Tem sido acelerado o ocaso de algumas áreas comerciais em Natal. Incontáveis imóveis estão fechados há meses ou anos na Avenida Rio Branco, por exemplo, Cidade Alta.
Conhecida como a “Rua Nova” até o fim do século XIX, a Rio Branco desacelerou nas últimas décadas e grandes lojas de departamentos foram abandonando o lugar que antes era tomado por residências. Vários prédios também estão em escombros.
Placas de “aluga-se” ou “vende-se” estão por todos os lados.
“Faz muitos meses que esse prédio está fechado?”, pergunto a um comerciante aboletado em seu pequeno quiosque.
– Há mais de dois anos – responde. “E acho que vai ficar assim muito mais tempo,” estima.
De uma ponta a outra do quarteirão, quase a mesma realidade.
Passo a passo, percorro ruas que se comunicam com a Rio Branco e o quadro é praticamente igual.
Deixo para trás uma realidade muito diferente da época em que comecei a ter a rotina de estar em Natal. Um tempo em que a Rio Branco e adjacências eram um formigueiro humano, lojas e mais lojas em burburinho.
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Para mudar essa realidade é preciso ocupar espaços com edifícios populares, trazendo a mão de obra para perto do trabalho , evitando que o povo vá morar na zona norte ou na grande Natal.
Eu tenho uma grande convicção de que a salvação dos centros das cidades médias e grandes passa pela transformação dessas áreas em áreas residenciais. As esferas de governos poderiam se unir em programas que facilitassem e induzissem essa transformação. São áreas com infraestrutura consolidada e acesso fácil aos meios de transporte que estão morrendo, enquanto milhões de pessoas moram em bairros distantes, principalmente os turbinados pelo Minha Casa, Minha vida.