Em 19 de julho, na última sessão antes do recesso de inverno, estavam no plenário 17 senadores que ali entraram pela porta dos fundos. Sem que seus nomes aparecessem na cédula e sem receberem um único voto, tornaram-se suplentes e assumiram as vagas conquistadas pelos titulares em 2002 e 2006.
Os substitutos têm direito ao salário de 16.512 reais, à verba indenizatória de 15.000 reais e a numerosos benefÃcios. Neste ano, 54 senadores escolhidos pelo voto levarão na carona 108 suplentes. Pela primeira vez seus nomes aparecerão na urna eletrônica e no material de campanha dos candidatos.
Isso não significa que ganharão legitimidade para representar eleitores que não os escolheram. Dos 81 senadores da atual legislatura, 44,4 % já repassaram a vaga a um suplente por curtos perÃodos ou pela maior parte do mandato.
No fim de 2009, beneficiados pela renúncia, morte ou licença superior a 120 dias do titular, eles ocuparam um quarto do Senado.
É possÃvel identificar alguns critérios que orientam a escolha dos suplentes. Muitos financiam as campanhas, outros tantos são parentes e vários são indicados por conveniência polÃtica.
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Nota do Blog – Da bancada do Rio Grande do Norte, dois titulares pediram licença, incluindo atestado médico: José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB).
São substituÃdos respectivamente por José Bezerra (DEM) e João Faustino (PSDB).
Se Rosalba Ciarlini (DEM) for eleita ao Governo do Estado, em seu lugar deverá assumir o primeiro suplente Garibaldi Alves (PMDB), pai.
A figura da suplência de senador, criada no sistema polÃtico brasileiro, é uma excrescência. Ajuda a manter o propósito de nossa "elite" polÃtica de impedir a renovação e manter privilégios.
É por essas e outras que os polÃticos jamais irão fazer uma REFORMA polÃtica. A reforma fiscal é mais difÃcl ainda. O modelo atual favorece a sonegação fiscal e o consequente enriquecimento ilÃcito.