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quarta-feira - 17/08/2011 - 08:21h
Política e história

A inspiração de Mário Covas para a “Rosa” acuada

Governadora sente dissabor da vaia e não consegue conviver com situação extremada até em Mossoró

“Sou, por formação e por índole, um homem que fundamentalmente crê. Desejo morrer réu do crime da boa-fé, antes que portador do pecado da desconfiança.” (Mário Covas).

Covas (óculos), com Ulisses Guimarães, na Câmara Federal

Em diversas ocasiões, este ano, em pleno exercício do seu governo à frente do Estado, a ex-prefeita mossoroense (três vezes) Rosalba Ciarlini (DEM) sentiu-se acuada e mudou agenda em Mossoró. O Medo, o temor de hostilidades, a fez recuar.

A situação é inusitada para Rosalba. Acostumada ao aplauso natural ou a saudação laboratorial das claques, agora conhece o outro lado da manifestação popular, orquestrada ou não. Mas como o incenso, também legítima.

A vaia é tão democrática quanto o aplauso. Diz-se que é o aplauso dos descontentes.

Ela alcançou em sua terra natal consideráveis índices de aprovação administrativa e, em duas eleições mais recentes, ao Senado (2006) e ao  Governo do Estado (2010), obteve votações consagradoras no município.  A “Rosa”, epíteto político que seu marketing adesivou no inconsciente popular, está com dificuldade de administrar essa nova realidade.

Esse momento da governadora nos remete a 1º de junho de 2000. A cidade é São Paulo (SP). Governador do Estado, Mário Covas (PSDB) enfrenta incendiária greve dos professores e por volta de 15h50 minutos resolve entrar pela porta da frente no prédio-sede da Secretaria Estadual da Educação.

– Ninguém vai impedir o governador de entrar em uma secretaria de Estado pela porta da frente – avisou através de sua assessoria.

Tensões

Covas, pela ousadia, considerada provocativa por setores mais exaltados da mobilização, acabou duramente atacado pelos grevistas. Registra-se que chegou a ponto de sofrer sopapos físicos e ser alvo de objetos como latas de refrigerante,  paus e até pedras.  Causaram-lhe escoriações na testa e pequeno corte nos lábios. Mas sobreviveu.

As greves ocorridas e ainda resistentes em confronto com o atual governo no Rio Grande do Norte, nem de longe se assemelham a essa atmosfera paulista, há mais de 11 anos. Em escassos  momentos ocorreram tensões mais extremadas, como no caso da paralisação da Polícia Civil.

Em relação ao professorado da Universidade do Estado do RN (UERN), último foco de greves no serviço público estadual, neste 2011, tem ocorrido programações políticas que cumprem as exigências da civilidade. Uma exceção, sem dúvidas, foi a ocupação do Teatro Municipal Dix-huit Rosado, há poucas semanas, durante evento do jornal Correio da Tarde, em que a governadora foi homenageada (mas faltou). Arroubo evitável.

Louvação, de campanha, ganha outro formato

Rosalba teve que encarar manifestantes, em março, quando visitava o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Foi vaiada durante o “Chuva de Bala no país de Mossoró”. Evitou ainda comparecer a abertura da Feira do Bode, mas nem assim seus representantes deixaram de ser vaiados. O mesmo ocorreu na 7a Feira do Livro.

A governadora precisa mudar de comportamento. Esgueirando-se, demonstra fraqueza. Favor não confundir com fragilidade.

E em relação à Rosalba, não deve faltar o respeito à mulher, mãe, esposa e à autoridade legalmente constituída, legitimamente entronizada no cargo. Qualquer excesso coletivo ou individual descaracteriza a seriedade da mobilização funcional, via sindicatos.

A covardia não inspira respeito. Nem admiração.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política

Comentários

  1. Amanda diz:

    O governo do estado não faz idéia, pelo jeito, do significado de ser Chanceler de uma Universidade do porte da UERN. Trata-se de uma Instituição de Ensino Superior com mais de 1.800 servidores, 12.000 alunos e que está presente em quase todas as cidades do estado. A UERN forma cidadãos, pesquisadores, pensadores e profissionais que viabilizam o crescimento do estado. Destratar a UERN é destruir esse futuro e isso não é papel de governo comprometido com a educação. Esse governo se nega a reconhecer seus resultados, viabilizar seu funcionamento e trabalhar para o seu desenvolvimento. Isso só trará a antipatia perene dos seus servidores e alunos, com resultados desastrosos. Está na hora de acabar com essa crise. O governo precisa mostrar conhecimento técnico, postura respeitosa e capacidade de negociação. Só assim a equipe poderá conduzir a gestão da UERN e brindar com o seu crescimento e seus resultados, recebendo aplausos e não vaias em eventos acadêmicos e científicos que estão por vir.

  2. Izaurinha diz:

    nao diria ser medo… tampouco covardia, mas, sobretudo e insistentemente uma tomada de postura por parte “do jeito rosa de ser” da rosa governadora..da rosa mae e da rosa mulher.. inevitavelmente em detrimento de arrumar a “casa” eis as manifestacoes.,, mas nao canso de repetir, a rosa sabe bem o q faz sem perder a ternura jamais… nao tardia o excesso de manifestaçoes ocorridas em tao breve espaço de gestao seja o fato da chegada do “novo”.. cada um ao seu estilo. cada qual em seu tempo

  3. Herbenia Ferreira diz:

    SRA. IZAURINHA A SENHORA VIVE COM OS PÉS NO CHÃO? OU ORBITA EM TORNO DE OUTROS PLANETAS?? GOSTAR DA ROSA É UMA COISA, SER FANATIZADA É OUTRA BEM DIFERENTE!!!! CRUZES!!

    • Izaurinha diz:

      nem uma coisa nem outra… aqui se vc nao sabe eh um espaço aberto e democratico, q conduz a discussão seja ela politica ou nao, em algo saudavel, prazeroso e permissivel… levando em consideraçao as regras de uso e a opiniao dos demais webleitores.

  4. Rui Nascimento diz:

    Com a UERN, instituição com mais de 40 anos, genuinamente mossoroense e com enormes serviços prestados à sociedade norteriograndense, Rosalba trata com esse desdém, imaginem o que não fará com o resto do RN. Não à toa o canteiro, outrora cheio de rosas, se transforma rapidamente nu canteiro de espinhos.
    Te cuida Rosa! Ou você muda ou o povo, esse mesmo que a venerou por tantos anos, muda você!

  5. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    O hábito faz o monge…O jardineiro o Jardim…
    A rosa acostumada a ser regada no canteiro/senzala do país de Mossoró, houve por iniciar esse mesmo processo sob as conhecidas e sabidas regras “Democráticas” do seu tutor mor… CARLOS AUGUSTO HAVENGAR ROSADO MAIA ESCÓSSSIA CIARLINE, E, MAIS ALGUM SOBRENOME QUE SEJA SUBSERVIENTE AOS SEU PRÉSTIMOS E CAPRICHOS POLÍTICOS, por todo espaço político, econômico e geográfico do RN.

    Ocorre que governar o RN,não foi, não é , e, jamais será tão fácil quanto mandar e desmandar no país monárquico de Mossoró, que de há muito o fazem e exercitam a monarquia Rosado. Essas práticas e esses exercícios de xadrex político são incompatíveis, sobretudo em tempos de novos ventos políticos que, de fato, demandam um processo de democratização em nossas instituições, em especial nas relações da sociedade junto à essas mesmas instituições historicamente separadas, dicotomizadas e distantes da grande massa.

    Essa conversinha do jeito… “do jeito rosa de ser” da rosa governadora..da rosa mae e da rosa mulher..É conversa prá boi dormir, dado que “o jeito rosa de ser” da rosa governadora..da rosa mae e da rosa mulher..sempre foi, é, será um modus operandi extremamente patrimonialista e conservador, claro, como não poderia deixar de ser de um núcleo político familiar educado do ponto de vista formal e cultural, e, extremamente apegado e viciado às práticas de permanente e deliberada Confusão entre o público e o privado.

    Um abraço senhores Web- leitores….!!!

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  6. BRUNO diz:

    COM O T-REX NA SECRETARIA DA CASA CIVIL,DONA IZAURINHA EU NÃO SEI NÃO…….!!!!!

  7. AMANCIO diz:

    DEIXE A MUIÉ TRABALHAR AGORA QUE ELA COMEÇOU.

  8. Antonio Ivan de Souza Lima diz:

    Exatamente foi assim mesmo que vimos na fala e pronunciamento da Governadora Rosalba “o jeito rosa de ser”. NÃo tenho dúvidas tudo será resolvido a seu tempo e hora. Como dispara a observadora Izaurinha em suas colocações. Tenhe meu aval. PARABÈNS!!! (Antonio Ivan)

  9. BRUNO diz:

    Fala-se o termo ENCARAR como se ambas as partes tivessem ÓDIO uma das outras,como se a governadora tivesse lidando com pessoas de alta periculosidade,penso eu que tanto ela como os grevistas não têm que encarar ninguém,seria mais sensato usar o termo CEDEU ao apelo dos grevistas e dialogou como deve ser dentro do processo democrático,ENCARAR é termo para PROFICIONAL do box e luta livre depois da pesagem obrigatória!!!!!!

Trackbacks

  1. […] AQUI matéria do Blog sobre postura de Rosalba, acuada em constantes protestos em Mossoró. […]

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