Fico a me perguntar, como se exigir mais celeridade da Justiça, com tão escassas condições de trabalho, equipamentos, tempo e pessoal. Impossível além do que vemos.

Em Areia Branca, o Fórum Municipal tem dois juízes e 90 por cento – ou mais – dos servidores são cedidos por prefeituras de Tibau, Grossos e o próprio município-sede. A vara cível possui mais de 4 mil processos.

A 8ª Vara Federal com sede em Mossoró, com apenas quatro anos de instalação, está abarrotada com mais de dez mil processos para um magistrado. Audiências chegam a ter seis meses para realização.

O cenário Brasil afora não é muito diferente.

Alguns juízes tiram dinheiro do próprio bolso para melhor equipar seu gabinete; muitos se valem de estagiários de Direito para o desafogo.

Enquanto isso, deputados federais, estaduais e senadores possuem 30, 40 ou mais assessores pagos pelo cidadão. Com bem menos, cada juiz poderia produzir muito mais em favor do país.

Esse tipo de distorção continua fazendo do pindorama brasileiro a nação da burocracia, da impunidade constituída e da justiça injusta, visto que é morosa.

Pobre Brasil.