏
Dehon Nogueira
Natal-RN
Prezado João Dehon Nogueira,
Bom dia.
Que bom tê-lo aqui entre os amigos que compõem ste epaço do leitor com opinião tão oportuna quanto pertinente. Em grande parte, infelizmente, tenho que concordar com você. O desinteresse pelo hábito da leitura é vasto e só parece crescer a cada dia que passa. Mas, contr todas as probabilidades, enquanto homens de letras, a gente segue teimano, insistindo nesse sonho do livro continuar nas mãos das pessoas, especialmente os livros físicos, de papel. Forte abraço e até o próximo capítulo.
Marcos Ferreira.
Olá, Marcos!
Boa noite!
Sempre muito pertinente o seu pensar!
A leitura nos abre a mente, portanto vale continuar a luta!
Abraços
Querida Vanda Jacinto,
Bom dia.
É nas suas crônicas, e não só uma vez, que vou buscar inspiração para escrever. Permita-me repetir isso. Forte abraço e até próximo capítulo deste comance folhetinesco “A cidade que nunca leu um livro”. O município de Mondrongo tem muuito a ver com certa cidade que conhecemos.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Escrever e lutar por cultura nessa cidade é uma missão Quixotesca. Sendo assim, o final é sempre triste! Abraços poeta e escritor, Marcos Ferreira.
Caro poeta Airton Cilon,
Bom dia.
Mondrongo, município do romance folhetinesco “A cidade que nunca leu um livro”, tem muito a ver com esta nossa pretensa capital brasileira da cultura. Aguardemos os próximos capítulos. Qualquer semelhança com fatos e personagens verídicos terá sido mera realidade. Forte abraço, saúde e paz.
Marcos Ferreira.
Boa noite, nobre poeta
Marcos Ferreira!
Partindo do pressuposto de que só escreve com qualidade e sabe fazer muito bem o uso crítico da palavra, “intimo” reservar o meu exemplar quando da publicação do seu novo livro. Sempre em frente e enfrente os fantasmas da nossa existência. Abraços aqui das bandas do Norte, meu amigo escritor!
Querida poetisa Rizeuda da Silva,
Receio que ainda está muito cedo para reservar exemplar, pois o autor não se encontra muito convicto da conclusão deste romance folhetinesco “A cidade que nunca leu um livro”, no entanto a sua atitude já muito me honra. Espero segurar a peteca e corresponder às espectativas. Um grande abraço para você aqui das bandas do Nordeste.
Marcos Ferreira.
Caro Marcos FERREIRA, queríamos nós que sua bela crônica refletisse algo distante da realidade da Mossoró/ mondrogo, dispersa numa ficção.
TODAVIA, espelha a dura, crua e nua realidade de uma cidade de ignorantes por falta de oportunidade,.posto seu histórico do não investimento em educação, informação e cultura.de QUALIDADE.
Noutro vértice, essa mesma cidade, SOBRETUDO alguns anos atrás se apresentava através de alguns boçais, lambe BOTAS e SUPOSTOS poetas e suas “obras” certa espécie de quadros emoldurados em livros de poesias dispersas na MEDIOCRIDADE, espelho da arte Submissa.
Cidade que, não esqueçamos, se jacta de ser um País, mais ainda, seus governantes de OUTRORA, compravam a peso de ouro e, claro, com o dinheiro do povo, páginas e mais páginas de jornais e revistas no desespero, na farsa e na tragédia de mostrá-la como CAPITAL da cultura.
Que o azul do sua última obra lançada nos céus e no eter do mundo virtual, vitalize em vendas e, por CONSEGUINTE, na beleza da compreensão do que REALMENTE seja cultura e poesia…!!!
Quem sabe, o ATUAL momento represente um pouco do imponderável e, sobremodo do começo de um processo de mudança e de ENTENDIMENTO do que seja cultura , informação e educação de QUALIDADE, em que o lúdico, tenha espaço, também na vida dos súditos…!!!
Em fim, sonhar ainda não está proibido…!!!
Um baraço
FRANSUELDO V. DE ARAUJO
OAB/RN.7318
É isso aí, meu caro Fransueldo Vieira de Araújo.
Sonhar ainda não é proibido. Então, enquanto isso, vamos sonhando e trabalhando para que nossos sonhos de uma Mondrongo melhor se nos apresente, ao menos às futuras gerações. Concordo com você. Existiu aqui (ou ainda existe) uma intelectualidade que gastou muito papel ovacionando os velhos caciques da política mondronguense. Isto, contudo, embora devegar, parece estar mudando. Espero contribuir, apesar de minhas limitações, para essas mudanças e para dias melhores para a cultura de Mondrongo. Aguarde o Capítulo 2 desta história. Já está pronto.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Como sempre, é um prazer ler os, agora, contos ou romance do escritor Marcos Ferreira.
O cara escreve com os dedos de um ourives, vai desfiando seu novelo de preciosidades que deixaria Penélope envergonhada ao tecer o manto de Ulisses.
Algumas verdades ou novidades surgiram para mim. Até agora, eu tinha o jovem prefeito de Mossoró como um bom moço, pois é assim que o jornal Agorarn o pinta. Um novo político que derrotou a dinastia dos Rosados.
O nome Mondrongo também me é sugestivo, pois, a meu ver, trata-se do nome de uma editora. Seria uma crítica?
Quanto a Mossoró em si, vejo a cidade com vários nomes ligados à cultura de nosso estado e até fora dele, pois, no fim de abril e início de maio deste ano, estive com Antônio Francisco em Serra Talhada-PE. Destaco, também, os nomes de David Leite, Clauder Arcanjo, Tarcísio Gurgel, Flávia, Sirlia, Gustavo Luz e tantos outros que agora não lembro o nome.
Quanto ao sequestro do livro, no momento parece triste. Acredito que será resgatado pelo amigo advogado, pois este deve tê-lo a salvo em seu computador e o recuperará nos próximos episódios.
Vamos aguardar!
Parabéns, Amigo! Você, realmente, está uns passos à frente dos literatos potiguares.
MARCOS ANTONIO CAMPOS
Natal-RN
E-mail: cocotasan1951@gmail.com
Meu caro Marcos Campos,
Bom dia.
Que honra tê-lo aqui, neste espaço reservado à opinião dos leitores, falando justamente sobre a minha escrita. Há muitos pormenores embutidons nesta Mondrongo que a nossa vã filosofia não alcança. Achei ótimo o seu reflexo de ligar Mondrongo ao nome da editora, já conhecida entre as melhores independentes. Mas a escolha do nome não tem nada a ver com a editora, tão só com o fato de que “mondrongo” (ver o substantivo nos dicionários) não significa coisa muito boa. Espero qualquer dia ter a oportunidade de conhecê-lo, a você, meu xará, quem sabe por intermédio do nosso amigo comum João Bezerra de Castro. Fico por aqui. Confira o Capítulo 2 no próximo domingo. Já está prontinho.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Bom dia, Marcos!
O desinteresse pela leitura é um dos problemas enfrentados pelos professores de Língua Portuguesa; esse problema repercute negativamente na escrita e na comunicação.
Com o avanço tecnológico esse entrave agravou-se sobremaneira!
E sem o apoio e o incentivo das autoridades governamentais só nos resta pedir que Deus nos acuda!
Em boa hora o seu pedido de socorro!
Beijos, querido Marcos!
Gosto de inícios assim…
Joãozinho, um amigo querido, recentemente me enviou um capítulo da obra de um desconhecido escritor, sugerindo leitura e comentário.
Primeiro fiquei lisonjeado. Ele me.considera um expert em leitura. É meu amigo. Rsrsrs
Fiz isso sim, depois de receber o sexto capítulo.
Minha opinião é a seguinte: Eu quero o livro. Socorro, me ajudem.
Ainda é um prazer ler um livro. Gosto de manusear as folhas, não abro mão desse ato, sou conservador.
Muito obrigado Joãozinho pelo incentivo. Ler é maravilhoso.