O epÃteto de "terra do já-teve" cai como uma luva para Mossoró. Mas é descabido o choro soluçante, por puro saudosismo, cobrando-se a volta da Tertuliano Fernandes, do Pavilhão Vitória ou o campo de futebol da Benjamim Constant.
Grave mesmo é acompanhar o fechamento do Hospital Duarte Filho, a morte agonizante do "Colégio Estadual" (Jerônimo Rosado) e o desmonte do Aeroporto Dix-sept Rosado.
Tudo é resultado do descaso coletivo, do alheamento da sociedade e da falta de compromisso social de sua elite. Sobretudo da casta polÃtica "superior", que só tem olhos para o "venha nós".
SÃmbolos que fazem parte de uma identidade nativa, o "mossoroÃsmo", aos poucos são extraviados, mutilados ou mortos intencionalmentes. Quase ninguém se mexe na "terra do consenso", que não consegue conviver com o contraditório.
Por trás do fim iminente do Duarte Filho existem interesses escusos, porcos e infames. Há anos que esse equipamente de efetivo papel filantrópico é sitiado pelos donos do poder, para morrer e ganhar corpo com outro uso. Ele, por ser útil a massa-gente, não atende às aspirações de delinquentes que mandam na cidade.
Quanto ao Jerônimo Rosado, que no passado fez germinar gerações de cidadãos sob ótima formação, o processo é igualmente inÃquo. A prioridade no setor é "ocupação de espaços", cargos para apadrinhados. Aspectos pedagógicos vão ao lixo. Sua história e importância ficam na memória de milhares de estudantes.
Em relação ao aeroporto, o que prevalece é um jogo de empurra-omissão com viés de especulação imobiliária, sob números milionários. Claro que é para enriquecer intermediários, ladravazes e quadrilheiros engravatados. Querem matá-lo para que nasça outro, fazendo o fausto de determinados espertalhões.
Nada é por acaso em Mossoró.
Pena que a sociedade, de forma quase generalizada, prefira incensar a estupidez, engolir a mitologia laboratorial chapa branca e continuar de braços cruzados, só os movimentando para aplaudir seus algozes.
Pobre Mossoró!
Boa reflexão. Sobre o tema, você se esqueceu de acrescentar acerca do fim do abatedouro de Mossoró, também!
Pois é, uma pena mesmo. Agora uma dúvida, Carlos, em relação ao aeroporto, será que existem planos da sua instalação em região que vai ali nos rumos de Baraúna? Nas cercanis da Antiga Fazenda São João? Há algo nesse sentido? JA se ganhou muito dinheiro com a expansão da cidade para a direção que tem tomado.
Só lembrando que tem gente no estado muito forte junto a Infraero, a ponto de ter no filho a posição de fornecedor exclusivo de combustÃvel aéreo no Rio Grande do Norte, um baita negócio.
Nenhum deles,sentem-se culpados,fiz um comentário a cerca disso em um Blog de membro da famÃlia colorida e ele,”mangou d’eu”,+ 50 +50 e aà vai.
Carlos é de se lamentar esse quadro absurdo. Concordo com o Diego na observação do caso do AFIM (merece melhores esclarecimentos e justificativas mais fundamentadas). Quanto ao aeroporto, penso que deveria haver um estudo técnico mais aprofundado sobre a viabilidade desse instrumento para nossa cidade e daà buscar as soluções. Temos que concordar que a área hoje utilizada é pequena para esse fim e sua localização inadequada. Acredito que uma boa sugestão seria adaptar aquele espaço à realização de grandes eventos – como o Cidade Junina e Auto da Liberdade, feiras, Museu do Sal, Petróleo etc -e se estudaria uma nova destinação para a atual Estação das Artes. O que vc acha? Abraço.
o busto de rodolfo fernandes nunca mais apareceu, a foto oficial do segundo governo de antonio rodrigues de carvalho foi queimada, a festa de santa luzia acabou-se…é um codó contra mossoró….!
pra completar a cidade do ja teve,so falta o ja teve rosados.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.ta dificil de acontecer,ou nâo?
Carlos vale lembra dos carnavais de Mossoró que eram muito bons e sabemos que temos toda estrutura para isso é uma vergonha que cidades pequenas sem estruturas para o carnaval sejam lotadas enquanto Mossoró nada tem não é?
Abraço!!!
É, infelizmente tocou-se numa grande ferida a do “já teve”, porque não falarmos dos nossos cinemas, como era bom um vesperal no cine pax, assistir trinite (acho que é assim), ou Bruce Lee… ainda tinha o Caiçara e o Cid, hoje nada temos.
O que é pior ainda não foi relatado, pois “já tivemos” segurança, como era bom namorar nas praças, tais como a da igreja do Alto da Conceição, ou mesmo nas praças do centro, onde entre uma pipoca e outra roubavamos (era o único roubo que efetivamente existia naquela saudosa época) um beijo da paquera, quase namorada.
É carissimos amigos, ficamos no passado, frente a uma famÃlia, que domina politicamente a cidade, e se encontram em total descompasso, com o futuro da nossa cidade, eles crescem patrimonialmente, e a cidade, encolhe culturalmente e se esconde ante a violência absurda.
O que esperar de uma sociedade onde grande parte das pessoas – principalmente jovens – com suas superpotências sonoras cultua AVIÕES DO FORRÓ e sua imundicie musical, que emporcalham nossos ouvidos com coisas do tipo CHUPA QUE É DE UVA??? É dessa sociedade, nada preocupada ou comprometida com o futuro, que sairão os polÃticos e os formadores de opinião. Essa mesma sociedade também escolhe os polÃticos e desses (polÃticos), não é preciso fazer nenhum comentário; Jarbas Vasconcelos disse tudo. Infelizmente nossa sociedade se especializou em criar alienados polÃticos, culturais e sociais. Enquanto isso… o “Colégio Estadual” está abandonado, o Cine Pax fechou, o AFIM chegou ao fim, o Aeroporto só voa Teco-Teco e Urubu, etc., etc., etc… Mas quem está preocupado? Aviões do Forró vai tocar o carnaval em algum lugar aqui perto. Isto sim é o mais importante. E pensar que eu me orgulhava em estudar no “Colégio Estadual”.