Não, meu caro amigo, pode ficar tranqüilo, pois isto nunca irá acontecer: nem voltei e nem pretendo, de jeito nenhum, voltar ao PT. Até porque, mesmo que o PT venha, novamente, defender as bandeiras da ética, da honestidade, da moralidade, das boas causas, isso soaria como Cassandra – aquela mulher que falava a verdade, mas ninguém acreditava.

Se deixei de escrever artigos sobre Lula e o PT (o último artigo que fiz foi em 06/09/2007) é porque, além do tédio que é falar destes dois, percebi que tinha que mudar a estratégia. Afinal, quanto mais são mostrados os desmantelos desse (des)governo  Lula, mais ele aumenta a sua popularidade. E por que isso acontece? É fácil de entender: a opinião pública detesta a verdade; não foi à toa que ela crucificou Cristo.

Upton Sinclair teve a lucidez de perceber que “é muito difícil fazer um homem entender algo quando o seu salário depende de ele não entender”. Portanto, bolsa família, bolsa escola, vale gás, vale tapioca, etc, etc… compram, facilmente, a consciência  de quem nunca a teve.

Além disso, não devemos nunca nos esquecer do que sabiamente Nietzsche ensinava: “Aquele que vive de combater um inimigo tem interesse em que ele continue vivo”. Quando batemos muito num adversário, podemos cair no erro de transformá-lo em vítima: “Não! Eles não são tão ruins assim…”.

A dose excessiva do remédio vira veneno e pode promover efeitos colaterais indesejáveis, aprendi isso no segundo ano de Medicina, na disciplina de Farmacologia. Então, o que devemos fazer? Cruzar nossos braços? Assistir aos absurdos, de camarote? Fazer de conta que isso não nos atinge? É claro que não!

Mas, devemos saber que a ira, a revolta, o ódio… não vencem a batalha. É com o riso que se vence, dizia Nietzsche. E seria hilariante se todos os meios de comunicação deste país, a partir de agora, deixassem de veicular as “pérolas” ditas pelo nosso (infelizmente) Presidente e a sua “companheirada”.

Já pensaram se naquele papo de botequim de quinta categoria, que Lula disse ter tido com o Presidente norte-americano (“Bush, meu filho, resolva sua crise”), ninguém tivesse feito nenhuma referência – nenhuma nota nem mesmo no rodapé da página de um jornal -, uma pessoa personalista como o Lula teria morrido de raiva. E seu fígado, é claro, pagaria o pato…

Pois ele sabe mais do que ninguém que Nelson Rodrigues tinha razão ao dizer: “Pior do que a morte é o esquecimento”. E um Lula não falado é um Lula morto.

Pois bem, meu caro amigo, esta vai ser a minha estratégia, quer dizer, a estratégia que aprendi com o sábio Sun-Tzu: “O chefe habilidoso conquista as tropas inimigas sem lutar”. Até por que, concordo com o Bispo Fulgêncio (467 d.C), quando disse: “A verdade aparecerá mesmo que a mutilemos”.

Lula por si só irá se autodestruir. A podridão exalada do seu governo sufocará qualquer possibilidade de troca de oxigênio. E sem oxigênio, não há vida. E a necrose, causada pela falta de oxigênio do PT comerá todos os seus tecidos. A autofagia será inevitável.

E olha que não precisaremos esperar muito tempo não, e nem ir tão longe. O deputado Fernando Mineiro e a sua pré-candidatura a prefeitura do Natal que o digam…

Francisco Edilson Leite Pinto Júnior é escritor, professor e médico – edilsonpinto@uol.com.br