Quando, precisamente, descobri que eu era mortal?
Fiz-me essa pergunta dia desses, após habitual meditação. A resposta ainda está incompleta. É-me difícil apontar uma hora, dia, uma situação, um lugar.
Mas é certo que é pela dor, às vezes em seu paroxismo, que colocamos os pés no chão. Aí, bem Sócrates, precisamos proclamar: “Só sei que nada sei”.
Mortal na perda de um amor; mortal ao sepultar um amigo; mortal diante da ingratidão; mortal na impotência perante a injustiça.
Mortal. Renascido na esperança.
“Não tenho medo da morte. Estive morto por bilhões e bilhões de anos antes de meu nascimento, e isso nunca me causou qualquer inconveniência. — Mark Twain