sábado - 03/05/2008 - 11:04h

A dinâmica da política à moda Natal

Reportando o desfecho de uma série de disse-me-disse, notícias plantadas, articulações, marchas e contramarchas, pré-candidaturas "certas", outras "natimortas" e algumas que nunca existiram é que tenho a certeza: a política é realmente dinâmica.

Natal prova isso.

Usando um chavão presidencial, adaptado à nossa realidade, proclamo: "Nunca na história deste estado houve tantos fatos surpreendentes". Nem o mais astuto e atento dos mortais poderia preconizar algo tão sinuoso e cheio de alternativas.

Parece uma aventura ficcional de Júlio Verne. As peripécias de Odisseu no retorno à sua casa, não tiveram tantas novidades.

A escolha consensual dos donos do PT, PMDB e PSB pelo nome da deputada federal Fátima Bezerra (PT), como candidata governista à sucessão do prefeito Carlos Eduardo Alves (PSB), é ambientada num enredo inusitado. Sem similar no RN.

Vamos tentar recapitular, com base num flash de memória:

Tivemos "prefeito em férias" (deputado federal Rogério Marinho-PSB), carregado no "andor" da governadora Wilma de Faria (PSB), até morrer como "peru". Na véspera;

"Vice-Bombril" (Raniere Barbosa-PRB). Apesar de alardeado como nome para qualquer chapa, será no máximo candidato a vereador;

Um pré-candidato que "boiou" e ninguém quis (deputado estadual Luiz Almir-PSDB);

Pré-candidatos a prefeito que ninguém levou a sério (deputados estaduais Álvaro Dias-PDT e Vivaldo Costa-PR, além do ex-senador Geraldo Melo-PSDB e ex-deputado federal João Faustino-PSDB);

O "bobo-da-corte" (vereador Hermano Moraes-PMDB), posto pelos líderes do peemedebismo para guardar cadeira, enquanto arrumavam outro jeito à chapa majoritária;

A "Viúva Porcina" (secretário do Planejamento Virgínia Ferreira-PT), que foi sem nunca ter sido, lançada pelo prefeito Carlos Eduardo furtivamente, sem jamais receber seu apoio ostensivo;

A "borboleta" (deputada estadual Micarla de Souza-PV), que mesmo sendo campeã na intenção de votos, afirmando ser governista, está sendo jogada à oposição;

Brincou-se ao estilo "Bibo pai e Bobi filho" (Senador Garibaldi Filho-PMDB e o rebento, deputado estadual Walter Alves-PMDB), para que um deles fosse candidato. Passaram longe;

Também não faltou a eterna especulação em torno da maldição "Djalma Marinho" que assola o deputado federal Henrique Alves (PMDB). Como o falecido parlamentar, ele nunca se elegeu a cargo executivo;

Registre-se a renitência do deputado estadual Fernando Mineiro (PT), jogando-se à postulação e até recebendo o blefe de Wilma de Faria para suposto apoio. Não passou disso;

Na lista de lembranças de faz-de-conta ainda falaram, sem consistência, no deputado federal Felipe Maia (DEM), filho do senador José Agripino (DEM). Depois da mãe (Anita Catalão Maia) ter perdido eleição na capital, ficaria feio esticar a derrota ao herdeiro.

Ufa! Que Odisséia.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Edilson Pinto diz:

    Prezado Carlos Santos,
    Perfeita a “sua” Odisséia. No entato, permita-me apenas um adendo: faltou o canto da sereia Wilma. E olha, temos que tirar o chapéu para este canto…
    Parabéns, mais uma vez!
    Edilson Pinto

  2. GIANI FERRARI diz:

    E neste enrredo todo ficou de fora o personagem principal, O POVO DO RN. Como dizia Zélia, POVO? O povo é apenas um detalhe.

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