A eleição mais certa que me lembro, nos últimos anos, era a do deputado estadual Paulo de Tarso Fernandes (PMDB), finalzinho dos anos 80. Favas contadas, como diriam os cronistas esportivos.
Paulo teria o apoio do governismo, nas mãos do então governador Geraldo Melo (PMDB), para ser o presidente da Assembléia Legislativa. Como se fala exageradamente, ele já tinha comprado o terno novo. Não foi presidente.
Desiludido, Paulo até desistiu da vida pública e de uma nova candidatura a deputado estadual, apesar do preparo intelectual, visível espírito público e conhecimento da vida parlamentar.
Nos bastidores, os deputados Carlos Augusto Rosado (PFL, hoje DEM) e Vivaldo Costa (PL), terminaram implodindo a eleição "certa" de Paulo. Acordos firmados e endossados não vingaram.
Vivaldo virou presidente da AL e em seguida (1990) foi eleito vice-governador na chapa do senador José Agripino (PFL). De quebra, ainda assumiu o governo efetivamente em 1994, com renúncia de Agripino para ser outra vez candidato ao Senado.
Paulo de Tarso escolheu a vida idílica no Rio de Janeiro e os prélios na arena do direito, em vez dos debates políticos, como metas de vida. Entretanto, sua experiência de "quase" presidente não deve ser esquecida.
Cuidado com a síndrome de Paulo de Tarso, senador Garibaldi Filho.
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