• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sexta-feira - 20/05/2011 - 15:28h

A “República de Mossoró”, o Fusquinha e a Scânia


Na verdade, não era algo planejado. Havia até mesmo o cuidado de se fazer o inverso. Mas injunções político-administrativas redesenham o Governo do Estado.

Está em rota batida para se alargar, o que podemos chamar de "República de Mossoró" no Centro Administrativo do Estado, em Natal.

O Governo Rosalba Ciarlini (DEM) teve enorme dificuldade para montar sua equipe inicial. Agora está pior. Surgem as primeiras baixas e não existem peças de reposição.

Devido a crise que cresce em espiral, é ainda mais difícil convencer bons quadros a compor seu "time".

A saída é convocar velhos conhecidos, da "cozinha" do poder em Mossoró. Gente habituada a cumprir ordens. Só. No máximo, a ser útil, sem fazer questionamentos. São raros os nomes que escapam desse perfil.

O critério passa a ser baseado na urgência do preenchimento dos cargos, para parecer que não existe vácuo.

Está ruim? Pode piorar.

Muitos cargos comissionados, passados mais de quatro meses de administração, estão sem ocupantes.

No primeiro e segundo escalões, em menos de 24 horas, três titulares pediram o "boné".

O governismo é vítima de seu próprio modelo de formação, preservação e hierarquização de grupo, fermentado paroquialmente: em Mossoró.

O chamado "rosalbismo", representado pela governadora Rosalba Ciarlini, três vezes prefeita de Mossoró, nunca priorizou a montagem de quadros políticos e técnicos. Pra quê?

Autosuficiente, conduziu a municipalidade e colecionou vitórias político-eleitorais que a catapultaram para o governo estadual.

Agora fica a pergunta: é o bastante para gerir o Estado?

A mudança é radical. É como se mandássemos um "chofer" de Fusquinha ocupar o assento numa Scânia. A máquina é outra. A começar pelo número de pneus.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Aldenor Fernandes de Sousa diz:

    Caro Jornalista,
    Sua comparação é por demais feliz, pois, a estrutura de um Estado é completamente diferente de um município, a começar pelos seus comandados, uma vez que estes terão que atender além da governadora, que nas administrações do município de Mossoró, a fez com centralismo e autoritarismo, os asséclas terão que atender tambem os prefeitos e vereadores, fungindo ao controle da mandatária.

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