Por Odemirton Filho
Na minha infância e na adolescência, as minhas disciplinas preferidas eram História e Geografia. Matemática? Deus me livre! Nas aulas de Português, gostava quando a professora fazia ditado, a fim de que pudéssemos escrever corretamente. E sempre gostei de ler, sempre.
Lembro da Série Vaga-Lume, com livros da escritora Maria José Dupré. Havia, também, a Coleção de livros do Cachorrinho Samba. Creio que li praticamente todos os livros que faziam parte dessas coleções.
Contudo, o livro que mais gostei de ler foi A Ilha Perdida, da mencionada escritora. Nele, dois garotos se aventuram em uma ilha, um deles se perde, e encontra um homem misterioso, um eremita que habita o lugar, chamado Simão. O garoto passa a morar com ele, e descobre um mundo desconhecido, explorando uma rica fauna e uma abundante flora.
A partir da minha adolescência, outros livros começaram a fazer parte do meu dia a dia. Li Machado de Assis, José de Alencar, entre vários autores nacionais. Li, também, livros de Sidney Sheldon.
Na fase adulta enveredei por vários caminhos, leio romances escritos por Jane Austen, Ernest Hemingway, Dostoievsky, entre outros literatos. Um livro que me encantou foi o Conde de Monte-Cristo, de Alexandre Dumas.
Há meses que tento “escalar” a Montanha Mágica, de Thomas Mann. O livro é denso, por vezes cansativo, mas hei de alcançar o “topo da Montanha”. Lembro que na minha juventude, pedi de presente ao meu pai a coleção de O Capital, de Karl Marx. Todavia, o meu velho não me presentou. Somente tempos depois, adquiri e li algumas páginas.
Atualmente, no entanto, sou apaixonado pelas crônicas. Não importa o tema ou o autor, se for crônica, leio. Tenho consciência que leio pouco, há muito o que ler e, sobretudo, aprender.
Mas, voltando à Ilha Perdida, o livro marcou a minha memória afetiva. Conta o livro que, quando o garoto consegue voltar para casa, e narra aos familiares a aventura que viveu, ninguém acreditou. Para provar que estava falando a verdade, retorna à ilha com algumas pessoas.
Todavia, o velho Simão soube se esconder e não o encontraram. Quando estavam voltando para casa num pequeno barco, o garoto viu uma mão acenando, lá da ilha perdida. Emocionado, ficando em pé no barco, gritou: “até um dia, Simão”.
Eis, portanto, o final de uma singela história que marcou a minha infância.
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos
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