• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sábado - 08/11/2008 - 17:59h

A privatização do Mossoró Cidade Junina

Esse tema foi abordado na última eleição pela "Coligação Inova Mossoró", que na ocasião era representada pelo PR, PCdoB e PTC, tendo sido inserido no programa de governo do então candidato a prefeito Renato Fernandes.

Como nos últimos dias a imprensa vem tratando o assunto como um dos mais importantes atos da Prefeita Fafá Rosado (DEM), resolvi entrar na discussão, haja vista que esse tema me interessa em muito e faz parte de um projeto que apresentamos a sociedade mossoroense.

Segundo os jornais, o secretário da Cidadania, Francisco Carlos, disse que a partir de 2009 o evento será privatizado, sendo lançado edital de concorrência pública até o final de novembro para classificar a empresa responsável pela organização e execução do projeto junino. Porém, em outros trechos o próprio secretário confirma que mesmo privatizado o evento continuará sob a responsabilidade da Fundação Municipal de Cultura.

Dessa forma, o que entendo é que o evento será parcialmente privatizado ou como está em moda atualmente, será uma PPP.

Um dos principais argumentos utilizados pelo secretário é com relação a redução dos gastos em aproximadamente R$ 1 milhão. Nesse ponto não posso concordar com o secretário e creio que isso faz parte de contos de Dona Carochinha para colocar menino para dormir.

Ora, se fizermos uma inferência dos gastos apenas com contratação de bandas e artistas, se chega a um valor aproximado de R$ 3,2 milhões, sem contar os gastos com a infra-estrutura necessária para o evento, que deve passar de R$ 1 milhão.

Assim, podemos afirmar que mesmo com a privatização quem continuará pagando o evento Mossoró Cidade Junina somos nós. Uma das perguntas que faço é o que levou de súbito a prefeita Fafá Rosado a essa mudança.

Pois se avaliarmos todo o processo estabelecido, o que víamos era o interesse grandioso em manter a contratação de grandes bandas e artistas, que eram pagos com o erário público com preços superiores aqueles praticados no mercado.  Ainda, solicito que a prefeitura seja mais clara com relação aos direitos e deveres da empresa que será contratada por processo licitatório, pois aparentemente irá servir de atravessadora e com a garantia de ter em mãos alguns milhões para poder fazer o papel de grande administradora do evento. 

Por fim, gostaria de deixar claro, que o ato de entregar à iniciativa privada a festa é importante e comunga com minhas idéias, pois o Estado na sua concepção tem que se voltar para os problemas sociais e estruturais da sociedade e não para promover festas. Porém, a forma que o ato será feito merece muita atenção por parte da sociedade e do Ministério Público, para que esse acontecimento não se converta numa grande cortina para encobrir ações duvidosas do passado e do futuro, a exemplo do que a imprensa norte-riograndense chamou de Foliaduto, se referindo ações praticadas pela Fundação José Augusto.

Gutemberg Dias, membro do Comitê Municipal do PCdoB

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Categoria(s): Fred Mercury

Comentários

  1. Emery Costa diz:

    Carlos,
    Apenas para lhe transmitir a pesarosa noticia do falecimento de “Seu” Antônio Lopes, pai do médico Paiva Lopes.”
    Seu” Antônio faleceu na UTIdo Hosoital Wilson Rosado ontem à noite e já foi sepultado hoje pela manhã.
    Emery

  2. Carlos Magno Gurgel Dantas diz:

    Privatizada ou não as atrações da festa serão as mesmas: “rei do cabaré”, “forró do zé priquito”, “chupa que é de uva” (música do agitador do CUltural), entre outras “grandes letras”. Mossoró, “capital da cultura” (piada sem graça) nunca idealizou em trazer Dominguinhos, Elba, The Nonatos, Jessier Quirino, etc. Mossoró e seus hipócritas “baluartes” da cultura… Uma lástima. Terra de muros baixos!!

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