Amigo e colega de profissão de Élio César Marson, 52, falecido (veja AQUI) à tarde dessa quinta-feira (16) em Mossoró, em consequência da Covid-19, o médico Abraão Bessa fez um desabafo em vÃdeo, nas redes sociais.
“A morte cada dia chega mais perto de todos nós”, sentenciou ele.
Bessa justificou o depoimento, como sendo mais uma tentativa – a pedido – de conscientizar tantas pessoas que ainda duvidam do crescimento exponencial e letalidade desse novo vÃrus.
– Sinceramente, eu já cansei de dizer as coisas nas redes sociais. Não entro mais no mérito do ‘fique em casa’ ou ‘vá para a rua’, ‘feche o comércio’ ou ‘abra o comércio’ – disse.
Relatou que Élio César passou 15 dias intubado na UTI do Hospital Wilson Rosado (HWR), sem ter direito sequer à visita de familiares.
A vÃtima foi rapidamente sepultada sem acompanhamento de amigos ou famÃlia, tamanha a exigência preventiva à propagação do novo vÃrus.
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Muito triste o que está acontecendo conosco. Além da morte real que está se aproximando de todos nós, vivenciamos a “morte em vida” de tantos outros. Quanto a mim, tenho lamentado a morte em vida dos que, na esteira da notÃcia sobre o falecimento do jovem médico, saÃram-se com o “mas era diabético, tinha sobrepeso, isso não dizem…”. Gente que, para amparar discursos partidários ou ideológicos, desde os anos 1950 e até hoje enfaticamente rechaçados especialmente na Alemanha, minimizam a dor alheia e a possibilidade de sobrevida de pessoas com comorbidades triviais e tratáveis, mas afetadas mais fortemente pela Covid-19. Tristes tempos, triste sina.
NOTA DO BLOG – Bom dia, Victor. Infelizmente chegamos a um estágio doentio da humanidade. Muitos dizem que aprenderemos muito e sairemos melhor. Insisto que não.
Se isso pudesse ensinar, já estaria tendo efeito. Mas o que vemos é o inverso. Sairemos piores, como sempre fomos.
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Triste e lamentável constatação.
Caro Carlos, concordo com você, salvo episódios bem pontuais, infelizmente é provável que saÃamos mais egoÃstas e desconfiados do que nunca. Um abraço, fiquem bem.
Infelizmente concordo plenamente com seu texto amigo Carlos Santos, muito triste mas real.