Por Odemirton Filho
Na trilogia de O poderoso chefão, de Mario Puzo, um best seller que foi adaptado para um filme de grande sucesso no cinema, há um diálogo que acontece mais ou menos assim:
– Padrinho, eu preciso de sua ajuda.
– Interessante, você agora quer minha ajuda, mas nunca me convidou para tomar um café – responde Don Vito Corleone (interpretado pelo ator Marlon Brando).
Pois bem, quero tratar de reciprocidade. No dia a dia de nossas vidas convivemos com diversas pessoas. São familiares, colegas de trabalho, da faculdade, do nosso círculo de amizade. Enfim, por sermos gregários por natureza precisamos dessa interação, desse calor humano.
Acontece, porém, que muitas vezes oferecemos o nosso melhor, a nossa atenção, o nosso ombro e, na maioria das vezes, inexiste reciprocidade. Reciprocidade, diga-se, é oferecer ao outro aquilo que nos é concedido. Assim, se alguém diz que gosta de nossa companhia, e sentimos o mesmo apreço, dizemos que a recíproca é verdadeira.
No cotidiano de nossas vidas é comum pessoas que “só querem venha a nós, vosso reino, nada”! Pessoas que querem nossa atenção e consideração. Contudo, nunca “chegam junto” quando precisamos. E nem é preciso ir longe. Em nossas famílias – e todas são iguais – há aqueles que adoram pedir ajuda, todavia, nunca estão prontos para ajudar.
Em famílias numerosas não é incomum que a maioria somente se encontre no velório de algum parente. Depois de sepultado o de cujus, cada um segue a sua vida, rezando para não ser o próximo da fila. Estou mentindo? Tô não.
Agir com reciprocidade ficou para poucos; gostamos de cobrar do outro aquilo que raras vezes oferecemos.
Portanto, se queremos atenção e consideração por parte de alguém, precisamos ofertá-las, pois “não há nada mais gratificante do que o afeto correspondido, nada mais perfeito do que a reciprocidade de gostos e a troca de atenções”. É assim que deve ser no dia a dia, penso eu.
Convide quem é atencioso com você para, pelo menos, tomar um cafezinho, jogar conversa fora e dar boas risadas; e se for acompanhado com pastéis será ainda melhor.
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos
Meu amigo Odemirton, você tem razão. Peço licença para mencionar uma colocação de Liev Tolstoi, que encarta a sua obra prima, Anna Karenina: “Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes, são infelizes à sua maneira.”
NOTA DO BLOG – E assim começa esse livro eterno…
Tudo que iria comentar inerente ao seu artigo em tela, você deixou bem explícito e verdadeiro quando escreveu o sétimo parágrafo em tela.
Perfeito e verdadeiro!!!! 🤝🤝🤝