Estudiosos da mente humana catalogaram como “SÃndrome de Estocolmo”, a simpatia que vÃtimas de violência sentem por seus próprios algozes ou captores. O primeiro caso catalogado remonta ao ano de 1973, na Suécia (Estocolmo).
Àquele tempo, um grupo armado invadiu certa agência bancária e fez uma série de pessoas reféns. Algumas passaram a ter o sentimento de gratidão pelos criminosos, em meio ao drama.
Na polÃtica eu creio que exista alguns traços dessa patologia, num sentido mais largo – no coletivo. A psicologia social pode avançar mais em estudo com esse foco, com a força auxiliar de outras ciências.
Não se trata de um fenômeno novo, como a SÃndrome de Estocolmo aparece na condição de marco ou ponto de partida para pesquisas cientificistas. Pipocam da antiguidade aos dias atuais, nas mais diversas civilizações, casos em que multidões reverenciam quem as escraviza, a espolia e poda sua liberdade.
É uma louvação doentia, sem perceber o mal causado por seus algozes-Ãdolos. Lavagem cerebral que sustenta potentados e tiranos.
Entre nós essa situação é muito comum. A ignorância e dependência da sociedade, em sua maioria, ajudam à perpetuação dessa servidão, carregada de fatalismo. É como se a massa-gente tivesse sido destinada apenas a aplaudir e ganhar migalhas.
Os mais espertos aparecem como a reencarnação de divindades, puxando para seus pés legiões de zumbis, gente sem vontade própria.
Entender o comportamento de um indivÃduo é sempre complexo. De multidões talvez seja paradoxalmente algo mais simples. Coisa de gado mesmo. Quando um mete a cabeça em determinada direção, tende a levar os demais. Há um contágio emotivo que costuma influenciar seu entorno.
Aconteceu assim com Hitler na Alemanha nazista, hipnotizando um povo de grande cultura, alfabetizado e de rica história, mas seduzido por discurso nacionalista, expansionista e militarista. Mexeu com os brios da massa, que saÃra da Primeira Guerra Mundial humilhada e com o moral em baixa.
O mesmo ocorreu no sertão baiano com o messiânico Antônio Conselheiro, prometendo a terra de Canaã em pleno sertão nordestino, diante de milhares de ignorantes.
Enfim, culto ou inculto, ninguém está imune à estupidez no singular e no plural.
Collor de Mello, que nasceu em berço esplêndido e virou “caçador de marajás”, ganhou a presidência da República em 1989 com esse embuste. Fátima Rosado (DEM), mesmo sem saber sequer a marca do laquê que usa no cabelo, é pela segunda vez prefeita de Mossoró, vendida como “continuidade” pela apoiadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Collor e a enfermeira mossoroense, cada um ao seu tempo e espaço geopolÃtico, são algozes de incontáveis mortos-vivos. Todos sofremos um pouco da SÃndrome de Estocolmo. Porém é possÃvel se libertar, acordando para a realidade e reagindo a esses flagelos humanos.























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