No máximo, os dois partidos oferecem alguns arremedos de postulação. Quem os viu, quem os vê, hein!?
Com quase vinte anos de pontificado de Wilma de Faria (PSB) na capital, Maias e Alves – que controlam respectivamente DEM e PMDB, só colecionam derrotas. Em separado e juntos, como em 2004 e nas eleições do ano passado.
Para 2008, esses grupos andam em cÃrculo e à cata de um "achado", capaz de derrotar o apadrinhado da governadora. Ou, quem sabe, somar com ela numa vitória, coisa que não vêem há tempos.
Os Alves ainda sentiram o sabor partilhado em 2000, quando o deputado estadual Carlos Eduardo Alves (então no PMDB), virou vice de Wilma. Já os Maias, o último doce foi em 1988, quando Wilma era Maia e venceu com o esquema.
O tempo e o rosário de derrotas não foram suficientes para ensinar.
Os velhos caciques precisam se reciclar, apostando em novos quadros. O pedestal onde se fixaram para sacralização em vida, atrofia seus próprios grupos, que continuam superdependentes de mitos em processo de envelhecimento.
Daà a luta desesperada à procura de um "salvador da pátria". Que não vem.
Diante de um eleitorado cada dia mais exigente e politizado, Maias e Alves estão ficando sem munição e argumentos. E os reflexos desse poder que vai se desmilinguindo, já podem ser sentido até nos rincões do RN, onde antes dividiam eleitorado e rachavam cidades ao meio. Antes.
Natal é uma cidade-tambor. Não é por acaso que o eco de sua vida fez de Wilma a governadora do RN pela segunda vez.
Como naquele enredo do irlandês Samuel Beckett, "Esperando Godot", os dois grupos há tempos que discutem o futuro entre si ou internamente, enquanto não aparece qualquer novidade.
Na peça, Godot é um sujeito oculto. Inexiste.
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