Nesses dias em que duelo contra uma gripe (moléstia que me aborrece muito), acabo me obrigando a navegar por TV´s. O que não é hábito meu.
Até folhear um livro, que tanto gosto, me aborrece.
Mas termino por encontrar uma coisa ou outra na televisão.
Na TV Escola (ótimo canal público), um documentário sobre o fotógrafo Inca (peruano) Martin Chamby me chama a atenção. Vejo o conteúdo do seu trabalho e comparo ao do nosso Manoelito (Mossoró).
Chamby, nascido no século XIX, terminou vivendo a maior parte de sua vida em Cuzco e ajudou na formação do "Movimento Indigenista". Suas fotos foram elementos à divulgação da cultura Inca e do respeito a esse povo através do mundo.
Entre nós, o trabalho magistral de Manoelito é disperso. Carece ordenamento profissional, para pleno aproveitamento. O acervo que conheço (que é minúsculo), revela um artista com olhar à frente do seu tempo.
Pena que governantes que vieram depois de sua época, confundam cultura (intelectual e social) com festim chulo. São incapazes de perceberem o valor documental, histórico e artístico de Manoelito.
Pobre Mossoró!
Faça um Comentário